Rincon, Bonaire

O Recanto Pioneiro das Antilhas Holandesas


O Monte Fragmentado
Cenário repleto de picos em redor da Mangazina di Rei.
Kaya Para Mira
Placa assinala a entrada espinhosa para a Kaya (calle) Para Mira.
Rincon
A primeira povoação das actuais Antilhas Holandesas, na origem, espanhola.
Touched
Banca colorida de artesanato de Coron.
Floresta de Cactos
Cenário repleto de cactos, na época do ano da imagem, bastante verdejantes.
Uma Tasca Arejada
Clientes num café humilde mas colorido de Rincon.
Izain Mercera
O anfitrião sorridente da Mangazina di Rei, a principal casa de cultura de Rincon.
De Bonaire para o Mundo
Visitantes da Distilaria Kadushi examinam um maoa exposto.
Caduchis
Floresta litoral de grandes cactos, da espécie mais portentosa de Bonaire.
Alambique Caduchi
Complexo processo de destilação exposto na destilaria Kadushi.
Balcão Arriscado
Recanto-balcão da distilaria Kadushi.
Licores Kadushi
Montra dos vários licores produzidos pela distilaria Kadushi.
Uma Beira da Estrada Espinhosa
Via pouco asfaltada e muito espinhosa nos arredores de Rincon.
rincon-bonaire-ilha-abc-saint-ludovicus-bertrand-igreja-ilha-abc-caraibas-holandesas
Saint Ludovicus
Sons do Mar
Izain Mercera toca búzio, numa das salas da Mangazina di Rei.
Ferrinhos & Outros
Conjunto de instrumentos de música usados pelos nativos de Bonaire.
Cacto Inexpugnável
Outra espécie arredondada de cactos de Bonaire.
Pouco depois da chegada de Colombo às Américas, os castelhanos descobriram uma ilha caribenha a que chamaram Brasil. Receosos da ameaça pirata, esconderam a primeira povoação num vale. Decorrido um século, os holandeses apoderaram-se dessa ilha e rebaptizaram-na de Bonaire. Não apagaram o nome despretensioso da colónia precursora: Rincon.

Cactos. Cactos e mais cactos.

Poucos lugares na Terra terão maior concentração destas plantas perfurantes que a ilha de Bonaire. Tínhamos passado toda a manhã por eles cercados, ao longo da costa oeste.

E, logo, à descoberta do Parque Nacional Washington Slagbaai, surpreendidos por uma das poucas manhãs cinzentas e chuvosas que estas partes sul e mais secas das Caraíbas terão testemunhado.

Deixamos o parque, já pelo seu lado oriental, para uma estrada asfaltada registada como Kaya G.R.E. Herrera. Entre cactos, essa via contorce-se na direcção do meio da ilha.

O Vislumbre da Rincon Amarelada a Salpicar a Vegetação

Uns poucos quilómetros depois, já do cimo de uma outra Kaya, a Para Mira, damos com o casario amarelado de Rincon.

Vemo-lo concentrado mais próximo do sopé de um grande paredão de arriba, de topo liso, com forro espinhoso, claro está.

Dele se destaca uma igreja de frontão triangulado e uma torre com visual de foguetão.

Já na iminência das primeiras casas, uma leva de postes de electricidade viabiliza o uso dos electrodomésticos que facilitaram a vida dos moradores, pelo menos, assim terá sido suposto.

Daquela distância, subsumida no verde da vegetação, o casario parece-nos mais de um lugarejo perdido no nada que de uma cidade.

Fosse como fosse, estávamos perante a segunda urbe de Bonaire, perante a “outra” da capital Kralendijk. Quando nos aproximamos, constatamos que tinha bastante mais vida do que dali aparentava.

Rincon permanece no lugar exacto que os colonos espanhóis lhe destinaram há mais de meio milénio.

A Chegada e Colonização de Rincon, pelos Espanhóis

Apenas um ano antes da viragem para o século XVI, um trio formado por Alonso de Ojeda, por Juán de La Cosa e pelo florentino – pouco depois, nacionalizado castelhano, Américo Vespúcio que teve a honra de dar o nome ao Novo Mundo – encontraram a ilha que agora explorávamos, nos fundos das Caraíbas.

