Mérida, Venezuela

A Renovação Vertiginosa do Teleférico mais Alto do Mundo


Mais “Peligro”
Mais um aviso de segurança na proximidade do Pico Espejo
Ascensão em espera
Funcionários aguardam no interior de uma cabine de trabalho que serve a reconstrução do teleférico.
Viagem Vertiginosa
Operário sobe em direcção ao Pico Espejo num monta-cargas temporário.
A Cabine Patriota
A única cabine definitiva e, à data, em funcionamento no novo sistema, decorada com as cores da bandeira venezuelana.
O Grande Nada
Cabos do teleférico somem-se nas nuvens que invadem a Sierra Nevada de Mérida
El Páramo
Prado típico dos Andes Venezuelanos (Páramo) e uma das lagoas acima da estação de Loma Redonda
Vista emoldurada
Cenário das montanhas para lá do Vale de Mérida através de uma janela do refeitório das obras do teleférico.
Jairo Alarcón
Jairo Alarcón, um dos muleiros de Los Nevados.
Caravana de Muleiros
Muleiros aproximam-se da estação de Loma Redonda, vindos da aldeia de Los Nevados.
A Caminho do topo
Trabalhador desembarca de um dos monta-cargas usados na renovação do teleférico
Pico Espejo Nevado
Cumes com alguma neve do Pico Espejo, a 4765 metros de altitude
Torres de aço
Estruturas de torres para o novo teleférico
Camino con Seguridad
Trabalhador repousa junto a uma tarja que adverte para a importância da segurança.
Peligro, Peligro, Peligro
Operários trabalham numa plataforma do teleférico
Trio do Trabalho
Operários trabalham sob uma roldana do teleférico
Trabalho de armação
Operários constroem uma armação para suporte de betão
Cabines descartadas
As cabines descartadas do antigo sistema de teleférico de Mérida.
Virgen de las Nieves
Visitante fotografa a estátua da Virgen de Las Nieves, empoleirado acima dos penhascos em redor do Pico Espejo
Vista sobre o precipício
Montanhista observa o precipício coberto de névoa a partir de um gradeamento em redor da estátua da Virgen de Las Nieves.
Em execução a partir de 2010, a reconstrução do teleférico de Mérida foi levada a cabo na Sierra Nevada por operários intrépidos que sofreram na pele a grandeza da obra.

Estávamos por Mérida pela segunda vez.

Em Dezembro de 2004, a cidade acolhia centenas de jovens viajantes e expatriados. Atraíam-nos as caminhadas e actividades radicais nos cenários preservados da Sierra Nevada, no extremo norte da grande cordilheira sul-americana que, em 1960, a construção do sistema de teleféricos local tornou mais procurada e acessível que nunca.

Mas, ao aproximar-se dos 50 anos de vida, o sistema de teleférico recordista (12.6km de extensão dos 1640m aos 4765m de altitude) chegava ao fim da sua vida útil.

Teleférico de Mérida, Renovação, Venezuela, Cabines antigas

As cabines descartadas do antigo sistema de teleférico de Mérida.

Em 2008, o grupo austríaco Doppelmayr entregou ao Ministério do Turismo venezuelano um relatório que recomendava que não deveriam ser feitas mais reparações. Em Agosto, o serviço do teleférico foi encerrado sem prazo de reabertura. Com óbvio dano para a economia de Mérida, habituada às verbas ali deixadas pelos forasteiros.

Passaram-se quase dois anos. Nesse período, a empreitada de reconstrução foi entregue à Doppelmayr.

No fim de 2010, iniciaram-se os trabalhos que ainda prosseguiam a meio de Outubro de 2013, em simultâneo com a FITVEN 2013, a feira internacional que o Ministério de Turismo atribuiu a Mérida, com o propósito principal de reconquistar notoriedade para a região e para o novo teleférico.

A Ascensão ao Pico Espejo a bordo do Teleférico em Renovação

Numa de várias manhãs soalheiras, madrugamos com o objectivo de contribuirmos. Viajamos do limite da cidade até à calle 24 Rangel e ao Parque Las Heroínas. Devido à inactividade do teleférico e à situação instável da Venezuela,  encontramo-la sem sinal da vida cosmopolita e frenética que lhe conhecíamos.

