Osaka, Japão

Na Companhia de Mayu


A noite japonesa é um negócio bilionário e multifacetado. Em Osaka, acolhe-nos uma anfitriã de couchsurfing enigmática, algures entre a gueixa e a acompanhante de luxo.

São 22h em ponto.

Mayu aparece ao fim do corredor profundo da estação de Osaka Jokitazume e desce uma espécie de passerella fria, feita de mosaicos brancos industriais. Aproxima-se da barreira de torniquetes e de nós com uma leveza nipónica que nos impressiona.

Apresenta-se num inglês surpreendente, com uma voz bem mais grave do que estávamos habituados a ouvir nas mulheres japonesas, ainda assim suave e a condizer: “Olá, sou eu a Mayu, vão ficar em minha casa.”

Retrato mayu, Osaka, Japão

Mayu num dos seus muitos quimonos e prestes a iniciar o seu turno laboral em Osaka.

Confirmamos a nossa identidade, agradecemos de novo a hospitalidade e seguimos os passos curtos da anfitriã. Metemo-nos no elevador e saímos para a avenida na superfície.

A entrada do prédio em que habitava, fica a menos de 100 metros. Entramos no átrio e noutro elevador.

Acolhimento de Couchsurfing com Vista para o Castelo de Osaka

Chegamos ao 10º andar e ao seu domicílio, tiramos os sapatos e instalamo-nos na pequena sala, com vista para o Osaka-Jo, o castelo imponente que as bombas americanas arrasaram no fim da 2ª Guerra Mundial mas que as autoridades da cidade reconstruiram e fazem agora sobressair do breu urbano, com recurso a potentes canhões de luz.

Mayu põe-nos à vontade sobre o seu pequeno sofá branco de napa e traz-nos latas de cerveja Sapporo gelada. Nós dividimos uma. Ela bebe três e ruboresce a olhos vistos. O seu inglês confirma-se intermediate  e não beginner como tinha registado no perfil de Couchsurfing que preencheu.

“Apreendi-o quase todo na Europa, confessa-nos. Já estive por duas vezes na Croácia. Também fui à Bósnia-Herzegovina e a França. Fiquei a adorar os vossos Festivais da Eurovisão”.

Quando perguntamos porquê a Croácia e a Bósnia-Herzegovina entre tantos países da Europa, limita-se a encolher os ombros e a esboçar um “Porque calhou.” nada explicativo, muito menos convincente.

Além do domínio das línguas estrangeiras, e dos 32 anos de idade, constava no perfil o inevitável item “Occupation”. Quanto a este, Mayu não podia ser mais defensiva: “Not of your business!”

Ficamos à conversa até à 1a da manhã. Por volta dessa hora, o álcool e o cansaço aliam-se e obrigam-na a recolher ao seu quarto elevado numa espécie de divisão mezanina. Aproveitamos a sugestão e cedemos ao conforto soporífero dos futons e edredons que nos tinha estendido.

O Novo Dia (e Noite) de Mayu

Acordamos às 10, prendados por um sol radiante. Damos com um bilhete de Mayu a informar que tinha ido para o ginásio e voltava à hora do almoço.

Deixamos o apartamento para explorar o precinto vizinho do castelo de Osaka, ocupado por inúmeras almas livres da metrópole, grupos de jovens alunos irrequietos, casais de namorados e até um dançarino de J-Pop excêntrico e solitário que se move como se fosse de borracha ao ritmo da música privada fornecida pelos seus fones.

Regressamos a casa para buscar os portáteis antes de recorrermos à sempre conveniente Internet gratuita da cadeia McDonalds.

Encontramos Mayu a preparar-se para descer, vestida de quimono. “Não se assustem, são coisas do meu trabalho. Só volto lá para as 2 da madrugada. Já devem estar a dormir.”

No duplex, Osaka, Japao

Mayu desce dos seus aposentos no piso superior do andar de Osaka.

O Intrigante Ofício Nocturno de Mayu

No interior, reparamos com mais atenção num cabide repleto de outras roupas tradicionais nipónicas e, a contrastar, fotografias suas feitas em purikuras (estúdios de fotografia sofisticados japoneses) com amigas, em roupa interior.

O mistério em relação à sua profissão adensava-se sob o espectro proibitivo do aviso online. Não era da nossa conta, ponto final.

Em quimono de elevador, Osaka, Japão

Mayu deixa a sua casa, já de quimono.