Reclamaram-na para Espanha enquanto Ilha do Pau Brasil, devido à abundância dessa madeira. O assentamento do novo território deu-se uns poucos anos depois.

Com a rota para aquelas partes do mundo recém-desvendada, os piratas britânicos, franceses e de outras nações não tardaram a por ali assentar arraiais.

Preocupados com a sua vulnerabilidade, os espanhóis decidiram povoá-la num vale blindado pelos cactos, afundado e, como tal, escondido dos monóculos dos piratas.

Por essa altura, à imagem de outras Antilhas, habitavam já essa Ilha de Brasil (e o tal vale) os índios caquetios, de etnia aruaque.

Tratavam-na por Bojnay (terras baixas), termo que se crê estar na génese de Bonaire.

Os espanhóis descreveram os indígenas como criaturas pré-históricas, moradores de cabanas de barro. Em pouco tempo, escravizaram-nos.

Mudaram-nos para a ilha de Hispaniola, para as imediações da actual Santo Domingo.

Ali, desde há algum tempo, mantinham operacionais minas de prata, uma das matérias-primas que mais apreciavam subtrair às Américas para assim enriquecer a Coroa e o Império que não cessava de aumentar.

Juan de Ampies e o Projecto da Criação de Gado a partir de Rincon

Nessa ânsia de controlar o máximo possível do Mundo, a Coroa Espanhola apontou um comandante para as hoje conhecidas como ilhas ABC: Aruba, Bonaire e Curaçao.

A tarefa calhou a Juan de Ampies. Ocorreu a Ampies que a abrolhosa Bonaire poderia, pelo menos, servir de ilha criadora de gado, que poderia fornecer os territórios hispânicos vizinhos, sobretudo de couro.

O seu plano passou por recolonizar a ilha de uns poucos espanhóis e de bastantes mais escravos indígenas de lá recém-removidos para que estes se encarregassem da pastorícia e pecuária.

De acordo, além de fazer regressar alguns Caquetios, Juan de Ampies assegurou que fossem enviados da Metrópole, navios carregados de animais.

De cavalos, cabras, ovelhas, burros, porcos e vacas destinados a uma criação centrada em Rincon.

Cruzamo-nos com descendentes desses animais nas ruas da cidade e nos seus arredores. Com uma manada errante de cabras numa perpendicular de terra batida da Kaya Para Mira.

E com burros esquivos na beira-mar da costa leste de Bonaire.

A Miscelânea Genética Ainda Mais Complexa, em Bonaire

Os habitantes de Rincon, por sua vez, descendem desses espanhóis fundadores, dos índios caquetios que os serviram e, em quase todos os casos, de ambos. Mas não só. No entretanto, os holandeses e até alguns portugueses complicaram a base genética da ilha.

Deambulamos pelas ruas e ruelas centrais de Rincon, em redor da igreja Sint-Ludovicus Bertandus, a Parokia San Luis Beltran, no dialecto Papiamento.

Àquela hora em que o calor apertava, passamos por uns poucos transeuntes apressados para se enfiarem no fresco das suas casas ou dos seus cafés-tascas preferidos.

Destilaria Cadushi e os Licores Mais Famosos de Bonaire

À falta de interlocutores disponíveis, resolvemos visitar a sede da destilaria Cadushi, produtora de uma profusão de licores.

Todos incluem sabores do incontáveis cactos de Bonaire, os Aloé Vera e os chamados Kadushis, os maiores das três espécies da ilha que mais parecem árvores.

Provamos alguns sabores, investigamos um velho alambique e o jardim criativo da fazenda, à conversa com empregados jovens.

Logo, mudamos de ares.

A Fortaleza Cultural de Bonaire da Mangazina di Rei

Seguimos para o âmago da preservação histórica e cultural de Rincon e de Bonaire, a sua Mangazina di Rei.

Lá nos recebe Izain Mercera, habitante crioulo, claro está, senhor de uma pele dourada sob um chapéu de palha, sorriso suave e fácil. Falamos em espanhol, com tentativas esporádicas de uso de Papiamento que não estávamos preparados para prolongar.

