Nzulezu, Gana

Uma Aldeia à Tona do Gana


Frescura da manhã
Moradora no extremo de uma das ruelas de madeira de Nzulezu, após um banho revigorante.
A caminho de Nzulezu
Embarcação aproxima-se do trecho com vegetação mais densa do canal de vai de Beyin até ao Lago Amansuri e a Nzulezu.
Duo curiosidade
Duas crianças inspeccionam os forasteiros, nas imediações da escola da aldeia.
Miss Jeito
Moradoras numa das várias sessões de cabeleireiro que pudemos apreciar na povoação.
Lares anfíbios
Vegetação anfíbia envolve o casario palafítico de Nzulezu, em plena época das chuvas do Gana.
Passadiço-Passerelle
Mãe e filho percorrem o passiço principal de Nzulezu, entre outras habitantes.
Brincadeiras lacustres
Menina brinca sozinha dentro de um barco ancorado no lago.
Castigo matinal
Jovens moradores tratam da higiene das vestes, de modo bem tradicional.
Expedição juvenil
Duas crianças divertem-se a manobrar um barco tradicional numa atmosfera bem cinzenta e pesada própria da época das chuvas.
Castigo matinal II
Jovem entregue a lavagem da roupa do lar, já com um grande tecido africano a secar ao ar livre.
Um “gang” escolar
Alunos da escola local durante um intervalo nas aulas.
Citrus Ganeses
Vendedora de laranjas em plena venda.
A caminho de Nzulezu II
Moradores prestes a chegarem a casa, vindos de Beyin e a passarem num trecho do lago envolto de palmeiras-rafia.
Conversa a duas
Alunas da escola de Nzulezu confraternizam de caderno aberto.
Tempo para tudo
Mãe e filha no interior da sua casa lacustre.
A caminho de Nzulezu (versão escola)
Jovem remador prestes a chegar à escola, de uniforme castanho e amarelo.
Partimos da estância balnear de Busua, para o extremo ocidente da costa atlântica do Gana. Em Beyin, desviamos para norte, rumo ao lago Amansuri. Lá encontramos Nzulezu, uma das mais antigas e genuínas povoações lacustres da África Ocidental.

Temos a praia pela frente. Só que o litoral de areia amarelada, farta, que se estendia por várias dezenas de metros do coqueiral denso até onde as vagas se aventuravam e que nos havia ali atraído estava reduzido a uma pobre amostra, entrecortada por faixas divisórias de pedras negras.

Busua não era mais o que já fora. Sem razões para lá nos alongarmos, prosseguimos até à povoação piscatória vizinha de Beyin, uma aglomeração sortida de casas dispostas entre a beira-mar e a estrada ribeirinha em que terminaria a secção rodoviária da viagem.

Canoa no canal que conduz ao lago Amansuri, Gana

Embarcação aproxima-se do trecho com vegetação mais densa do canal de vai de Beyin até ao Lago Amansuri e a Nzulezu.

Ao Longo do Canal de Beyin

Blay Erzoah Ackah David, o anfitrião e guia, identifica-nos à chegada. Dá-nos umas boas-vindas tímidas à sua terra. Em seguida, prepara-nos para a jornada fluvial que nos esperava. Leva-nos a um canal estreito ali próximo onde subimos a bordo de um barco de madeira.

Começamos de imediato a percorrer o canal, primeiro ao longo de uma vastidão de capim ensopado, entretanto, enfiados num palmeiral denso, bem mais sombrio, dotado de uma espécie de dique de bambu, instalado de forma a que os nativos pudessem delimitar a circulação dos peixes.

Essa secção lúgubre e apertada pela vegetação dura o que dura. Sem que o esperássemos, a luz regressa.

A caminho de Nzulezu, lago Amansuri, Gana

Moradores prestes a chegarem a casa, vindos de Beyin e a passarem num trecho do lago envolto de palmeiras-rafia.

O canal reabre para uma lagoa verde-escura que reflete as folhas pendentes das palmeiras-ráfia e um viveiro compartimentado em diversos corredores de estacas. Quase de imediato, passa para uma vastidão aquática de águas tremelicantes, do mesmo cinzento do céu carregado.

