Puebla, México

Uma Cidade Atulhada de Fé, no Sopé do Vulcão


Catedral de Puebla
Catedral de Puebla, a mais majestosa das quase 300 igrejas da cidade
Puebla em Pastel
Fachada pastel de um dos edifícios coloniais do bairro Sapo.
Puebla Colorida II
Edifícios coloridas iluminados por um dia de sol
Barrio del Artista
Instalação que denomina o Barrio del Artista
Praça do Bairro dos Artistas
Quase noite realça as cores do Barrio del Artista de Puebla
puebla-mexico-catedral-zocalo-fonte-iluminada
Zocalo de Puebla com uma fonte exuberante
Capela da Biblioteca Palafoxiana
Capela da biblioteca Palafoxiana, a primeira biblioteca pública das Américas
Puebla Colorida
Rua movimentada e colorida de Puebla.
Mural Inspiracional
Um dos muitos murais da cidade de Puebla
Banda Mariachi
Mariachis tocam em honra da mãe aniversariante de um dos músicos
Convento San Francisco de Puebla
O convento de San Francisco de Puebla, outro dos templos católicos grandiosos da cidade.
Pasaje del Ayuntamiento
A entrada da Pasaje del Ayuntamiento.
Mercado das Artesanias
Moldura enquadra o Mercado das Artesanias
Bairro del Artista
Edifícios garridos do Barrio del Artista
O Palácio del Ayuntamiento
O Palácio del Ayuntamiento
Casario Abençoado
Casario de Puebla com várias igrejas em destaque
A Catedral em Fogo
Torres da catedral de Puelba iluminada durante o ocaso
Puebla Colorida III
Cimo de outras das incontáveis ruas garridas de Puebla
Túneis do 5 de Mayo
Túneis escavados antes das batalhas contra as forças imperiais francesas travadas em Puebla
Vulcão Popocatepetl
Vulcão Popocatepetl, silhueta ao ocaso
Foi tal o ímpeto proselitista católico na fundação de Puebla de Los Angeles, no século XVI, que determinados cronistas já lá relatavam uma igreja para cada dia do ano. Puebla conta com quase duzentas e noventa. Num domínio ex-colonial barroco e majestoso desafiador de Popocatépetl (5426m), a “montanha fumarenta” do México.

O dia flui.

Pouco a pouco, a falsa rotação do grande astro dissolve as trevas projectadas da fachada da Catedral Basílica de Puebla, a de Nuestra Señora de la Imaculada Concepción, se formos fiéis ao nome completo e original.

De manhã cedo, a sua sombra preenche boa parte do átrio desafogado, do mesmo cinzento basáltico em que desponta o templo católico supremo.

Invade mesmo a orla do jardim que cobre de verde o Zócalo, o coração da cidade.

Catedral de Puebla, a mais majestosa das quase 300 igrejas da cidade

Catedral de Puebla, a mais majestosa das quase 300 igrejas da cidade

A vida pueblana flui com o dia. O trânsito ora se detém, ora prossegue. Da Calle 16 de Septiembre para a Avenida 3 Poniente, sem direito a devassar a quase alameda que separa a catedral da praça central.

Incontáveis negócios operam nos pisos térreos e uns poucos primeiros andares do casario quincentenário, à boa maneira hispânica, erguido numa grelha que o vale imenso de Cuetlaxcoapan (do nahuatl, onde as cobras mudam de pele) concedeu vasta, de ruas largas.

Dia-a-dia, pouco a pouco, o sol passa para sul. Incide, lateralizado, no gradeamento que encerra o átrio da catedral, que a separa do jardim dotado de bancos do Zócalo, lugar de famílias, de casais recém-flechados por cupidos dissimulados no romantismo genuíno, algo barroco que, apesar de incontáveis revezes, embrulha o México de paixão.

O sol doura, faz resplandecer as figuras destacadas e alinhadas no cimo de cada pilar. São 58 anjos as figuras elevadas que, de braço direito em riste, louvam e celebram a catedral nas suas costas asadas. Os anjos têm um lugar eterno na génese mitológica de Puebla, ali representada pela sua mais imponente igreja.

