Península de Banks, Nova Zelândia

O Estilhaço de Terra Divinal da Península de Banks


Pura Nova Zelândia
Ovelhas pastam sobre um prado inclinado da península de Banks, com o estuário de Akaroa em fundo.
Entroncamento
Sinalização colorida indica povoações e distintas baías da península de Banks.
“Esses” campestres
Carro desce uma das estradas que conduz do cimo interior da península em direcção ao nível do mar.
Ao abrigo do Pacífico do Sul
Casario de Akaroa, a principal povoação da península de Banks.
Fire & Ice
Crianças fazem compras numa loja afrancesada de Akaroa.
Vida de Vivenda
Moradias de Akaroa dispostas encosta abaixo até ao braço de mar.
Bovinos curiosos
Manada de vacas quebra o enorme predomínio das ovelhas na Nova Zelândia e na Península de Banks.
Conversa interminável
Obra de arte caseira numa vivenda de Akaroa.
Hora de Pasto
Rebanho de ovelhas deixa uma estação ovelheira
Promos a Giz
Moradoras de Akaroa passam por quadros promocionais de um bar-pousada da cidade.
Salpicos ovinos
Ovelhas disseminadas por um prado verdejante da Península de Banks.
Okains Bay Garage
Uma oficina automóvel na povoação insignificante de Okains Bay.
Morro Arejado
Vacas pastam sobre uma encumeada com vista para o Pacífico do Sul.
Experiências aeronáuticas
Homem salta e é sustentado no ar por rajadas de vento que sopram estuário de Akaroa adentro.
Enseada Tranquila
Pequeno trilho dá acesso a uma praia de origem vulcânica.
Casa de Deus
A igreja de Saint Patrick, em Akaroa.
Negócio familiar
Família repousa numa loja de Okains Bay.
Baía apertada
Mar azulão do Pacífico do Sul preenche uma enseada exígua da Península de Banks.
Qualidade de vida
Ciclista percorre uma rua histórica de Akaroa.
Vista do ar, a mais óbvia protuberância da costa leste da Ilha do Sul parece ter implodido vezes sem conta. Vulcânica mas verdejante e bucólica, a Península de Banks confina na sua geomorfologia de quase roda-dentada a essência da sempre invejável vida neozelandesa.

As cidades da Nova Zelândia são realmente especiais.

Ainda mal deixámos o centro histórico de Christchurch e o verde campestre, seja ou não rural, predomina. Assalta-nos a noção de que em poucos territórios se terão os colonos britânicos sentido tão em casa como neste, descaído nos antípodas.

O percurso já pouco ou nada tem de urbano quando vislumbramos, através de um velho gradeamento de jardim, um grupo de jogadores de cricket trajados de branco e polidos e requintados a rigor, à boa maneira aristocrática british.

Por si só, o desporto não ia bem nem connosco nem com nenhum latino à face da terra. Mesmo assim, quisemos perceber e testemunhar o que fazia aqueles jovens jogadores levantarem-se tão cedo num sábado de manhã para se entregarem aos seus bats e aos wickets.

Instalamo-nos sobre o relvado quase-perfeito. O mais perto possível do limite da área de jogo em que alguns outros conviviam entre si e com amigas e namoradas, sentados ou deitados com as cabeças sobre os sacos de desporto, de cervejas na mão, à espera da sua vez de entrar em cena.

A cada erro mais grosseiro, os de reserva desatam a rir à gargalhada. Prendam-nos com uma série de piadas que caem melhor entre as miúdas na assistência que junto dos compinchas no activo, competitivos, desesperados por concentração.

Mal estes últimos saíam do rectângulo alongado em que jogam, refrescam-se, instalam-se e assumem o papel de chatos jocosos dos seus substitutos.

Para nosso desgosto, por mais turnos que se sucedessem, a sua forte pronúncia kiwi e algum vocabulário técnico da modalidade ou da gíria neozelandesa impediam-nos de perceber boa parte das sátiras.

Acompanhamos esta alternância por quase uma hora mas, sabíamos o quanto podia durar uma partida de cricket. Mesmo tratando-se de um confronto amador, não quisemos arriscar.

Já tínhamos testemunhado o prazer genuíno que aqueles adolescentes empertigados mas descontraídos e cool retiravam do desporto.

