Pirenópolis, Brasil

Cavalgada de Fé


Folia Divina
Batalhão de cavaleiros do Divino Espírito Santo percorrem uma estrada entre fazendas durante a Folia Divina
Banquete
Imperador da Festa do Divino Espírito Santo acolhe os Cavaleiros do Divino em sua casa.
Cavalgada
Cavaleiros do Divino galopam em frente à igreja do Rosário.
Fé Mariana
Fiel ajoelha-se perante a imagem de Nossa Senhora.
Oração
Cavaleiro do Divino ora numa fazenda visitada pela Divina Folia.
Hipo-teimosia
Jovem cavaleiro indigna-se com a resistência do seu cavalo a ser montado.
Hipo-Encontro
Jovens cavaleiros conversam numa rua do centro histórico de Pirenópolis.
Entrega das Lanças
Cavaleiros do Divino Espírito Santo entregam lanças ao novo Imperador da Festa do Divino Espírito Santo.
Procissão
Procissão do Divino chega ao altar da Igreja de Nª Senhora do Rosário.
Mascarado antes de tempo
Jovem do grupo dos Cavaleiros do Divino assume-se como Mascarado durante um momento de diversão num bar de Pirenópolis.
Coroa e sombra
Fiel segura a coroa do Divino Espírito Santo
Danças em fila
Cavaleiros do divino dançam num bar do centro histórico de Pirenópolis.
Foguetes incómodos
Fiéis tapam os ouvidos para melhor suportarem os estrondos de mais uma salva de foguetes.
Dança de cavaleiros
Cavaleiros do Divino Espírito Santo dançam num momento de diversão após um ensaio.
Mordomos do Divino
Mordomos do Divino durante uma cerimónia religiosa da Festa do Divino Espírito Santo.
Cavaleirito
Pequeno cavaleiro tenta encontrar o seu lugar numa dança em roda realizada durante a Folia Divina.
Introduzida, em 1819, por padres portugueses, a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis agrega uma complexa rede de celebrações religiosas e pagãs. Dura mais de 20 dias, passados, em grande parte, sobre a sela.

À medida que Maio se aproxima do seu fim e da Festa do Divino de Pirenopolis, uma parte considerável dos homens da cidade sede a uma inevitável ansiedade.

A Folia do Divino está iminente e, anuncia-se um quase mês de liberdade concentrada, de diversão exagerada mas justificada e, no caso dos predominantes devotos, de renovação da crença no Espírito Santo.

Chegado o momento, as camisas azuis e brancas e os estandartes recebem os derradeiros cuidados, como as melhores montadas que são escovadas até à exaustão antes de lhes serem colocados os arreios.

Uma vez a caminho, a comitiva eufórica de Cavaleiros do Divino visita fazenda após fazenda e sitio atrás de sitio entregando-se a longos banquetes, a cantorias bem regadas e a catiras (danças folclóricas da região) mas também a orações em grupo.

Cavaleiros do Divino durante a Festa do Divino Espírito Santo, Pirenópolis, Brasil

Batalhão de cavaleiros do Divino Espírito Santo percorrem uma estrada entre fazendas durante a Folia do Divino.

Maio, da Folia do Divino, o Arranque da Festa do Divino Espírito Santo

Quando são festejados todos os Pousos da Folia Rural, a tropa reagrupa-se numa última fazenda. Dali, parte em direcção à cidade para se unir à Folia Urbana.

Apreciamos o seu irromper apoteótico pelo centro histórico de Pirenópolis, aplaudido por milhares de visitantes goianos e de outras partes do Brasil e por um exército semi-alcoolizado de mascarados curucucus, espécies de almas marginais.

Cavaleiros do Divino, Festa do Divino Espírito Santo, Pirenópolis, Brasil

Cavaleiros do Divino Espírito Santo galopam em frente à igreja do Rosário

Ao mesmo tempo, um subterfúgio histórico a que o povo recorreu para forçar a entrada em cena no evento que foi, durante algum tempo, monopolizado por uma elite endinheirada.

A Festa do Divino Espírito Santo ter-se-á inspirou-se nos Bodos aos Pobres, celebrações religiosas realizadas em Portugal a partir do século XIV que louvavam a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade e em que, a coincidir com o dia de Pentecostes, eram oferecidas comida e esmolas aos pobres.