Izain explica-nos a origem do edifício, considerado o segundo mais antigo de Bonaire e da espécie de granja que o envolve.

Como forma de ilustrar um trecho mais cultural da explanação, toca-nos excertos de temas populares da ilha, num jambé.

Com apoio de uns ferrinhos, de um búzio de sopro e de um outro estranho instrumento, uma caixa com uma espécie de patilhas de metal que os seus dedos faziam vibrar e soar.

O anfitrião mostra-nos a área museológica do complexo e a vista desafogada sobre o vale dos cactos em redor, uma vez mais, para surpresa de todos, irrigado por nova chuva intensa.

Explica-nos como, em 1990, a organização redundou numa Fundação incumbida de formar as novas gerações quanto à génese cultural de Bonaire, desde os confins culturais do seu povo, às suas tradições musicais e até técnicas de cultivo específicas de uma terra tão repleta de cactos.

Como o nome deixa antever, a Mangazina di Rei, foi um armazém com uso real.

Ditaram os meandros da história que, anos após o comando de Juan de Ampies, tivesse sido propriedade de um monarca holandês, em vez de um espanhol.

A Passagem de Bonaire e de Rincon para a Posse dos Holandeses

Na segunda década do século XVII, a Companhia Holandesa das Índias estava hiperactiva. Garantia que os Holandeses rivalizassem com os Espanhóis e os Portugueses.

Em simultâneo, os holandeses eram clientes regulares dos produtos e serviços das ilhas ABC, em particular de Bonaire, onde as embarcações ancoravam para se abastecerem de água, de madeira e da carne lá produzida.

Desde 1568 que os Holandeses travavam a Guerra dos 80 anos com os Espanhóis, de forma indirecta, também com os portugueses, na medida em que, sob a Dinastia Filipina, os territórios portugueses passaram a ser considerados espanhóis.

Ora, as Caraíbas e as suas Antilhas depressa se revelaram um palco tropical da guerra. Em 1633, os espanhóis capturaram Sint Maarten aos holandeses. Estes, retaliaram.

Capturaram Aruba, Bonaire e Curacao aos Espanhóis. Uma tal de Paz de Münster pôs fim à Guerra dos 80 anos. Deixou trocados territórios de ambos os lados.

As ABC ficaram dos holandeses que, só viriam a perder o seu controle, por breves anos, para os britânicos.

Depois, durante as Guerras Napoleónicas e, mais recente, na 2ª Guerra Mundial, para os alemães.

Esta prevalência holandesa justificou o tal armazém em que nos recebeu Izain Mercera, um depósito erguido no século XIX pelo governo holandês para armazenar as rações que alimentavam os escravos ao serviço da administração.

A Chegada de Mais Escravos e dos Judeus Sefarditas Refugiados, à Vizinha Curaçao

Durante a Guerra dos 80 Anos, os Holandeses chegaram a descarregar prisioneiros espanhóis e portugueses em Bonaire. A grande evolução na estrutura demográfica da ilha deu-se quando transformaram Curaçao no principal polo esclavagista das Antilhas.

Ao mesmo tempo, converteram Bonaire numa exportadora de pau-brasil, de milho e sobretudo do sal que continua a abundar no sul hoje quase anfíbio da ilha.

Para servir essas plantações e salinas, os holandeses forçaram ao trabalho escravos africanos e indígenas, lado a lado com prisioneiros.

A população de Rincon e de Bonaire miscigenou-se a dobrar, numa panóplia genética que vemos nos rostos e, em particular, nos olhos, cabelos e peles das gentes locais.

A Sobreposição Histórica do Dialecto Papiamento

Com o passar do tempo, a língua usada pelos escravos sobrepôs-se à hispânica e à holandesa. Os escravos provinham da Guiné Bissau, de Cabo Verde e do Golfo da Guiné – também de São Tomé e Príncipe. Chegavam às ilhas ABC a falarem crioulo guene.

Concretizada a expulsão dos judeus sefarditas da Ibéria, a partir do meio do século XVII, estes, acabaram por se refugiar em Curaçao. Lá reforçaram e aprimoraram a combinação do português puro com o predominante guene.

