Badaling, China

A Invasão Chinesa da Muralha da China


Sorrriso Grátis
Um vendedor de artesanato nos confins da secção sul da muralha de Badaling.
Esforço Pioneiro
Primeiros visitantes do dia vencem uma das incontáveis rampas da muralha de Badaling.
Ao Corrimão
Grupo agarra-se a um corrimão num dos trechos mais inclinados de Badaling.
Num Alto
Grupo de visitantes chineses aprecia a paisagem do topo de uma elevação em curva da grande muralha da China.
Quase a sós
Chapéu de sol solitária numa secção sinuosa da muralha de Badaling.
Sino-cowboy
Homem chinês impõe-se ao relevo com a secção mais elevada da muralha como fundo.
Descanso forçoso
Uma visitante rende-se ao cansaço provocado pelas sucessivas subidas e descidas íngremes e por degraus demasiado altos.
Montanha-russa chinesa
Depois da subida, vem nova descida.
Multitude
Turistas maioritariamente chineses convivem entre bandeiras comunistas e da nação.
Sagrado Descanso
Monge budista recupera do esforço após vencer uma subida íngreme.
Vermelho China
Bandeira chinesa esvoaça com a silhueta da muralha da China, em Badaling.
Em Moldura
Parte da grande muralha da China como vista a partir de um portal em arcada junto a Beibalou.
Em Plena Foresta
Sector grandioso da muralha da China estendida pelo relevo florestado em redor de Badaling.
Repouso & Sombra
Visitantes protegem-se do sol de Verão sob chapéus de sol garridos.
À Conquista de Beibalou
Amigas sobem uma das escadarias íngremes que levam ao ponto mais alto de Beibalou.
Sino-selfie
Mulher fotografa-se entre bandeiras chinesas colocadas sobre uma plataforma baixa da muralha.
Uma Rampa concorrida
Centenas de chineses percorrem uma secção íngreme da muralha.
Com a chegada dos dias quentes, hordas de visitantes Han apoderam-se da Muralha da China, a maior estrutura criada pelo homem. Recuam à era das dinastias imperiais e celebram o protagonismo recém-conquistado pela nação.

Não encontramos sinal de vida quando chegamos junto às bilheteiras.

Aproximamo-nos dos torniquetes para espreitar para lá da barreira e somos detectados por um segurança ensonado que, mesmo contrariado, averigua aquela presença madrugadora.

“Faltam 35 minutos para abrir, informa-nos num inglês elementar e esforçado.” Perguntamos-lhe se há alguma possibilidade de nos deixar entrar de imediato e explicamos-lhe o porquê.

O guarda deixa-se sensibilizar. “Muito bem. Se querem ir já, não há problema. Entregam-me uma identificação e vêm depois comprar os bilhetes.”

Mal conseguimos acreditar em tanta bondade. Tínhamos acordado com as galinhas para nos anteciparmos à enchente de visitantes esperada naquele fim-de-semana de Verão. Não só o conseguimos, como somos os primeiros do dia a subir à muralha.

Muralha e torres, Muralha da China, Badaling, China

Sector grandioso da muralha da China estendida pelo relevo florestado em redor de Badaling.

Durante meia-hora, exploramos e apreciamos o colosso arquitectónico-militar de uma forma pura, sob uma luz suave de início do dia que respeita as suas linhas onduladas e a vegetação luxuriante envolvente.

Vencemo-lo degrau a degrau até chegarmos, ofegantes, à torre 8, o ponto mais elevado da secção norte, paragem final do teleférico e onde não tardariam a desembarcar as primeiras excursões de chineses, muitos ainda movidos pelo soar latente das palavras do  líder histórico Mao Zedong: “Aquele que nunca subiu à Grande Muralha não é um verdadeiro homem.”

Um vendedor clandestino de DVDs e livros temáticos surge de um pórtico mais abaixo e acaba-nos com a exclusividade. Examina a realidade em redor e move-se, meio desconfiado, na nossa direcção.

Percebemos que tinha entrado sem autorização ou bilhete e que aproveitava para se instalar a fazer algum negócio antes que os guardas iniciassem a sua patrulha.

