Perth a Albany, Austrália

Pelos Confins do Faroeste Australiano


Surfspotting
Grupo de amigos acompanha o surf no oceano Índico abaixo, nas imediações do Cape Naturaliste.
Grande decisão
Uma encruzilhada verdejante nos confins do sudoeste da Austrália.
Mares azuis, mares frios
A Little Beach do PN Two Peoples, uma das praias frígidas e, só por isso, quase perfeitas da região de Albany.
A caminho do swell
Surfista desce para a praia de Smiths, um litoral selvagem e sagrado para os surfistas australianos.
Vendaval de kitesurf
Dois kitesurfers quase se emaranham sobre o mar raso e turquesa de uma praia de Gnarabup.
Colónia canguru
Cangurus observam humanos recém-chegados às imediações de um grande prado dourado.
Valley of the Giants
Um dos passadiços elevados do Valley of the Giants, uma floresta de eucaliptos gigantes anciã do sul da Austrália, situada na zona de Nornalup.
Do Outback ao Índico
Estrada de terra do tom usual do interior australiano conduz a uma grande enseada azul.
Bedtime Stories
Entrada de um drive in nas imediações de Busselton.
De pé atrás
Manada de vacas apreensivas num prado junto a uma das muitas vinhas de Margaret River.
Elephant rocks
Rochas arredondadas e com o tom de elefantes, um atributo geológico predominante do Parque Nacional William Bay.
Brincadeiras balneares
Dona e cão numa praia nas imediações de Yallingup.
Floresta salina
Vegetação ressequida nas margens de um braço de rio junto a Albany.
Primeiras impressões
Surfista contempla a Smiths Beach de um miradouro de madeira.
Dourado ozzie
Sol põe-se e define as silhuetas formadas por eucaliptos altivos, as árvores dominantes no grande sudoeste australiano.
Poucos povos veneram a evasão como os aussies. Com o Verão meridional em pleno e o fim-de-semana à porta, os habitantes de Perth refugiam-se da rotina urbana no recanto sudoeste da nação. Pela nossa parte, sem compromissos, exploramos a infindável Austrália Ocidental até ao seu limite sul.

O calor aperta mas, chega a sexta-feira, Perth abstrai-se da fornaça e espairece.

É vasto o espaço de fuga em redor. Surge preenchido por uma natureza crua e resplandecente, na prática tudo aquilo de que um australiano true blue precisa para ser feliz, se lhe juntarmos, claro está, a camaradagem, a companhia da prancha de surf durante o dia e da cerveja preferida a partir do fim da tarde.

Alguns residentes rumam à linha de areal que dota a costa do Índico para norte e para sul da foz do rio Swan. Outros, afluem à vizinha Freemantle e à sua alma gémea insular, a Rottnest Island, Rotto, como preferem abreviar os visitantes mais íntimos.

Outros ainda aventuram-se às profundezas da província sem fim ansiosos por respirar os ares puros combinados do Índico e do mais longínquo oceano Antártico. Depois de quase um mês de deliciosa permanência na capital da Austrália Ocidental, juntamo-nos à evasão.

As primeiras dezenas de quilómetros do percurso dividem-se entre as ruas dos arredores e as auto-estradas de saída da metrópole. Com a distância, começam a suceder-se os primeiros refúgios veraneantes.

À velocidade permitida, sem paragens dignas de registo, no fim da mesma tarde estamos em Bunbury. A povoação não nos enche as medidas pelo que nos limitamos a lá dormir.

Grande decisão

Uma encruzilhada verdejante nos confins do sudoeste da Austrália.

O Litoral Bravio e Surfista de Yallingup

Retomamos a Bussel Highway em direcção à Bunker Bay e ao Cabo Naturaliste.

No pino do Verão austral, grassam por ali incêndios florestais e o acesso permanece bloqueado pelas autoridades. Sem alternativas válidas, atalhamos para Yallingup.

Dona e cão numa praia nas imediações de Yallingup.

No dialecto local aborígene Noongar, Yallingup significa “Lugar do Amor”.

Não nos custa perceber porque os australianos mais abastados – incluindo, assim nos dizem, vários jogadores profissionais de críquete – se apaixonaram pelo lugar e ali têm casas de férias.

