Albuquerque, E.U.A.

Soam os Tambores, Resistem os Índios


Multidão nativo-americano
Milhares de nativo-americanos rodopiam em redor do recinto The Pit.
O Futuro da Tribo
Jovem indígena observa o desenrolar das danças tradicionais, mais abaixo no pavilhão.
Em plena adolescência
Jovens participantes num concurso, trajados e pintados a rigor.
Em êxtase
Jovem indígena rodopia durante uma exibição de dança nativo-americana.
Cocares e mais Cocares
Centenas de índios exibem os trajes das suas tribos durante o Pow-wow de Albuquerque, Novo Mexico.
Jovem indígena atrasado para o evento
Nativo-americano tem ajuda para terminar de vestir o seu traje, no parque de estacionamento da arena The Pit.
Um Tambor Comunal
Tocadores de tambores exibem melodias e ritmos das suas tribos.
Nativo-americano-Pow Pow-Albuquerque-Novo México-Estados Unidos
Nativo norte-americano com um cocar exuberante.
Uns Meros Retoques
Mulheres indígenas retocam os seus visuais numa casa de banho.
Elegância Nativo-Americana
Participante indígena do Gathering of the Nations prepara-se para entrar no recinto do The Pit de Albuquerque, Novo México.
Um Espectador à Parte
Indígena trajado a rigor destaca-se do restante público.
Exibição de Dança-Pow Pow-Albuquerque-Novo México-Estados Unidos
Indígena exibe uma dança intensa da sua tribo.
Marjorie Tahbone
Vencedora do concurso Miss Indian World desfila em redor do recinto.
Elegência Nativo-Americana
Cocar de três penas na cabeça de uma jovem indígena.
Um Tambor Comunal II
Tocadores de tambores e cantora levam a cabo a sua exibição.
Com mais de 500 tribos presentes, o pow wow "Gathering of the Nations" celebra o que de sagrado subsiste das culturas nativo-americanas. Mas também revela os danos infligidos pela civilização colonizadora.

Chega o fim-de-semana e Albuquerque muda para o seu modo lúdico. Vários eventos desportivos e musicais têm lugar nas instalações da universidade local.

Conscientes da inevitável irreverência estudantil, um batalhão de polícias soberbos do Novo México patrulha as vastas instalações académicas com a missão de evitar estacionamentos e comportamentos demasiado caóticos.

Um deles, extrovertido além de altivo, apercebe-se da matrícula do nosso carro e do ar desorganizado do interior e não resiste a comentar: “Califórnia??

Participante, Pow Pow, Albuquerque-Novo México, Estados Unidos

Nativo-americano tem ajuda para terminar de vestir o seu traje, no parque de estacionamento da arena The Pit.

Vocês chegaram mesmo de longe. Vêm por causa do concerto ou dos índios ??” Por essa altura, não fazíamos ideia nem de uma coisa nem da outra. Comparando a excentricidade das hipóteses, optamos por questionar a autoridade sobre a última.

A Supreendente Descoberta do Pow Wow de Albuquerque

O agente diz-nos que o The Pit – a grande arena desportiva que serve de casa à equipa de basquete local, os Lobos – está prestes a acolher um Gathering of the Nations. Mais depressa do que contávamos, confirmamos a informação.

Deixamos o velhinho mas elegante Buick Le Sabre arrumado dentro da legalidade entre os pavilhões da instituição. Atravessamos uma avenida movimentada e damos com outro parque de estacionamento repleto.

Reparamos que, ali, em vez de teenagers eufóricos, saem dos carros e cruzam a estrada indígenas atrapalhados, trajados, pintados e enfeitados com penas, plumas, jóias e outros adereços étnicos que formavam visuais por vezes semelhantes, noutros casos, em tudo díspares.

Aproximamo-nos das roulottes que fazem de bilheteiras e  descobrimos os posters que, mesmo já não sendo preciso, provavam que ali tinha lugar um dos maiores pow-wows (encontros de indígenas) da América do Norte.

Elementos de mais 500 tribos tinham vindo dos quatro cantos dos E.U.A. e do Canada para celebrar as suas culturas-mãe e renovar crenças espirituais.

Dividiam-se em diferentes escalões de idades, dos anciãos às crianças com o propósito de participarem em 32 provas de danças, noutras de canto, em competições de tambores e ainda na da Miss Indian World.

Entramos no pavilhão.

Centenas destes participantes e muitos mais apoiantes percorrem o corredor superior para cá e para lá entretidos a conviver, a comprar comida e bebida ou a espreitar as inúmeras bancas de pequenos negócios.