Visitantes, Muralha da china, Badaling, China

Primeiros visitantes do dia vencem uma das incontáveis rampas da muralha de Badaling.

Foram estes e outros tipos de intrusões que os mentores da muralha quiseram evitar. Mas o propósito nunca seria cumprido na perfeição.

A Grande Defesa de Pedra do Império Chinês

A construção começou entre 221 e 207 a.C.. Durante a Dinastia Qin, o imperador Qin Shi Huang selou finalmente a unificação da China.

Por sua ordem, diversas muralhas antes edificadas por reinos independentes com o fim de se protegerem de tribos nómadas saqueadoras foram ligadas por centenas de milhares de operários, em grande parte prisioneiros.

A tarefa durou dez anos. Cerca de 180 milhões de metros cúbicos de terra formaram a base da estrutura original. Diz a lenda que os ossos dos trabalhadores falecidos terão sido outro dos materiais usados na fortificação.

Muralha Gigante, com Pés de Barro

Malgrado a envergadura da obra, Gengis Khan resumiu a sua fragilidade: “A força da muralha depende da coragem daqueles que a defendem”. Ao longo dos tempos, percebeu-se a facilidade com que as sentinelas eram subornadas, entre outras vulnerabilidades.

Vendedor, Muralha da china, Badaling-China

Um vendedor de artesanato nos confins da secção sul da muralha de Badaling.

E também que a fortificação tinha grande utilidade como uma espécie de estrada elevada que permitia o transporte de pessoas e bens ao longo do terreno montanhoso.

A secção de Badaling só foi erguida em 1505, durante a dinastia Ming. A partir de então, o sistema de sinalização com sinais de fumo produzidos de torre em torre permitiu uma transmissão ainda mais rápida de notícias sobre a movimentação de inimigos a Pequim,  capital do império de 1421 a 1911. Hoje, a capital continua a distar apenas 70 km.

Dela partem, de comboio, autocarros e outros veículos, as multidões veraneantes desejosas de aceder à Grande Muralha.

A Quase Omnivisão Concedida por Beibalou

É do ponto mais elevado de Beibalou (1015 m) que avistamos a invasão de visitantes concretizar-se, primeiro chegados a pé dos portais de entrada no vale, depois, da estação do teleférico nas nossas imediações.

Num ápice, a paz e solidão matinal dá lugar a uma peregrinação inexorável e esforçada que avança rampas e degraus acima e abaixo e toma conta dos adarves amplos.

Recordamo-nos, assim, de que estamos num país com 1.3 mil milhões de habitantes, a maior população do Mundo.

Subida, Muralha da China, Badaling, China

Centenas de chineses percorrem uma secção íngreme da muralha.

Da 8ª torre para o interior, a muralha mergulha em direcção às profundezas do vale. Torna-se de tal forma vertiginosa que é arriscado descê-la sem recurso aos corrimões adicionados às paredes.

Certos visitantes idosos enfrentam este trecho com óbvio receio e agarram-se aos apoios com todas as forças. Quando o percorremos, um monge budista faz uma pausa estratégica naquela romaria extrema.

A sua presença hesitante abençoa mas também perturba os restantes transeuntes, já atrapalhados com o transporte forçado de chapéus de sol, sacos e restante carga. Mas o declive acentua-se ainda mais.

Meandros, Muralha da China, Badaling, China

Grupo de visitantes chineses aprecia a paisagem do topo de uma elevação em curva da grande muralha da China.

Do quase sopé da encosta, apreciamos com nitidez crescente como a muralha curva e volta a curvar submissa aos caprichos do relevo.

A Visita Precoce do Jesuíta Bento de Góis

É algo que se verifica tanto em Badaling como ao longo dos seus mais de 21.196km, desde a área de Shanhaiguan que confluí com o oceano Pacífico e evitava os ataques do povo Manchu aos confins ocidentais e desérticos da província de Gansu em que Jiayuguan servia de pórtico para a secção chinesa da Rota da Seda.

Um dos primeiros ocidentais a entrar na China através desta última passagem foi o jesuíta português Bento de Góis. Chegou vindo do norte da Índia, em 1605, possivelmente informado dos relatos presentes em livros que os mercadores portugueses tinham trazido para Lisboa.