Em termos de horas, o dia-a-dia sui generis de Mayu dificilmente coincidia com o nosso. Ela continuava a regressar já estávamos a dormir há muito.

Nós deixávamos a casa bem antes de ela acordar. Passaram-se, assim, três dias sem nos cruzarmos.

Quimonos e as Primeiras Confissões

Começámos a achar a situação imprópria e, na noite seguinte, esperamos por ela. Chega de quimono e, no meio de mais uma longa conversa, concordou que a fotografássemos com o traje típico.

Adereços, osaka, Japão

Mayu analisa uma mala repleta de roupa interior, cintas, bandas e outros acessórios que usa por baixo dos seus quimonos

Pediu-nos ajuda para escolher um mais colorido e exemplificou a delicada colocação do cinto.

Confessou-nos que esperava que o namorado a viesse visitar de Tóquio no fim de semana mas que estava desiludida porque isso já não ia acontecer.

Conversa puxa conversa, Mayu sente-se mais à vontade. Fala pela primeira vez nos seus clientes e revela-nos parte do enigma. “Muitas dessas coisas que vêem por aí são presentes.

Todos os dias me dão coisas. Por falar, tenho um cliente novo que é especialmente rico. Como vocês próprios concordaram, estou a precisar de um portátil novo. Acho que vou ver se ele mo oferece”.

Mayu confessa-se uma acompanhante e explica, assim, as suas viagens repetidas e improváveis à Europa. Deixa em aberto o grau de intimidade das suas prestações de serviços.

Mayu deixa a sua casa, já de quimono.

O Dia-a-dia de Osaka Passado com Mayu

Fechamos mais aquela madrugada com diálogos amenos regados a Sapporo e, aproveitando a cumplicidade reforçada, sugerimos acompanhá-la em parte do seu Sábado pré-laboral. Mayu aceita.

A anfitriã volta a acordar tarde. Encontramo-nos em casa por volta das 14h, tinha ela acabado de regressar do ginásio. Almoçamos bentos aquecidos no micro-ondas. Em seguida, vamos juntos ao salão hair stylist.

No Metro, Osaka, Japão

Curta viagem de metro de casa para o cabeleireiro.

Mayu sai de cabelo ainda molhado indigno de novo quimono que, por sua vez, destoa do visual futurista do metro e dos passageiros com que nos cruzamos.

Sentimo-nos a seguir um equívoco temporal e, Mayu, desconfortável como não tinha previsto, enquanto a fotografamos ao longo do percurso comutável.

Penetramos num labirinto de arcadas e, logo, no estabelecimento a que vai todos os dias. As jovens estilistas saúdam-na, instalam-na num cadeirão e passam-lhe para as mãos um catálogo plastificado de penteados que examina com destreza.

Cabeleireiros e Penteados

“Gostam deste?” e mostra-nos a imagem correspondente. Dizemos que sim. “OK, então está decidido”.

Penteados, Osaka, Japão

Cabeleireira mostra um catálogo de penteados a Mayu

Em três tempos, as cabeleireiras secam-lhe o cabelo e colocam os rolos necessários. Enquanto o cabelo adquire o volume desejado, Mayu aproveita para se maquilhar.

Em seguida, uma outra estilista desenha o toucado escolhido que termina com uma boa dose de laca em spray de que Mayu protege a cara com uma protecção facial transparente.

No cabeleireiro, Osaka, Japão

Mayu segura uma máscara enquanto a cabeleireira executa o seu novo penteado.

Fica pronto o visual para a noite que se aproxima. A cliente saca de 2000 ienes, assina um papel e despede-se. Já no exterior, concede-nos uma curiosa explicação comercial. “O preço normal para este styling que fiz são uns 8.000 ienes mas como venho cá todos os dias tenho um belo desconto. Só pago 2000. Também, não é toda a gente que faz estes penteados todos os dias, certo?”.

A Última Noite de Couchsurfing de Osaka, com Mayu

Vamos juntos para uma zona central e passeamos pelas ruelas repletas de pequenos bares e restaurantes. Chega a hora de nos separarmos e diz-nos que, dali, seguia sozinha. Ficamos com a ideia que para manter secreto o lugar em que trabalhava.

Junto a máquina de bebidas, Osaka, Japao

Uma pausa antes do trabalho, para uma bebida revigorante.

Nessa noite, regressamos do restaurante Portugália (negócio pioneiro do nosso compatriota Eduardo Mira Batista, radicado no Japão há 30 anos).

