Palmwag, Namíbia

Em Busca de Rinocerontes


Petisco Inesperado
Girafas a pouca distância de Palmwag
O Oásis de Palmwag
Palmwag Lodge, no oásis do rio Uniab
Jovem Embondeiro
Embondeiro à beira do rio Uniab, Palmwag
As Palmeiras do Uniab
Palmeiras e relevo de ocre, Palmwag
Em Busca
Pisteiro San em acção na Torra Conservancy, Namibia
Galinhas d’Angola
Galinhas de angola em alerta
Ovni, pisteiro Bosquímano
Ovni, um pisteiro San, ou bosquímano ao serviço do Palmwag Lodge
Eufórbia
Eufórbia, arbusto tóxico comum na Namíbia
Eufórbias em Marte
Cenário marciano da Torra Conservancy,
Estudo do Terreno II
Guias e girafas em fundo, Torra Conservancy
Estudo do Terreno I
Guias de binóculos na Torra Conservancy
Um Percurso algo Marciano
Jipe cruza a Torra Conservancy
Observação
Pisteiro San em acção na Torra Conservancy
Rinoceronte Negro e Desconfiado
Rinoceronte negro na Torra Conservancy
Ocaso de Palmwag
Ocaso no oásis de Palmwag
Partimos do âmago do oásis gerado pelo rio Uniab, habitat do maior número de rinocerontes negros do sudoeste africano. Nos passos de um pisteiro bosquímano, seguimos um espécime furtivo, deslumbrados por um cenário com o seu quê de marciano.

Já vamos com vários dias de novo périplo pela Namíbia.

A viajarmos de Windhoek para norte, o trajecto que se segue depressa trata de nos esclarecer que nos aproximamos da zona mais remota e selvagem do país, o recanto noroeste da província de Kunene.

Após deixarmos o Twyfelfontein Adventure Camp, ainda desfrutamos, por breves minutos, do asfalto novo e suave que servia a zona, os seus vários lodges e o reduto de arte rupestre de Twyfelfontein, património da Humanidade.

A via em que nos metemos era de categoria C. Na Namíbia, ao mínimo descuido, certas estradas C podem significar Carga de trabalhos. De maneira a não perdermos as horas de melhor luz nem na origem, nem no destino, cumprimos o percurso de 1h30, com o sol a pique.

Twyfelfontein para Trás. Rumo a Palmwag.

Tanto a C39 como a C43 a que dá lugar são de areia e gravilha. Como se não bastasse, sulcam montes e vales, ao sabor do leito seco do rio Springbok, noutro dos cenários áridos, escarpados, para o interior do deserto do Namibe.

Pelo caminho, até o nome das povoações ilustra esta secura.

Passamos Spaarwater. Progredimos já entre dois leitos fluviais, o do Springbok e o de um seu distributário. Na iminência de Palmwag, torna-se óbvia, a razão, sobretudo aquífera, de ser da povoação.

Por acção da gravidade e da erosão, uma depressão geológica concentra ainda mais álveos derivados de um rio efémero principal que nasce um pouco mais a norte, nas montanhas Grootberg.

A passagem do Uniab, renovado pelas sucessivas épocas das chuvas, de Novembro a Abril, dá origem a um oásis de palmeiras-de-leque e outras plantas que inspirou o baptismo da povoação.

O Palmwag Lodge, no oásis do rio Uniab

Chegamos a um entroncamento. Uma nova via, a C40, flecte para noroeste. Nós, mantemo-nos na C43, sobre um solo de lixa, ora ocre, ora cinza e de tons intermédios que contrasta com o verde à vista.

Umas poucas bancas de pau-a-pique na beira da estrada, expõem minerais coloridos e algum artesanato.

Como acontece com tantas outras disseminadas pela Namíbia, os seus donos estão ausentes. Aparecem de lares humildes, por vezes, distantes, numa correria e berraria, sempre que um carro se detém.

