Saba, Holanda

A Misteriosa Rainha Holandesa de Saba


Windward Side II
Vislumbre de Windward Side vista do cume do Mount Scenery.
A Coroa de ferro de Saba
Antena de comunicações sobre o Mount Scenery, o ponto mais elevado de Saba e da Holanda.
Um Europa tropical
Casario de Windward Side com a St. Paul Conversion Church em destaque.
Windward Side I
Casario de Windward Side, no sopé do Mount Scenery, o ponto mais elevado de Saba e da Holanda.
Bestinha Negra
Cabra dá vida a Windward Side, a segunda povoação de Saba.
Branco-verde-Vermelho
O casario branco-verde-vermelho tradicional de Saba.
Uma descida luxuriante
Criança corre pelo trilho do Mount Scenery abaixo.
The Bottom I
A capital de Saba The Bottom, num dos vales mais profundos da ilha.
Well’s Bay Beach
Well's Bay Beach, uma praia, de tempos a tempos desprovida de areia, como na imagem.
O joalheiro
O Joalheiro Mark Johnson na sua The Jewell Cottage, em Windward Side.
Bizza
Participantes de um mercado de rua de Windward Side.
Sacred Heart Church-Saba-Caraíbas Holandesas
A Sacred Heart Church na orla da capital The Bottom.
Capela Sabantina
Pintura da Sacred Heart Church com faces reais de habitantes de Saba.
St. Pauls conversion church-Saba-Caraibas holandesas
A St. Pauls Conversion Church, a igreja de Windward Side.
The Bottom II
O casario em forma circular de The Bottom.
Saba vista do navio Dawn-Caraibas holandesas
Vista de Saba do convés do "Dawn", o barco que assegura ligações a St. Maarten.
Com meros 13km2, Saba passa despercebida até aos mais viajados. Aos poucos, acima e abaixo das suas incontáveis encostas, desvendamos esta Pequena Antilha luxuriante, confim tropical, tecto montanhoso e vulcânico da mais rasa nação europeia.

Descolamos do aeroporto Princess Juliana de Sint Maarten, tornado famoso por ter no início da sua pista a pequena praia de Maho, pela razia que os aviões lhe fazem e aos banhistas momentos antes de aterrarem.

E por se lá se ter popularizado a diversão de sofrer na pele o poder dos jactos dos maiores modelos Boeing e Airbus. A aeronave em que voávamos para Saba pouco tinha que ver com estas.

Saba é visível da Maho Beach. Como o são também Anguila, Saint Barthelemy, Saint Eustatius e Saint Kitts & Nevis, de boa parte da costa e cumes de Sint Maarten. Sem surpresa, um quarto de hora depois da partida, aterramos na pista do aeroporto Juancho E. Yrausquin, uma das mais curtas do mundo.

Transposta a imigração, recolhidas as malas, encontramo-nos com Dona, uma taxista de conveniência com origem em St. Thomas, nas Ilhas Virgens Americanas mas que se havia mudado há vinte anos e em definitivo para, Saba, a ilha da sua avó.

É no carro de Dona que fazemos a primeira viagem por Saba, como as seguintes, própria de uma montanha-russa.

Windward Side, Saba, Caraíbas Holandesas, Holanda

Casario de Windward Side, no sopé do Mount Scenery, o ponto mais elevado de Saba e da Holanda.

Do Lado do Vento de Saba

Sempre aos esses, ascendemos a encosta íngreme de Zion’s Hill até à segunda povoação da ilha, Windward Side. Lá encontramos uma vila repleta de vivendas alvas, com vedações também elas brancas e telhados de zinco vermelhos de que pendem adornos vitorianos gingerbread trim e janelas dotadas de portadas verdes.

Não será alheio a esta harmonia arquitectónica e visual, um conjunto de leis em vigor, criadas para evitar disformidades e aberrações.

Saba até pode ser holandesa. É, aliás, a mais diminuta municipalidade holandesa. Já estas casas, tantas delas seculares, são produto da história intrincada da ilha.

Casario típico-Windward Side-Saba-Holanda

O casario tricolor tradicional de Saba.

A Joalharia Criativa de Mark Johnson

Dona leva-nos à presença de Mark Johnson, um dos filhos pródigos, abastados e criativos de Saba. Encontramo-lo na sala da sua The Jewel Cottage, um chalé com 150 anos adaptado a montra de joalharia de luxo em que Mark passa parte do tempo atrás do portátil a filtrar as encomendas e outras mensagens importantes na sua mailbox.

Além de designer e comerciante de joias, Mark é colecionador de arte e um sério viajante aficionado pela história e pela realidade dos lugares que tem o privilégio de conhecer, umas vezes em prospecção de novas gemas exóticas e de qualidade superior, ou em busca de quadros e esculturas e afins meritórios do seu investimento.