Por certo também pelas descrições prévias das “Décadas da Ásia” de João de Barros, pelas narrações do frade dominicano Gaspar da Cruz.

E até do embaixador falhado Tomé Pires que viu gorar-se o projecto de se tornar influente na corte do imperador Ming Zhengde mas, apesar de ter assistido ao início de uma perseguição chinesa aos comerciantes portugueses, terá vivido na China por mais alguns anos.

Monge budista, Muralha da China, Badaling, China

Monge budista recupera do esforço após vencer uma subida íngreme.

O Sol a Pique sobre a Muralha. Hora de Descanso e Sino-Almoçaradas

O tempo também flui no dia que dedicamos a Badaling e o sol depressa fica a pique. Por volta da uma da tarde, grande parte das famílias, grupos de amigos e restantes comitivas estão extasiados, esfomeados e determinados em ultrapassarem tamanhas provações.

Instalam-se, assim, numa zona da muralha recolhida abaixo de Beibalou e equipada com mesas e cadeiras hiper-disputadas.

Inauguram, então, incontáveis piqueniques, resolvidos à base de noodles instantâneos, outros mais caprichados mas ainda assim feitos de iguarias conservadas em embalagens de plástico: ovos cozidos, dumplings, carnes e vegetais secos, alimentos quase sempre com aspecto industrial e prazos de validade escandalosos.

Deixamos para trás a 12ª torre. Esbarramos com a estação de Qinlongqiao e a sua entrada. No exterior, há uma concentração comercial que atrai milhares de visitantes.

Abandonamos temporariamente o domínio da muralha para nos juntarmos à feira.

Pequena multidão, Muralha da China, Badaling, China

Visitantes protegem-se do sol de Verão sob chapéus de sol garridos.

Qinlongqiao: a entrada para a Feira da Muralha da China

Depressa percebemos que era ali que os vendedores se vingavam de não poderem trabalhar sobre a muralha.

Passados os torniquetes, confrontamo-nos com um batalhão de pequenos empresários que impingem recordações da muralha ou da China, em movimento ou em pequenas bancas.

Encontramos igualmente um pequeno zoo improvisado com camelos que as pessoas montam para se fotografarem em poses altivas, recintos repletos de ursos-malaios acrobáticos, outros com macacos e espécies distintas que, apesar das condições lastimáveis a que são votados, vão cumprindo a sua função de entreter a multidão.

Para diante, repetem-se ainda barraquinhas com frutos frescos e secos, mini-cozinhas ao ar livre que servem todo o tipo de petiscos chineses em jeito de refeição, que aquecem e engorduram o ar escaldante e seco do Verão daquelas paragens.

Estilo cowboy, Muralha da china, Badaling, China

Homem chinês impõe-se ao relevo com a secção mais elevada da muralha como fundo.

Uma Persistência Recompensada com Reclusão e Paz

Findo o repasto e o merecido descanso, alguns visitantes regressam à zona da entrada. Dali, em vez de saírem, os mais jovens e persistentes partem para a conquista da secção sul da muralha, tão ou mais demorada e extenuante que a norte.

Forçamo-nos e às pernas a fazê-lo e somos recompensados com um percurso tranquilo, dotado de torres de vigia mais grandiosas que as do ponto cardeal oposto e embelezado pela luz cada vez mais suave do Sol, não tarda poente.

Já de regresso ao pórtico porque tínhamos entrado de manhã, passa por nós o funcionário encarregue de se assegurar que não são fechadas as portas com visitantes sobre os adarves.

Somos, de novo, quase os únicos na muralha e percebemos que,  junto ao vale, os merlões haviam sido enfeitados alternadamente com bandeiras nacionais ou do Partido Comunista Chinês (PCC).

Bandeiras Chinesas, Muralha da china, Badaling, China

Turistas maioritariamente chineses convivem entre bandeiras comunistas e da nação.

Durante a tarde, um qualquer representante diplomático tinha frequentado a fortificação e os anfitriões aproveitaram para exibir o vigor político da nação, em complemento à sua sumptuosidade histórica.