Uma comitiva de responsáveis pela obra, pela comunicação do projecto e da Protecção Civil acolhe-nos. Aguardamos com vista para o vale abrupto em que flui o rio Chama e para a encosta imponente da Sierra Nevada de Mérida.

Teleférico de Mérida, Renovação, Venezuela, vista do refeitório

Cenário das montanhas para lá do Vale de Mérida através de uma janela do refeitório das obras do teleférico.

São exaustivas tanto as boas-vindas como os briefings informativos e de segurança. Superados os pró-formas, o grupo é dividido, dotado de capacetes e conduzido à doca de acostagem dos monta-cargas usados na obra.

Reparamos que José Gregório Martínez, o presidente da empresa Venezuelana de Teleféricos, anda de braço ao peito. Tentamos não ver no seu gesso um prenúncio e subimos a bordo da primeira caixa de ferro que ali aporta. Colocadas as correntes que separam os 16 passageiros do abismo, ficamos entregues ao destino.

Teleférico de Mérida, Renovação, Venezuela, Cabine

A única cabine definitiva e, à data, em funcionamento no novo sistema, decorada com as cores da bandeira venezuelana.

O monta-cargas sobe com um ruído estridente. Primeiro sobre o casario abarracado às margens do rio Chama. Logo, sobre a vegetação exuberante do sopé da serra. O avanço não é contínuo. A espaços, a cabine detém-se e deixa-nos apreensivos e em silêncio. “Tivemos um furo”, não resiste a atirar Júlio Debali, um uruguaio em permanente modo humorístico.

Ao riso, volta a suceder-se o silêncio. Jayme Bautista, o mais incansável dos comunicadores anfitriões, sente o desconforto partilhado. Pede a um outro funcionário que explique o porquê de tão suspeita imobilização.

Teleférico de Mérida, Renovação, Venezuela, trabalho selado

Operários trabalham numa plataforma do teleférico

Este, entrega-se a um ensaio verborreico inspirado na fluência insípida dos superiores e responsáveis que se acostumara a escutar: “Muy bueno, les comento el seguiente: el detalle és que la torre que acabamos de passar, la N, tiene cables en posición negativa, de la manera como estan, hacen fuerza para arriba y tienen que equilibrarse con la torre. Por eso és que hay que pasar despacio, porque sino se puede descarrilar.”

O grupo pouco ou nada compreende. Indiferente, Júlio Debali aproveita para acrescentar outras das suas sempre bem-vindas piadolas cirúrgicas. “OK. Mas tem pára-quedas isto?”

O susto passa. Não tardamos a sair para a primeira estação.

Teleférico de Mérida, Renovação, Venezuela, armação para betão

Operários constroem uma armação para suporte de betão

A Pé, Montanha Acima, Rumo à Loma Redonda da Sierra Nevada

Desembarcados, vencemos trechos pedestres. Atravessamos distintos estaleiros de obras e cruzamo-nos com trabalhadores espantados pela inesperada invasão. Até que chegamos à antiga estação de Loma Redonda. Dali, tentamos localizar o Pico Bolivar (4981m), o tecto da Venezuela.

Teleférico de Mérida, Renovação, Venezuela, Pico Espejo

Cumes com alguma neve do Pico Espejo, a 4765 metros de altitude

Os cumes da Sierra Nevada revelam-se ligeiramente nevados e na iminência de se sumirem nas nuvens que espreitam por detrás. Caminhamos entre incontáveis frailejónes (Espeletia pycnophylla), com vista para as lagoas Los Anteojos, assim chamadas pela similitude com um par de óculos.

Teleférico de Mérida, Renovação, Venezuela, Páramo

Prado típico dos Andes Venezuelanos (Páramo) e uma das lagoas acima da estação de Loma Redonda

Em três monta-cargas distintos, numas dezenas minutos, tínhamos subido dos 1600 metros de Mérida para cima dos 4000. Além de gélido, o ar revelava-se rarefeito a condizer. Faltava ainda a ascensão para as alturas agrestes do Pico Espejo.