A Emergência de Puebla no Contexto da Conquista do México

Recuemos a 1531. Hernán Cortés tinha ludibriado e derrotado os aztecas de Tenochtitlán há uma mera década.

Na peugada do conquistador, os missionários de concorrentes ordens religiosas, apressaram-se a impor a fé católica a partir do âmago mexica tomado a Cuauhtémoc.

Ainda as pedras da capital azteca eram revolvidas para comporem igrejas sobre os templos pagãos, já os religiosos planeavam os próximos focos da Cristandade.

O vale de Cuetlaxcoapan ficava a pouco mais de 120km para leste de Tenochtitlán. Ainda por cima, no caminho de Villa Rica de la Vera Cruz, a primeira povoação colonial da América Continental, fundada em 1519, pelo mesmo Hernán Cortéz, pouco depois de ter desembarcado com os seus homens, nas imediações.

Cuetlaxcoapan representava assim, uma escala providencial nas viagens entre o interior e o litoral mexicano de que os espanhóis se habituaram a zarpar para Espanha, não tarda, outras paragens do seu alastrado império.

Decorreram doze anos. Frei Toríbio de Benavente, um dos “Doze Apóstolos”, religiosos pioneiros no México e o oficial colonial Juán de Salmeron, fizeram erguer a base que deu origem à cidade.

Com o apoio de Hernando de Helgueta, delinearam a traça por que caminhávamos, que os espanhóis exportaram de forma massiva para as Américas, no México, desde as suas cidades na Península do Iucatão, as do norte desértico, por exemplo, San Luís Potosi e até o povoado mineiro de Real de Catorze.

Rua movimentada e colorida de Puebla.

Rua movimentada e colorida de Puebla.

Em Março de 1532, por fim, após intenso debate e polémica entre dirigentes políticos e religiosos de distintas ordens, Isabel de Portugal, filha de D. João II, esposa do imperador do Sacro Império Romano-Germânico Carlos V, assinou a cédula que concedeu à nova povoação o título de Ciudad de Los Ángeles.

As criaturas assexuadas depressa conquistaram lugar no imaginário religioso popular.

Os Anjos e a Localização Controversa da Cidade

Reza a lenda que, numa fase ainda precoce da discussão sobre o povoado, Julián Garcés, bispo de Tlaxcala e um dos principais defensores de que o devia acolher o Vale de Cuetlaxcoapan sonhou.

Sonhou que anjos o conduziam a um lugar coberto de vegetação, irrigado por dezenas de nascentes e cursos de água e que lho indicaram como o local ideal para a cidade. Pouco depois da fundação, uma inundação destruiu boa parte das casas recém-erguidas.

Os colonos persistiram.

Zocalo de Puebla com uma fonte exuberante

Zocalo de Puebla com uma fonte exuberante

A sua resiliência viabilizou a transformação da Ciudad de Los Angeles na Puebla colonial, colossal, a quarta maior cidade do México, cada vez mais moderna e aberta à novidade que continuamos a explorar.

Cruzamos o Zócalo.

Até ao seu limiar norte, onde, entre árvores portentosas, já à beira da Av. da Reforma, de frente para a entrada da Pasaje del Ayuntamiento, desvendamos outro dos edifícios imponentes da cidade, o Palácio Municipal de Puebla e seu Ayuntamiento.

A entrada da Pasaje del Ayuntamiento.

A entrada da Pasaje del Ayuntamiento.

É bem posterior à catedral, de arquitectura isabelina, se bem que projectado por um arquitecto inglês.

Surge no lugar que, já em 1536, acolhia o Palácio Municipal inaugural da cidade, vizinho de outro edifício pioneiro, a Biblioteca Palafoxiana, considerada a primeira biblioteca pública das Américas.

Capela da biblioteca Palafoxiana, a primeira biblioteca pública das Américas

Capela da biblioteca Palafoxiana, a primeira biblioteca pública das Américas

À imagem de quase dois terços da orla do Zócalo, também este palácio cinzento, assenta em arcadas profundas.

O Palácio del Ayuntamiento

O Palácio del Ayuntamiento

Do Zócalo ao ex-Convento de San Francisco de Puebla

Completa um domínio de sombra e ar fresco com a sua própria vida, repleto de esplanadas de bares e restaurantes, de outros pequenos negócios, incluindo uns poucos sapateiros e engraxadores hiperactivos.