Mark Johnson, Windward Side, Saba, Caraíbas Holandesas, Holanda

Mark Johnson na sua The Jewell Cottage, em Windward Side.

Seja qual for o lugar ou o tema de que falamos, Mark não só está a par como nos surpreende com reparos, análises, histórias e experiências umas mais preciosas que outras, todas elas a moldarem em nós um inevitável deslumbre.

Mark conduz-nos à Villa Compass, uma das vivendas tradicionais encantadoras na lista de imobiliário que detém em Saba.  Mostra-nos a casa e dá-nos algum tempo para nos instalarmos. Logo após, saímos para almoçar.

Com os dias em Saba contados e a tarde a avançar, fazemo-lo meio à pressa. “Se estão mesmo com coragem, saiam já que ainda têm tempo. Fiquem é a saber que é puxado.”

Mark comentava a ascensão ao Mount Scenery (887m), o cume supremo da ilha e do Reino da Holanda. Estávamos conscientes que íamos sofrer. Habituados a estas penas, não nos deixamos demover pelo alerta do anfitrião.

À Conquista do Tecto de Saba. E da Holanda.

Encontramos o início do trilho bem sinalizado à beira da estrada, pouco abaixo do lar de Mark e do centro de Windward Side.

Aos poucos, ladeira a ladeira, degrau a degrau, vimos o caminho para o zénite holandês tornar-se mais íngreme e luxuriante, ladeado por colónias prolíficas de grandes fetos, alguns arbóreos, de palmeiras, bananeiras, orelhas-de-elefante e árvores ensopadas e atapetadas por bromélias, musgo e líquenes.

Criança, trilho Mount Scenery, Saba, Caraíbas Holandesas, Holanda

Criança corre pelo trilho do Mount Scenery abaixo.

Quanto mais ascendíamos mais húmida e ventosa ficava a encosta, às tantas, batida por rajadas que arrastavam uma caravana interminável de nuvens vinda de sudeste.

Por fim, chegamos à zona plana do cume. O trilho subdivide-se na direcção de dois limiares distintos, ambos sobre falésias vertiginosas. Tanto um como o outro, ziguezagueiam por uma floresta densa de árvores e de vegetação rasteira.

Evitamos uma cobra negra. Prosseguimos rumo à orla sul daquele topo. Evitamos o precipício disfarçado pelas nuvens e subimos uma derradeira rampa rochosa que nos leva ao ponto de observação virado a Windward Side.

Mal nos seguramos a um mastro de comunicações de forma a evitarmos que as rajadas nos fizesse voar, identificamos a povoação lá em baixo, iluminada por uma luz solar esbatida que, de alguma forma, conseguira iludir a névoa esvoaçante.

Mount Scenery, Saba, Holanda

Antena de comunicações sobre o Mount Scenery, o ponto mais elevado de Saba e da Holanda.

À Mercê da Nebulosidade Sem Fim

Provou-se excepcional o momento. De então em diante, durante uma boa meia-hora, o máximo que conseguimos foi voltar a vislumbrar a vila em dois ou três lapsos entre nuvens.

Windward Side, Saba, Caraíbas Holandesas, Holanda

Vislumbre de Windward Side vista do cume do Mount Scenery.

Enquanto esperávamos, apercebemo-nos que tínhamos a companhia de um galo obstinado, calculávamos provindo das terras abaixo. Por algum tempo, manteve-se na base do rochedo, a observar-nos os movimentos mas, quando nos viu abrir duas barritas energéticas, escalou-o em três tempos e não desistiu enquanto não conseguiu a sua porção.

Convencidos de que aquela meteorologia caprichosa levaria a melhor, inaugurámos o regresso pungente a Windward Side.

Acolhimento Precioso na The Jewel Cottage

Nessa noite, doridos mas satisfeitos pela pequena conquista, jantamos com Mark Johnson e com Glenn Holm – responsável pela promoção do turismo de Saba – na The Jewel Cottage de Mark. Trocamos histórias de viagens e de aventuras. Diversas acerca das andanças e do mundo das gemas de Mark.

Várias outras sobre a génese de Saba e da vida dos seus cerca de dois mil habitantes, boa parte deles imigrantes dominicanos, venezuelanos e de outras partes que chegam atraídos pelos salários e condições recompensadores e acabam por se estabelecer e constituir ou trazer famílias.

A dimensão reduzida da ilha fez com que as famílias históricas sejam poucas, com meia-dúzia de apelidos predominantes, com destaque para Hassell e Johnson. A maior parte delas têm ancestrais mistos holandeses, ingleses, escoceses e africanos.

Mercado de Rua, Windward side, Saba, Caraíbas Holandesas, Holanda

Participantes de um mercado de rua de Windward Side.