 O Sempre Inesperado Lago Amansuri

Por essa altura, já estávamos em pleno no lago. Pagaiada após pagaiada, internamo-nos no grande paul de Amansuri, um ecossistema de pântano, manguezal, planícies alagadas e litoral arenoso do extremo sudoeste do Gana, com a Costa do Marfim, a meros 40km.

Durante algum tempo, vemos apenas as margens verdejantes, algumas aves pernaltas e uma ou duas canoas que sulcavam a distância. Assim é, até que, quase cinquenta minutos após o embarque, vislumbramos um trio de habitações de madeira alinhadas contra as palmeiras da margem.

Aproximamo-nos. Contornamo-las. Percebemos que essas três ocultavam muitas mais, lacustres, quase todas coloridas, ligadas por passadiços geométricos de tábuas envelhecidas.

Palafitas de Nzulezu, Gana

Vegetação anfíbia envolve o casario palafítico de Nzulezu, em plena época das chuvas do Gana.

“Sejam bem-vindos a Nzulezu.” atira Blay Erzoah ocupado com a atracagem e o desembarque.

Um Estranho Domínio Palafítico

Subimos para um passadiço imediato. Percorremo-lo até outro perpendicular. Blay Erzoah toma-o, apontado ao extremo oposto da povoação. Nós, cedemos à curiosidade.

Tresmalhamo-nos por outros caminhos e inauguramos uma exploração tão irresistível como, depressa nos inteiramos, tabu. “O chefe da aldeia está à nossa espera!” informa o guia. “Primeiro que tudo, temos que o saudar.”

Crianças de Nzulezu, Gana

Duas crianças inspeccionam os forasteiros, nas imediações da escola da aldeia.

Blay Erzoah conduz-nos a um edifício comunal simples. No interior, o líder da comunidade saúda-nos com novas boas-vindas. Faz-nos sentar e inaugura uma apresentação aturada de Nzulezu, a aldeia palafítica em que vivia há muito a sua comunidade de quase seiscentas pessoas.

Descreve-nos uma crença há muito popularizada naquelas partes do distrito de Jomoro: “ainda acreditamos que os nossos antepassados chegaram há cerca de 500 anos de Walata (parte da actual Mauritânia), uma das primeiras cidades das províncias do Sudão Ocidental, que integrava o antigo império do Gana.

Foi fundada por foragidos de uma guerra tribal que assolava esse território e que buscavam um lugar em se que pudessem instalar. Acreditamos que foram guiados por um caracol. O caracol é o totem da nossa comunidade e temos um santuário em sua honra.”

As Crenças Lacustres de Nzulezu e Amansuri

É aqui que a maior parte dos interlocutores estrangeiros do chefe se engasgam de incredulidade perante o imaginário da multidão em fuga a seguir uma das criaturas mais lentas à face da Terra. Nós, não fugimos à regra. Ao contrário de tantos outros que  exasperaram o patriarca, optamos por não questionar a narrativa.

Moradora de Nzulezu, Gana

Moradora no extremo de uma das ruelas de madeira de Nzulezu, após um banho revigorante.

Até há pouco, três igrejas disputavam a fé tradicionalista dos aldeãos: uma católica, uma metodista e uma pentecostal. O edifício desta última foi, todavia, arrastado por umas das últimas cheias.

De forma subtil e como é sua função, a Cristandade levada até eles durante e após o período colonial desafia a crença tanto na inusitada divindade de Nzulezu como no estatuto sagrado do Amansuri.

De acordo com a tradição, se uma mulher estiver menstruada, não pode cruzar o lago. E, ainda hoje, as gentes da aldeia receiam partir para outras partes, cientes da profecia de que uma excessiva debandada dará origem a uma catástrofe que aniquilará a população remanescente.

Os Modos Peculiares de Nzulezu

Ao mesmo tempo os nativos, acreditam que o Amansuri os protege de qualquer má intenção, que quem quer que o tente cruzar com más intenções não sobreviverá à travessia.