Atravessamos a arcada da Pasaje del Ayuntamiento, uma extensão perpendicular do domínio das arcadas.

Do lado de lá, a esquina da Av. 2 Oeste com a 5 de Mayo e a extensão desta rua tão ou mais movimentada, levam-nos rumo a uma zona exterior da cidade, ainda assim, abençoada pelas suas igrejas, a Capilla del Rosário e o Templo de Santo Domingo, a pouca distância duma estátua dourada que homenageia Isabel de Portugal.

Prosseguimos.

Entre taquerias geradoras de antojitos poblanos, floristas, lojas de roupa com manequins bizarros e um sortido inenarrável de outras tiendas, bancas e afins,

Edifícios coloridas iluminados por um dia de sol

Edifícios coloridos resplandecem acima da sombra

Aqui e ali, instalados em edifícios embelezados pela azulejaria de talavera que Puebla desenvolveu até clamar como sua.

Numa zona em que a 5 de Mayo surgia já destacada de árvores, capta-nos a atenção música estridente.

Mariachis tocam em honra da mãe aniversariante de um dos músicos

Mariachis tocam em honra da mãe aniversariante de um dos músicos

Aproximamo-nos. Uma banda de mariachis trajados a rigor toca virada para uma banca de petiscos arrumada num canto da rua, para delícia de uma mulher já com a sua idade, rodeada de filhas e de netos.

Um espectador com afinidade tanto com os músicos como com a diminuta assistência, repara no nosso interesse fotográfico.

Decide-se a explicar o porquê da exibição. “a senhora é mãe de um dos músicos. Ele ofereceu-lhe esta actuação!” Compreendemos também a razão de ser dos vários bouquets de flores que lhe atafulhavam o humilde estabelecimento.

Dona de banca de petiscos aniversariante e família, assistem a uma exibição mariachi oferecida por um filho músico.

Dona de banca de petiscos aniversariante e família, assistem a uma exibição mariachi oferecida por um filho músico.

Flectimos para a Av. 10 Oeste. Desembocamos na Boulevard Héroes del 5 de Mayo, uma via rápida que serpenteia através da cidade.

De um lado da estrada, damos com a Capilla de Dolores, bem ampla, vistosa, para o que estamos habituados a ver como capela.

Do outro, sobranceiro, realçado por uma combinação inusitada de pedra cinza crua com zonas de amarelo e grená, espanta-nos o Templo e ex-convento de San Francisco de Puebla, de dimensão desafiadora da da grande Catedral.

Imagem aérea do convento de San Francisco de Puebla

O convento de San Francisco de Puebla, outro dos templos católicos grandiosos da cidade.

Por essa altura, tínhamos admirado cinco ou seis dos templos católicos da cidade. Existiam uns duzentos e oitenta mais.

Se desconsiderarmos capelas, santuários e oratórios diminutos.

O Reduto Criativo e Elegante do Barrio del Artista

Nas imediações, insinua-se o Teatro Principal. Serve de ponte cultural para uma das zonas alternativas da cidade, o Bairro do Artista, disposto em redor da Plazuela del Torno.

Ateliês do Barrio del Artista

Ateliês do Barrio del Artista

Esta praça é, desde 1940, o cerne artístico de Puebla. De início, conhecida por reunir pintores que contavam com 45 pequenos estúdios geminados, abriu-se a outras artes, casos da dança, da música e do teatro.

Instalação que denomina o Barrio del Artista

Instalação que denomina o Barrio del Artista

Hoje, animam-na ainda bares, galerias e lojas de recordações, pintadas de cores garridas que combinam com o lilás de uma pequena floresta de jacarandás.

Quase noite realça as cores do Barrio del Artista de Puebla

Quase noite realça as cores do Barrio del Artista de Puebla

Num mesmo eixo criativo unificado pela Calle 8 norte, deambulamos ainda pelo Mercado de Artesanias El Parián.

Encontramo-lo enquadrado por uma moldura, disposto numa estrutura de bancas cobertas em forma de um longo e apertado V.