Surfspotting

Grupo de amigos acompanha o surf no oceano Índico abaixo, nas imediações do Cape Naturaliste.

A estrada termina num parque de estacionamento minimal.

Quando saímos do carro alugado, deparamo-nos com a Smiths Beach, uma enorme baía selvagem, forrada de vegetação costeira verdejante e um areal desafogado que o Índico verde-azul invade.

Taj Burrow: um quase-Mito do Surf Mundial

O cenário é grandioso. Inspira um exército de surfistas determinados como o faz a figura lendária e residente de Taj Burrow. Taj é filho de pais americanos.

Em 1988, aos 17 anos, tornou-se no competidor mais jovem a qualificar-se para o ASP World Tour, mas adiou a sua participação para o ano seguinte – quando se voltou a qualificar – por se achar demasiado jovem para passar tanto tempo em redor do mundo.

Desde então, triunfou em diversas provas de renome e derrotou concorrentes bem mais cotados, caso do agora onze vezes campeão do mundo Kelly Slater.

Os seus discípulos chegam em campervans e carrinhas envelhecidas. Vemo-los vestirem os fatos e prepararem as pranchas para logo percorrerem o longo trilho que conduz ao mar, apressados, como se receassem que se pudesse sumir de um momento para o outro.

Surfista desce para a praia de Smiths, um litoral selvagem e sagrado para os surfistas australianos.

Observamo-los também ao longe, a vencer a primeira rebentação branca para atingirem as ondas ideais que, destemidos e por vezes inconscientes, partilham com tubarões, incluindo grandes brancos.

Gnarabup, a praia que se segue, tem um mar demasiado raso para que estes portentosos predadores se acerquem mas é desprezada pela comunidade surfista.

As suas águas mais depressa fazem correr os banhistas convencionais, desejosos de relaxarem no cenário idílico antes de se perderem nos mil e um sabores e aromas de Margaret River.

Margaret River: a Capital Vinícola da Austrália Ocidental

Mags – o diminutivo afectuoso – é a povoação vinícola e gastronómica por excelência do sudoeste da Austrália Ocidental. Em nenhuma outra zona a grande ilha se revela tão mediterrânica como ali.

Do litoral para o interior, ao longo do rio epónimo, a vegetação evolui dos arbustos de arriba das praias para bolsas de sobrais e eucaliptais que remetem para o sul português, ainda mais quando abrem espaço às famosas vinhas da região, aos pastos do gado australiano e aos seus cowboys aussies.

Manada de vacas apreensivas num prado junto a uma das muitas vinhas de Margaret River.

Cento e quarenta adegas, na sua maioria diminutas, ocupam cerca de 5500 hectares e produzem vinhos cada vez mais enormes a nível mundial. Margaret River só assegura cerca de 3% da uva australiana.

Ainda assim, 20% da produção Premium do país tem ali origem, com destaque para o Sauvignon Blanc que todos os anos ajuda a atrair um milhão de visitantes.

Deixamos Mags entregue à sua maturação enóloga e turística.

Para Sul do Cabo Leeuwin. O Domínio das Grandes Florestas de Eucaliptos Australianas

Continuamos a descer a longa Bussel Highway com passagem por Karridale e por Augusta. Fica por estes lados a porta de entrada para o Cabo Leeuwin, o ponto limiar ocidental do Sudoeste, onde os aussies crêem que colidem os oceanos Índico e Antárctico.

Prosseguimos para a região das grandes florestas australianas, um domínio místico e poderoso que leva à lágrima os ozzies mais patriotas e sentimentalistas, comovidos pelo cheiro quente da terra, rendidos à imponência dos troncos gigantescos das jarrah, marri e karri trees, as espécies de eucaliptos que ali proliferam.

Ao longo de centenas de quilómetros, esta floresta majestosa rouba-nos a visão aberta do céu e deixa-nos apreensivos. As distâncias australianas são intermináveis. Não as podemos percorrer devagar.

Só que, por aqueles lado, os wallabies e cangurus de maior porte cruzam a estrada com frequência.

Sol põe-se e define as silhuetas formadas por eucaliptos altivos, as árvores dominantes no grande sudoeste australiano.