Alunos da escola de Nzulezu, Gana

Alunos da escola local durante um intervalo nas aulas.

A dissertação do chefe arrasta-se, só ligeiramente mais rápida que qualquer gastrópode. Passa por vários outros tópicos.

Tem o fim precipitado pelo alarido gerado pelos alunos endiabrados da escola ao lado, que se veem no intervalo das aulas e enchem o labirinto de tábuas e cana-de-bambu de tropelias e do castanho e amarelo-vivo dos seus uniformes.

Como é de esperar nestas situações, ainda mais de crianças e adolescentes ganeses, a sua trupe irrequieta desafia-nos os propósitos fotográficos com traquinices, poses e movimentos guerreiros desajeitados.

Alunas da escola de Nzulezu, Gana

Alunas da escola de Nzulezu confraternizam de caderno aberto.

Verdade seja dita que os habitantes de Nzulezu em geral não são propriamente afáveis para com os forasteiros. Por norma, quem vem de fora, chega conduzido por guias de Beyin ou de outras paragens e são raros os visitantes que se hospedam na povoação.

De acordo, desagrada aos nativos que a aldeia lucre quase só com os ingressos de 20 Cedis (aquém de 4€), bem menos que as pequenas “agências” instaladas na costa.

Deambulação sobre Estacas

Agradecemos ao chefe que fica à conversa com Blay Erzoah. Em vez de nos deixarmos intimidar, informamo-los que vamos dar uma volta e regressamos ao modo investigativo.

Como é apanágio do Gana e da África Ocidental, ao longo dos 600 metros do passadiço principal, mas não só, as mulheres ajudam-se mutuamente a embelezar os cabelos, instaladas às portas das pequenas casas, onde a luz do dia as ajuda a manusear os pentes e outros utensílios que dão forma aos penteados da moda.

Sessão de cabeleireiro em Nzulezu, Gana

Moradoras numa das várias sessões de cabeleireiro que pudemos apreciar na povoação.

Algumas das “clientes” amamentam os filhos recém-nascidos em simultâneo. Assim mantêm sossegada parte da criançada a seu cargo e permitem que as cabeleireiras de serviço lhes tratem das fartas cabeleiras. Uma, em particular, transforma o cabelo caju de uma vizinha em trancinhas.

E fá-lo com uma bebé adormecida enfiada numa canga amarela às costas.

Numa ruela mais próxima da beira-lago, um casal trata de lavar roupa em alguidares cheios de sabão. E de a estender. Parte das vestes num longo estendal garrido de que se destaca uma colcha com os padrões garridos deste confins ainda tão tribais de África. Outra parte, simplesmente esticada sobre o soalho estriado da povoação.

Lavagem de roupa em Nzulezu, Gana

Jovem de Nzulezu lava a roupa do lar, já com um grande tecido africano a secar ao ar livre.

Passamos por uma jovem mulher que instalara uma venda de laranjas de casca verde. Com os corpos uma vez mais desidratados pelo calor tropical e pelo sal e picante do inevitável fufu – a papa de mandioca que os ganeses acompanham de peixe, carne e muito piriri – encaramos a sua banca com alívio.

Compramos-lhes alguns dos citrinos. Ela, serve-nos alguns na hora, pouco incomodada com o enredo fotográfico em que, sem esperar, se vê metida.

As laranjas revelam-se bem mais suculentas do que poderíamos supor. E o sumo estimula-nos tanto como o sorriso rasgado com que a vendedora reage à nossa satisfação.

Vendedora de citrinos em Nzulezu, Gana

Vendedora de laranjas na sua venda.

Em certas casas e pequenos negócios, ao invés, pouco ou nada há que fazer. Mulheres descansam ou preguiçam espojadas no chão com as crianças indolentes ao alcance. Outras, conversam sentadas na extremidade de passadiços, com os pés pendurados sobre o lago.

Uma Vida Submissa ao Lago

Uma ínfima porção dos lares está dotada de antenas parabólicas o que não garante necessariamente a companhia da televisão. Fazer chegar a electricidade a estas paragens molhadas e marginais não consta na lista de afazeres das autoridades ganesas.