Como seria de esperar, este contágio dos termos portugueses e portugueses-crioulos chegou a todos os cantos das ABC.

Em pleno vigor a Rincon, o recanto mais antigo de Bonaire.

Willemstad, Curaçao

O Coração Multicultural de Curaçao

Uma colónia holandesa das Caraíbas tornou-se um grande polo esclavagista. Acolheu judeus sefarditas que se haviam refugiado da Inquisição em Amesterdão e Recife e assimilou influências das povoações portuguesas e espanholas com que comerciava. No âmago desta fusão cultural secular esteve sempre a sua velha capital: Willemstad.
Barahona, República Dominicana

A República Dominicana Balnear de Barahona

Sábado após Sábado, o recanto sudoeste da República Dominicana entra em modo de descompressão. Aos poucos, as suas praias e lagoas sedutoras acolhem uma maré de gente eufórica que se entrega a um peculiar rumbear anfíbio.
Santo Domingo, República Dominicana

A Mais Longeva Anciã Colonial das Américas

Santo Domingo é a colónia há mais tempo habitada do Novo Mundo. Fundada, em 1498, por Bartolomeu Colombo, a capital da República Dominicana preserva intacto um verdadeiro tesouro de resiliência histórica.
Laguna Oviedo a Bahia de las Águilas, República Dominicana

Em Busca da Praia Dominicana Imaculada

Contra todas as probabilidades, um dos litorais dominicanos mais intocados também é dos mais remotos. À descoberta da província de Pedernales, deslumbramo-nos com o semi-desértico Parque Nacional Jaragua e com a pureza caribenha da Bahia de las Águilas.
Península de Samaná, PN Los Haitises, República Dominicana

Da Península de Samaná aos Haitises Dominicanos

No recanto nordeste da República Dominicana, onde a natureza caribenha ainda triunfa, enfrentamos um Atlântico bem mais vigoroso que o esperado nestas paragens. Lá cavalgamos em regime comunitário até à famosa cascata Limón, cruzamos a baía de Samaná e nos embrenhamos na “terra das montanhas” remota e exuberante que a encerra.
Lago Enriquillo, República Dominicana

Enriquillo: o Grande Lago das Antilhas

Com entre 300 e 400km2, situado a 44 metros abaixo do nível do mar, o Enriquillo é o lago supremo das Antilhas. Mesmo hipersalino e abafado por temperaturas atrozes, não pára de aumentar. Os cientistas têm dificuldade em explicar porquê.
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
Laguna de Oviedo, República Dominicana

O Mar (nada) Morto da República Dominicana

A hipersalinidade da Laguna de Oviedo oscila consoante a evaporação e da água abastecida pela chuva e pelos caudais vindos da serra vizinha de Bahoruco. Os nativos da região estimam que, por norma, tem três vezes o nível de sal do mar. Lá desvendamos colónias prolíficas de flamingos e de iguanas entre tantas outras espécies que integram este que é um dos ecossistemas mais exuberantes da ilha de Hispaniola.
Puerto Plata, República Dominicana

Prata da Casa Dominicana

Puerto Plata resultou do abandono de La Isabela, a segunda tentativa de colónia hispânica das Américas. Quase meio milénio depois do desembarque de Colombo, inaugurou o fenómeno turístico inexorável da nação. Numa passagem-relâmpago pela província, constatamos como o mar, a montanha, as gentes e o sol do Caribe a mantêm a reluzir.
San Juan, Porto Rico (Parte 2)

Ao Ritmo do Reggaeton

Os porto-riquenhos irrequietos e inventivos fizeram de San Juan a capital mundial do reggaeton. Ao ritmo preferido da nação, encheram a sua “Cidade Muralhada” de outras artes, de cor e de vida.
San Juan, Porto Rico

O Porto Rico e Muralhado de San Juan Bautista

San Juan é a segunda cidade colonial mais antiga das Américas, a seguir à vizinha dominicana de Santo Domingo. Entreposto pioneiro da rota que levava o ouro e a prata do Novo Mundo para Espanha, foi atacada vezes sem conta. As suas fortificações incríveis ainda protegem uma das capitais mais vivas e prodigiosas das Caraíbas.
Maho Beach, Sint Maarten