Moldura enquadra o Mercado das Artesanias

Moldura enquadra o Mercado das Artesanias

Revertemos boa parte do que tínhamos caminhado, Boulevard Héroes de 5 de Mayo acima.

O 5 de Mayo e a Resistência de Puebla à Invasão Napoleónica do México

Com alguma paciência, damos com a entrada para um dos sistemas de túneis da cidade, encontrado e tornado acessível em 2013, enriquecido, em jeito de museu, como merecia o contexto histórico que os gerou.

Túneis escavados antes das batalhas contra as forças imperiais francesas travadas em Puebla

Túneis escavados antes das batalhas contra as forças imperiais francesas travadas em Puebla

Ao descermos às suas profundezas iluminadas, salpicadas de artefactos lá achados, recuamos até 5 de Maio de 1862. Neste dia, após um período de inesperada ocupação, o exército mexicano, derrotou, na Batalha de Puebla, forças francesas que, a mando de Napoleão III, procuravam controlar o México.

Os mexicanos triunfaram. Ainda assim, os franceses regressaram no ano seguinte, com mais homens. Conseguiram derrotar as defesas de Puebla, avançar até à Cidade do México e impôr o 2º Império Mexicano. Só que a guerrilha mexicana intensificou-se. Custou a vida a muitos milhares de soldados franceses.

Com a Prússia a atormentar a França e a ameaça dos Estados Unidos, em 1867, Napoleão III ditou a retirada das forças francesas.

Saímos dos túneis para uns arredores de Puebla florestados, ainda dominados pelos fortes de Loreto e de Guadalupe em que os mexicanos resistiram aos gauleses.

Desse cimo panorâmico, contemplamos a fusão de passado e modernidade deslumbrante em que Puebla se tornou.

Casario de Puebla com várias igrejas em destaque

Casario de Puebla com várias igrejas em destaque

As torres das suas muitas igrejas aquém do horizonte de arranha-céus de Angelopólis, o mais recente distrito financeiro, comercial e residencial a oeste do centro histórico da cidade.

A Iminência Intimidadora do Grande Vulcão Popocatépetl

Nessa tarde, uma névoa azulada torna a vista mais para além inviável.

No fim do dia, no entanto, conseguimos autorização de um hotel ao lado do Cabildo para, pouco antes do ocaso, acedermos ao terraço.

Torres da catedral de Puelba iluminada durante o ocaso

Torres da catedral de Puelba iluminada durante o ocaso

Com o arrebol a definir-se abaixo dum céu fogueado-azul, a iluminação artificial torna a catedral de Puebla uma espécie de OVNI torreado acabado de aterrar.

À distância, a silhueta do Popocatépetl liberta um riacho sinuoso de fumo contra o poente incandescente que desagua na noite.

Vulcão Popocatepetl, silhueta ao ocaso

Vulcão Popocatepetl, silhueta ao ocaso

Como Ir

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Izamal, México

A Cidade Mexicana, Santa, Bela e Amarela

Até à chegada dos conquistadores espanhóis, Izamal era um polo de adoração do deus Maia supremo Itzamná e Kinich Kakmó, o do sol. Aos poucos, os invasores arrasaram as várias pirâmides dos nativos. No seu lugar, ergueram um grande convento franciscano e um prolífico casario colonial, com o mesmo tom solar em que a cidade hoje católica resplandece.
Campeche, México

Campeche Sobre Can Pech

Como aconteceu por todo o México, os conquistadores chegaram, viram e venceram. Can Pech, a povoação maia, contava com quase 40 mil habitantes, palácios, pirâmides e uma arquitetura urbana exuberante, mas, em 1540, subsistiam menos de 6 mil nativos. Sobre as ruínas, os espanhóis ergueram Campeche, uma das mais imponentes cidades coloniais das Américas.
Tulum, México

A Mais Caribenha das Ruínas Maias

Erguida à beira-mar como entreposto excepcional decisivo para a prosperidade da nação Maia, Tulum foi uma das suas últimas cidades a sucumbir à ocupação hispânica. No final do século XVI, os seus habitantes abandonaram-na ao tempo e a um litoral irrepreensível da península do Iucatão.
Mérida, México