Devido à acção evangélica, a sua tradição fortaleceu-se em várias futuras colónias lusas como os Açores e o Brasil. Por terras de Vera Cruz, a festa manteve as raízes católicas mas, influenciada pelo exotismo das terras que a acolhiam e rendida aos caprichos dos seus mentores e actores, admitiu inúmeras extravagâncias.

A Adaptação Jesuíta da Versão Açoriana da Festa do Divino

Em Pirenópolis, foram os jesuítas os responsáveis por introduzirem e radicarem o culto de origem açoriana do Espírito Santo, com recurso a elementos e personagens com forte simbolismo cristão com o tempo, adaptados à realidade trópico-brasileira da região de Goiás.

Foram os casos da Coroa e do Ceptro do Divino, mas também da figura protagonista do Imperador do Divino – representativa do Rei e da Corte lisbonense – que vários padres desempenharam, contribuindo para a notoriedade que a comemoração viria a conquistar.

Momento da Festa Divino Espírito Santo, Pirenópolis, Brasil

Fiéis tapam os ouvidos para melhor suportarem os estrondos de mais uma salva de foguetes.

Os foguetes rebentam com estrondo ensurdecedor. Obrigam o povo a tapar os ouvidos. Ainda assim, é o som metálico das centenas de ferraduras sobre o asfalto ou o calçadão da cidade velha que vai definindo os acontecimentos.

Acompanhamos o cortejo que termina à porta do domicílio engalanado do Imperador vigente, apurado, por sorteio, entre dezenas de candidatos.

Ali, os Cavaleiros entregam ao anfitrião as Lanças e a Coroa do Divino que pode ser admirada e venerada pelos crentes. E, depois de levados a cabo outros ritos e rituais, são prendados com uma refeição reconfortante.

Entrega das Lanças, Festa do Divino Espírito Santo, Pirenópolis, Brasil

Cavaleiros do Divino entregam lanças do Divino ao novo Imperador da Festa do Divino Espírito Santo.

Do Erguer da Bandeira do Divino à Ruidosa Banda do Couro

Nessa mesma noite, há missa na igreja Matriz de Nª Senhora do Rosário. Quando termina a eucaristia, é acesa uma enorme fogueira a distância só por pouco segura da sua nave e o encanto das enormes chamas atrai uma multidão entusiasta. A Bandeira do Divino está no seu lugar. Falta levantar o mastro imponente que a deve hastear.

Procissão entra na Igreja da Nª Srª Rosário, Pirenópolis, Brasil

Procissão do Divino chega ao altar da Igreja de Nª Senhora do Rosário.

A tarefa é arriscada e requer um impressionante esforço colectivo que os voluntários suavizam recorrendo a varas longas que exigem uma delicada combinação entre força e equilíbrio. O mínimo erro pode resultar em tragédia mas, com a bênção do Espírito Santo, tudo corre pelo melhor. Em jeito de recompensa, novo fogo de artifício grandioso ilumina o céu negro.

A jornada não se fica, ainda, por aí. Uma quermesse ruidosa que ocupa o lado oposto da igreja convida os participantes mais populistas a juntar-se ao baile e aos petiscos enquanto as esplanadas elegantes da Rua do Lazer entretêm os restantes.

Mais tarde, por volta das quatro da madrugada, os foliões resistentes (mas também os que já dormem) são brindados com uma alvorada da velha (criada em 1814) Banda de Couro. E, como se não bastasse este despertar compulsivo, no início da manhã que se anuncia, é oferecida à cidade nova descarga pirotécnica.

Dança dos Cavaleiros do Divino num Bar de Pirenópolis, Festa do Divino Espírito Santo, Pirenópolis, Brasil

Cavaleiros do Divino dançam num bar do centro histórico de Pirenópolis.

Encerrado o fim-de-semana, os forasteiros regressam às origens e a povoação entra num regime de semi-animação, estimulada “apenas” pelas actuações da Banda de Couro, pelos repiques de sinos, missas e ensaios diários das Cavalhadas, uma reconstituição – equestre, claro está – das Cruzadas que fecha, todos os anos, o longo cerimonial.

As Virgenzinhas e os Pãezinhos da Festa do Divino

Chegamos a novo Sábado. Tanto os cavaleiros como os mascarados reaparecem. O Cortejo Imperial já está em movimento e são as virgenzinhas de branco que reclamam as atenções até que a procissão dá lugar ao sorteio do Imperador sucessor.