Uma Pausa na Divisória Veterinária da Namíbia

Um portão barra-nos. Estamos perante o posto de controlo local do Veterinary Cordon Fence, a Linha Vermelha Namibiana, criada para controle da febre aftosa e outras doenças do gado.

Dois funcionários abordam-nos com modos secos. “Podem abrir lá atrás? O que é que levam no frigorífico? Alguma carne ou assim?” “Abrimos, claro que sim, mas só vão encontrar duas malas quase soterradas na poeira. Frigorífico teria sido óptimo. Não nos calhou nenhum!” Ao abrirmos a porta traseira da pick up, os agentes empoeiram-se.

Desmotivam-se de investigarem o que levávamos nas malas. Dão-nos uma folha de registo para assinarmos. Dizem-nos para seguirmos, sem nos desejarem boa viagem.

O Palmwag Lodge que nos ia acolher já só distava 6km. Estava a cinco ou seis minutos finais. Demoramos mais a lidarmos com as vendedoras himba e herero que nos cercam. Outro tanto a atestamos a pick up.

Pela enésima vez desde Windhoek.

Girafas a pouca distância de Palmwag

Instantes depois, voltamos a deter-nos. A uns poucos metros da beira da estrada, duas girafas mordiscam árvores moringas, brotadas como milagres ressequidos do solo pedregoso.

Palmwag Lodge e o Oásis do rio Uniab

Damos com o lodge, quase sobre o rio, integrado no palmeiral e na mancha vegetal densa na sua base, contrastante com as elevações ocre e gráficas em fundo, montes afiados e mesetas.

Por ali, mesmo em época seca, o Uniab preservava uns poucos charcos e lençóis freáticos generosos. Sem surpresa, a água sustém a vida vegetal exuberante. Ambas, atraem uma fauna sedenta.

O quarto em que nos instalamos fica logo acima do ervado que preenche o leito. Ora, entre os extras faunísticos que tornaram o Palmwag Lodge famoso e concorrido, contam-se as visitas frequentes de manadas de elefantes.

O Uniab, as terras baixas nas suas margens e o planalto de Etendeka são habitat de zebras de montanha, vários tipos de antílopes, girafas-angolanas, entre outros.

Gal

Galinhas de angola em alerta

Em função destes herbívoros, também de leopardos, chitas, hienas-malhadas e até de leões, para mencionarmos apenas as espécies mais familiares.

Sobre as quatro e meia da tarde, saímos para explorar o rio e o seu entorno. Ainda perguntamos, na recepção, se há um trilho que nos permita subir às elevações destacadas para lá da margem oposta.

“Haver há. Mas a ideia de virem cá nunca foi servirem de refeição de leopardos ou hienas!

Por isso, vão manter-se do lado de cá do rio e nem sequer desçam para junto do matagal. Nunca se sabe o que se pode por lá esconder.”

Embondeiro à beira do rio Uniab, Palmwag

Rendemo-nos, de uma vez por todas, às evidências. Afastamo-nos.

Descemos apenas o suficiente para fotografarmos uns poucos embondeiros recém-nascidos, com formas de árvores-garrafa deslumbrantes.

Ocaso Resplandecente e um Despertar Madrugador

Com o pôr-do-sol, intensificava-se o risco de por ali cirandarmos. Refugiamo-nos para próximo do jardim e das piscinas do lodge.

Dali, o palmeiral-de-leque ficava entre nós e o ocaso.

Gera silhuetas que nos entretemos a enquadrar e a combinar.

Ocaso no oásis de Palmwag

Parte da fauna diversa que descrevemos, Palmwag tornou-se especial como ponto de partida para avistamento de uma das criaturas raras e em perigo de extinção da Namíbia e do Mundo.

Palmwag e os Rinocerontes Negros em Perigo de Extinção

Falamos do rinoceronte negro do sudoeste africano, uma subespécie de que, até há pouco, Angola conservava de um a quatro espécimes. Bem mais abundantes na Namíbia. Foi também recentemente introduzida na África do Sul, parte de um esforço internacional de preservação.