Ainda estávamos longe de compreender como eles, os seus pais, tios e o grosso do universo masculino anglófono incluindo da Índia, do Bangladesh, do Paquistão e das Índias Ocidentais suportavam partidas na TV que se arrastavam por quatro ou cinco dias.

Direcções, Península Banks, Akaroa, Canterbury, Nova Zelândia

Sinalização colorida indica povoações e distintas baías da península de Banks.

Da Nova Zelândia Urbana de Christchurch ao Campo da Península de Banks

A Nova Zelândia era, ali em redor, mais deslumbrante que nunca. Com o tempo contado, regressamos ao carro. Apontamos para uma tal de Península de Banks, lugar que tanto nos haviam elogiado nos últimos dias.

A caminho, detemo-nos no cimo de Port Hills. Depois, em Lyttelton que jaz à beira-mar, no fundo de uma encosta íngreme e longa que descemos aos “esses”.

"Esses", Península Banks, Akaroa, Canterbury, Nova Zelândia

Carro desce uma das estradas que conduz do cimo interior da península em direcção ao nível do mar.

Foi naquele mesmo litoral, num desequilíbrio aflitivo que desembarcaram, em 1850, os primeiros colonos europeus. Ali inauguraram uma caminhada histórica colinas acima.

Viriam a aglomerar-se na que se tornou a maior das cidades da Ilha do Sul, baptizada de Christchurch, à imagem saudosista da modelo de Dorset que espreita o Canal da Mancha.

Contornamos o grande estuário de Lyttelton ,até outra via cimeira de seu nome Gebbles Pass Road e à encumeada suprema do Monte Herbert (920m).

Encostamos o carro junto a um café de montanha pitoresco instalado no piso térreo de um chalé de madeira. Compramos bebidas quentes para disfarçar a frigidez do vento. Enquanto as bebericamos, admiramos o cenário surreal que se estende para diante e para baixo.

Península Banks, Akaroa, Canterbury, Nova Zelândia

Ovelhas pastam sobre um prado inclinado da península de Banks, com o estuário de Akaroa em fundo.

Do topo da encosta para sudoeste, a estrada livra-se das árvores que a envolvem. Desvenda-nos um cenário simultaneamente bucólico e selvagem de cortar a respiração.

A Excentricidade Geológica da Península de Banks

Prolonga-se por um declive gradual, forrado por uma manta relvada de retalhos de vários tons de verde e amarelo em que pastam milhares de ovelhas.

A anunciar o Oceano Pacífico, surge, então, a baía de Akaroa, de tal forma escondida pelas colinas costeiras, que se disfarça de lago.

Akaroa, Península Banks, Canterbury, Nova Zelândia

Casario de Akaroa, a principal povoação da península de Banks.

Por essa altura, não tínhamos ainda noção. Vista do ar, a Península de Banks parece ter sido vítima de um teste nuclear. A sua superfície irregular e fragmentada, repleta de pequenos cumes, baías e recortes geológicos invadidos pelo mar, resultou da longa erosão de dois estratovulcões, o Lyttelton e o Akaroa que chegaram a ter mil e quinhentos metros de altitude.

Se esta descrição suscita um imaginário rochoso e inóspito, a realidade revela-se bem distinta. Mesmo surreal como assim a descobríamos, a península era, ao mesmo tempo deslumbrante e aconchegante.

Acolhia quase oito mil almas atraídas pela qualidade de vida daquela espécie de Éden ervado. Já por lá tinham passado nossos compatriotas. Deixaram uma herança que nos entrou pelos olhos adentro quando alcançamos Akaroa, a única povoação a sério da península.

Ciclista em Akaroa, Península Banks, Canterbury, Nova Zelândia

Ciclista percorre uma rua histórica de Akaroa.

“Exacto. Chamava-se António Rodrigues. Era português …” assegura a empregada do outro lado do balcão do Bar Hotel Madeira. O mistério instala-se.

Que fazia ali, naquele recanto antíctone do planeta, um estabelecimento de origem lusa? Para o apurar, recuámos no tempo, à era da colonização neozelandesa, quando o povo maori ainda dominava a maior parte da Ilha do Sul.

James Cook, Rivalidade Franco-Britânica e os Nativos Maori

Apuramos que Akaroa foi avistada pelo navegador James Cook em 1770.

À sua passagem, Cook pensou tratar-se de uma ilha. Baptizou-a em nome do naturalista Sir Joseph Banks. Em 1831, a tribo maori residente Ngai Tahu foi atacada pela riva Ngati Toa.