Uma vez achado o contemplado, o vigente é conduzido por uma vasta companhia religiosa ao seu domicílio onde são distribuídas Verónicas (docinhos) e Pãezinhos do Divino às meninas que purificaram o cortejo. Este ritual, em particular, exige paciência redobrada quer aos organizadores quer aos participantes.

Fé Mariana, Pirenópolis, Brasil

Fiel ajoelha-se perante a imagem de Nossa Senhora.

Forma-se uma fila que se prolonga do átrio de entrada para a avenida adjacente à casa. E, por essa ordem, as mães, tias, avós e mulheres com descaramento que baste mas parentescos suspeitos recebem uma cestinha com os desejados bolinhos.

Saem, depois, por uma porta diferente e é suposto seguirem caminho mas, muitas, aproveitando a confusão que toma conta da cerimónia, voltam à fila para levarem a prenda a dobrar ou a triplicar, recorrendo à mais pura criatividade charmosa quando são apanhadas: “Ué, são para as irmãzinhas. Se não levar para elas, vão ficar com ciúme!”

Pouco depois, a multidão feminina deixa a casa do Imperador. No caminho de volta às suas, ecoa nas ruas do centro, mais intenso que nunca, o som das ferraduras contra as pedras polidas das calçadas ou apelam para determinada relação de parentesco suficientemente influente para justificar um fechar de olhos.

Na Iminência das Cavalhadas de Pirenópolis

Nisto, os passeios da cidade vão enchendo com o regresso dos forasteiros. A maioria vem de Brasília, Goiânia e das muitas povoações em redor. Alguns chegam de bem mais longe. De Sampa, do Rio, do estrangeiro, atraídos pela beleza cada vez mais badalada da festa.

Os carros são proibidos no centro histórico. Esta benesse permite aos mascarados apoderar-se das ruas amplas onde cavalgam sem sentido detendo-se apenas para posar para as fotos do público e pedir pequenas contribuições para a compra do seu combustível: a cervejinha gelada.

Mascarado durante a Festa do Divino Espírito Santo Pirenópolis, Brasil

ovem do grupo dos Cavaleiros do Divino assume-se como Mascarado durante um momento de diversão num bar de Pirenópolis

É rara a recusa. Estamos na época seca da região Centro-Oeste brasileira e o calor aperta, principalmente quando se está horas dentro de um fato de fibra, com a cabeça numa máscara de cartão.

Por volta da uma da tarde, os curucucus abrem alas para a passagem solene dos “exércitos” cristãos e mouros, em direcção ao Cavalhódromo. Lá terão início as Cavalhadas.

Passo do Lontra, Miranda, Brasil

O Brasil Alagado a um Passo da Lontra

Estamos no limiar oeste do Mato Grosso do Sul mas mato, por estes lados, é outra coisa. Numa extensão de quase 200.000 km2, o Brasil surge parcialmente submerso, por rios, riachos, lagoas e outras águas dispersas em vastas planícies de aluvião. Nem o calor ofegante da estação seca drena a vida e a biodiversidade de lugares e fazendas pantaneiras como a que nos acolheu às margens do rio Miranda.
Cape Coast, Gana

O Festival da Divina Purificação

Reza a história que, em tempos, uma praga devastou a população da Cape Coast do actual Gana. Só as preces dos sobreviventes e a limpeza do mal levada a cabo pelos deuses terão posto cobro ao flagelo. Desde então, os nativos retribuem a bênção das 77 divindades da região tradicional Oguaa com o frenético festival Fetu Afahye.
Jaisalmer, Índia

Há Festa no Deserto do Thar

Mal o curto Inverno parte, Jaisalmer entrega-se a desfiles, a corridas de camelos e a competições de turbantes e de bigodes. As suas muralhas, ruelas e as dunas em redor ganham mais cor que nunca. Durante os três dias do evento, nativos e forasteiros assistem, deslumbrados, a como o vasto e inóspito Thar resplandece afinal de vida.
Manaus, Brasil

Os Saltos e Sobressaltos da ex-Capital Mundial da Borracha

De 1879 a 1912, só a bacia do rio Amazonas gerava o latex de que, de um momento para o outro, o mundo precisou e, do nada, Manaus tornou-se uma das cidades mais avançadas à face da Terra. Mas um explorador inglês levou a árvore para o sudeste asiático e arruinou a produção pioneira. Manaus voltou a provar a sua elasticidade. É a maior cidade da Amazónia e a sétima do Brasil.
Bacolod, Filipinas