Estão, em qualquer dos países, sob ameaça de caçadores furtivos pagos para lhes removerem os chifres, há muito considerados terapêuticos ou milagrosos pela medicina tradicional chinesa e, apesar da evolução social e tecnológica da China, ainda com enorme procura.

Estima-se que 70% destes rinocerontes que subsistem em vida selvagem estejam na concessão de Palmwag. São – bem mais que os prolíficos elefantes – o principal atractivo da zona.

Ora, na madrugada seguinte, ainda antes da aurora, íamos sair em sua busca.

Viagem de Palmwag à Torra Conservancy

Partimos rumo a sul, pela mesma C43 que nos tinha levado de Twyfelfontein a Palmwag. À entrada do Inverno do hemisfério sul, faz um frio que o vento gerado pela velocidade do jipe aberto agrava.

Apanhados desprevenidos, embrulhamo-nos o melhor que conseguimos, num poncho felpudo que o guia tinha passado aos participantes.

Sofremos mais de uma hora de briol no breu.

Às tantas, o condutor deixa a estrada principal para uma via mal definida que nos leva para terras mais altas da Torra Conservancy, um de vários domínio namibianos incumbidos de preservar a vida animal.

Jipe cruza a Torra Conservancy

O sol começa a nascer.

Aos poucos, alaranja um domínio marciano que banalizava alguns dos esdrúxulos que havíamos testemunhado na Namíbia:

Eufórbia, arbusto tóxico comum na Namíbia

ondulante, coberto de rochas oxidadas, salpicado de arbustos eufórbia verdes, em cuja seiva venenosa os bosquímanos embebem as pontas das suas flechas.

Acima, outras girafas alimentam-se das suas moringas predilectas.

Guias e girafas em fundo, Torra Conservancy

Deixamos o jipe.

Munidos de binóculos, três guias perscrutam a paisagem.

Ovni, o Pisteiro San entra em Acção

Um deles é Ovni, um jovem bosquímano, como é apanágio dos bosquímanos, perito a seguir rastos e encontrar animais.

Ovni, um pisteiro San, ou bosquímano ao serviço do Palmwag Lodge

Ovni deixa os restantes guias. Inaugura o seu trabalho investigativo, de olhos bem focados no chão.

Ainda o vemos desaparecer para trás da vertente em que pastavam as girafas.

Pisteiro San em acção na Torra Conservancy, Namibia

O duo de namibianos que ficara, faz-nos formar uma fila indiana. Um deles, segue adiante, outro, na cauda.

Caminhamos, a subir, na direcção da montanha mais alta em redor e de uma manada de cabras-de-leque, alinhada lateralmente em vez de, ao comprido, como nós.

Paramos por ali. Sobre o empedrado cor-de-tijolo irregular, entre várias eufórbias que evitávamos tocar.

Os guias voltam a recorrer aos binóculos.

Guias de binóculos na Torra Conservancy

Do Nada, um Rinoceronte Solitário e Desconfiado

Percebemos, por fim, na direcção que observavam, que um grande rinoceronte descia por um vértice entre encostas, e espantava as cabras-de-leque no seu caminho.

Ovni segue-o, a boa distância, até que o rinoceronte se detém e nos sonda, de focinho no ar, a tentar cheirar se constituíamos ameaça.

Rinoceronte negro na Torra Conservancy

Acocoramo-nos todos. Com a sua missão cumprida, Ovni refastela-se numa pequena laje diagonal que quase lhe oferece um sofá.

O rinoceronte mantem a sua posição. Permite-nos observá-lo e fotografá-lo por um bom tempo.

Os guias do Palmwag Lodge ditam a retirada.

E um providencial pequeno-almoço, à sombra de umas poucas árvores em redor de uma nascente e respectivo charco.

Os rinocerontes estão num tortuoso caminho da extinção. Com aquela expedição, tínhamos admirado um deles.

E dado um pequeno contributo para a sua salvação.