Mãe e filha repousam na sua palafita de Nzulezu, Gana

Mãe e filha no interior da sua casa lacustre.

Uma vez que o gerador da aldeia – ou outro qualquer privado – funciona a gasolina e o combustível tem um preço proibitivo, ver televisão, numa TV particular, é um luxo raro.

Como o é a frescura frigorífica da cerveja no bar local, felizmente menosprezada face ao vinho de palma local (diz-se que um dos melhores do Gana) e ao akpeteshi, uma espécie de gin que os nativos há muito aprimoram.

A alimentação e subsistência de Nzulezu dependem sobretudo da pesca e dos vegetais e tubérculos plantados em pequenos hortos em redor. Desde a hora em que atracámos, vários dos homens pescavam no lago em canoas tradicionais cavadas de troncos únicos.

Canoa em Nzulezu, Gana

Duas crianças divertem-se a manobrar um barco tradicional numa atmosfera bem cinzenta e pesada própria da época das chuvas

Ao Sabor das Monções

A configuração da aldeia, como a pesca, depende da estação do ano. Estávamos ainda na época das chuvas. A água envolvia na totalidade o castro de palafitas, sustentava grandes colónias de plantas anfíbias que salpicavam de um verde intenso o caudal de outra forma escuro.

De Novembro a Março, todavia, as chuvas rareiam. A seca anual faz o caudal diminuir. Expõe a floresta de estacas da aldeia e concede uso temporário de terrenos que, por aquela altura, não conseguíamos sequer conceber. “Estão a ver aquela secção ali cheia de nenúfares ao lado da escola?” certifica-se Blay Erzoah.

A caminho de Nzulezu (versão escola), Gana

Jovem remador prestes a chegar à escola, de uniforme castanho e amarelo.

“Acreditem ou não, ali é o campo de futebol. Os miúdos da escola jogam lá todos os dias. Agora, só se fosse polo aquático.” É outra das razões porque os vemos um pouco por todo o lado, entregues às aventuras mais aventureiras que se lembram de inventar.

Em plena monção, Blay Erzoah constata que as nuvens escuras desciam e prometiam o habitual dilúvio de fim da tarde. De acordo, precipitamos o reembarque e a navegação canal abaixo, de volta a Beyin e às imediações do grande Atlântico.

A TAP opera voos diários entre Lisboa e Acra, com preços de ida e volta desde 700€ (com taxas incluídas)

Cape Coast, Gana

O Festival da Divina Purificação

Reza a história que, em tempos, uma praga devastou a população da Cape Coast do actual Gana. Só as preces dos sobreviventes e a limpeza do mal levada a cabo pelos deuses terão posto cobro ao flagelo. Desde então, os nativos retribuem a bênção das 77 divindades da região tradicional Oguaa com o frenético festival Fetu Afahye.
Acra, Gana

A Capital no Berço da Costa do Ouro

Do desembarque dos navegadores portugueses à independência em 1957, sucederam-se as potências que dominaram a região do Golfo da Guiné. Após o século XIX, Acra, a actual capital do Gana, instalou-se em redor de três fortes coloniais erguidos pela Grã-Bretanha, Holanda e Dinamarca. Nesse tempo, cresceu de mero subúrbio até uma das megalópoles mais pujantes de África.
Elmina, Gana

O Primeiro Jackpot dos Descobrimentos Portugueses

No séc. XVI, Mina gerava à Coroa mais de 310 kg de ouro anuais. Este proveito suscitou a cobiça da Holanda e da Inglaterra que se sucederam no lugar dos portugueses e fomentaram o tráfico de escravos para as Américas. A povoação em redor ainda é conhecida por Elmina mas, hoje, o peixe é a sua mais evidente riqueza.
Ilhabela, Brasil

Em Ilhabela, a Caminho de Bonete

Uma comunidade de caiçaras descendentes de piratas fundou uma povoação num recanto da Ilhabela. Apesar do acesso difícil, Bonete foi descoberta e considerada uma das dez melhores praias do Brasil.
Navala, Fiji