Algumas dezenas de chineses que ali persistem aproveitam a decoração e a deixa. Fazem-se fotografar entre as bandeiras, com o cenário verdejante como fundo e orgulhosos da grandiosidade da sua pátria vermelha.

Selfie, Muralha da china, Badaling, China

Mulher fotografa-se entre bandeiras chinesas colocadas sobre uma plataforma baixa da muralha.

Bingling Si, China

O Desfiladeiro dos Mil Budas

Durante mais de um milénio e, pelo menos sete dinastias, devotos chineses exaltaram a sua crença religiosa com o legado de esculturas num estreito remoto do rio Amarelo. Quem desembarca no Desfiladeiro dos Mil Budas, pode não achar todas as esculturas mas encontra um santuário budista deslumbrante.
Dunhuang, China

Um Oásis na China das Areias

A milhares de quilómetros para oeste de Pequim, a Grande Muralha tem o seu extremo ocidental e a China é outra. Um inesperado salpicado de verde vegetal quebra a vastidão árida em redor. Anuncia Dunhuang, antigo entreposto crucial da Rota da Seda, hoje, uma cidade intrigante na base das maiores dunas da Ásia.
Lijiang, China

Uma Cidade Cinzenta mas Pouco

Visto ao longe, o seu casario vasto é lúgubre mas as calçadas e canais seculares de Lijiang revelam-se mais folclóricos que nunca. Em tempos, esta cidade resplandeceu como a capital grandiosa do povo Naxi. Hoje, tomam-na de assalto enchentes de visitantes chineses que disputam o quase parque temático em que se tornou.
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
Guilin, China

O Portal Para o Reino Chinês de Pedra

A imensidão de colinas de calcário afiadas em redor é de tal forma majestosa que as autoridades de Pequim a imprimem no verso das notas de 20 yuans. Quem a explora, passa quase sempre por Guilin. E mesmo se esta cidade da província de Guangxi destoa da natureza exuberante em redor, também lhe achámos os seus encantos.
Lijiang e Yangshuo, China

Uma China Impressionante

Um dos mais conceituados realizadores asiáticos, Zhang Yimou dedicou-se às grandes produções ao ar livre e foi o co-autor das cerimónias mediáticas dos J.O. de Pequim. Mas Yimou também é responsável por “Impressions”, uma série de encenações não menos polémicas com palco em lugares emblemáticos.
Dali, China

A China Surrealista de Dali

Encaixada num cenário lacustre mágico, a antiga capital do povo Bai manteve-se, até há algum tempo, um refúgio da comunidade mochileira de viajantes. As mudanças sociais e económicas da China fomentaram a invasão de chineses à descoberta do recanto sudoeste da nação.

Nantou, Taiwan

No Âmago da Outra China

Nantou é a única província de Taiwan isolada do oceano Pacífico. Quem hoje descobre o coração montanhoso desta região tende a concordar com os navegadores portugueses que baptizaram Taiwan de Formosa.

Huang Shan, China

Huang Shan: as Montanhas Amarelas dos Picos Flutuantes

Os picos graníticos das montanhas amarelas e flutuantes de Huang Shan, de que brotam pinheiros acrobatas, surgem em ilustrações artísticas da China sem conta. O cenário real, além de remoto, permanece mais de 200 dias escondido acima das nuvens.
Dali, China

Flash Mob à Moda Chinesa

A hora está marcada e o lugar é conhecido. Quando a música começa a tocar, uma multidão segue a coreografia de forma harmoniosa até que o tempo se esgota e todos regressam às suas vidas.
Pequim, China

O Coração do Grande Dragão

É o centro histórico incoerente da ideologia maoista-comunista e quase todos os chineses aspiram a visitá-la mas a Praça Tianamen será sempre recordada como um epitáfio macabro das aspirações da nação
Lhasa a Gyantse, Tibete

Gyantse, pelas Alturas do Tibete

O objectivo final é o Everest Base Camp tibetano. Neste primeiro trajecto, a partir de Lhasa, passamos pelo lago sagrado de Yamdrok (4.441m) e pelo glaciar do desfiladeiro de Karo (5.020 m). Em Gyantse, rendemo-nos ao esplendor budista-tibetano da velha cidadela.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Fogueira ilumina e aquece a noite, junto ao Reilly's Rock Hilltop Lodge,
Safari
Santuário de Vida Selvagem Mlilwane, eSwatini