Percorremos as ruas a caminho de casa quando reconhecemos a zona em que a anfitriã nipónica nos deixou. Interrogamo-nos se não a encontraríamos quando somos confrontados pelo aparato de uma qualquer operação de socorro que combina bombeiros e polícia.

Centenas de trabalhadores e clientes dos estabelecimentos, como moradores dos andares superiores saem para a rua assustados e atrapalham a movimentação dos veículos de emergência e dos agentes.

Apesar do frenesim, estes chegam finalmente ao bar de porta fechada em que tinha disparado o alarme e encontram algum fumo no interior mas nada de demasiado complicado. O fumo é extinto, os agentes desligam o alarme, registam a ocorrência e cobram a multa correspondente aos proprietários.

Passada a confusão, a multidão debanda. O bairro de Osaka volta a entregar-se à sua intensa mizu shobai.

Skyline, Osaka, Japão

Os prédios mais altos do centro administrativo e de negócios da cidade, uma das maiores megalópoles do Japão

Já é Domingo. Mayu retorna a casa mais tarde que nunca.

Na manhã seguinte, diz-nos que um novo cliente tinha gostado dela mais que o habitual. Mudamo-nos para Hiroxima sem sabermos ao certo o que isso teria implicado. Ainda hoje estamos por perceber.

Quioto, Japão

Sobrevivência: A Última Arte Gueixa

Já foram quase 100 mil mas os tempos mudaram e as gueixas estão em vias de extinção. Hoje, as poucas que restam vêem-se forçadas a ceder a modernidade menos subtil e elegante do Japão.
Tóquio, Japão

Um Santuário Casamenteiro

O templo Meiji de Tóquio foi erguido para honrar os espíritos deificados de um dos casais mais influentes da história do Japão. Com o passar do tempo, especializou-se em celebrar bodas tradicionais.
Tóquio, Japão

Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
Tóquio, Japão

Ronronares Descartáveis

Tóquio é a maior das metrópoles mas, nos seus apartamentos exíguos, não há lugar para mascotes. Empresários nipónicos detectaram a lacuna e lançaram "gatis" em que os afectos felinos se pagam à hora.
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
Monte Koya, Japão

A Meio Caminho do Nirvana

Segundo algumas doutrinas do budismo, são necessárias várias vidas para atingir a iluminação. O ramo shingon defende que se consegue numa só. A partir do Monte Koya, pode ser ainda mais fácil.
Magome-Tsumago, Japão

Magome a Tsumago: o Caminho Sobrelotado Para o Japão Medieval

Em 1603, o xogum Tokugawa ditou a renovação de um sistema de estradas já milenar. Hoje, o trecho mais famoso da via que unia Edo a Quioto é percorrido por uma turba ansiosa por evasão.
Ogimashi, Japão

Uma Aldeia Fiel ao A

Ogimashi revela uma herança fascinante da adaptabilidade nipónica. Situada num dos locais mais nevosos à face da Terra, esta povoação aperfeiçoou casas com verdadeiras estruturas anti-colapso.
Takayama, Japão

Takayama do Japão Antigo e da Hida Medieval

Em três das suas ruas, Takayama retém uma arquitectura tradicional de madeira e concentra velhas lojas e produtoras de saquê. Em redor, aproxima-se dos 100.000 habitantes e rende-se à modernidade.
Nikko, Japão

O Derradeiro Cortejo do Xogum Tokugawa

Em 1600, Ieyasu Tokugawa inaugurou um xogunato que uniu o Japão por 250 anos. Em sua homenagem, Nikko re-encena, todos os anos, a transladação medieval do general para o mausoléu faustoso de Toshogu.
Nara, Japão

O Berço Colossal do Budismo Nipónico

Nara deixou, há muito, de ser capital e o seu templo Todai-ji foi despromovido. Mas o Grande Salão mantém-se o maior edifício antigo de madeira do Mundo. E alberga o maior buda vairocana de bronze.
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Okinawa, Japão

Danças de Ryukyu: têm séculos. Não têm grandes pressas.