A Praia Caribenha Movida a Jacto

À primeira vista, o Princess Juliana International Airport parece ser apenas mais um nas vastas Caraíbas. Sucessivas aterragens a rasar a praia Maho que antecede a sua pista, as descolagens a jacto que distorcem as faces dos banhistas e os projectam para o mar, fazem dele um caso à parte.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
savuti, botswana, leões comedores de elefantes
Safari
Savuti, Botswana

Os Leões Comedores de Elefantes de Savuti

Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
Braga ou Braka ou Brakra, no Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
A pequena-grande Senglea II
Arquitectura & Design
Senglea, Malta

A Cidade Maltesa com Mais Malta

No virar do século XX, Senglea acolhia 8.000 habitantes em 0.2 km2, um recorde europeu, hoje, tem “apenas” 3.000 cristãos bairristas. É a mais diminuta, sobrelotada e genuína das urbes maltesas.
lagoas e fumarolas, vulcoes, PN tongariro, nova zelandia
Aventura
Tongariro, Nova Zelândia

Os Vulcões de Todas as Discórdias

No final do século XIX, um chefe indígena cedeu os vulcões do PN Tongariro à coroa britânica. Hoje, parte significativa do povo maori reclama aos colonos europeus as suas montanhas de fogo.
Cortejo Ortodoxo
Cerimónias e Festividades
Suzdal, Rússia

Séculos de Devoção a um Monge Devoto

Eutímio foi um asceta russo do século XIV que se entregou a Deus de corpo e alma. A sua fé inspirou a religiosidade de Suzdal. Os crentes da cidade veneram-no como ao santo em que se tornou.
Graffiti deusa creepy, Haight Ashbury, Sao Francisco, EUA, Estados Unidos America
Cidades
The Haight, São Francisco, E.U.A.

Órfãos do Verão do Amor

O inconformismo e a criatividade ainda estão presentes no antigo bairro Flower Power. Mas, quase 50 anos depois, a geração hippie deu lugar a uma juventude sem-abrigo, descontrolada e até agressiva.
Cacau, Chocolate, Sao Tome Principe, roça Água Izé
Comida
São Tomé e Príncipe

Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate

No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
Eswatini, Ezulwini Valley, Mantenga Cultural Village
Cultura
Vale de Ezulwini, eSwatini

Em Redor do Vale Real e Celestial de Eswatini

Estendido por quase 30km, o vale de Ezulwini é o coração e a alma da velha Suazilândia. Lá se situa Lobamba, a capital tradicional e assento da monarquia, a pouca distância da capital de facto, Mbabane. Verdejante e panorâmico, profundamente histórico e cultural, o vale mantém-se ainda o cerne turístico do reino de eSwatini.
arbitro de combate, luta de galos, filipinas
Desporto
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Devils Marbles, Alice Springs a Darwin, Stuart hwy, Caminho do Top End
Em Viagem
Alice Springs a Darwin, Austrália

Estrada Stuart, a Caminho do Top End da Austrália

Do Red Centre ao Top End tropical, a estrada Stuart Highway percorre mais de 1.500km solitários através da Austrália. Nesse trajecto, o Território do Norte muda radicalmente de visual mas mantém-se fiel à sua alma rude.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Étnico
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
portfólio, Got2Globe, fotografia de Viagem, imagens, melhores fotografias, fotos de viagem, mundo, Terra
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Porfólio Got2Globe

O Melhor do Mundo – Portfólio Got2Globe

Cataratas Victória, Zâmbia, Zimbabué, Zambeze
História
Victoria Falls, Zimbabwe

O Presente Trovejante de Livingstone

O explorador procurava uma rota para o Índico quando nativos o conduziram a um salto do rio Zambeze. As cataratas que encontrou eram tão majestosas que decidiu baptizá-las em honra da sua rainha
Praia do Penedo, Ilha de Porto Santo, Portugal
Ilhas
Porto Santo, Portugal