Qualquer colisão poderia provocar danos irreparáveis de parte a parte, ainda mais grave num domínio que os ambientalistas inveterados têm como sagrado.

“We Love Music” repete, a espaços, com sotaque ozzie, a voz feminina no éter. Para compensarmos a monotonia da paisagem e das rectas sem fim, mantemos o rádio sintonizado na Triple J, uma das estações mais jovens e irreverentes da Austrália.

A determinada altura, somos prendados com uma entrevista a dois membros dos Buraka Som Sistema que, na altura, animavam um dos principais festivais de Verão australianos ao som do contagiante “Wegue Wegue” e outros temas do seu progressive kuduro.

Enquanto os quilómetros e os marsupiais por nós passam, não conseguimos deixar de rir com a discussão de Lil John, Kalaf e DJ Riot sobre as virtudes e desvirtudes musicais do sempre prepotente norte-americano Kanye West.

Quase uma hora depois, permanecemos subsumidos na floresta e a visão inesperada de várias lonas e cartazes de protesto confirma-nos a presença latente dos ambientalistas.

Até há algum tempo, as árvores da região – muitas delas seculares – alimentaram uma indústria madeireira próspera sediada em Nannup, Bridgetown, Pemberton e Northcliffe.

A pressão dos ambientalistas nunca parou de aumentar. Como resultado, o governo limitou o abate a um mínimo essencial.

À Descoberta do Majestoso Valley of the Giants

Hoje, estas pequenas povoações procuram compensar o corte no seu velho e fácil sustento com lucros de actividades ecológicas recém-geminadas.

Por fim, chegamos ao Grande Sul australiano. Ainda cercados de árvores e mais árvores, planeamos deter-nos no Valley of the Giants, ansiosos por trocarmos o carro pela mais impressionante dessas emendas ambientais.

Estrada de terra do tom usual do interior australiano conduz a uma grande enseada azul.

Passamos por Walpole. Após Nornalup, flectimos para o interior até que chegámos à área protegida que lhe dá o nome.

Exclusivas desta pequena região do Grande Sul da Austrália Ocidental, as árvores tingle tingle (Eucalyptus jacksonii) que ali abundam podem viver mais de 400 anos e crescer 60 metros enquanto os seus troncos chegam aos 16 metros de diâmetro nas bases.

Durante décadas, os locais e visitantes entusiastas da natureza percorreram o trajecto que atravessa o vale para verem o “Velho Império” vegetal que se havia instalado naquele lugar muito antes de os europeus ancorarem na grande ilha austral.

Hoje, graças ao pensamento ecológico da população e das autoridades, mais que admirar a partir do chão, podemos caminhar pelo cimo da floresta ao longo de uma estrutura com cerca de 600 metros.

O vento faz oscilar as passadeiras e agrava uma vertigem controlada mas o mar de clorofila em redor deixa-nos deslumbrados.

Um dos passadiços elevados do Valley of the Giants, uma floresta de eucaliptos gigantes anciã do sul da Austrália, situada na zona de Nornalup.

Uma Dinamarca Perdida na Austrália Ocidental

Denmark é conhecida como a vila em que aquela mesma floresta aparentemente sem fim encontra o mar e os hippies se encontram uns aos outros.

Como tantas povoações pela Austrália Ocidental fora, revela-se um refúgio de campo marcadamente residencial mas repleto de galerias e lojinhas de arte alimentadas pelos estilos de vida alternativos de muitos moradores.

Ao contrário do que toda a gente e nós próprios pudéssemos pensar, o seu nome tem pouco que ver com o país nórdico. Foi-lhe atribuído, em 1829, pelo médico naval Thomas Braidwood Wilson, o primeiro homem branco a explorar a zona e que baptizou o rio que ali corria com o apelido de um dos seus melhores amigos, o doutor Alexander Denmark.

Mais que a povoação, são as redondezas que nos atraem.

Apelam-nos, em particular, o litoral excêntrico do PN William Bay, repleto de enseadas perfeitas em que as marés cobrem e descobrem curiosas rochas arredondadas – as Elephant Rocks – e piscinas naturais com uma água tão gélida que só verdadeiros masoquistas nelas se banham.