Este trecho derradeiro foi o único realizado num monta-cargas fechado, também à pinha. Provou-se bem mais extremo que os anteriores.

Teleférico de Mérida, Renovação, Venezuela, monta-cargas

Operário sobe em direcção ao Pico Espejo num monta-cargas temporário.

O Mal-da-Montanha de Que nem a Virgen de Las Nieves Salva o Grupo

Desembarcamos para um trilho enlameado e nevado. Avançamos, em ritmo lunar, até ao miradouro abençoado pela estátua da Virgen de Las Nieves, a patrona dos montanhistas. Dali, para baixo, envoltos numa névoa veloz, não percebemos sequer o abismo, apenas os rochedos imediatos que o anunciam.

Teleférico de Mérida, Renovação, Venezuela, Montanhista em miradouros

Montanhista observa o precipício coberto de névoa a partir de um gradeamento em redor da estátua da Virgen de Las Nieves.

No regresso ofegante e zonzo ao monta-cargas, Henry Toro, um guia com visual indígena, ele próprio ex-montanheiro, apresenta-nos Jesus López.

Louva esta figura da renovação do teleférico e de outros projectos na montanha que admirava em especial, entre todos os trabalhadores: “O pessoal conhece-o como Yeti, vejam lá, tal é o tempo que este homem passa aqui em cima.”

De um varandim próximo, avistamos aquela que é considerada a praça mais elevada da Venezuela. E a estátua do comandante-supremo Francisco de Miranda, um dos grandes libertadores e heróis históricos dos venezuelanos, a par do seu sucessor, quase-divino Simón Bolívar.

Estávamos havia quase meia-hora a 4765 metros, desprovidos de uma aclimatização prévia condigna. Tal como a Protecção Civil previa, alguns dos visitantes já se ressentiam. O regresso no monta-cargas teve, assim, que ser abreviado. De volta à Loma Redonda, os cérebros em apuros tiveram que ser oxigenados.

Teleférico de Mérida, Renovação, Venezuela

Cabos do teleférico somem-se nas nuvens que invadem a Sierra Nevada de Mérida

Loma Redonda era a estação de onde, em 2004, havíamos iniciado a caminhada montanha abaixo em direcção a Los Nevados.

O Regresso Abreviado à Segurança de Mérida

Nessa ocasião, um pequeno batalhão de proprietários de mulas habitantes dos pueblos em volta alugava os seus animais e serviços aos passageiros recém-chegados de Mérida. Quando desembarcamos, percebemos que o Ministério do Turismo venezuelano lhes tinha devolvido essa missão para que transportassem a comitiva de visita.

Teleférico de Mérida, Renovação, Venezuela, muleiros

Muleiros aproximam-se da estação de Loma Redonda, vindos da aldeia de Los Nevados.

Percorremos de mula apenas a parte inicial do trilho que conduzia ao pueblo ainda distante.

O suficiente para nos recordarmos do resto do caminho e convencermos Jairo Alarcón – um dos nativos trajado a rigor e mais fotogénico – a protagonizar uma curta sessão fotográfica.

Teleférico de Mérida, Renovação, Venezuela, muleiro Jairo Alarcon

Jairo Alarcón, um dos muleiros de Los Nevados.

A tarde já vai a meio. Desmontamos. Pouco depois, damos início à descida. Interrompemo-la para um almoço tardio no refeitório dos trabalhadores, instalado na terceira estação.

Após o repasto, ouvimos uma longa apresentação sobre o teleférico e instalamo-nos para assistir à projecção de um filme.

Henry Toro adianta-nos que muitos dos trabalhadores tinham chorado de emoção quanto assistiram a “En lo Más Alto” pela primeira vez.

Teleférico de Mérida, Renovação, Venezuela

Mais um aviso de segurança na proximidade do Pico Espejo

Nuns poucos minutos, sentimos como o documentário, épico e nacionalista, elevava o significado das suas contribuições.

Estava em causa o teleférico mais longo e mais alto do Mundo que a sempre conturbada Venezuela estava determinada a refazer.

Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
Alaverdi, Arménia

Um Teleférico Chamado Ensejo

O cimo da garganta do rio Debed esconde os mosteiros arménios de Sanahin e Haghpat e blocos de apartamentos soviéticos em socalcos. O seu fundo abriga a mina e fundição de cobre que sustenta a cidade. A ligar estes dois mundos, está uma cabine suspensa providencial em que as gentes de Alaverdi contam viajar na companhia de Deus.
Pueblos del Sur, Venezuela

Os Pauliteiros de Mérida, Suas Danças e Cia

A partir do início do século XVII, com os colonos hispânicos e, mais recentemente, com os emigrantes portugueses consolidaram-se nos Pueblos del Sur, costumes e tradições bem conhecidas na Península Ibérica e, em particular, no norte de Portugal.

Gran Sabana, Venezuela

Um Verdadeiro Parque Jurássico

Apenas a solitária estrada EN-10 se aventura pelo extremo sul selvagem da Venezuela. A partir dela, desvendamos cenários de outro mundo, como o da savana repleta de dinossauros da saga de Spielberg.

Mal de Altitude: não é mau. É péssimo!

Em viagem, acontece vermo-nos confrontados com a falta de tempo para explorar um lugar tão imperdível como elevado. Ditam a medicina e as experiências prévias com o Mal de Altitude que não devemos arriscar subir à pressa.
Pueblos del Sur, Venezuela

Por uns Trás-os-Montes da Venezuela em Fiesta

Em 1619, as autoridades de Mérida ditaram a povoação do território em redor. Da encomenda, resultaram 19 aldeias remotas que encontramos entregues a comemorações com caretos e pauliteiros locais.
Monte Roraima, Venezuela

Viagem No Tempo ao Mundo Perdido do Monte Roraima

Perduram no cimo do Monte Roraima cenários extraterrestres que resistiram a milhões de anos de erosão. Conan Doyle criou, em "O Mundo Perdido", uma ficção inspirada no lugar mas nunca o chegou a pisar.
Mérida, Venezuela

Mérida a Los Nevados: nos Confins Andinos da Venezuela

Nos anos 40 e 50, a Venezuela atraiu 400 mil portugueses mas só metade ficou em Caracas. Em Mérida, encontramos lugares mais semelhantes às origens e a geladaria excêntrica dum portista imigrado.
PN Canaima, Venezuela

Kerepakupai, Salto Angel: O Rio Que Cai do Céu

Em 1937, Jimmy Angel aterrou uma avioneta sobre uma meseta perdida na selva venezuelana. O aventureiro americano não encontrou ouro mas conquistou o baptismo da queda d'água mais longa à face da Terra
Mérida, México

A Mais Exuberante das Méridas

Em 25 a.C, os romanos fundaram Emerita Augusta, capital da Lusitânia. A expansão espanhola gerou três outras Méridas no mundo. Das quatro, a capital do Iucatão é a mais colorida e animada, resplandecente de herança colonial hispânica e vida multiétnica.
PN Henri Pittier, Venezuela

PN Henri Pittier: entre o Mar das Caraíbas e a Cordilheira da Costa

Em 1917, o botânico Henri Pittier afeiçoou-se à selva das montanhas marítimas da Venezuela. Os visitantes do parque nacional que este suíço ali criou são, hoje, mais do que alguma vez desejou
Ilha Margarita ao PN Mochima, Venezuela

Ilha Margarita ao Parque Nacional Mochima: um Caribe bem Caribenho

A exploração do litoral venezuelano justifica uma festa náutica de arromba. Mas, estas paragens também nos revelam a vida em florestas de cactos e águas tão verdes como a selva tropical de Mochima.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
savuti, botswana, leões comedores de elefantes
Safari
Savuti, Botswana

Os Leões Comedores de Elefantes de Savuti

Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
Fiel em frente à gompa A gompa Kag Chode Thupten Samphel Ling.
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 15º - Kagbeni, Nepal

Às Portas do ex-Reino do Alto Mustang

Antes do século XII, Kagbeni já era uma encruzilhada de rotas comerciais na confluência de dois rios e duas cordilheiras em que os reis medievais cobravam impostos. Hoje, integra o famoso Circuito dos Annapurnas. Quando lá chegam, os caminhantes sabem que, mais acima, se esconde um domínio que, até 1992, proibia a entrada de forasteiros.
Competição do Alaskan Lumberjack Show, Ketchikan, Alasca, EUA
Arquitectura & Design
Ketchikan, Alasca