Multidão nativos, americanos-Pow Pow-Albuquerque, Novo México, Estados Unidos

Milhares de nativo-americanos rodopiam em redor do recinto The Pit.

A Reunião Cerimonial do Gathering of the Nations

Achamos a abertura de uma escadaria e conseguimos finalmente espreitar a arena. As bancadas estão repletas de gente e de cor.

Lá em baixo, um exército exuberante de índios dança em volta do ringue, sincronizado com a banda sonora hipnótica produzida por grupos de tocadores de tambores e por cantores de um falsetto tribal profundo.

Os vários tambores distribuídos em redor do recinto são enormes e ecoam o bater do coração da Terra. Castigam-nos grupos de homens poderosos, alguns de dimensões também exageradas.

Exibição de tambores, Pow wow, Albuquerque, Novo México, Estados Unidos

Tocadores de tambores e cantora levam a cabo a sua exibição.

Tínhamos já reparado no tipo de alimentação fast food servida pela maior parte das bancas e bares do exterior e no piso superior, em tudo condizente com a que mina a saúde da nação norte-americana.

Exibiam-se perante nós algumas das vítimas mais improváveis da obsessão ianque pelo lucro fácil e imediato. Na própria assistência que admirava os seus dotes musicais, contavam-se inúmeros indígenas volumosos.

Em tempos, as suas tribos sobreviviam do que recolhiam da Natureza e caçavam.

Cocar alto, Pow Pow-Albuquerque-Novo México, Estados Unidos

Nativo norte-americano com um cocar exuberante.

A Destruição Generalizada das Civilizações Nativo-Americanas

Séculos depois da conquista do Oeste, depois de repetidas perseguições, chacinas e clausuras em reservas, os índios foram reduzidos de muitos milhões a apenas 500.000, uma população ínfima se tivermos em conta o total de habitantes dos Estados Unidos e Canadá, quase 350 milhões.

Vitimam-nos, agora, também, as bebidas açucaradas e os burguers king size, os cachorros, tacos, burritos, nachos e batatas fritas ensopadas em óleos e molhos, uma de várias agressões culturais que sofrem num já longo processo de conformação.

Propulsionada pela argúcia das suas marcas, a civilização capitalista desenvolvida pelos colonos europeus da América do Norte conquistou o mundo com relativa facilidade.

Provindos de uma relação íntima com a terra, os nativos nunca poderiam resistir. Naquele fim-de-semana, os cocares, trajes típicos e rituais exuberantes de cada tribo têm destaque temporário.

Desfile de nativos-mericanos, Pow Pow-Albuquerque-Novo México, Estados Unidos

Centenas de índios exibem os trajes das suas tribos durante o Pow-wow de Albuquerque, Novo Mexico.

Findas as participações, a maior parte dos nativos cede aos jeans, sneakers e cumprimentos da moda, às t-shirts e bonés de basquetebol e de basebol, às expressões feitas e às noções empacotadas da nação que destroçou as identidades das suas tribos.

A Manifestação de Resistência do Gathering of the Nations

O Gathering of The Nations a que assistíamos, como outros realizados um pouco por toda a América do Norte, eram manifestações de resistência e de sobrevivência ainda assim impressionantes.

Durante a Grande Entrada sagrada da Eagle Staff – o estandarte que simboliza a união de todos os nativos-norte americanos – os representantes de cada tribo alinham-se para ouvir a Eagle Staff Song e o discurso do MC (Master of Cerimonies) do encontro.

Partilham também uma oração ao criador do Mundo, uma prece comunal pela felicidade e pela cura dos males provocados pelo homem na Mãe-Terra.

Nativo americano na multidão, Pow Pow-Albuquerque, Novo México, Estados Unidos

Indígena trajado a rigor destaca-se do restante público.

Já tínhamos descido ao campo de jogo quando prosseguiram as competições de danças inter-tribais, todas com nomes simplistas inspirados pela Natureza ou pelo dia a dia: Dança do Xaile Bonito, Dança do Fumo, Dança do Cobertor ou Dança da Coruja.

Seguiam-se as de canto, intercaladas por mais exibições majestosas dos tocadores de tambores e por curiosas provas juvenis. Ao nível em que a acção se desenrolava, os participantes contornavam o campo vezes sem conta.

Alguns passavam bem rente a nós, entregues ao ritmo, de cabeça baixa oscilante, a repetir movimentos de puro transe.

Dança em transe, Pow Pow, Albuquerque-Novo México, Estados Unidos

Indígena exibe uma dança intensa da sua tribo.