Este conflito causou uma diminuição drástica da população nativa. Facilitou a vida e as intenções de um capitão baleeiro francês denominado Jean Francois L’Anglois. Nove anos depois, L’Anglois comprou a península aos nativos que encontrou.

Com o apoio do governo da metrópole ofereceu passagens de barco e conseguiu incentivar mais sessenta e três colonos franceses a lá se instalarem. Apenas alguns dias antes de estes chegarem, oficiais britânicos enviaram um navio de guerra e hastearam uma Union Jack.

Igreja Saint Patrick de Akaroa, Península Banks, Canterbury, Nova Zelândia

A igreja de Saint Patrick, em Akaroa.

Reclamaram a sua posse da península e território em redor sob o auspício do Tratado de Waitangi, segundo o qual os chefes maori reconheciam a soberania britânica sobre a Nova Zelândia em geral.

A gente de Akaroa gosta de sublinhar aos visitantes que, caso os povoadores franceses tivessem desembarcado na península dois dias antes, toda a Ilha do Sul poderia ser hoje francesa.

Esses mesmos franceses acabaram por se instalar em Akaroa. Em 1849, venderam a sua reivindicação de posse à New Zealand Company.

No ano seguinte, um grupo avultado de colonos britânicos assentou arraiais e começou a desmatar a terra então densamente florestada com o propósito de garantir a criação de gado.

Rebanho, Península Banks, Canterbury, Nova Zelândia

Rebanho de ovelhas deixa uma estação ovelheira

As casas da vila e diversos nomes de ruas e lugares ajudam a confirmar a autenticidade e seriedade daquela que foi a única colónia da França na Nova Zelândia. Mas, como é costume nestas novelas das descobertas e colonizações, também os portugueses estiveram envolvidos.

A Revelação do Inevitável Português Expatriado em Akaroa

Nos primeiros anos do século XIX, a caça à baleia era uma das actividades que mais atraía os europeus ao downunder. Durante esse período, os baleeiros americanos e franceses incluíam frequentemente, nas suas tripulações polinésios e portugueses das ilhas.

Eventualmente ligado a esse influxo, António Rodrigues, chegou da Madeira. Instalou-se na povoação onde viria a construir e a adquirir alguns edifícios, entre os quais o Hotel Madeira que, agora, num estilo clássico de guest-house combinada com british pub, continua a funcionar destacado do casario mais baixo.

Akaroa (enseada comprida, no dialecto maori da zona) é, hoje, um vilarejo cosmopolita. Apreciado de uns quilómetros península acima, revela-se um postal imaculado, com o seu casario colorido na base de duas encostas opostas e a invadir o Akaroa Harbour, uma baía incrível escondida do oceano, de águas azul-bebé.

Vivendas de Akaroa, Península Banks, Canterbury, Nova Zelândia

Moradias de Akaroa dispostas encosta abaixo até ao braço de mar.

Banks Peninsula a La Française

Ao longo da rua marginal repetem-se os bares e restaurantes, lojas de artesanato e recordações, pousadas e hotéis todos eles coloridos e pitorescos, que exploram a beleza singular do lugar e sua a atmosfera afrancesada.

Chalés lilases e cor-de-rosa com nomes como “Chez La Mer”, “La Belle Villa” ou “C’est la Vie” aliciam mochileiros a alguns dias de estadia perfumada pela natureza, o que inclui distintos aromas da prolífica pecuária local.

Fire & Ice, Akaroa, Península Banks, Canterbury, Nova Zelândia

Crianças fazem compras numa loja afrancesada de Akaroa.

Entre os filmes em exibição no cinema local conta-se uma reposição anglófona de “Bienvenue Chez Les Ch’tis” a comédia de Dany Boon que se diverte e divertiu mais de 20 milhões de espectadores franceses – um novo recorde da nação – a caricaturar as peculiaridades das gentes do extremo norte de França.

Em redor de Akaroa, a Península de Banks descamba em cenários bem mais extremos.

Enseada da Península Banks, Canterbury, Nova Zelândia

Mar azulão do Pacífico do Sul preenche uma enseada exígua da Península de Banks.

Ovelhas e a Nova Zelândia Mais Bucólica Possível da Península de Banks

Enquanto percorremos o seu perímetro de roda-dentada, sucedem-se enseadas profundas e escarpadas que escondem riachos e praias desertas. A espaços, surpreendem-nos fazendas ovelheiras.