Aqui Começa o Alasca

A realidade passa despercebida a boa parte do mundo, mas existem dois Alascas. Em termos urbanos, o estado é inaugurado no sul do seu oculto cabo de frigideira, uma faixa de terra separada dos restantes E.U.A. pelo litoral oeste do Canadá. Ketchikan, é a mais meridional das cidades alasquenses, a sua Capital da Chuva e a Capital Mundial do Salmão.
lagoas e fumarolas, vulcoes, PN tongariro, nova zelandia
Aventura
Tongariro, Nova Zelândia

Os Vulcões de Todas as Discórdias

No final do século XIX, um chefe indígena cedeu os vulcões do PN Tongariro à coroa britânica. Hoje, parte significativa do povo maori reclama aos colonos europeus as suas montanhas de fogo.
Gelados, Festival moriones, Marinduque, Filipinas
Cerimónias e Festividades
Marinduque, Filipinas

Quando os Romanos Invadem as Filipinas

Nem o Império do Oriente chegou tão longe. Na Semana Santa, milhares de centuriões apoderam-se de Marinduque. Ali, se reencenam os últimos dias de Longinus, um legionário convertido ao Cristianismo.
Goiás Velho, Legado da Febre do ouro, Brasil
Cidades
Goiás Velho, Brasil

Um Legado da Febre do Ouro

Dois séculos após o apogeu da prospecção, perdida no tempo e na vastidão do Planalto Central, Goiás estima a sua admirável arquitectura colonial, a riqueza supreendente que ali continua por descobrir.
Singapura Capital Asiática Comida, Basmati Bismi
Comida
Singapura

A Capital Asiática da Comida

Eram 4 as etnias condóminas de Singapura, cada qual com a sua tradição culinária. Adicionou-se a influência de milhares de imigrados e expatriados numa ilha com metade da área de Londres. Apurou-se a nação com a maior diversidade gastronómica do Oriente.
Conversa entre fotocópias, Inari, Parlamento Babel da Nação Sami Lapónia, Finlândia
Cultura
Inari, Finlândia

O Parlamento Babel da Nação Sami

A Nação sami integra quatro países, que ingerem nas vidas dos seus povos. No parlamento de Inari, em vários dialectos, os sami governam-se como podem.
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
Desporto
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
Erika Mae
Em Viagem
Filipinas

Os Donos da Estrada Filipina

Com o fim da 2ª Guerra Mundial, os filipinos transformaram milhares de jipes norte-americanos abandonados e criaram o sistema de transporte nacional. Hoje, os exuberantes jeepneys estão para as curvas.
Pequeno navegador
Étnico
Honiara e Gizo, Ilhas Salomão

O Templo Profanado das Ilhas Salomão

Um navegador espanhol baptizou-as, ansioso por riquezas como as do rei bíblico. Assoladas pela 2ª Guerra Mundial, por conflitos e catástrofes naturais, as Ilhas Salomão estão longe da prosperidade.
luz solar fotografia, sol, luzes
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
Kirkjubour, Streymoy, Ilhas Faroé
História
Kirkjubour, Streymoy, Ilhas Faroé

Onde o Cristianismo Faroense deu à Costa

A um mero ano do primeiro milénio, um missionário viquingue de nome Sigmundur Brestisson levou a fé cristã às ilhas Faroé. Kirkjubour, tornou-se o porto de abrigo e sede episcopal da nova religião.
Ilha Kéré, Bijagós, Guiné Bissau, do ar
Ilhas
Ilha Kéré, Bijagós, Guiné Bissau

A Pequena Bijagó que Acolheu um Grande Sonho

Criado na Costa do Marfim, o francês Laurent encontrou, no arquipélago das Bijagós, o lugar que o arrebatou. A ilha que partilha com a esposa portuguesa Sónia, aceitou-os e ao afecto que sentiam pela Guiné Bissau. Há muito que Kéré e as Bijagós encantam quem os visita.
Casal mascarado para a convenção Kitacon.
Inverno Branco
Kemi, Finlândia