Uma Inusitada Espiritualidade Patrocinada e Premiada

Certas exibições irradiavam profunda espiritualidade. Quando menos esperávamos, a música  terminava e o MC anunciava a marca patrocinadora da competição que se seguia, ou o valor do seu prémio em dólares.

Todo o misticismo se desvanecia. Não foi a prova seguinte que o trouxe de volta.

O apresentador dá sinal e os dançarinos apressam-se a deixar o campo. Aos poucos, substituem-nos mulheres de distintas tribos e regiões da América do Norte, dos Tiwa da civilização Puebla em redor de Taos, as tribos da Flórida às do extremo boreal do Canadá.

Mulheres nativo-americanas, Pow Wow, Albuquerque, Novo México, Estados Unidos

Mulheres indígenas retocam os seus visuais numa casa de banho.

Lugar para a Eleição da Miss Indian World

Começam por se alinhar de frente para a bancada principal mas, terminada a apresentação, libertam-se para mais uma dança que um painel de júris avalia com critérios rigorosos.

Ao resultado da dança somam-se os do Discurso Público, Entrevista Pessoal, Apresentação Tradicional e o do Ensaio. A pontuação final determina a eleição da Miss Indian World.

Dança, Pow Pow, Albuquerque-Novo México, Estados Unidos

Jovem indígena rodopia durante uma exibição de dança nativo-americana.

Por norma, a vencedora do ano transacto aparece ao público para resumir nalgumas palavras a honra do ceptro.

Observamos a canadiana Dakota Brook Brant, do clã Mohawk Turtle fazê-lo com uma segurança e orgulho algo automatizados que fazem jus ao título: “Fiquei feliz por ter sido a escolhida para servir como embaixadora. Foi um prazer ajudar a construir relações saudáveis entre os nossos parentes de todo o território índio.”

Marjorie Tahbone, uma Inupiaq/Kiowa alasquense, baixa, redonda e, de certa forma, patusca é tudo menos o protótipo de uma Miss Mundo ou Universo convencional.

Vencedora Miss Indian World, Pow Wow, Albuquerque, Novo México, Estados Unidos

Vencedora do concurso Miss Indian World desfila em redor do recinto.

Apesar da surpresa que nos suscita, arrecada a nova coroa, atribuída segundo valores que pouco têm que ver com aqueles a que estamos habituados nestes certames. Como recompensa, passou o ano em viagem pelo mundo a promover a cultura das tribos nativo-americanas.

Fawn Wood: a Voz Eleita do Gathering of the Nations

Entra em cena Fawn Wood. No centro da arena e das atenções, esta cantora famosa entre os indígenas entoa um tema que os presentes parecem conhecer. Fá-los vibrar alternando com a sua voz estridente e poderosa sons guturais muito apreciados e letras em inglês que falam de ciúme, de amor e de entes queridos mas já partidos.

No intervalo das canções, o MC volta a intervir: “não se esqueçam que temos os CDs da Fawn para venda. Aqui a Dallas, não para de me pedir que repita o aviso!”

Nativa-americana, Pow Pow, Albuquerque-Novo México, Estados Unidos

Participante indígena do Gathering of the Nations prepara-se para entrar no recinto do The Pit de Albuquerque, Novo México.

Fawn passa para outro tema. A meio, dois espectadores aproximam-se dela e deixam dinheiro a seus pés. Em pouco tempo, centenas de outros fazem o mesmo e expande-se a mancha de dólares que completará o seu cachê.

O último dia do Gathering of The Nations aproxima-se do fim mas as bancas no exterior do The Pit não desarmam. Ao jeito americanizado de fazer as coisas, enquanto o encontro se prolongar the profit must go on.

Abandonamos o recinto a pensar por quanto tempo mais conseguirão os nativos norte americanos evitar a falência total das suas culturas.

Key West, E.U.A.

O Faroeste Tropical dos E.U.A.