Os rebanhos imensos contribuem para que a Nova Zelândia tenha onze vezes mais ovinos que humanos.

Rebanho enorme, Península Banks, Canterbury, Nova Zelândia

Ovelhas disseminadas por um prado verdejante da Península de Banks.

Quando não permanecem nelas concentrados, as ovelhas salpicam vastos prados desnivelados e empoleiram-se em arestas finas disfarçadas pela erva, paredes meias com falésias abruptas que se precipitam no Pacífico do Sul.

Ao exploramos este fascinante domínio vulcânico-pecuário passamos sobre incontáveis grelhas de estrada que impedem que o gado abandone as propriedades e se tresmalhe.

Noutras fazendas em que esta solução se provou falível, vemo-nos forçados a deixar o carro e a abrir e a fechar velhos portões de madeira maciça.

De quando em quando, damos com negócios familiares perdidos no nada e que parecem só se activar quando detectam a aproximação dos veículos dos forasteiros. Na insignificante povoação de Okains Bay, uma pequena mercearia-bar coexiste com uma oficina automóvel.

Oficina Okains Bay, Península de Banks, Canterbury, Nova Zelândia

Uma oficina automóvel na povoação insignificante de Okains Bay.

São ambas epónimas. Mantêm ao dispor das gentes da terra e dos de fora uma cabine telefónica com o mesmo verde-vermelho e perfil arquitectónico das estações ovelheiras.

O Retiro Verdejante da Baía de Okains

Interrompemos a descoberta na Okains Bay Store para saborearmos gelados e o derradeiro sol do dia. Talvez porque nos aproximámos devagar, ao fim de três ou quatro minutos, não aparece ninguém para nos atender.

Quando, por fim, alguém escuta os nossos chamamentos surgem duas jovens irmãs, tímidas mas habituadas a safar os pais na sua ausência. Servem-nos gelados da caixa frigorífica e fazem as contas sem qualquer receio ou atrapalhação.

Casas de Okains Bay, Península Banks, Canterbury, Nova Zelândia

Família repousa numa loja de Okains Bay.

Ainda nos ocorreu que estariam à altura de nos dar indicações para uma outra baía profunda. Juntou-se-nos, no entanto, um pequeno grupo de residentes que, malgrado a quase inteligível pronúncia kiwi, se prontificaram a ajudar.

Até escurecer, limitámo-nos a contornar a Península de Banks, deliciados com os seus incontáveis caprichos geológicos e com as vidas tão terra-a-terra que a eles se adaptaram.

Nelson a Wharariki, PN Abel Tasman, Nova Zelândia

O Litoral Maori em que os Europeus Deram à Costa

Abel Janszoon Tasman explorava mais da recém-mapeada e mítica "Terra Australis" quando um equívoco azedou o contacto com nativos de uma ilha desconhecida. O episódio inaugurou a história colonial da Nova Zelândia. Hoje, tanto a costa divinal em que o episódio se sucedeu como os mares em redor evocam o navegador holandês.
Wanaka, Nova Zelândia

Que Bem que Se Está no Campo dos Antípodas

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Ilha do Norte, Nova Zelândia

Viagem pelo Caminho da Maoridade

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Vulcões

Montanhas de Fogo

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Napier, Nova Zelândia

De volta aos Anos 30 - Calhambeque Tour

Numa cidade reerguida em Art Deco e com atmosfera dos "anos loucos" e seguintes, o meio de locomoção adequado são os elegantes automóveis clássicos dessa era. Em Napier, estão por toda a parte.
Great Ocean Road, Austrália

Oceano Fora, pelo Grande Sul Australiano

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Christchurch, Nova Zelândia

O Feiticeiro Amaldiçoado da Nova Zelândia

Apesar da sua notoriedade nos antípodas, Ian Channell, o feiticeiro da Nova Zelândia não conseguiu prever ou evitar vários sismos que assolaram Christchurch. Com 88 anos de idade, após 23 anos de contrato com a cidade, fez afirmações demasiado polémicas e acabou despedido.
Tongariro, Nova Zelândia

Os Vulcões de Todas as Discórdias

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Nova Zelândia  

Quando Contar Ovelhas Tira o Sono

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Mount Cook, Nova Zelândia

O Monte Fura Nuvens

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Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

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De Volta aos Anos 30

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