Algumas, partilham ainda genes de irlandeses exilados, em 1625, por Carlos I, quando o recém incumbido rei procurou sanar rebeliões que ele próprio gerou ao atribuir terras dos rebeldes a um grupo de nobres escoceses seus apoiantes.

A Volta de Montanha-Russa à Saba

Na manhã seguinte, cedo, saímos com Glenn Holm que nos conduz de Windward Side pela ilha fora. São tantos os altos e baixos, as colinas e os vales que, às tantas, parece-nos impossível Saba medir apenas os seus 13km2 oficiais.

Passamos por Saint Johns. Pouco depois desse relativo alto, avistamos The Bottom – corrupção inglesada do holandês antigo De Botte (a taça).

The Bottom, Saba, Caraíbas Holandesas, Holanda

O casario em forma circular de The Bottom.

The Botte, ou melhor, The Bottom

Tal como deixa antever o nome actual, a capital de Saba surge num vale profundo, cercado por montanhas de todos os lados.

Glenn explica-nos com orgulho que lá se situa a Saba University School of Medicine, uma instituição reputada e que atrai centenas de estudantes dos Estados Unidos determinados a obter o seu M.D (Medicine Degree) num ambiente exótico mas que, sem vida noturna ou escapatórias congéneres, os mantém estimulados e focados.

Almoçamos em The Bottom. Logo após, Glenn desafia-nos a espreitarmos o interior da Sacred Heart church, erguida num já remoto ano de 1935. Abrimos a porta. Encontramos o templo deserto. Atraem-nos as cores garridas que envolvem o altar.

Pintura, Sacred Heart Church-The Bottom, Saba, Caraíbas Holandesas, Holanda

Pintura da Sacred Heart Church com faces reais de habitantes de Saba.

Percebemos em três tempos, porque razão os bem-dispostos habitantes da ilha a ela se referem como “A Capela Sistina de Saba”. A responsável é Helen Cornet, artista local que pintou aquele recanto da nave com incrível detalhe e, assim nos informa Glenn Holm, ilustrado com faces de seus determinados conterrâneos.

A Praia agora sem areia de Well’s Bay

De The Bottom, descemos nova ladeira íngreme na direcção de Well’s Bay. Falta agora à enseada arredondada o areal branco – ou até negro – apelativo característico de quase todas as ilhas caribenhas.

Como falta a Well’s Bay, faltam areais desses a Saba em geral que o mais parecido que tem é a praia de grandes seixos polidos e redondos que vemos por diante. Saba não desmerece por isso.

Well's Bay Beach, Saba, Caraíbas Holandesas, Holanda

Uma das poucas praias de Saba, de tempos a tempos desprovida de areia, como na imagem.

“Estão a ver aquelas boias coloridas a flutuar junto ao rochedo? Devem ser mergulhadores. Nós afirmámo-nos um dos melhores destinos de mergulho do mundo. Boa parte dos visitantes que recebemos vêm cá pela natureza e, em especial, pelo mergulho incrível que cá encontram.”

São característicos do Saba National Marine Park, grutas e túneis subaquáticos e pináculos submarinos vulcânicos com até 30 metros a partir do leito marinho, cobertos por recifes de coral saudáveis e exuberantes, por esponjas e outros invertebrados.

Neste tipo de ecossistema cada vez mais raro, os mergulhadores encontram com facilidade peixes-papagaio, barracudas, tubarões, raias, polvos, tartarugas e lagostas, entre muitas outras criaturas dos mares.

Durante um largo período da história de Saba, a Well’s Bay e outras em redor da ilha foram o habitat de outros espécimes bem mais temidos pelas potências coloniais.

Casario, Windward Side, Saba, Caraíbas Holandesas, Holanda

Casario de Windward Side com a St. Paul Conversion Church em destaque.

A Lotaria Colonial Ganha pela Holanda

Saba era habitada por indígenas aruaques na altura em que se crê que Cristovão Colombo navegou ao largo da ilha, pouco entusiasmado por nela desembarcar devido ao litoral rugoso e rochoso. Só 140 anos mais tarde Saba viria a acolher visitantes europeus, um grupo de náufragos ingleses sem outra alternativa que lá tentar chegar.

Volvidos mais três anos, um francês à deriva nas Caraíbas reclamou Saba para o rei Luís XIII. Ignorando por completo essa pretensão, o governador holandês da ilha vizinha de Saint Eustatius – que planeamos visitar numa próxima incursão às Antilhas – destacou famílias holandesas para a ocuparem.

Passados outros vinte e quatro anos, Saba tinha já sido dominada por governadores jamaicanos apiratados, os temidos Edward, Thomas e Henry Morgan.

O reinado deste trio e a fama de Saba enquanto refúgio de piratas prolongou-se até que, em 1816, a Holanda a tomou de vez e, com recurso a escravos trazidos de África, lá desenvolveu produções de açúcar, índigo e rum.