O Urbanismo Tribal de Fiji

Fiji adaptou-se à invasão dos viajantes com hotéis e resorts ocidentalizados. Mas, nas terras altas de Viti Levu, Navala conserva as suas palhotas criteriosamente alinhadas.
Volta, Gana

Uma Volta pelo Volta

Em tempos coloniais, a grande região africana do Volta foi alemã, britânica e francesa. Hoje, a área a leste deste rio majestoso da África Ocidental e do lago em que se espraia forma uma província homónima. E um recanto montanhoso, luxuriante e deslumbrante do Gana.
Kumasi a Kpetoe, Gana

Uma Viagem-Celebração da Moda Tradicional Ganesa

Após algum tempo na grande capital ganesa ashanti cruzamos o país até junto à fronteira com o Togo. Os motivos para esta longa travessia foram os do kente, um tecido de tal maneira reverenciado no Gana que diversos chefes tribais lhe dedicam todos os anos um faustoso festival.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Parque Nacional Gorongosa, Moçambique, Vida Selvagem, leões
Safari
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Rebanho em Manang, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 8º Manang, Nepal

Manang: a Derradeira Aclimatização em Civilização

Seis dias após a partida de Besisahar chegamos por fim a Manang (3519m). Situada no sopé das montanhas Annapurna III e Gangapurna, Manang é a civilização que mima e prepara os caminhantes para a travessia sempre temida do desfiladeiro de Thorong La (5416 m).
Casario tradicional, Bergen, Noruega
Arquitectura & Design
Bergen, Noruega

O Grande Porto Hanseático da Noruega

Já povoada no início do século XI, Bergen chegou a capital, monopolizou o comércio do norte norueguês e, até 1830, manteve-se uma das maiores cidades da Escandinávia. Hoje, Oslo lidera a nação. Bergen continua a destacar-se pela sua exuberância arquitectónica, urbanística e histórica.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Aventura
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.
Cerimónias e Festividades
Pueblos del Sur, Venezuela

Os Pauliteiros de Mérida, Suas Danças e Cia

A partir do início do século XVII, com os colonos hispânicos e, mais recentemente, com os emigrantes portugueses consolidaram-se nos Pueblos del Sur, costumes e tradições bem conhecidas na Península Ibérica e, em particular, no norte de Portugal.
Presa por vários arames
Cidades
Curitiba, Brasil

A Vida Elevada de Curitiba

Não é só a altitude de quase 1000 metros a que a cidade se situa. Cosmopolita e multicultural, a capital paranaense tem uma qualidade de vida e rating de desenvolvimento humano que a tornam um caso à parte no Brasil.
Comida
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
O projeccionista
Cultura
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Pórtico de entrada em Ellikkalla, Uzbequistão
Em Viagem
Usbequistão

Viagem Pelo Pseudo-Alcatrão do Usbequistão

Os séculos passaram. As velhas e degradadas estradas soviéticas sulcam os desertos e oásis antes atravessados pelas caravanas da Rota da Seda. Sujeitos ao seu jugo durante uma semana, vivemos cada paragem e incursão nos lugares e cenários usbeques como recompensas rodoviárias históricas.
Danças
Étnico
Okinawa, Japão

Danças de Ryukyu: têm séculos. Não têm grandes pressas.

O reino Ryukyu prosperou até ao século XIX como entreposto comercial da China e do Japão. Da estética cultural desenvolvida pela sua aristocracia cortesã contaram-se vários estilos de dança vagarosa.
luz solar fotografia, sol, luzes
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
Panorama no vale Licungo e sua plantação de chá
História
Gurué, Moçambique, Parte 2

Em Gurué, entre Encostas de Chá

Após um reconhecimento inicial de Gurué, chega a hora do chá em redor. Em dias sucessivos, partimos do centro da cidade à descoberta das plantações nos sopés e vertentes dos montes Namuli. Menos vastas que até à independência de Moçambique e à debandada dos portugueses, adornam alguns dos cenários mais grandiosos da Zambézia.
Santiago, ilha, Cabo Verde, São Jorge dos Órgãos
Ilhas
Santiago, Cabo Verde