Rochas arredondadas e com o tom de elefantes, um atributo geológico predominante do Parque Nacional William Bay.

Estamos já na costa meridional da Austrália.

Para sul no mapa, resta apenas a Antárctida e, a condizer, sopram ventos furiosos que, além de baixarem adicionalmente a temperatura do ar e do oceano, parecem querer arrancar os grandes calhaus de granito dispersos pela praia.

South Coast Highway Fora, até ao Destino Final de Albany

A leste, ao longo da South Coast Highway, sucedem-se dois tipos de beira-mar extremos e imaculados, ora rochoso e dramático, ora dominado pela vegetação costeira verdejante e embelezado por areais que mais parecem neve.

Mares azuis

A Little Beach do PN Two Peoples, uma das praias frígidas e, só por isso, quase perfeitas da região de Albany.

Mesmo se é apenas a sexta cidade do estado, com 34.000 habitantes, Albany é a maior que visitamos desde que deixámos Busselton, onde acompanhámos uma prova maritima de natação.

Também é a colónia permanente mais antiga da Austrália Ocidental, fundada em 1826, três anos antes de Perth. Nos dias que correm, exibe visuais contrastantes.

O do velho centro histórico com os seus edifícios coloniais relativamente bem preservados junto à marginal e o da zona nova que se desenvolve a olhos vistos para o interior e que aumenta uma extensão americanizada de centros comerciais e de restaurantes de fast-food.

O charme do antigo agrada-nos. Mantemo-nos entre as ruas e cafés do centro, a longa marginal do Princess Royal Harbour e a reputada Middleton beach.

Sol põe-se e define as silhuetas formadas por eucaliptos altivos, as árvores dominantes no grande sudoeste australiano.

Nove dias e 543 km após a partida de Perth, tínhamos chegado ao ponto final do itinerário.

Pouco tempo depois, apanhamos a Albany Highway e regressamos à capital pelo interior do grande sudoeste australiano.

Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
Great Ocean Road, Austrália

Oceano Fora, pelo Grande Sul Australiano

Uma das evasões preferidas dos habitantes do estado australiano de Victoria, a via B100 desvenda um litoral sublime que o oceano moldou. Bastaram-nos uns quilómetros para percebermos porque foi baptizada de The Great Ocean Road.
À Descoberta de Tassie, Parte 1 - Hobart, Austrália

A Porta dos Fundos da Austrália

Hobart, a capital da Tasmânia e a mais meridional da Austrália foi colonizada por milhares de degredados de Inglaterra. Sem surpresa, a sua população preserva uma forte admiração pelos modos de vida marginais.
Perth, Austrália

A Cidade Solitária

A mais 2000km de uma congénere digna desse nome, Perth é considerada a urbe mais remota à face da Terra. Apesar de isolados entre o Índico e o vasto Outback, são poucos os habitantes que se queixam.
Perth, Austrália

Cowboys da Oceania

O Texas até fica do outro lado do mundo mas não faltam vaqueiros no país dos coalas e dos cangurus. Rodeos do Outback recriam a versão original e 8 segundos não duram menos no Faroeste australiano.
Perth, Austrália

Dia da Austrália: em Honra da Fundação, de Luto Pela Invasão

26/1 é uma data controversa na Austrália. Enquanto os colonos britânicos o celebram com churrascos e muita cerveja, os aborígenes celebram o facto de não terem sido completamente dizimados.
À Descoberta de Tassie, Parte 4 -  Devonport a Strahan, Austrália

Pelo Oeste Selvagem da Tasmânia

Se a quase antípoda Tazzie já é um mundo australiano à parte, o que dizer então da sua inóspita região ocidental. Entre Devonport e Strahan, florestas densas, rios esquivos e um litoral rude batido por um oceano Índico quase Antárctico geram enigma e respeito.
À Descoberta de Tassie, Parte 3, Tasmânia, Austrália

Tasmânia de Alto a Baixo

Há muito a vítima predilecta das anedotas australianas, a Tasmânia nunca perdeu o orgulho no jeito aussie mais rude ser. Tassie mantém-se envolta em mistério e misticismo numa espécie de traseiras dos antípodas. Neste artigo, narramos o percurso peculiar de Hobart, a capital instalada no sul improvável da ilha até à costa norte, a virada ao continente australiano.
Sydney, Austrália