Chegamos ao fim da Overseas Highway e ao derradeiro reduto das propagadas Florida Keys. Os Estados Unidos continentais entregam-se, aqui, a uma deslumbrante vastidão marinha esmeralda-turquesa. E a um devaneio meridional alentado por uma espécie de feitiço caribenho.
Cape Coast, Gana

O Festival da Divina Purificação

Reza a história que, em tempos, uma praga devastou a população da Cape Coast do actual Gana. Só as preces dos sobreviventes e a limpeza do mal levada a cabo pelos deuses terão posto cobro ao flagelo. Desde então, os nativos retribuem a bênção das 77 divindades da região tradicional Oguaa com o frenético festival Fetu Afahye.
Tulum, México

A Mais Caribenha das Ruínas Maias

Erguida à beira-mar como entreposto excepcional decisivo para a prosperidade da nação Maia, Tulum foi uma das suas últimas cidades a sucumbir à ocupação hispânica. No final do século XVI, os seus habitantes abandonaram-na ao tempo e a um litoral irrepreensível da península do Iucatão.
Jaisalmer, Índia

Há Festa no Deserto do Thar

Mal o curto Inverno parte, Jaisalmer entrega-se a desfiles, a corridas de camelos e a competições de turbantes e de bigodes. As suas muralhas, ruelas e as dunas em redor ganham mais cor que nunca. Durante os três dias do evento, nativos e forasteiros assistem, deslumbrados, a como o vasto e inóspito Thar resplandece afinal de vida.
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Bacolod, Filipinas

Um Festival para Rir da Tragédia

Por volta de 1980, o valor do açúcar, uma importante fonte de riqueza da ilha filipina de Negros caia a pique e o ferry “Don Juan” que a servia afundou e tirou a vida a mais de 176 passageiros, grande parte negrenses. A comunidade local resolveu reagir à depressão gerada por estes dramas. Assim surgiu o MassKara, uma festa apostada em recuperar os sorrisos da população.
Grand Canyon, E.U.A.

Viagem pela América do Norte Abismal

O rio Colorado e tributários começaram a fluir no planalto homónimo há 17 milhões de anos e expuseram metade do passado geológico da Terra. Também esculpiram uma das suas mais deslumbrantes entranhas.
Monument Valley, E.U.A.

Índios ou cowboys?

Realizadores de Westerns emblemáticos como John Ford imortalizaram aquele que é o maior território indígena dos Estados Unidos. Hoje, na Nação Navajo, os navajo também vivem na pele dos velhos inimigos.
Navajo Nation, E.U.A.

Por Terras da Nação Navajo

De Kayenta a Page, com passagem pelo Marble Canyon, exploramos o sul do Planalto do Colorado. Dramáticos e desérticos, os cenários deste domínio indígena recortado no Arizona revelam-se esplendorosos.
PN Tayrona, Colômbia

Quem Protege os Guardiães do Mundo?

Os indígenas da Serra Nevada de Santa Marta acreditam que têm por missão salvar o Cosmos dos “Irmãos mais Novos”, que somos nós. Mas a verdadeira questão parece ser: "Quem os protege a eles?"
Red Centre, Austrália

No Coração Partido da Austrália

O Red Centre abriga alguns dos monumentos naturais incontornáveis da Austrália. Impressiona-nos pela grandiosidade dos cenários mas também a incompatibilidade renovada das suas duas civilizações.
Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
Monte Denali, Alasca

O Tecto Sagrado da América do Norte

Os indígenas Athabascan chamaram-no Denali, ou o Grande e reverenciam a sua altivez. Esta montanha deslumbrante suscitou a cobiça dos montanhistas e uma longa sucessão de ascensões recordistas.
Juneau, Alasca

A Pequena Capital do Grande Alasca

De Junho a Agosto, Juneau desaparece por detrás dos navios de cruzeiro que atracam na sua doca-marginal. Ainda assim, é nesta pequena capital que se decidem os destinos do 49º estado norte-americano.
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Esteros del Iberá, Pantanal Argentina, Jacaré
Safari
Esteros del Iberá, Argentina

O Pantanal das Pampas

No mapa mundo, para sul do famoso pantanal brasileiro, surge uma região alagada pouco conhecida mas quase tão vasta e rica em biodiversidade. A expressão guarani Y berá define-a como “águas brilhantes”. O adjectivo ajusta-se a mais que à sua forte luminância.
Thorong Pedi a High Camp, circuito Annapurna, Nepal, caminhante solitário
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 12º - Thorong Phedi a High Camp

O Prelúdio da Travessia Suprema

Este trecho do Circuito Annapurna só dista 1km mas, em menos de duas horas, leva dos 4450m aos 4850m e à entrada do grande desfiladeiro. Dormir no High Camp é uma prova de resistência ao Mal de Montanha que nem todos passam.
Igreja colonial de São Francisco de Assis, Taos, Novo Mexico, E.U.A
Arquitectura & Design
Taos, E.U.A.