Uma Finlândia Pouco Convencional

As próprias autoridades definem Kemi como ”uma pequena cidade ligeiramente aloucada do norte finlandês”. Quando a visitamos, damos connosco numa Lapónia inconformada com os modos tradicionais da região.
Visitantes da casa de Ernest Hemingway, Key West, Florida, Estados Unidos
Literatura
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Monteverde, Costa Rica, quakers, Reserva Biológica Bosque Nuboso, caminhantes
Natureza
Monteverde, Costa Rica

O Refúgio Ecológico que os Quakers Legaram ao Mundo

Desiludidos com a propensão militar dos E.U.A., um grupo de 44 Quakers migrou para a Costa Rica, nação que havia abolido o exército. Agricultores, criadores de gado, tornaram-se conservacionistas. Viabilizaram um dos redutos naturais mais reverenciados da América Central.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Hipopótamo na Lagoa de Anôr, Ilha de Orango, Bijagós, Guiné Bissau
Parques Naturais
Ilha Kéré a Orango, Bijagós, Guiné Bissau

Em Busca dos Hipopótamos Lacustres-Marinhos e Sagrados das Bijagós

São os mamíferos mais letais de África e, no arquipélago das Bijagós, preservados e venerados. Em virtude da nossa admiração particular, juntamo-nos a uma expedição na sua demanda. Com partida na ilha de Kéré e fortuna no interior da de Orango.
Património Mundial UNESCO
Viagens de Barco

Para Quem Só Enjoa de Navegar na Net

Embarque e deixe-se levar em viagens de barco imperdíveis como o arquipélago filipino de Bacuit e o mar gelado do Golfo finlandês de Bótnia.
femea e cria, passos grizzly, parque nacional katmai, alasca
Personagens
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
vista monte Teurafaatiu, Maupiti, Ilhas sociedade, Polinesia Francesa
Praias
Maupiti, Polinésia Francesa

Uma Sociedade à Margem

À sombra da fama quase planetária da vizinha Bora Bora, Maupiti é remota, pouco habitada e ainda menos desenvolvida. Os seus habitantes sentem-se abandonados mas quem a visita agradece o abandono.
Djerba, Ilha, Tunísia, Amazigh e os seus camelos
Religião
Djerba, Tunísia

A Ilha Tunisina da Convivência

Há muito que a maior ilha do Norte de África acolhe gentes que não lhe resistiram. Ao longo dos tempos, Fenícios, Gregos, Cartagineses, Romanos, Árabes chamaram-lhe casa. Hoje, comunidades muçulmanas, cristãs e judaicas prolongam uma partilha incomum de Djerba com os seus nativos Berberes.
white pass yukon train, Skagway, Rota do ouro, Alasca, EUA
Sobre Carris
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
Sociedade
Cemitérios

A Última Morada

Dos sepulcros grandiosos de Novodevichy, em Moscovo, às ossadas maias encaixotadas de Pomuch, na província mexicana de Campeche, cada povo ostenta a sua forma de vida. Até na morte.
Casario, cidade alta, Fianarantsoa, Madagascar
Vida Quotidiana
Fianarantsoa, Madagáscar

A Cidade Malgaxe da Boa Educação

Fianarantsoa foi fundada em 1831 por Ranavalona Iª, uma rainha da etnia merina então predominante. Ranavalona Iª foi vista pelos contemporâneos europeus como isolacionista, tirana e cruel. Reputação da monarca à parte, quando lá damos entrada, a sua velha capital do sul subsiste como o centro académico, intelectual e religioso de Madagáscar.
Fogueira ilumina e aquece a noite, junto ao Reilly's Rock Hilltop Lodge,
Vida Selvagem
Santuário de Vida Selvagem Mlilwane, eSwatini

O Fogo que Reavivou a Vida Selvagem de eSwatini

A meio do século passado, a caça excessiva extinguia boa parte da fauna do reino da Suazilândia. Ted Reilly, filho do colono pioneiro proprietário de Mlilwane entrou em acção. Em 1961, lá criou a primeira área protegida dos Big Game Parks que mais tarde fundou. Também conservou o termo suazi para os pequenos fogos que os relâmpagos há muito geram.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.