Um Festival para Rir da Tragédia

Por volta de 1980, o valor do açúcar, uma importante fonte de riqueza da ilha filipina de Negros caia a pique e o ferry “Don Juan” que a servia afundou e tirou a vida a mais de 176 passageiros, grande parte negrenses. A comunidade local resolveu reagir à depressão gerada por estes dramas. Assim surgiu o MassKara, uma festa apostada em recuperar os sorrisos da população.
Espectáculos

O Mundo em Cena

Um pouco por todo o Mundo, cada nação, região ou povoação e até bairro tem a sua cultura. Em viagem, nada é mais recompensador do que admirar, ao vivo e in loco, o que as torna únicas.
Helsínquia, Finlândia

Uma Via Crucis Frígido-Erudita

Chegada a Semana Santa, Helsínquia exibe a sua crença. Apesar do frio de congelar, actores pouco vestidos protagonizam uma re-encenação sofisticada da Via Crucis por ruas repletas de espectadores.
Helsínquia, Finlândia

A Páscoa Pagã de Seurasaari

Em Helsínquia, o sábado santo também se celebra de uma forma gentia. Centenas de famílias reúnem-se numa ilha ao largo, em redor de fogueiras acesas para afugentar espíritos maléficos, bruxas e trolls
Marinduque, Filipinas

Quando os Romanos Invadem as Filipinas

Nem o Império do Oriente chegou tão longe. Na Semana Santa, milhares de centuriões apoderam-se de Marinduque. Ali, se reencenam os últimos dias de Longinus, um legionário convertido ao Cristianismo.
Pirenópolis, Brasil

Cruzadas à Brasileira

Os exércitos cristãos expulsaram as forças muçulmanas da Península Ibérica no séc. XV mas, em Pirenópolis, estado brasileiro de Goiás, os súbditos sul-americanos de Carlos Magno continuam a triunfar.
San Cristobal de las Casas a Campeche, México

Uma Estafeta de Fé

Equivalente católica da Nª Sra. de Fátima, a Nossa Senhora de Guadalupe move e comove o México. Os seus fiéis cruzam-se nas estradas do país, determinados em levar a prova da sua fé à patrona das Américas.
Monte Sinai, Egipto

Força nas Pernas e Fé em Deus

Moisés recebeu os Dez Mandamentos no cume do Monte Sinai e revelou-os ao povo de Israel. Hoje, centenas de peregrinos vencem, todas as noites, os 4000 degraus daquela dolorosa mas mística ascensão.
Miranda, Brasil

Maria dos Jacarés: o Pantanal abriga criaturas assim

Eurides Fátima de Barros nasceu no interior da região de Miranda. Há 38 anos, instalou-se e a um pequeno negócio à beira da BR262 que atravessa o Pantanal e ganhou afinidade com os jacarés que viviam à sua porta. Desgostosa por, em tempos, as criaturas ali serem abatidas, passou a tomar conta delas. Hoje conhecida por Maria dos Jacarés, deu nome de jogador ou treinador de futebol a cada um dos bichos. Também garante que reconhecem os seus chamamentos.
Curitiba, Brasil

A Vida Elevada de Curitiba

Não é só a altitude de quase 1000 metros a que a cidade se situa. Cosmopolita e multicultural, a capital paranaense tem uma qualidade de vida e rating de desenvolvimento humano que a tornam um caso à parte no Brasil.

Florianópolis, Brasil

O Legado Açoriano do Atlântico Sul

Durante o século XVIII, milhares de ilhéus portugueses perseguiram vidas melhores nos confins meridionais do Brasil. Nas povoações que fundaram, abundam os vestígios de afinidade com as origens.

Morro de São Paulo, Brasil

Um Litoral Divinal da Bahia

Há três décadas, não passava de uma vila piscatória remota e humilde. Até que algumas comunidades pós-hippies revelaram o retiro do Morro ao mundo e o promoveram a uma espécie de santuário balnear.
Lençois da Bahia, Brasil

A Liberdade Pantanosa do Quilombo do Remanso

Escravos foragidos subsistiram séculos em redor de um pantanal da Chapada Diamantina. Hoje, o quilombo do Remanso é um símbolo da sua união e resistência mas também da exclusão a que foram votados.
Ilhabela, Brasil