Cenário marciano da Torra Conservancy,

COMO IR

Reserve o seu programa de viagem na Namíbia com a Lark Journeys: www.larkjourneys.com   Whats App: +264 81 209 47 83

FB e Instagram: Lark.Journeys

Fish River Canyon, Namíbia

As Entranhas Namibianas de África

Quando nada o faz prever, uma vasta ravina fluvial esventra o extremo meridional da Namíbia. Com 160km de comprimento, 27km de largura e, a espaços, 550 metros de profundidade, o Fish River Canyon é o Grand Canyon de África. E um dos maiores desfiladeiros à face da Terra.
Damaraland, Namíbia

Namíbia On the Rocks

Centenas de quilómetros para norte de Swakopmund, muitos mais das dunas emblemáticas de Sossuvlei, Damaraland acolhe desertos entrecortados por colinas de rochas avermelhadas, a maior montanha e a arte rupestre decana da jovem nação. Os colonos sul-africanos baptizaram esta região em função dos Damara, uma das etnias da Namíbia. Só estes e outros habitantes comprovam que fica na Terra.
Cape Cross, Namíbia

A Mais Tumultuosa das Colónias Africanas

Diogo Cão desembarcou neste cabo de África em 1486, instalou um padrão e fez meia-volta. O litoral imediato a norte e a sul, foi alemão, sul-africano e, por fim, namibiano. Indiferente às sucessivas transferências de nacionalidade, uma das maiores colónias de focas do mundo manteve ali o seu domínio e anima-o com latidos marinhos ensurdecedores e intermináveis embirrações.
Kolmanskop, Namíbia

Gerada pelos Diamantes do Namibe, Abandonada às suas Areias

Foi a descoberta de um campo diamantífero farto, em 1908, que originou a fundação e a opulência surreal de Kolmanskop. Menos de 50 anos depois, as pedras preciosas esgotaram-se. Os habitantes deixaram a povoação ao deserto.
Lüderitz, Namibia

Wilkommen in Afrika

O chanceler Bismarck sempre desdenhou as possessões ultramarinas. Contra a sua vontade e todas as probabilidades, em plena Corrida a África, o mercador Adolf Lüderitz forçou a Alemanha assumir um recanto inóspito do continente. A cidade homónima prosperou e preserva uma das heranças mais excêntricas do império germânico.
Sossusvlei, Namíbia

O Namibe Sem Saída de Sossusvlei

Quando flui, o rio efémero Tsauchab serpenteia 150km, desde as montanhas de Naukluft. Chegado a Sossusvlei, perde-se num mar de montanhas de areia que disputam o céu. Os nativos e os colonos chamaram-lhe pântano sem retorno. Quem descobre estas paragens inverosímeis da Namíbia, pensa sempre em voltar.
Twyfelfontein - Ui Aes, Namíbia

À Descoberta da Namíbia Rupestre

Durante a Idade da Pedra, o vale hoje coberto de feno do rio Aba-Huab, concentrava uma fauna diversificada que ali atraía caçadores. Em tempos mais recentes, peripécias da era colonial coloriram esta zona da Namíbia. Não tanto como os mais de 5000 petróglifos que subsistem em Ui Aes / Twyfelfontein.
Walvis Bay, Namíbia

O Litoral Descomunal de Walvis Bay

Da maior cidade costeira da Namíbia ao limiar do deserto do Namibe de Sandwich Harbour, vai um domínio de oceano, dunas, nevoeiro e vida selvagem sem igual. Desde 1790, que a profícua Walvis Bay lhe serve de portal.
PN Bwabwata, Namíbia

Um Parque Namibiano que Vale por Três

Consolidada a independência da Namíbia, em 1990, para simplificarem a sua gestão, as autoridades agruparam um trio de parques e reservas da faixa de Caprivi. O PN Bwabwata resultante acolhe uma imensidão deslumbrante de ecossistemas e vida selvagem, às margens dos rios Cubango (Okavango) e Cuando.
Spitzkoppe, Damaraland, Namíbia