A América do Norte Ancestral de Taos

De viagem pelo Novo México, deslumbramo-nos com as duas versões de Taos, a da aldeola indígena de adobe do Taos Pueblo, uma das povoações dos E.U.A. habitadas há mais tempo e em contínuo. E a da Taos cidade que os conquistadores espanhóis legaram ao México, o México cedeu aos Estados Unidos e que uma comunidade criativa de descendentes de nativos e artistas migrados aprimoram e continuam a louvar.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Aventura
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.
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Cerimónias e Festividades
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Big Freedia: em Modo Bounce

New Orleans é o berço do jazz e o jazz soa e ressoa nas suas ruas. Como seria de esperar, numa cidade tão criativa, lá emergem novos estilos e actos irreverentes. De visita à Big Easy, aventuramo-nos à descoberta do Bounce hip hop.
Vista Serra do Cume, Ilha Terceira, Açores Ímpares
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Ilha Terceira, Açores

Ilha Terceira: Viagem por um Arquipélago dos Açores Ímpar

Foi chamada Ilha de Jesus Cristo e irradia, há muito, o culto do Divino Espírito Santo. Abriga Angra do Heroísmo, a cidade mais antiga e esplendorosa do arquipélago. São apenas dois exemplos. Os atributos que fazem da ilha Terceira ímpar não têm conta.
mercado peixe Tsukiji, toquio, japao
Comida
Tóquio, Japão

O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
Tabatô, Guiné Bissau, Balafons
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Tabatô, Guiné Bissau

Tabatô: ao Ritmo do Balafom

Durante a nossa visita à tabanca, num ápice, os djidius (músicos poetas)  mandingas organizam-se. Dois dos balafonistas prodigiosos da aldeia assumem a frente, ladeados de crianças que os imitam. Cantoras de megafone em riste, cantam, dançam e tocam ferrinhos. Há um tocador de corá e vários de djambés e tambores. A sua exibição gera-nos sucessivos arrepios.
arbitro de combate, luta de galos, filipinas
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Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
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Viajar Traz Sabedoria. Saiba como dar a Volta ao Mundo.

A Terra gira sobre si própria todos os dias. Nesta série de artigos, encontra esclarecimentos e conselhos indispensáveis a quem faz questão de a circundar pelo menos uma vez na vida.
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A Nação sami integra quatro países, que ingerem nas vidas dos seus povos. No parlamento de Inari, em vários dialectos, os sami governam-se como podem.
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O Último Estertor da Portugalidade Goesa

A proeminente cidade de Goa já justificava o título de “Roma do Oriente” quando, a meio do século XVI, epidemias de malária e de cólera a votaram ao abandono. A Nova Goa (Pangim) por que foi trocada chegou a sede administrativa da Índia Portuguesa mas viu-se anexada pela União Indiana do pós-independência. Em ambas, o tempo e a negligência são maleitas que agora fazem definhar o legado colonial luso.
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Exploramos terras que se diz terem sido colonizadas, ainda no século XV, pelo algarvio Francisco Moniz, o Velho. Decorrido quase meio milénio, Porto Moniz tornou-se um domínio balnear concorrido, muito por conta das suas piscinas retidas num labirinto de rocha lávica.
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Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
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Vida e Obra de uma Escritora à Margem

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Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
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O Vale Místico da Profunda Discórdia

No limiar norte da província indiana de Arunachal Pradesh, Tawang abriga cenários dramáticos de montanha, aldeias de etnia Mompa e mosteiros budistas majestosos. Mesmo se desde 1962 os rivais chineses não o trespassam, Pequim olha para este domínio como parte do seu Tibete. De acordo, há muito que a religiosidade e o espiritualismo ali comungam com um forte militarismo.
A Toy Train story
Sobre Carris
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
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Sociedade
Vulcão Ijen, Indonésia

Os Escravos do Enxofre do Vulcão Ijen

Centenas de javaneses entregam-se ao vulcão Ijen onde são consumidos por gases venenosos e cargas que lhes deformam os ombros. Cada turno rende-lhes menos de 30€ mas todos agradecem o martírio.
manada, febre aftosa, carne fraca, colonia pellegrini, argentina
Vida Quotidiana
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Quando a Carne é Fraca

É conhecido o sabor inconfundível da carne argentina. Mas esta riqueza é mais vulnerável do que se imagina. A ameaça da febre aftosa, em particular, mantém as autoridades e os produtores sobre brasas.
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Vida Selvagem
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Em Busca de Rinocerontes

Partimos do âmago do oásis gerado pelo rio Uniab, habitat do maior número de rinocerontes negros do sudoeste africano. Nos passos de um pisteiro bosquímano, seguimos um espécime furtivo, deslumbrados por um cenário com o seu quê de marciano.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.