Ilhabela: Depois do Horror, a Beleza Atlântica

Nocenta por cento de Mata Atlântica preservada, cachoeiras idílicas e praias gentis e selvagens fazem-lhe jus ao nome. Mas, se recuarmos no tempo, também desvendamos a faceta histórica horrífica de Ilhabela.
Ilhabela, Brasil

Em Ilhabela, a Caminho de Bonete

Uma comunidade de caiçaras descendentes de piratas fundou uma povoação num recanto da Ilhabela. Apesar do acesso difícil, Bonete foi descoberta e considerada uma das dez melhores praias do Brasil.
Goiás Velho, Brasil

Um Legado da Febre do Ouro

Dois séculos após o apogeu da prospecção, perdida no tempo e na vastidão do Planalto Central, Goiás estima a sua admirável arquitectura colonial, a riqueza supreendente que ali continua por descobrir.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Leão, elefantes, PN Hwange, Zimbabwe
Safari
PN Hwange, Zimbabwé

O Legado do Saudoso Leão Cecil

No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
Thorong La, Circuito Annapurna, Nepal, foto para a posteridade
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 13º - High Camp a Thorong La a Muktinath, Nepal

No Auge do Circuito dos Annapurnas

Aos 5416m de altitude, o desfiladeiro de Thorong La é o grande desafio e o principal causador de ansiedade do itinerário. Depois de, em Outubro de 2014, ter vitimado 29 montanhistas, cruzá-lo em segurança gera um alívio digno de dupla celebração.
planicie sagrada, Bagan, Myanmar
Arquitectura & Design
Bagan, Myanmar

A Planície dos Pagodes, Templos e Redenções Celestiais

A religiosidade birmanesa sempre assentou num compromisso de redenção. Em Bagan, os crentes endinheirados e receosos continuam a erguer pagodes na esperança de conquistarem a benevolência dos deuses.
Aventura
Viagens de Barco

Para Quem Só Enjoa de Navegar na Net

Embarque e deixe-se levar em viagens de barco imperdíveis como o arquipélago filipino de Bacuit e o mar gelado do Golfo finlandês de Bótnia.
Cerimónias e Festividades
Sósias, actores e figurantes

Estrelas do Faz de Conta

Protagonizam eventos ou são empresários de rua. Encarnam personagens incontornáveis, representam classes sociais ou épocas. Mesmo a milhas de Hollywood, sem eles, o Mundo seria mais aborrecido.
São Tomé, cidade, São Tomé e Príncipe, ruela do Forte
Cidades
São Tomé (cidade), São Tomé e Príncipe

A Capital dos Trópicos Santomenses

Fundada pelos portugueses, em 1485, São Tomé prosperou séculos a fio, como a cidade porque passavam as mercadorias de entrada e de saída na ilha homónima. A independência do arquipélago confirmou-a a capital atarefada que calcorreamos, sempre a suar.
Máquinas Bebidas, Japão
Comida
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
Tequila, cidade de Jalisco, México, jima
Cultura
Tequila, JaliscoMéxico

Tequila: a Destilação do Oeste Mexicano que Anima o Mundo

Desiludidos com a falta de vinho e de aguardente, os Conquistadores do México aprimoraram a aptidão indígena milenar de produzir álcool. No século XVII, os espanhóis estavam satisfeitos com a sua pinga e começaram a exportá-la. A partir de Tequila, o pueblo, hoje, centro de região demarcada. E nome por que se tornou famosa.
Desporto
Competições

Homem, uma Espécie Sempre à Prova

Está-nos nos genes. Pelo prazer de participar, por títulos, honra ou dinheiro, as competições dão sentido ao Mundo. Umas são mais excêntricas que outras.
Caiaquer no lago Sinclair, Cradle Mountain - Lake Sinclair National Park, Tasmania, Austrália
Em Viagem
À Descoberta de Tassie, Parte 4 -  Devonport a Strahan, Austrália

Pelo Oeste Selvagem da Tasmânia

Se a quase antípoda Tazzie já é um mundo australiano à parte, o que dizer então da sua inóspita região ocidental. Entre Devonport e Strahan, florestas densas, rios esquivos e um litoral rude batido por um oceano Índico quase Antárctico geram enigma e respeito.
Manhã cedo no Lago
Étnico

Nantou, Taiwan

No Âmago da Outra China

Nantou é a única província de Taiwan isolada do oceano Pacífico. Quem hoje descobre o coração montanhoso desta região tende a concordar com os navegadores portugueses que baptizaram Taiwan de Formosa.

arco-íris no Grand Canyon, um exemplo de luz fotográfica prodigiosa
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 1)

E Fez-se Luz na Terra. Saiba usá-la.