A Montanha Afiada da Namíbia

Com 1728 metros, o “Matterhorn Namibiano” ergue-se abaixo das dez maiores elevações da Namíbia. Nenhuma delas se compara com a escultura granítica, dramática e emblemática de Spitzkoppe.
PN Etosha, Namíbia

A Vida Exuberante da Namíbia Branca

Um salar vasto rasga o norte namibiano. O Parque Nacional Etosha que o envolve revela-se um habitat árido, mas providencial, de incontáveis espécies selvagens africanas.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
savuti, botswana, leões comedores de elefantes
Safari
Savuti, Botswana

Os Leões Comedores de Elefantes de Savuti

Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
Circuito Annapurna, Manang a Yak-kharka
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 10º: Manang a Yak Kharka, Nepal

A Caminho das Terras (Mais) Altas dos Annapurnas

Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
Casario tradicional, Bergen, Noruega
Arquitectura & Design
Bergen, Noruega

O Grande Porto Hanseático da Noruega

Já povoada no início do século XI, Bergen chegou a capital, monopolizou o comércio do norte norueguês e, até 1830, manteve-se uma das maiores cidades da Escandinávia. Hoje, Oslo lidera a nação. Bergen continua a destacar-se pela sua exuberância arquitectónica, urbanística e histórica.
lagoas e fumarolas, vulcoes, PN tongariro, nova zelandia
Aventura
Tongariro, Nova Zelândia

Os Vulcões de Todas as Discórdias

No final do século XIX, um chefe indígena cedeu os vulcões do PN Tongariro à coroa britânica. Hoje, parte significativa do povo maori reclama aos colonos europeus as suas montanhas de fogo.
Desfile de nativos-mericanos, Pow Pow, Albuquerque, Novo México, Estados Unidos
Cerimónias e Festividades
Albuquerque, E.U.A.

Soam os Tambores, Resistem os Índios

Com mais de 500 tribos presentes, o pow wow "Gathering of the Nations" celebra o que de sagrado subsiste das culturas nativo-americanas. Mas também revela os danos infligidos pela civilização colonizadora.
Manequins e pedestres reflectidos
Cidades
Saint John's, Antigua

A Cidade Caribenha de São João

Situada numa enseada oposta àquela em que o Almirante Nelson fundou as suas estratégicas Nelson Dockyards, Saint John tornou-se a maior povoação de Antígua e um porto de cruzeiros concorrido. Os visitantes que a exploram além do artificial Heritage Quay, descobrem uma das capitais mais genuínas das Caraíbas.
Cacau, Chocolate, Sao Tome Principe, roça Água Izé
Comida
São Tomé e Príncipe

Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate

No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
Efate, Vanuatu, transbordo para o "Congoola/Lady of the Seas"
Cultura
Efate, Vanuatu

A Ilha que Sobreviveu a “Survivor”

Grande parte de Vanuatu vive num abençoado estado pós-selvagem. Talvez por isso, reality shows em que competem aspirantes a Robinson Crusoes instalaram-se uns atrás dos outros na sua ilha mais acessível e notória. Já algo atordoada pelo fenómeno do turismo convencional, Efate também teve que lhes resistir.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
A Toy Train story
Em Viagem
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
Insólito Balnear
Étnico

Sul do Belize

A Estranha Vida ao Sol do Caribe Negro

A caminho da Guatemala, constatamos como a existência proscrita do povo garifuna, descendente de escravos africanos e de índios arawaks, contrasta com a de vários redutos balneares bem mais airosos.

luz solar fotografia, sol, luzes
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
Chichen Itza, Iucatão, História Maia, cabeças de Kukulkan, El Castillo
História
Chichen Itza, Iucatão, México

À Beira do Cenote, no Âmago da Civilização Maia

Entre os séculos IX a XIII d.C., Chichen Itza destacou-se como a cidade mais importante da Península do Iucatão e do vasto Império Maia. Se a Conquista Espanhola veio precipitar o seu declínio e abandono, a história moderna consagrou as suas ruínas Património da Humanidade e Maravilha do Mundo.
Vai-e-vem fluvial
Ilhas
Iriomote, Japão

