Parque Nacional de Maputo, Moçambique

O Moçambique Selvagem entre o Rio Maputo e o Índico


Oceano, Floresta & Lagoa
Vista aérea da Ponta de Membene e do Membene Lodge,
Ernesto Mulungo I
Guarda-parque Ernesto Mulungo sobre a crista acima da Planície dos Changos.
Cabeça-de-Martelo
Cabeça-de-Martelo na beira da lagoa Xinguti.
Planície dos Changos à Vista
Crista acima da Planície dos Changos, Parque Nacional de Maputo
Elefantes Inquietos
Manada de elefantes a percorrer a vastidão ervada da Planície dos Changos.
Cágado Recolhido
Cágado sobre o solo arenoso do Parque Nacional de Maputo
Duo Sarapintado
Girafas pastam no cimo de árvores espinhosas do PN Maputo.
Ernesto Mulungo I
Ernesto Mulungo num ponto alagado da estrada que leva à Ponta Membene.
Macaco-Azul intrigado
Macaco-azul observa visitantes do Parque Nacional de Maputo
Hipo & Garças
Hipopótamo dá boleia a garças, à beira de uma zona inundada.
Hipopótamo em Nado
Hipopótamo move-se na imensidão alagada da Planície dos Elefantes.
Inhala Macho adulto
Inhala observa os humanos que o observam, no Parque Nacional de Maputo
Trio Inhala
Inhalas metidas na vegetação alta do Parque Nacional de Maputo.
Zebras a Caminho
Zebras movem-se em manada próximo de uma lagoa da Planície dos Changos
Chango. Ou cobo-dos-juncais
Um chango, ou Cobo-dos-Juncais
Elefante em Debandada
Elefante afasta-se, na Planície dos Elefantes, Parque Nacional de Maputo
Manada de Elefantes percorre o prado da Planície dos Changos
Manada de Elefantes percorre o prado da Planície dos Changos
Patada em Fila
Fila de patos na Planície dos Elefantes alagada
Praia de Membene
Praia da Ponta de Membene, com as vagas do oceano Índico
Cegonha-de-Bico-Amarelo
Cegonha-de-bico-amarelo, à beira de uma lagoa
A abundância de animais, sobretudo de elefantes, deu azo, em 1932, à criação de uma Reserva de Caça. Passadas as agruras da Guerra Civil Moçambicana, o PN de Maputo protege ecossistemas prodigiosos em que a fauna prolifera. Com destaque para os paquidermes que recentemente se tornaram demasiados.

É imensa a área de savana susceptível a inundar, a sul da Baía de Maputo.

Cumprimos a entrada no parque pelo pórtico de Futi, quase 80km para sul da capital moçambicana. Findo o devido registo, aborda-nos Baptista, responsável pelos guardas que o monitoram.

“Esperem um pouco que já vem lá o vosso homem!”  Ernesto Mulungo, “o homem”, só tinha sido avisado à última hora.

Em vez de se posicionar no posto de controle da caça furtiva que lhe seria designado, ia-se juntar a nós e guiar-nos a incursão ao imenso Parque Nacional de Maputo.

Ernesto aparece. Num uniforme militar verde-ruço, com uma velha espingarda M14 ao ombro. Apresenta-se e ao serviço. Encaixa-se no pouco espaço que sobrava no interior atafulhado da pick up.

Ernesto Mulungo num ponto alagado da estrada que leva à Ponta Membene.

Valente, o motorista, põe-nos a caminho. Num ápice, confirma-se o porquê de as malas e dos portáteis, dos discos externos nelas arrumados irem dentro e com acolchoamento especial.

As vias do PN de Maputo não são de asfalto, nem de terra batida. São de muita areia sobre um solo irregular, aqui e ali, sulcado por raízes de árvores.

Como as autoridades do parque advertem, só os melhores veículos com tracção às quatro, guiados por condutores experientes e que baixam a pressão dos pneus a rigor, as conseguem vencer.

Valente estava à altura. Não fazia milagres. Em certos trechos, a suspensão dura da pick up multiplicava solavancos bruscos.

Aos poucos, a esforço, habituámo-nos a deles nos abstrairmos. Sabíamos que o parque era especial. Só ainda não tínhamos consciência do quanto.

O Guarda-Parque Ernesto Mulungo e a Re-habilitação Ambiental das Comunidades Locais

Ernesto Mulungo renova as direcções, de acordo com o seu conhecimento irrepreensível do parque, das paisagens e dos lugares que determinadas espécies animais preferiam. Ernesto era nativo de Salanca, uma povoação próxima.

O seu pai já tinha trabalhado para o parque. O à vontade naqueles domínios selvagens de Moçambique, corria-lhe no sangue.

Como acontece, amiúde, com o desenvolvimento de áreas protegidas, muitos dos moradores locais passaram de caçadores furtivos, de colocadores de armadilhas, para funcionários, guardas e guias.

Um chango, ou Cobo-dos-Juncais

Ou, pelo menos, para respeitadores da vida selvagem. Subsistem excepções, claro está.

Para as combaterem, Ernesto e os colegas mantêm-se alerta, nos seus postos mutáveis.

