Tóquio, Japão

Pachinko: o Vídeo – Vício Que Deprime o Japão


Noite de Tóquio
Os arranha-céus iluminados da capital japonesa, uma das maiores cidades do mundo e um dos antros privilegiados dos jogadores de pachinko
Esferas do Azar
Receptáculos das esferas usadas e ganhas pelos jogadores de Pachinko.
Completa alienação
Jogadores embrenhados nos distintos ecrãs de um salão de Pachinko.
Linha da vida do Pachinko
São milhares os japoneses principalmente das grandes cidades que se deixam apanhar pelo vício do Pachinko
Viciados
Um longo corredor repleto de jogadores de um salão de Pachinko.
V
A vitória electrónica e o lucro em dinheiro formam uma ilusão que captura, todos os anos, milhares de nipónicos
Manga junto ao pachinko
Transeunte passa por um parede decorada com a imagem de uma das personagens de um tempo à frente com que crescem há muito os jovens nipónicos, nos livros manga, videojogos e também no pachinko
Salão de Pachinko
Transeuntes passam em frente da fachada de um casino de Shibuya, em Tóquio.
Noite de Tóquio
Transeuntes atravessam uma avenida ampla de Tóquio, cercada, como quase todas, por vários salões de pachinko
Os Jogadores
Jogadores lado a lado em assentos decorados e em frente a ecrãs electrónicos garridos de Pachinko
Mais um noite de pachinko
Trânsito flui numa avenida de Tóquio iluminada pela luz do crepúsculo e pela iluminação urbana da capital japonesa
De olho em Tóquio
Ciclista numa praça iluminada de Tóquio.
Começou como um brinquedo mas a apetência nipónica pelo lucro depressa transformou o pachinko numa obsessão nacional. Hoje, são 30 milhões os japoneses rendidos a estas máquinas de jogo alienantes.

O dia aproxima-se do fim.

Tóquio continua entregue a uma Primavera com céu azul e sol radioso. Deambulamos pelas ruas de Shibuya. A caminho de casa, grupos de alunas de mini-saias axadrezadas e pulôveres cinzentos perdem-se em diabruras e travessuras, .

Lolitas garridas e gyarus glamorosas passam por assalariados cinzentões no cruzamento mais atravessado do mundo. Jovens sobre bicicletas modernas adiantam-se pelos espaços desaproveitados pelo fluxo e contra fluxo da multidão.

Já do outro lado, metemo-nos numa ruela comercial repleta de montras que atraem adolescentes sedentos das novidades da moda.

Chama-nos a atenção uma parede decorada com posters com personagens de manga e caracteres nipónicos sobre fundos amarelos. Examinamos o edifício de aparência algo Blade Runner.

Salão de Pachinko, video vício, Japão

Transeuntes passam em frente da fachada de um casino de Shibuya, em Tóquio.

Os Salões Barulhentos, Fumarentos e Alienantes de Pachinko

Damos com a sua entrada principal, barrada por uma porta que obedece a sensores. E com um antro tecnológico, barulhento e fumarento. Tratava-se de um dos milhares de salões de pachinko que infestam o Japão.

No interior, dezenas de almas desperdiçam horas da sua vida, em frente a aquários electrónicos multicolores em que soltam esferas reluzentes. A maior parte dos jogadores perde rasto da realidade e a muitos milhares de ienes.

Pachinko, video vício, Japão

Jogadores embrenhados nos distintos ecrãs de um salão de Pachinko.

A ironia das ironias está em que tudo começou com um simples brinquedo.

Corinthian Bagatelle: a Surpreendente Inspiração Ocidental

Em, 1920, os japoneses descobriram um jogo de crianças americano, o Corinthian Bagatelle. Criaram a sua versão a que chamaram de korinto gemu.

Dez anos depois, a engenhoca apaixonou os adultos de Nagoya. A partir desta cidade, o fenómeno contagiou o resto da nação.

Após a 2ª Guerra Mundial ter interrompido o seu alastramento, o passatempo não tardou a regressar ao Japão vencido e destruído. Então, os prémios do jogo eram produtos valiosos no mercado negro, como sabão e chocolate.

Jogadores, Pachinko, video vício, Japão

Jogadores lado a lado em assentos decorados e em frente a ecrãs electrónicos garridos de Pachinko

Do Mero Passatempo, à Rede Nipónica de Salões de Pachinko

Em 1948, na mesma Nagoya, surgiram os primeiros salões comerciais. Agrupavam máquinas que usavam campainhas para assinalar os estados do jogo e flippers que projectavam as esferas com impactos reguláveis.