O reino Ryukyu prosperou até ao século XIX como entreposto comercial da China e do Japão. Da estética cultural desenvolvida pela sua aristocracia cortesã contaram-se vários estilos de dança vagarosa.
Miyajima, Japão

Xintoísmo e Budismo ao Sabor das Marés

Quem visita o tori de Itsukushima admira um dos três cenários mais reverenciados do Japão. Na ilha de Miyajima, a religiosidade nipónica confunde-se com a Natureza e renova-se com o fluir do Mar interior de Seto.
Iriomote, Japão

Iriomote, uma Pequena Amazónia do Japão Tropical

Florestas tropicais e manguezais impenetráveis preenchem Iriomote sob um clima de panela de pressão. Aqui, os visitantes estrangeiros são tão raros como o yamaneko, um lince endémico esquivo.
Okinawa, Japão

O Pequeno Império do Sol

Reerguida da devastação causada pela 2ª Guerra Mundial, Okinawa recuperou a herança da sua civilização secular ryukyu. Hoje, este arquipélago a sul de Kyushu abriga um Japão à margem, prendado por um oceano Pacífico turquesa e bafejado por um peculiar tropicalismo nipónico.
Quioto, Japão

Um Japão Milenar Quase Perdido

Quioto esteve na lista de alvos das bombas atómicas dos E.U.A. e foi mais que um capricho do destino que a preservou. Salva por um Secretário de Guerra norte-americano apaixonado pela sua riqueza histórico-cultural e sumptuosidade oriental, a cidade foi substituída à última da hora por Nagasaki no sacrifício atroz do segundo cataclismo nuclear.
Tóquio, Japão

Pachinko: o Vídeo - Vício Que Deprime o Japão

Começou como um brinquedo mas a apetência nipónica pelo lucro depressa transformou o pachinko numa obsessão nacional. Hoje, são 30 milhões os japoneses rendidos a estas máquinas de jogo alienantes.
Hiroxima, Japão

Hiroxima: uma Cidade Rendida à Paz

Em 6 de Agosto de 1945, Hiroxima sucumbiu à explosão da primeira bomba atómica usada em guerra. Volvidos 70 anos, a cidade luta pela memória da tragédia e para que as armas nucleares sejam erradicadas até 2020.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
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Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
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O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
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O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
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Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
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Lüderitz, Namibia

Wilkommen in Afrika

O chanceler Bismarck sempre desdenhou as possessões ultramarinas. Contra a sua vontade e todas as probabilidades, em plena Corrida a África, o mercador Adolf Lüderitz forçou a Alemanha assumir um recanto inóspito do continente. A cidade homónima prosperou e preserva uma das heranças mais excêntricas do império germânico.
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Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.
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Cerimónias e Festividades
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De Volta aos Anos 30

Devastada por um sismo, Napier foi reconstruida num Art Deco quase térreo e vive a fazer de conta que parou nos Anos Trinta. Os seus visitantes rendem-se à atmosfera Great Gatsby que a cidade encena.
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Cidades
Sydney, Austrália

De Desterro de Criminosos a Cidade Exemplar

A primeira das colónias australianas foi erguida por reclusos desterrados. Hoje, os aussies de Sydney gabam-se de antigos condenados da sua árvore genealógica e orgulham-se da prosperidade cosmopolita da megalópole que habitam.
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Comida
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Cansaço em tons de verde
Cultura
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Em Suzdal, é de Pequenino que se Celebra o Pepino

Com o Verão e o tempo quente, a cidade russa de Suzdal descontrai da sua ortodoxia religiosa milenar. A velha cidade também é famosa por ter os melhores pepinos da nação. Quando Julho chega, faz dos recém-colhidos um verdadeiro festival.
Desporto
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Homem, uma Espécie Sempre à Prova

Está-nos nos genes. Pelo prazer de participar, por títulos, honra ou dinheiro, as competições dão sentido ao Mundo. Umas são mais excêntricas que outras.
DMZ, Coreia do Sul, Linha sem retorno
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DMZ, Dora - Coreia do Sul

A Linha Sem Retorno

Uma nação e milhares de famílias foram divididas pelo armistício na Guerra da Coreia. Hoje, enquanto turistas curiosos visitam a DMZ, várias das fugas dos oprimidos norte-coreanos terminam em tragédia
Cowboys basotho, Malealea, Lesoto
Étnico
Malealea, Lesoto

A Vida no Reino Africano dos Céus

O Lesoto é o único estado independente situado na íntegra acima dos mil metros. Também é um dos países no fundo do ranking mundial de desenvolvimento humano. O seu povo altivo resiste à modernidade e a todas as adversidades no cimo da Terra grandioso mas inóspito que lhe calhou.
Vista para ilha de Fa, Tonga, Última Monarquia da Polinésia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sinais Exóticos de Vida

St. Augustine, Cidade da Flórida, EUA, a ponte dos Leões
História
Saint Augustine, Florida, E.U.A.