Em Busca de Elefantes na Planície dos Elefantes

Devido à proximidade do portal de Futi, o primeiro lugar em que nos detemos, é dos que menos necessitam de vigilância. Valente abranda. Ernesto activa os sentidos.

Entramos na Planície dos Elefantes, uma planura que a época das chuvas e a passagem recente das tempestades tropicais “Eleanora” e “Filipo” tinham alagado.

Alvitrava o nome que, por ali, daríamos com paquidermes.

Elefante afasta-se, na Planície dos Elefantes, Parque Nacional de Maputo

Depressa encontramos uns poucos.

Um jovem macho, com as fontes escorridas de testosterona, embirra de imediato com a presença da pick up e com os humanos.

Ernesto aconselha a Valente uma ligeira retirada. O suficiente para evitarmos a fúria do animal. Em vez da sua carga, apreciamo-lo e aos demais a enfiarem-se, reboliços, numa espécie de floresta juncácea, devido à sua corpulência, com a água apenas pelas patas.

Foram os únicos que por ali detectámos. No seu jeito seco, telegráfico e sincero de comunicar, Ernesto confessa-nos que achava estranho: “mas temos que ver o tamanho deste parque… isto é enorme.

Existem outras lagoas e áreas em que os pastos podem estar mais tenros. Vamos encontrar outros!”

Inhala observa os humanos que o observam.

Parque Nacional de Maputo e a sua Entusiasmante Diversidade de Espécies

Ao longo da Planície dos Elefantes, a pouca distância da estrada, avistamos inialas juvenis e adultas, pivas, dezenas de patos a nadarem entre nenúfares.

Garças, girafas que nos parecem ignorar, e macacos-azuis que, ao invés, nos estudam de alto a baixo, detrás de uma ramagem densa.

Inhalas metidas na vegetação alta do Parque Nacional de Maputo

A fauna do parque continua a revelar-se.

Hipopótamo dá boleia a garças, à beira de uma zona inundada.

Uns poucos hipopótamos deixam um prado viçoso para a protecção da planície tornada lagoa.

Vemo-los deslizarem em canais delimitados por um qualquer tipo de papiro.

Hipopótamo move-se na imensidão alagada da Planície dos Elefantes.

Avançamos até à grande lagoa de Xinguti, a mais longa do parque, apenas suplantada em área pela vizinha de Piti.

Também por ali procuramos, em vão, elefantes e hipopótamos.

Em vez, chamam-nos a atenção duas cegonhas-de-bico-amarelo e um chango (cobo-dos-juncais) tímido.

Cegonha-de-bico-amarelo, à beira de uma lagoa

Das Lagoas à Ponta Membene e ao Índico

Apesar de circularmos em modo safari, tínhamos um destino por atingir: o litoral índico da Ponta Membene e o seu Membene Lodge. ­

Prosseguimos para noroeste.

A determinada altura, com outro corpo de água salobra hiperbólico à nossa direita. No cimo da lagoa de Munde, já com vista da de Zuali, flectimos na direcção do mar.

Enfrentamos pequenos outeiros em que a estrada se revela ainda mais desafiante.

Vista aérea da Ponta de Membene e do Membene Lodge,

O lodge surge, pouco depois, dissimulado numa floresta costeira que cobre uma longa barreira dunal.

Voltamos a registar a entrada. Instalamo-nos num dos chalets alinhados na sombra da vegetação.

Logo, percorremos o passadiço que os une à área comunal e de refeições, sempre com as vagas do Índico  a afagarem o areal.

Praia da Ponta de Membene, com as vagas do oceano Índico a afagar o areal

Uns anos antes, deslumbrámo-nos com uma zona mais acima no mapa deste mesmo litoral grandioso, o de Machangulo e de Inhaca.

Estimulava-nos a dobrar o facto de desbravarmos e nos podermos banhar no seu prolongamento a sul.

Para isso, tínhamos a manhã seguinte.

Girafas pastam no cimo de árvores espinhosas

Essa tarde, dedicamo-la a procurar outras espécimes e espécies entre as lagoas que salpicavam aquela zona do parque.

Pouco ou nada acrescentou ao safari inaugural, muito menos outros elefantes.

Ocaso sobre o Parque Nacional de Maputo

Após um ocaso a que uma nebulosidade densa filtrou a exuberância, regressamos ao lodge. Jantamos à beira-mar. Dormimos embalados pelo marulho e por um coaxar estridente.

Em busca a Imensa Planície dos Changos

O dia seguinte raia solarengo. A pedir uma caminhada pela praia, acima e abaixo das dunas.

E mergulhos demorados que nos refrescassem, que recompensassem o esforço de tais empreitadas.

Deixamos o Membene lodge sobre o meio-dia.

A hora era das piores para retomarmos o modo safari, mas, entre outros, Ernesto Mulungo mantinha o desafio de nos revelar manadas de elefantes mais numerosas.

O guarda-parque sabia bem onde faltava procurá-los.

Guarda-parque Ernesto Mulungo sobre a crista acima da Planície dos Changos.

Percorremos o caminho de acesso ao lodge no sentido contrário.