Estas máquinas mantiveram-se no activo até ao virar dos anos 80. Daí em diante, a revolução electrónica japonesa garantiu modelos cada vez mais futuristas e sedutores.

De volta ao mesmo salão de Shibuya, jogadores compenetrados continuam a ignorar os inúmeros prazeres do ar livre.

É normal chegarem muito antes da abertura das casas para disputarem as máquinas mais familiares ou as menos sofisticadas, que acreditam poder manipular com mais facilidade.

Pachinko, video vício, Japão

Transeunte passa por um parede decorada com a imagem de uma das personagens de um tempo à frente com que crescem há muito os jovens nipónicos, nos livros manga, videojogos e também no pachinko

As Máquinas “de Crianças” Que Sugam a Vida aos Adultos do Japão

Depois, sentam-se lado a lado, pernas contra pernas. Durante horas a fio, sofrem a alienação digital de “Sea Story”, “Star Wars” ou “Mappy Park” – temas gráficos e de programação dos jogos.

É raro comunicarem entre si, ou sequer olharem para o lado. A mínima perda de concentração causa a derrota na partida em que estão envolvidos.

Haveríamos de explorar pachinkos em diferentes cidades. Sem grande conhecimento, limitamo-nos a inserir ienes sem fim.

Aborrecemo-nos mais depressa do que pensávamos, a vermos as esferas infernais seguir o seu próprio destino entre pinos e outras barreiras. Ao contrário do pensávamos, o pachinko concede-nos pouco ou nenhum controlo.

Para as vítimas do jogo, todavia, as luzes, os sons infantis e o circular das esferas revelam-se hipnóticos.

Tóquio, Pachinko video vício, Japão

Trânsito flui numa avenida de Tóquio iluminada pela luz do crepúsculo e pela iluminação urbana da capital japonesa

Pachinko: um Drama Social Há muito Latente

Mesmo se o jogo permite jackpots máximos de 40 euros e ritmos de perda nunca superiores a 1.5 euros por minuto, o pachinko tem o condão de mudar vidas. Quase sempre para pior, diga-se de passagem.

É a razão porque as empresas proprietárias protegem ao máximo as identidades dos jogadores. E porque nos obrigam a repetidos exercícios de gato e rato com os seus seguranças para conseguirmos fotografias decentes no interior dos salões.

Sentimos como muitos japoneses se refugiam da pressão esmagadora dos seus trabalhos em frente das máquinas. E como, ao fim de algum tempo, perdem empregos atrás de empregos. Arruinam-se e às suas famílias e veem-se forçados a juntar-se a grupos de jogadores compulsivos anónimos.

Tóquio, cidade do video vício do Pachinko, Japão

Transeuntes atravessam uma avenida ampla de Tóquio, cercada, como quase todas, por vários salões de pachinko

Por estranho que pareça, estas não são sequer as consequências mais dramáticas. Quase todos os anos, morrem duas ou três crianças devido ao excesso de calor quando os pais se esquecem delas nos carros depois de entrarem nos salões para jogarem “apenas alguns minutos”.

E, no entanto, quando os japoneses em geral são questionados sobre os hábitos de jogo da sua nação, a maior parte limita-se a dizer que é ilegal ou que os nipónicos não jogam. Estas respostas provam o grau de marginalidade tolerada ou camuflada do pachinko.

Na realidade, o Japão tem dez vezes mais máquinas de jogo que os Estados Unidos.

Viciados, Pachinko, video vício, Japão

Um longo corredor repleto de jogadores de um salão de Pachinko.

Um Vídeo-vício que Arruina Famílias e Enriquece Corporações

Trinta dos seus quase 130 milhões de habitantes frequenta os salões de pachinko onde deixam, todos os anos, mais de 150 milhares de milhões de euros. Causam perdas estimadas da ordem dos 40 milhares de milhões de euros.

Ameaçada pela indústria crescente dos videojogos e de outras formas de apostas, os promotores e proprietários de pachinkos optaram por se apresentarem como divertidos e emocionantes.

Tomaram inclusive de empréstimo para as suas decorações de fachadas e do interior, o tipo de personagens e de grafismo manga que os hipersofisticados videojogos nipónicos aperfeiçoaram.

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A vitória electrónica e o lucro em dinheiro formam uma ilusão que captura, todos os anos, milhares de nipónicos

Os empresários nipónicos são tão obcecados por dinheiro como os jogadores de pachinko. Recorrem a truques ainda mais baixos. Chegamos a entrar em salões ainda de manhã.

Nessas ocasiões, o ruído da música e dos jogos revela-se exagerado face ao número de clientes. Não tardamos a apurar que os salões passam em contínuo uma banda sonora que simula casa cheia.