O Fogo que Reavivou a Vida Selvagem de eSwatini

A meio do século passado, a caça excessiva extinguia boa parte da fauna do reino da Suazilândia. Ted Reilly, filho do colono pioneiro proprietário de Mlilwane entrou em acção. Em 1961, lá criou a primeira área protegida dos Big Game Parks que mais tarde fundou. Também conservou o termo suazi para os pequenos fogos que os relâmpagos há muito geram.
Monte Lamjung Kailas Himal, Nepal, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
costa, fiorde, Seydisfjordur, Islandia
Arquitectura & Design
Seydisfjordur, Islândia

Da Arte da Pesca à Pesca da Arte

Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Aventura
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.
Kente Festival Agotime, Gana, ouro
Cerimónias e Festividades
Kumasi a Kpetoe, Gana

Uma Viagem-Celebração da Moda Tradicional Ganesa

Após algum tempo na grande capital ganesa ashanti cruzamos o país até junto à fronteira com o Togo. Os motivos para esta longa travessia foram os do kente, um tecido de tal maneira reverenciado no Gana que diversos chefes tribais lhe dedicam todos os anos um faustoso festival.
Ponta Delgada, São Miguel, Açores, Portas da Cidade
Cidades
Ponta Delgada, São Miguel, Açores

A Cidade da Grande Ilha dos Açores

Durante os séculos XIX e XX, Ponta Delgada tornou-se a cidade mais populosa e a capital económico-administrativa dos Açores. Lá encontramos a história e o modernismo do arquipélago de mãos-dadas.
Comida
Comida do Mundo

Gastronomia Sem Fronteiras nem Preconceitos

Cada povo, suas receitas e iguarias. Em certos casos, as mesmas que deliciam nações inteiras repugnam muitas outras. Para quem viaja pelo mundo, o ingrediente mais importante é uma mente bem aberta.
Cansaço em tons de verde
Cultura
Suzdal, Rússia

Em Suzdal, é de Pequenino que se Celebra o Pepino

Com o Verão e o tempo quente, a cidade russa de Suzdal descontrai da sua ortodoxia religiosa milenar. A velha cidade também é famosa por ter os melhores pepinos da nação. Quando Julho chega, faz dos recém-colhidos um verdadeiro festival.
Espectador, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, Australia
Desporto
Melbourne, Austrália

O Futebol em que os Australianos Ditam as Regras

Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.
Caiaquer no lago Sinclair, Cradle Mountain - Lake Sinclair National Park, Tasmania, Austrália
Em Viagem
À Descoberta de Tassie, Parte 4 -  Devonport a Strahan, Austrália

Pelo Oeste Selvagem da Tasmânia

Se a quase antípoda Tazzie já é um mundo australiano à parte, o que dizer então da sua inóspita região ocidental. Entre Devonport e Strahan, florestas densas, rios esquivos e um litoral rude batido por um oceano Índico quase Antárctico geram enigma e respeito.
Salto para a frente, Naghol de Pentecostes, Bungee Jumping, Vanuatu
Étnico
Pentecostes, Vanuatu

Naghol de Pentecostes: Bungee Jumping para Homens a Sério

Em 1995, o povo de Pentecostes ameaçou processar as empresas de desportos radicais por lhes terem roubado o ritual Naghol. Em termos de audácia, a imitação elástica fica muito aquém do original.
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

A Vida Lá Fora

Tobago, Pigeon Point, Scarborough, pontão
História
Scarborough a Pigeon Point, Tobago

À Descoberta da Tobago Capital

Das alturas amuralhadas do Forte King George, ao limiar de Pigeon Point, o sudoeste de Tobago em redor da capital Scarborough, revela-nos uns trópicos controversos sem igual.
Brava ilha Cabo Verde, Macaronésia
Ilhas
Brava, Cabo Verde

A Ilha Brava de Cabo Verde

Aquando da colonização, os portugueses deparam-se com uma ilha húmida e viçosa, coisa rara, em Cabo Verde. Brava, a menor das ilhas habitadas e uma das menos visitadas do arquipélago preserva uma genuinidade própria da sua natureza atlântica e vulcânica algo esquiva.
lago ala juumajarvi, parque nacional oulanka, finlandia
Inverno Branco
Kuusamo ao PN Oulanka, Finlândia