Deixada para trás a lagoa de Munde, chegados a um ponto do PN de Maputo marcado como 11. Ernesto dita um desvio para norte.

Durante vinte minutos, serpenteamos entre outeiros coroados por bolsas de vegetação, aqui e ali, sob o olhar desconfiado de “cabritos”, como chamava Ernesto aos mais pequenos antílopes.

Atingimos uma crista.

Ernesto informa-nos que se trata do ponto mais elevado do parque e, como depressa percebemos, concedia uma vista desafogada, a toda a volta.

Focamo-nos na imensidão mais baixa a ocidente, uma savana semi-alagada e ervada que víamos salpicada de manadas, sobretudo de zebras e de gnus.

Zebras movem-se em manada próximo de uma lagoa da Planície dos Changos

Muitos Mais Elefantes. Manadas de Zebras e Outras

Mas não só.

“Estão ali!” brada Ernesto, do nada, do fundo dos pulmões e da alma, aliviado pelo súbito cumprir da sua missão. De facto, lá estavam.

No sopé da mesma colina, dezenas de elefantes agrupados e com crias, em manadas mais escuras e numerosas que as listadas pelas zebras.

Como suspeitava Ernesto, os paquidermes tinham trocado a “sua” planície pela dos Changos, onde a água, a erva suculenta e o espaço se revelavam infindáveis.

Daquele cimo, víamos uns poucos. Uma mera amostra.

Manada de elefantes a percorrer a vastidão ervada da Planície dos Changos.

A Degradação Histórica de uma Terra Moçambicana de Elefantes

Em tempos idos, a zona em redor da Baía de Maputo acolhia milhares de elefantes.

Chegada a era colonial, nativos e os portugueses habituaram-se a lucrar com o seu marfim que exportavam para a Europa por valores astronómicos, diz-se que a partir da Ilha dos Portugueses, a norte de Inhaca, ainda mais do PN Maputo.

Em 1932, foi criada a primeira reserva de caça. E, em 1960, uma reserva protectora que teve como propósito recuperar os elefantes da chacina anterior.

Ainda mais, porque, a determinada altura, as autoridades apuraram que integravam uma subespécie distinta, por ser costeira, habituada a viver entre os tandos, as lagoas e o oceano.

Vista aérea de manada de Elefantes a percorrer o prado da Planície dos Changos

Em 1977, deflagrou a Guerra Civil Moçambicana. A chacina regressou, disseminou-se por tantos outros parques, por exemplo pelo Parque Nacional Gorongosa, hoje, regressado à sua anterior riqueza e exuberância.

Mais para o fim do conflito, contavam-se já menos de cem elefantes.

E a Recuperação Pronunciada do Parque Nacional de Maputo

Com Moçambique em paz, as autoridades puderam voltar a estabelecer uma vasta área protegida. Aos poucos, o número de paquidermes aumentou.

Estima-se que, no final de 2023, eram para cima de quinhentos.

Em tal número, sem vedações intransponíveis, os elefantes começaram a aproximar-se de povoações próximas e a destruir plantações.

Crista acima da Planície dos Changos, Parque Nacional de Maputo

As autoridades viram-se obrigadas a transferir quase cinquenta para outros parques e reservas de Moçambique.

Ao ritmo a que os elefantes se têm reproduzido no “conforto” do PN de Maputo, poderão ser necessárias soluções complementares.

Com prejuízo para outros parques moçambicanos que poderiam receber mais espécimes, prováveis medidas de contracepção.

 

COMO IR

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 ONDE FICAR

Ponta Membene Lodge: https://www.membene.co.mz/

e-mail: [email protected]

Whatsapp:   +258 87 016 2730

Ilha Ibo, Moçambique

Ilha de um Moçambique Ido

Foi fortificada, em 1791, pelos portugueses que expulsaram os árabes das Quirimbas e se apoderaram das suas rotas comerciais. Tornou-se o 2º entreposto português da costa oriental de África e, mais tarde, a capital da província de Cabo Delgado, Moçambique. Com o fim do tráfico de escravos na viragem para o século XX e a passagem da capital para Porto Amélia, a ilha Ibo viu-se no fascinante remanso em que se encontra.
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A Miragem Invertida de Moçambique

A apenas 30km da costa leste africana, um erg improvável mas imponente desponta do mar translúcido. Bazaruto abriga paisagens e gentes que há muito vivem à parte. Quem desembarca nesta ilha arenosa exuberante depressa se vê numa tempestade de espanto.
Ilha de Moçambique, Moçambique  

A Ilha de Ali Musa Bin Bique. Perdão, de Moçambique

Com a chegada de Vasco da Gama ao extremo sudeste de África, os portugueses tomaram uma ilha antes governada por um emir árabe a quem acabaram por adulterar o nome. O emir perdeu o território e o cargo. Moçambique - o nome moldado - perdura na ilha resplandecente em que tudo começou e também baptizou a nação que a colonização lusa acabou por formar.
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
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Área de Serviço à Moda Moçambicana

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Ilha do Ibo a Ilha QuirimbaMoçambique

Ibo a Quirimba ao Sabor da Maré

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