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A primeira das colónias australianas foi erguida por reclusos desterrados. Hoje, os aussies de Sydney gabam-se de antigos condenados da sua árvore genealógica e orgulham-se da prosperidade cosmopolita da megalópole que habitam.
Michaelmas Cay, Austrália

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Alice Springs a Darwin, Austrália

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Cairns a Cape Tribulation, Austrália

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Os Ficheiros Pouco Secretos de Wycliffe Wells

Há décadas que os moradores, peritos de ovnilogia e visitantes testemunham avistamentos em redor de Wycliffe Wells. Aqui, Roswell nunca serviu de exemplo e cada novo fenómeno é comunicado ao mundo.
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Comboio para o Meio da Selva

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Melbourne, Austrália

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Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.
À Descoberta de Tassie,  Parte 2 - Hobart a Port Arthur, Austrália

Uma Ilha Condenada ao Crime

O complexo prisional de Port Arthur sempre atemorizou os desterrados britânicos. 90 anos após o seu fecho, um crime hediondo ali cometido forçou a Tasmânia a regressar aos seus tempos mais lúgubres.
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Entre Quokkas e outros Espíritos Aborígenes

No século XVII, um capitão holandês apelidou esta ilha envolta de um oceano Índico turquesa, de “Rottnest, um ninho de ratos”. Os quokkas que o iludiram sempre foram, todavia, marsupiais, considerados sagrados pelos aborígenes Whadjuk Noongar da Austrália Ocidental. Como a ilha edénica em que os colonos britânicos os martirizaram.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
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Pelas Terras Moçambicanas do Chá

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Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
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O Pantanal das Pampas

No mapa mundo, para sul do famoso pantanal brasileiro, surge uma região alagada pouco conhecida mas quase tão vasta e rica em biodiversidade. A expressão guarani Y berá define-a como “águas brilhantes”. O adjectivo ajusta-se a mais que à sua forte luminância.
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Do Lado de Lá do Desfiladeiro

Após a travessia exigente de Thorong La, recuperamos na aldeia acolhedora de Muktinath. Na manhã seguinte, voltamos a descer. A caminho do antigo reino do Alto Mustang e da aldeia de Kagbeni que lhe serve de entrada.
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No final do século XIX, um chefe indígena cedeu os vulcões do PN Tongariro à coroa britânica. Hoje, parte significativa do povo maori reclama aos colonos europeus as suas montanhas de fogo.
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Em Jerusalém, enquanto percorrem a Via Dolorosa, os crentes mais sensíveis apercebem-se de como a paz do Senhor é difícil de alcançar nas ruelas mais disputadas à face da Terra.
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Os tailandeses chamam a cada templo budista wat e a sua capital do norte tem-nos em óbvia abundância. Entregue a sucessivos eventos realizados entre santuários, Chiang Mai nunca se chega a desligar.
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Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
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A imprevisibilidade dos rios na região mais chuvosa à face da Terra nunca demoveu os Khasi e os Jaintia. Confrontadas com a abundância de árvores ficus elastica nos seus vales, estas etnias habituaram-se a moldar-lhes os ramos e estirpes. Da sua tradição perdida no tempo, legaram centenas de pontes de raízes deslumbrantes às futuras gerações.
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Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
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Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
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Foi alvo frequente das Cruzadas e tomada e retomada vezes sem conta. Hoje, israelita, Acre é partilhada por árabes e judeus. Vive tempos bem mais pacíficos e estáveis que aqueles por que passou.
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São Nicolau: Romaria à Terra di Sodade

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O Fogo que Reavivou a Vida Selvagem de eSwatini

A meio do século passado, a caça excessiva extinguia boa parte da fauna do reino da Suazilândia. Ted Reilly, filho do colono pioneiro proprietário de Mlilwane entrou em acção. Em 1961, lá criou a primeira área protegida dos Big Game Parks que mais tarde fundou. Também conservou o termo suazi para os pequenos fogos que os relâmpagos há muito geram.
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Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.