A Mais Exuberante das Méridas

Em 25 a.C, os romanos fundaram Emerita Augusta, capital da Lusitânia. A expansão espanhola gerou três outras Méridas no mundo. Das quatro, a capital do Iucatão é a mais colorida e animada, resplandecente de herança colonial hispânica e vida multiétnica.
Cobá a Pac Chen, México

Das Ruínas aos Lares Maias

Na Península de Iucatão, a história do segundo maior povo indígena mexicano confunde-se com o seu dia-a-dia e funde-se com a modernidade. Em Cobá, passámos do cimo de uma das suas pirâmides milenares para o coração de uma povoação dos nossos tempos.
San Cristóbal de Las Casas, México

O Lar Doce Lar da Consciência Social Mexicana

Maia, mestiça e hispânica, zapatista e turística, campestre e cosmopolita, San Cristobal não tem mãos a medir. Nela, visitantes mochileiros e activistas políticos mexicanos e expatriados partilham uma mesma demanda ideológica.
Campeche, México

Um Bingo tão lúdico que se joga com bonecos

Nas noites de sextas um grupo de senhoras ocupam mesas do Parque Independencia e apostam ninharias. Os prémios ínfimos saem-lhes em combinações de gatos, corações, cometas, maracas e outros ícones.

Cidade do México, México

Alma Mexicana

Com mais de 20 milhões de habitantes numa vasta área metropolitana, esta megalópole marca, a partir do seu cerne de zócalo, o pulsar espiritual de uma nação desde sempre vulnerável e dramática.

Champotón, México

Rodeo Debaixo de Sombreros

Champoton, em Campeche, acolhe uma feira honra da Virgén de La Concepción. O rodeo mexicano sob sombreros local revela a elegância e perícia dos vaqueiros da região.
San Cristobal de las Casas a Campeche, México

Uma Estafeta de Fé

Equivalente católica da Nª Sra. de Fátima, a Nossa Senhora de Guadalupe move e comove o México. Os seus fiéis cruzam-se nas estradas do país, determinados em levar a prova da sua fé à patrona das Américas.
Campeche, México

Há 200 Anos a Brincar com a Sorte

No fim do século XVIII, os campechanos renderam-se a um jogo introduzido para esfriar a febre das cartas a dinheiro. Hoje, jogada quase só por abuelitas, a loteria local pouco passa de uma diversão.
Iucatão, México

O Fim do Fim do Mundo

O dia anunciado passou mas o Fim do Mundo teimou em não chegar. Na América Central, os Maias da actualidade observaram e aturaram, incrédulos, toda a histeria em redor do seu calendário.
Iucatão, México

A Lei de Murphy Sideral que Condenou os Dinossauros

Cientistas que estudam a cratera provocada pelo impacto de um meteorito há 66 milhões de anos chegaram a uma conclusão arrebatadora: deu-se exatamente sobre uma secção dos 13% da superfície terrestre suscetíveis a tal devastação. Trata-se de uma zona limiar da península mexicana de Iucatão que um capricho da evolução das espécies nos permitiu visitar.
Uxmal, Iucatão, México

A Capital Maia que Se Empilhou Até ao Colapso

O termo Uxmal significa construída três vezes. Na longa era pré-Hispânica de disputa do mundo Maia, a cidade teve o seu apogeu, correspondente ao cimo da Pirâmide do Adivinho no seu âmago. Terá sido abandonada antes da Conquista Espanhola do Iucatão. As suas ruínas são das mais intactas da Península do Iucatão.
Barrancas del Cobre, Chihuahua, México

O México Profundo das Barrancas del Cobre

Sem aviso, as terras altas de Chihuahua dão lugar a ravinas sem fim. Sessenta milhões de anos geológicos sulcaram-nas e tornaram-nas inóspitas. Os indígenas Rarámuri continuam a chamar-lhes casa.
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Chihuahua, México

¡ Ay Chihuahua !