De Regresso aos Primórdios da Florida Hispânica

A disseminação de atracções turísticas de gosto questionável, torna-se superficial se tivermos em conta a profundidade histórica em questão. Estamos perante a cidade dos E.U.A. contíguos há mais tempo habitada. Desde que os exploradores espanhóis a fundaram, em 1565, que St. Augustine resiste a quase tudo.
Vista para ilha de Fa, Tonga, Última Monarquia da Polinésia
Ilhas
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A Última Monarquia da Polinésia

Da Nova Zelândia à Ilha da Páscoa e ao Havai nenhuma outra monarquia resistiu à chegada dos descobridores europeus e da modernidade. Para Tonga, durante várias décadas, o desafio foi resistir à monarquia.
Quebra-Gelo Sampo, Kemi, Finlândia
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Kemi, Finlândia

Não é Nenhum “Barco do Amor”. Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
Sombra vs Luz
Literatura
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O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

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Natureza
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Umas Filipinas do Outro Mundo

O arquipélago filipino estende-se por 300.000 km² de oceano Pacífico. Parte do sub-arquipélago Visayas, Bohol abriga pequenos primatas com aspecto alienígena e as colinas extraterrenas de Chocolate Hills.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
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Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Maui, Havai, Polinésia,
Parques Naturais
Maui, Havai

Maui: o Havai Divino que Sucumbiu ao Fogo

Maui é um antigo chefe e herói do imaginário religioso e tradicional havaiano. Na mitologia deste arquipélago, o semi-deus laça o sol, levanta o céu e leva a cabo uma série de outras proezas em favor dos humanos. A ilha sua homónima, que os nativos creem ter criado no Pacífico do Norte, é ela própria prodigiosa.
Tequila, cidade de Jalisco, México, jima
Património Mundial UNESCO
Tequila, JaliscoMéxico

Tequila: a Destilação do Oeste Mexicano que Anima o Mundo

Desiludidos com a falta de vinho e de aguardente, os Conquistadores do México aprimoraram a aptidão indígena milenar de produzir álcool. No século XVII, os espanhóis estavam satisfeitos com a sua pinga e começaram a exportá-la. A partir de Tequila, o pueblo, hoje, centro de região demarcada. E nome por que se tornou famosa.
Visitantes da casa de Ernest Hemingway, Key West, Florida, Estados Unidos
Personagens
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Cahuita, Costa Rica, Caribe, praia
Praias
Cahuita, Costa Rica

Um Regresso Adulto a Cahuita

Durante um périplo mochileiro pela Costa Rica, de 2003, deliciamo-nos com o aconchego caribenho de Cahuita. Em 2021, decorridos 18 anos, voltamos. Além de uma esperada, mas comedida modernização e hispanização do pueblo, pouco mais tinha mudado.
Braga ou Braka ou Brakra, no Nepal
Religião
Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
white pass yukon train, Skagway, Rota do ouro, Alasca, EUA
Sobre Carris
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
Kente Festival Agotime, Gana, ouro
Sociedade
Kumasi a Kpetoe, Gana

Uma Viagem-Celebração da Moda Tradicional Ganesa

Após algum tempo na grande capital ganesa ashanti cruzamos o país até junto à fronteira com o Togo. Os motivos para esta longa travessia foram os do kente, um tecido de tal maneira reverenciado no Gana que diversos chefes tribais lhe dedicam todos os anos um faustoso festival.
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Vida Quotidiana
Colónia Pellegrini, Argentina

Quando a Carne é Fraca

É conhecido o sabor inconfundível da carne argentina. Mas esta riqueza é mais vulnerável do que se imagina. A ameaça da febre aftosa, em particular, mantém as autoridades e os produtores sobre brasas.
Leões juvenis num braço arenoso do rio Chire
Vida Selvagem
PN Liwonde, Malawi

A Reanimação Prodigiosa do PN Liwonde

Durante largo tempo, a incúria generalizada e o alastrar da caça furtiva vitimaram esta reserva animal. Em 2015, a African Parks entrou em cena. Em pouco tempo, também beneficiário da água abundante do lago Malombe e do rio Chire, o Parque Nacional Liwonde tornou-se um dos mais vivos e exuberantes do Malawi.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.