Essa música incita os recém-chegados a permanecer e a gastar. Quando as várias estratégias resultam, as casas de pachinko ficam lotadas num ápice.

Bem mais depressa que os cestos em que os apostadores guardam as esferas que conquistam.

A espaços, vemos os jogadores mais experientes ou felizardos levantarem-se e chamarem funcionários para os recolherem.

Estes, correm para satisfazer a vontade do freguês, despejam as esferas para um dispositivo contador e trazem de volta um recibo que o jogador troca por dinheiro.

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Receptáculos das esferas usadas e ganhas pelos jogadores de Pachinko.

O Jogo à Margem dos Prémios do Pachinko

Em teoria, os prémios do pachinko deveriam ser apenas produtos. Cada salão tem a sua boutique com perfumes Channel, despertadores Hello Kity e outros objectos quase insignificantes, pensos, canetas, revistas etc – que podem ser trocados por algumas centenas de esferas.

Na realidade, quase todos os jogadores preferem receber dinheiro. De maneira a contornarem a lei, os salões criaram “special prizes” fictícios e sem valor que os ganhadores levam a casas de troca sombrias situados na proximidade.

Nessas casas, outros funcionários trocam as esferas pelo desejado numerário nipónico.

Os ienes não tardam a entrar nas máquinas e a renovar o ciclo vicioso do pachinko.

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Os arranha-céus iluminados da capital japonesa, uma das maiores cidades do mundo e um dos antros privilegiados dos jogadores de pachinko

Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
Tóquio, Japão

Ronronares Descartáveis

Tóquio é a maior das metrópoles mas, nos seus apartamentos exíguos, não há lugar para mascotes. Empresários nipónicos detectaram a lacuna e lançaram "gatis" em que os afectos felinos se pagam à hora.
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Tóquio, Japão

À Moda de Tóquio

No ultra-populoso e hiper-codificado Japão, há sempre espaço para mais sofisticação e criatividade. Sejam nacionais ou importados, é na capital que começam por desfilar os novos visuais nipónicos.
Ogimashi, Japão

Um Japão Histórico-Virtual

Higurashi no Naku Koro ni” foi uma série de animação nipónica e jogo de computador com enorme sucesso. Em Ogimashi, aldeia de Shirakawa-Go, convivemos com um grupo de kigurumis das suas personagens.
Osaka, Japão

Na Companhia de Mayu

A noite japonesa é um negócio bilionário e multifacetado. Em Osaka, acolhe-nos uma anfitriã de couchsurfing enigmática, algures entre a gueixa e a acompanhante de luxo.
Tóquio, Japão

Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
Tóquio, Japão

Fotografia Tipo-Passe à Japonesa

No fim da década de 80, duas multinacionais nipónicas já viam as fotocabines convencionais como peças de museu. Transformaram-nas em máquinas revolucionárias e o Japão rendeu-se ao fenómeno Purikura.
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Okinawa, Japão

Danças de Ryukyu: têm séculos. Não têm grandes pressas.

O reino Ryukyu prosperou até ao século XIX como entreposto comercial da China e do Japão. Da estética cultural desenvolvida pela sua aristocracia cortesã contaram-se vários estilos de dança vagarosa.
Miyajima, Japão

Xintoísmo e Budismo ao Sabor das Marés

Quem visita o tori de Itsukushima admira um dos três cenários mais reverenciados do Japão. Na ilha de Miyajima, a religiosidade nipónica confunde-se com a Natureza e renova-se com o fluir do Mar interior de Seto.
Iriomote, Japão

Iriomote, uma Pequena Amazónia do Japão Tropical

Florestas tropicais e manguezais impenetráveis preenchem Iriomote sob um clima de panela de pressão. Aqui, os visitantes estrangeiros são tão raros como o yamaneko, um lince endémico esquivo.
Nikko, Japão

O Derradeiro Cortejo do Xogum Tokugawa

Em 1600, Ieyasu Tokugawa inaugurou um xogunato que uniu o Japão por 250 anos. Em sua homenagem, Nikko re-encena, todos os anos, a transladação medieval do general para o mausoléu faustoso de Toshogu.
Nara, Japão

O Berço Colossal do Budismo Nipónico

Nara deixou, há muito, de ser capital e o seu templo Todai-ji foi despromovido. Mas o Grande Salão mantém-se o maior edifício antigo de madeira do Mundo. E alberga o maior buda vairocana de bronze.
Takayama, Japão