Os mexicanos adaptaram a expressão como uma das suas preferidas manifestações de surpresa. À descoberta da capital do estado homónimo do Noroeste, exclamamo-la amiúde.
Chichen Itza, Iucatão, México

À Beira do Cenote, no Âmago da Civilização Maia

Entre os séculos IX a XIII d.C., Chichen Itza destacou-se como a cidade mais importante da Península do Iucatão e do vasto Império Maia. Se a Conquista Espanhola veio precipitar o seu declínio e abandono, a história moderna consagrou as suas ruínas Património da Humanidade e Maravilha do Mundo.
Real de Catorce, San Luís Potosi, México

De Filão da Nova Espanha a Pueblo Mágico Mexicano

No início do século XIX, era uma das povoações mineiras que mais prata garantia à Coroa Espanhola. Um século depois, a prata tinha-se desvalorizado de tal maneira que Real de Catorce se viu abandonada. A sua história e os cenários peculiares filmados por Hollywood, cotaram-na uma das aldeias preciosas do México.
Real de Catorce, San Luís Potosi, México

A Depreciação da Prata que Levou à do Pueblo (Parte II)

Com a viragem para o século XX, o valor do metal precioso bateu no fundo. De povoação prodigiosa, Real de Catorce passou a fantasma. Ainda à descoberta, exploramos as ruínas das minas na sua origem e o encanto do Pueblo ressuscitado.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
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Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
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O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
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Uma depressão situada a 15km para sudeste do rio Zambeze retém água e minerais durante toda a época seca do Zimbabué. A Kanga Pan, como é conhecida, nutre um dos ecossistemas mais prolíficos do imenso e deslumbrante Parque Nacional Mana Pools.
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Num pouco mais de 6km, subimos dos 4018m aos 4450m, na base do desfiladeiro de Thorong La. Pelo caminho, questionamos se o que sentíamos seriam os primeiros problemas de Mal de Altitude. Nunca passou de falso alarme.
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Lençois da Bahia: nem os Diamantes São Eternos

No século XIX, Lençóis tornou-se na maior fornecedora mundial de diamantes. Mas o comércio das gemas não durou o que se esperava. Hoje, a arquitectura colonial que herdou é o seu bem mais precioso.
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Naghol: O Bungee Jumping sem Modernices

Em Pentecostes, no fim da adolescência, os jovens lançam-se de uma torre apenas com lianas atadas aos tornozelos. Cordas elásticas e arneses são pieguices impróprias de uma iniciação à idade adulta.
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Arménia

O Berço do Cristianismo Oficial

Apenas 268 anos após a morte de Jesus, uma nação ter-se-á tornado a primeira a acolher a fé cristã por decreto real. Essa nação preserva, ainda hoje, a sua própria Igreja Apostólica e alguns dos templos cristãos mais antigos do Mundo. Em viagem pelo Cáucaso, visitamo-los nos passos de Gregório o Iluminador, o patriarca que inspira a vida espiritual da Arménia.
Trem do Serra do Mar, Paraná, vista arejada
Sobre Carris
Curitiba a Morretes, Paraná, Brasil

Paraná Abaixo, a Bordo do Trem Serra do Mar

Durante mais de dois séculos, só uma estrada sinuosa e estreita ligava Curitiba ao litoral. Até que, em 1885, uma empresa francesa inaugurou um caminho-de-ferro com 110 km. Percorremo-lo, até Morretes, a estação, hoje, final para passageiros. A 40km do término original e costeiro de Paranaguá.
Nissan, Moda, Toquio, Japao
Sociedade
Tóquio, Japão

À Moda de Tóquio

No ultra-populoso e hiper-codificado Japão, há sempre espaço para mais sofisticação e criatividade. Sejam nacionais ou importados, é na capital que começam por desfilar os novos visuais nipónicos.
Vida Quotidiana
Profissões Árduas

O Pão que o Diabo Amassou

O trabalho é essencial à maior parte das vidas. Mas, certos trabalhos impõem um grau de esforço, monotonia ou perigosidade de que só alguns eleitos estão à altura.
Duo de girafas cruzadas acima da savana, com os montes Libombo em fundo
Vida Selvagem
Reserva de KaMsholo, eSwatini

Entre as Girafas de KaMsholo e Cia

Situada a leste da cordilheira de Libombo, a fronteira natural entre eSwatini, Moçambique e a África do Sul, KaMsholo conta com 700 hectares de savana pejada de acácias e um lago, habitats de uma fauna prolífica. Entre outras explorações e incursões, lá interagimos com a mais alta das espécies.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.