Sob o Encanto Gélido do Árctico

Estamos a 66º Norte e às portas da Lapónia. Por estes lados, a paisagem branca é de todos e de ninguém como as árvores cobertas de neve, o frio atroz e a noite sem fim.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Literatura
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
Cilaos, ilha da Reunião, Casario Piton des Neiges
Natureza
Cilaos, Reunião

Refúgio sob o tecto do Índico

Cilaos surge numa das velhas caldeiras verdejantes da ilha de Reunião. Foi inicialmente habitada por escravos foragidos que acreditavam ficar a salvo naquele fim do mundo. Uma vez tornada acessível, nem a localização remota da cratera impediu o abrigo de uma vila hoje peculiar e adulada.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Em espera, Mauna Kea vulcão no espaço, Big Island, Havai
Parques Naturais
Mauna Kea, Havai

Mauna Kea: um Vulcão de Olho no Espaço

O tecto do Havai era interdito aos nativos por abrigar divindades benevolentes. Mas, a partir de 1968 várias nações sacrificaram a paz dos deuses e ergueram a maior estação astronómica à face da Terra
Casario de Gangtok, Sikkim, Índia
Património Mundial UNESCO
Gangtok, Índia

Uma Vida a Meia-Encosta

Gangtok é a capital de Sikkim, um antigo reino da secção dos Himalaias da Rota da Seda tornado província indiana em 1975. A cidade surge equilibrada numa vertente, de frente para a Kanchenjunga, a terceira maior elevação do mundo que muitos nativos crêem abrigar um Vale paradisíaco da Imortalidade. A sua íngreme e esforçada existência budista visa, ali, ou noutra parte, o alcançarem.
femea e cria, passos grizzly, parque nacional katmai, alasca
Personagens
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
Magníficos Dias Atlânticos
Praias
Morro de São Paulo, Brasil

Um Litoral Divinal da Bahia

Há três décadas, não passava de uma vila piscatória remota e humilde. Até que algumas comunidades pós-hippies revelaram o retiro do Morro ao mundo e o promoveram a uma espécie de santuário balnear.
Detalhe do templo de Kamakhya, em Guwahati, Assam, Índia
Religião
Guwahati, India

A Cidade que Venera Kamakhya e a Fertilidade

Guwahati é a maior cidade do estado de Assam e do Nordeste indiano. Também é uma das que mais se desenvolve do mundo. Para os hindus e crentes devotos do Tantra, não será coincidência lá ser venerada Kamakhya, a deusa-mãe da criação.
Sobre Carris
Sobre Carris

Viagens de Comboio: O Melhor do Mundo Sobre Carris

Nenhuma forma de viajar é tão repetitiva e enriquecedora como seguir sobre carris. Suba a bordo destas carruagens e composições díspares e aprecie os melhores cenários do Mundo sobre Carris.
Sociedade
Profissões Árduas

O Pão que o Diabo Amassou

O trabalho é essencial à maior parte das vidas. Mas, certos trabalhos impõem um grau de esforço, monotonia ou perigosidade de que só alguns eleitos estão à altura.
Casario, cidade alta, Fianarantsoa, Madagascar
Vida Quotidiana
Fianarantsoa, Madagáscar

A Cidade Malgaxe da Boa Educação

Fianarantsoa foi fundada em 1831 por Ranavalona Iª, uma rainha da etnia merina então predominante. Ranavalona Iª foi vista pelos contemporâneos europeus como isolacionista, tirana e cruel. Reputação da monarca à parte, quando lá damos entrada, a sua velha capital do sul subsiste como o centro académico, intelectual e religioso de Madagáscar.
Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, Convívio masai
Vida Selvagem
Masai Mara, Quénia

Reserva Masai Mara: De Viagem pela Terra Masai

A savana de Mara tornou-se famosa pelo confronto entre os milhões de herbívoros e os seus predadores. Mas, numa comunhão temerária com a vida selvagem, são os humanos Masai que ali mais se destacam.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.