Iriomote, uma Pequena Amazónia do Japão Tropical

Florestas tropicais e manguezais impenetráveis preenchem Iriomote sob um clima de panela de pressão. Aqui, os visitantes estrangeiros são tão raros como o yamaneko, um lince endémico esquivo.
Maksim, povo Sami, Inari, Finlandia-2
Inverno Branco
Inari, Finlândia

Os Guardiães da Europa Boreal

Há muito discriminado pelos colonos escandinavos, finlandeses e russos, o povo Sami recupera a sua autonomia e orgulha-se da sua nacionalidade.
Visitantes da casa de Ernest Hemingway, Key West, Florida, Estados Unidos
Literatura
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Tombolo e Punta Catedral, Parque Nacional Manuel António, Costa Rica
Natureza
PN Manuel António, Costa Rica

O Pequeno-Grande Parque Nacional da Costa Rica

São bem conhecidas as razões para o menor dos 28 parques nacionais costarriquenhos se ter tornado o mais popular. A fauna e flora do PN Manuel António proliferam num retalho ínfimo e excêntrico de selva. Como se não bastasse, limitam-no quatro das melhores praias ticas.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Composição Flam Railway abaixo de uma queda d'água, Noruega
Parques Naturais
Nesbyen a Flam, Noruega

Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
Cidade do Cabo, África do Sul, Nelson Mandela
Património Mundial UNESCO
Cidade do Cabo, África do Sul

Ao Fim e ao Cabo

A dobragem do Cabo das Tormentas, liderada por Bartolomeu Dias, transformou esse quase extremo sul de África numa escala incontornável. E, com o tempo, na Cidade do Cabo, um dos pontos de encontro civilizacionais e urbes monumentais à face da Terra.
Em quimono de elevador, Osaka, Japão
Personagens
Osaka, Japão

Na Companhia de Mayu

A noite japonesa é um negócio bilionário e multifacetado. Em Osaka, acolhe-nos uma anfitriã de couchsurfing enigmática, algures entre a gueixa e a acompanhante de luxo.
Lançamento de rede, ilha de Ouvéa-Ilhas Lealdade, Nova Caledónia
Praias
Ouvéa, Nova Caledónia

Entre a Lealdade e a Liberdade

A Nova Caledónia sempre questionou a integração na longínqua França. Na ilha de Ouvéa, arquipélago das Lealdade, encontramos uma história de resistência mas também nativos que preferem a cidadania e os privilégios francófonos.
Braga ou Braka ou Brakra, no Nepal
Religião
Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
Comboio do Fim do Mundo, Terra do Fogo, Argentina
Sobre Carris
Ushuaia, Argentina

Ultima Estação: Fim do Mundo

Até 1947, o Tren del Fin del Mundo fez incontáveis viagens para que os condenados do presídio de Ushuaia cortassem lenha. Hoje, os passageiros são outros mas nenhuma outra composição passa mais a Sul.
Bufalos, ilha do Marajo, Brasil, búfalos da polícia de Soure
Sociedade
Ilha do Marajó, Brasil

A Ilha dos Búfalos

Uma embarcação que transportava búfalos da Índia terá naufragado na foz do rio Amazonas. Hoje, a ilha de Marajó que os acolheu tem uma das maiores manadas do mundo e o Brasil já não passa sem estes bovídeos.
Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Vida Quotidiana
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Fazenda de São João, Pantanal, Miranda, Mato Grosso do Sul, ocaso
Vida Selvagem
Fazenda São João, Miranda, Brasil

Pantanal com o Paraguai à Vista

Quando a fazenda Passo do Lontra decidiu expandir o seu ecoturismo, recrutou a outra fazenda da família, a São João. Mais afastada do rio Miranda, esta outra propriedade revela um Pantanal remoto, na iminência do Paraguai. Do país e do rio homónimo.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.