Santiago de Baixo a Cima

Aterrados na capital cabo-verdiana de Praia, exploramos a sua pioneira antecessora. Da Cidade Velha, percorremos a crista montanhosa e deslumbrante de Santiago, até ao topo desafogado de Tarrafal.
Barcos sobre o gelo, ilha de Hailuoto, Finlândia
Inverno Branco
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
silhueta e poema, cora coralina, goias velho, brasil
Literatura
Goiás Velho, Brasil

Vida e Obra de uma Escritora à Margem

Nascida em Goiás, Ana Lins Bretas passou a maior parte da vida longe da família castradora e da cidade. Regressada às origens, continuou a retratar a mentalidade preconceituosa do interior brasileiro
Transpantaneira pantanal do Mato Grosso, capivara
Natureza
Pantanal do Mato Grosso, Brasil

Transpantaneira, Pantanal e Confins do Mato Grosso

Partimos do coração sul-americano de Cuiabá para sudoeste e na direcção da Bolívia. A determinada altura, a asfaltada MT060 passa sob um portal pitoresco e a Transpantaneira. Num ápice, o estado brasileiro de Mato Grosso alaga-se. Torna-se um Pantanal descomunal.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Cataratas Victória, Zâmbia, Zimbabué, Zambeze
Parques Naturais
Victoria Falls, Zimbabwe

O Presente Trovejante de Livingstone

O explorador procurava uma rota para o Índico quando nativos o conduziram a um salto do rio Zambeze. As cataratas que encontrou eram tão majestosas que decidiu baptizá-las em honra da sua rainha
Selfie, Muralha da china, Badaling, China
Património Mundial UNESCO
Badaling, China

A Invasão Chinesa da Muralha da China

Com a chegada dos dias quentes, hordas de visitantes Han apoderam-se da Muralha da China, a maior estrutura criada pelo homem. Recuam à era das dinastias imperiais e celebram o protagonismo recém-conquistado pela nação.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Personagens
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Dunas da ilha de Bazaruto, Moçambique
Praias
Bazaruto, Moçambique

A Miragem Invertida de Moçambique

A apenas 30km da costa leste africana, um erg improvável mas imponente desponta do mar translúcido. Bazaruto abriga paisagens e gentes que há muito vivem à parte. Quem desembarca nesta ilha arenosa exuberante depressa se vê numa tempestade de espanto.
Camboja, Angkor, Ta Phrom
Religião
Ho Chi-Minh a Angkor, Camboja

O Tortuoso Caminho para Angkor

Do Vietname em diante, as estradas cambojanas desfeitas e os campos de minas remetem-nos para os anos do terror Khmer Vermelho. Sobrevivemos e somos recompensados com a visão do maior templo religioso
De volta ao sol. Cable Cars de São Francisco, Vida Altos e baixos
Sobre Carris
São Francisco, E.U.A.

Cable Cars de São Francisco: uma Vida aos Altos e Baixos

Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
Sociedade
Cemitérios

A Última Morada

Dos sepulcros grandiosos de Novodevichy, em Moscovo, às ossadas maias encaixotadas de Pomuch, na província mexicana de Campeche, cada povo ostenta a sua forma de vida. Até na morte.
Vida Quotidiana
Profissões Árduas

O Pão que o Diabo Amassou

O trabalho é essencial à maior parte das vidas. Mas, certos trabalhos impõem um grau de esforço, monotonia ou perigosidade de que só alguns eleitos estão à altura.
Cabo da Cruz, colónia focas, cape cross focas, Namíbia
Vida Selvagem
Cape Cross, Namíbia

A Mais Tumultuosa das Colónias Africanas

Diogo Cão desembarcou neste cabo de África em 1486, instalou um padrão e fez meia-volta. O litoral imediato a norte e a sul, foi alemão, sul-africano e, por fim, namibiano. Indiferente às sucessivas transferências de nacionalidade, uma das maiores colónias de focas do mundo manteve ali o seu domínio e anima-o com latidos marinhos ensurdecedores e intermináveis embirrações.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.