O tema da luz na fotografia é inesgotável. Neste artigo, transmitimos-lhe algumas noções basilares sobre o seu comportamento, para começar, apenas e só face à geolocalização, a altura do dia e do ano.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
História
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Pequeno navegador
Ilhas
Honiara e Gizo, Ilhas Salomão

O Templo Profanado das Ilhas Salomão

Um navegador espanhol baptizou-as, ansioso por riquezas como as do rei bíblico. Assoladas pela 2ª Guerra Mundial, por conflitos e catástrofes naturais, as Ilhas Salomão estão longe da prosperidade.
Verificação da correspondência
Inverno Branco
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Recompensa Kukenam
Literatura
Monte Roraima, Venezuela

Viagem No Tempo ao Mundo Perdido do Monte Roraima

Perduram no cimo do Monte Roraima cenários extraterrestres que resistiram a milhões de anos de erosão. Conan Doyle criou, em "O Mundo Perdido", uma ficção inspirada no lugar mas nunca o chegou a pisar.
António do Remanso, Comunidade Quilombola Marimbus, Lençóis, Chapada Diamantina
Natureza
Lençois da Bahia, Brasil

A Liberdade Pantanosa do Quilombo do Remanso

Escravos foragidos subsistiram séculos em redor de um pantanal da Chapada Diamantina. Hoje, o quilombo do Remanso é um símbolo da sua união e resistência mas também da exclusão a que foram votados.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Parques Naturais
Glaciares

Planeta Azul-Gelado

Formam-se nas grandes latitudes e/ou altitudes. No Alasca ou na Nova Zelândia, na Argentina ou no Chile, os rios de gelo são sempre visões impressionantes de uma Terra tão frígida quanto inóspita.
Cortejo garrido
Património Mundial UNESCO
Suzdal, Rússia

Mil Anos de Rússia à Moda Antiga

Foi uma capital pródiga quando Moscovo não passava de um lugarejo rural. Pelo caminho, perdeu relevância política mas acumulou a maior concentração de igrejas, mosteiros e conventos do país dos czares. Hoje, sob as suas incontáveis cúpulas, Suzdal é tão ortodoxa quanto monumental.
Casal de visita a Mikhaylovskoe, povoação em que o escritor Alexander Pushkin tinha casa
Personagens
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
El Nido, Palawan a Ultima Fronteira Filipina
Praias
El Nido, Filipinas

El Nido, Palawan: A Última Fronteira Filipina

Um dos cenários marítimos mais fascinantes do Mundo, a vastidão de ilhéus escarpados de Bacuit esconde recifes de coral garridos, pequenas praias e lagoas idílicas. Para a descobrir, basta uma bangka.
Glamour vs Fé
Religião
Goa, Índia

O Último Estertor da Portugalidade Goesa

A proeminente cidade de Goa já justificava o título de “Roma do Oriente” quando, a meio do século XVI, epidemias de malária e de cólera a votaram ao abandono. A Nova Goa (Pangim) por que foi trocada chegou a sede administrativa da Índia Portuguesa mas viu-se anexada pela União Indiana do pós-independência. Em ambas, o tempo e a negligência são maleitas que agora fazem definhar o legado colonial luso.
Chepe Express, Ferrovia Chihuahua Al Pacifico
Sobre Carris
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Sociedade
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Casario, cidade alta, Fianarantsoa, Madagascar
Vida Quotidiana
Fianarantsoa, Madagáscar

A Cidade Malgaxe da Boa Educação

Fianarantsoa foi fundada em 1831 por Ranavalona Iª, uma rainha da etnia merina então predominante. Ranavalona Iª foi vista pelos contemporâneos europeus como isolacionista, tirana e cruel. Reputação da monarca à parte, quando lá damos entrada, a sua velha capital do sul subsiste como o centro académico, intelectual e religioso de Madagáscar.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Vida Selvagem
Valdez, Alasca

Na Rota do Ouro Negro

Em 1989, o petroleiro Exxon Valdez provocou um enorme desastre ambientai. A embarcação deixou de sulcar os mares mas a cidade vitimada que lhe deu o nome continua no rumo do crude do oceano Árctico.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.