Louvada Seja a Ilha do Porto Santo

Descoberta durante uma volta do mar tempestuosa, Porto Santo mantem-se um abrigo providencial. Inúmeros aviões que a meteorologia desvia da vizinha Madeira garantem lá o seu pouso. Como o fazem, todos os anos, milhares de veraneantes rendidos à suavidade e imensidão da praia dourada e à exuberância dos cenários vulcânicos.
lago ala juumajarvi, parque nacional oulanka, finlandia
Inverno Branco
Kuusamo ao PN Oulanka, Finlândia

Sob o Encanto Gélido do Árctico

Estamos a 66º Norte e às portas da Lapónia. Por estes lados, a paisagem branca é de todos e de ninguém como as árvores cobertas de neve, o frio atroz e a noite sem fim.
Visitantes da casa de Ernest Hemingway, Key West, Florida, Estados Unidos
Literatura
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Mahé Ilhas das Seychelles, amigos da praia
Natureza
Mahé, Seychelles

A Ilha Grande das Pequenas Seychelles

Mahé é maior das ilhas do país mais diminuto de África. Alberga a capital da nação e quase todos os seichelenses. Mas não só. Na sua relativa pequenez, oculta um mundo tropical deslumbrante, feito de selva montanhosa que se funde com o Índico em enseadas de todos os tons de mar.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Manatee Creek, Florida, Estados Unidos da América
Parques Naturais
Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Um dos prédios mais altos de Valletta, Malta
Património Mundial UNESCO
Valletta, Malta

As Capitais Não se Medem aos Palmos

Por altura da sua fundação, a Ordem dos Cavaleiros Hospitalários apodou-a de "a mais humilde". Com o passar dos séculos, o título deixou de lhe servir. Em 2018, Valletta foi a Capital Europeia da Cultura mais exígua de sempre e uma das mais recheadas de história e deslumbrantes de que há memória.
aggie grey, Samoa, pacífico do Sul, Marlon Brando Fale
Personagens
Apia, Samoa Ocidental

A Anfitriã do Pacífico do Sul

Vendeu burgers aos GI’s na 2ª Guerra Mundial e abriu um hotel que recebeu Marlon Brando e Gary Cooper. Aggie Grey faleceu em 1988 mas o seu legado de acolhimento perdura no Pacífico do Sul.
Banhista, The Baths, Devil's Bay (The Baths) National Park, Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas
Praias
Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas

Os “Caribanhos” Divinais de Virgin Gorda

À descoberta das Ilhas Virgens, desembarcamos numa beira-mar tropical e sedutora salpicada de enormes rochedos graníticos. Os The Baths parecem saídos das Seicheles mas são um dos cenários marinhos mais exuberantes das Caraíbas.
Camboja, Angkor, Ta Phrom
Religião
Ho Chi-Minh a Angkor, Camboja

O Tortuoso Caminho para Angkor

Do Vietname em diante, as estradas cambojanas desfeitas e os campos de minas remetem-nos para os anos do terror Khmer Vermelho. Sobrevivemos e somos recompensados com a visão do maior templo religioso
Executivos dormem assento metro, sono, dormir, metro, comboio, Toquio, Japao
Sobre Carris
Tóquio, Japão

Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
Creel, Chihuahua, Carlos Venzor, coleccionador, museu
Sociedade
Chihuahua a Creel, Chihuahua, México

A Caminho de Creel

Com Chihuahua para trás, apontamos a sudoeste e a terras ainda mais elevadas do norte mexicano. Junto a Ciudad Cuauhtémoc, visitamos um ancião menonita. Em redor de Creel, convivemos, pela primeira vez, com a comunidade indígena Rarámuri da Serra de Tarahumara.
Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Vida Quotidiana
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Geisers El Tatio, Atacama, Chile, Entre o gelo e o calor
Vida Selvagem
El Tatio, Chile

Géiseres El Tatio – Entre o Gelo e o Calor do Atacama

Envolto de vulcões supremos, o campo geotermal de El Tatio, no Deserto de Atacama surge como uma miragem dantesca de enxofre e vapor a uns gélidos 4200 m de altitude. Os seus géiseres e fumarolas atraem hordas de viajantes.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.