Takayama do Japão Antigo e da Hida Medieval

Em três das suas ruas, Takayama retém uma arquitectura tradicional de madeira e concentra velhas lojas e produtoras de saquê. Em redor, aproxima-se dos 100.000 habitantes e rende-se à modernidade.
Okinawa, Japão

O Pequeno Império do Sol

Reerguida da devastação causada pela 2ª Guerra Mundial, Okinawa recuperou a herança da sua civilização secular ryukyu. Hoje, este arquipélago a sul de Kyushu abriga um Japão à margem, prendado por um oceano Pacífico turquesa e bafejado por um peculiar tropicalismo nipónico.
Quioto, Japão

Um Japão Milenar Quase Perdido

Quioto esteve na lista de alvos das bombas atómicas dos E.U.A. e foi mais que um capricho do destino que a preservou. Salva por um Secretário de Guerra norte-americano apaixonado pela sua riqueza histórico-cultural e sumptuosidade oriental, a cidade foi substituída à última da hora por Nagasaki no sacrifício atroz do segundo cataclismo nuclear.
Ogimashi, Japão

Uma Aldeia Fiel ao A

Ogimashi revela uma herança fascinante da adaptabilidade nipónica. Situada num dos locais mais nevosos à face da Terra, esta povoação aperfeiçoou casas com verdadeiras estruturas anti-colapso.
Magome-Tsumago, Japão

Magome a Tsumago: o Caminho Sobrelotado Para o Japão Medieval

Em 1603, o xogum Tokugawa ditou a renovação de um sistema de estradas já milenar. Hoje, o trecho mais famoso da via que unia Edo a Quioto é percorrido por uma turba ansiosa por evasão.
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Cidade
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Praia
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Masai Mara, Quénia

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Bonaire, ilha, Antilhas Holandesas, ABC, Caraíbas, Rincon
Cidades
Rincon, Bonaire

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Comida
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Pitões das Júnias, Montalegre, Portugal
Cultura
Montalegre, Portugal

Pelo Alto do Barroso, Cimo de Trás-os-Montes

Mudamo-nos das Terras de Bouro para as do Barroso. Com base em Montalegre, deambulamos à descoberta de Paredes do Rio, Tourém, Pitões das Júnias e o seu mosteiro, povoações deslumbrantes do cimo raiano de Portugal. Se é verdade que o Barroso já teve mais habitantes, visitantes não lhe deviam faltar.
Desporto
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Homem, uma Espécie Sempre à Prova

Está-nos nos genes. Pelo prazer de participar, por títulos, honra ou dinheiro, as competições dão sentido ao Mundo. Umas são mais excêntricas que outras.
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Batemans Bay a Jervis Bay, Austrália

Nova Gales do Sul, de Baía em Baía

Com Sydney para trás, entregamo-nos à “South Coast” australiana. Ao longo de 150km, na companhia de pelicanos, cangurus e outras peculiares criaturas aussie, deixamo-nos perder num litoral recortado entre praias deslumbrantes e eucaliptais sem fim.
Train Fianarantsoa a Manakara, TGV Malgaxe, locomotiva
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Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
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Portfólio Fotográfico Got2Globe
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O Melhor do Mundo – Portfólio Got2Globe

Glamour vs Fé
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O Último Estertor da Portugalidade Goesa

A proeminente cidade de Goa já justificava o título de “Roma do Oriente” quando, a meio do século XVI, epidemias de malária e de cólera a votaram ao abandono. A Nova Goa (Pangim) por que foi trocada chegou a sede administrativa da Índia Portuguesa mas viu-se anexada pela União Indiana do pós-independência. Em ambas, o tempo e a negligência são maleitas que agora fazem definhar o legado colonial luso.
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Os navegadores portugueses não podiam imaginar o imbróglio reservado a Formosa. Passados quase 500 anos, mesmo insegura do seu futuro, Taiwan prospera. Algures entre a independência e a integração na grande China.
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São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
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Em 1960, o Mar de Aral era um dos quatro maiores lagos do mundo mas projectos de irrigação secaram grande parte da água e do modo de vida dos pescadores. Em troca, a URSS inundou o Uzbequistão com ouro branco vegetal.
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Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
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Viagem ao Retiro Nobre da Ilha do Príncipe

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Em 2015, a primeira-dama do Zimbabué Grace Mugabe afirmou que o presidente, então com 91 anos, governaria até aos 100, numa cadeira-de-rodas especial. Pouco depois, começou a insinuar-se à sua sucessão. Mas, nos últimos dias, os generais precipitaram, por fim, a remoção de Robert Mugabe que substituiram pelo antigo vice-presidente Emmerson Mnangagwa.
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