Casario, Windward Side, Saba, Caraíbas Holandesas, Holanda

Casario de Windward Side com a St. Paul Conversion Church em destaque.

A Municipalidade Mais Pequena da Holanda

Em tempos mais recentes, Saba chegou a integrar as Antilhas Holandesas mas, quando, em Outubro de 2010, este território autónomo foi dissolvido, Saba tornou-se uma municipalidade especial dentro da Holanda.

Foi dotada de um estatuto constitucional específico equiparado ao de Saint Eustatius e de Bonaire, um estatuto que permite aos habitantes destas ilhas votar para a eleição dos membros da Casa Holandesa dos Representantes.

Na manhã seguinte, bem cedo, subimos a bordo do “The Dawn”, a embarcação que assegura as ligações marinhas entre Saba e Sint Maarten. O mar das Caraíbas mantinha-se revolto e condenou-nos a uma hora e meia aos saltos acima e abaixo de vagas assustadoras. Nada de novo, naquelas remotas paragens.

Saba, Caraíbas Holandesas, Holanda

Vista de Saba do convés do “Dawn”, o barco que assegura ligações a St. Maarten.

Três dias depois de voarmos para Saba, regressamos a Sint Maarten, a metade de outra Pequena Antilha (o restante território é francês), constituinte do reino da Holanda.

Lá voltamos apostados em retomarmos o itinerário norte-sul pela alpondra das Antilhas. Quanto mais das suas ilhas visitávamos, mais nos encantavam as incontáveis excentricidades caribenhas.

Puerto Plata, República Dominicana

Prata da Casa Dominicana

Puerto Plata resultou do abandono de La Isabela, a segunda tentativa de colónia hispânica das Américas. Quase meio milénio depois do desembarque de Colombo, inaugurou o fenómeno turístico inexorável da nação. Numa passagem-relâmpago pela província, constatamos como o mar, a montanha, as gentes e o sol do Caribe a mantêm a reluzir.
Península de Samaná, PN Los Haitises, República Dominicana

Da Península de Samaná aos Haitises Dominicanos

No recanto nordeste da República Dominicana, onde a natureza caribenha ainda triunfa, enfrentamos um Atlântico bem mais vigoroso que o esperado nestas paragens. Lá cavalgamos em regime comunitário até à famosa cascata Limón, cruzamos a baía de Samaná e nos embrenhamos na “terra das montanhas” remota e exuberante que a encerra.
Laguna de Oviedo, República Dominicana

O Mar (nada) Morto da República Dominicana

A hipersalinidade da Laguna de Oviedo oscila consoante a evaporação e da água abastecida pela chuva e pelos caudais vindos da serra vizinha de Bahoruco. Os nativos da região estimam que, por norma, tem três vezes o nível de sal do mar. Lá desvendamos colónias prolíficas de flamingos e de iguanas entre tantas outras espécies que integram este que é um dos ecossistemas mais exuberantes da ilha de Hispaniola.
Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas

Os "Caribanhos" Divinais de Virgin Gorda

À descoberta das Ilhas Virgens, desembarcamos numa beira-mar tropical e sedutora salpicada de enormes rochedos graníticos. Os The Baths parecem saídos das Seicheles mas são um dos cenários marinhos mais exuberantes das Caraíbas.
Maho Beach, Sint Maarten

A Praia Caribenha Movida a Jacto

À primeira vista, o Princess Juliana International Airport parece ser apenas mais um nas vastas Caraíbas. Sucessivas aterragens a rasar a praia Maho que antecede a sua pista, as descolagens a jacto que distorcem as faces dos banhistas e os projectam para o mar, fazem dele um caso à parte.
Guadalupe, Antilhas Francesas

Guadalupe: Um Caribe Delicioso, em Contra-Efeito Borboleta

Guadalupe tem a forma de uma mariposa. Basta uma volta por esta Antilha para perceber porque a população se rege pelo mote Pas Ni Problem e levanta o mínimo de ondas, apesar das muitas contrariedades.
Fort-de-France, Martinica

Liberdade, Bipolaridade e Tropicalidade

Na capital da Martinica confirma-se uma fascinante extensão caribenha do território francês. Ali, as relações entre os colonos e os nativos descendentes de escravos ainda suscitam pequenas revoluções.
Saint-Pierre, Martinica

A Cidade que Renasceu das Cinzas

Em 1900, a capital económica das Antilhas era invejada pela sua sofisticação parisiense, até que o vulcão Pelée a carbonizou e soterrou. Passado mais de um século, Saint-Pierre ainda se regenera.
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
Martinica, Antilhas Francesas

Caraíbas de Baguete debaixo do Braço

Circulamos pela Martinica tão livremente como o Euro e as bandeiras tricolores esvoaçam supremas. Mas este pedaço de França é vulcânico e luxuriante. Surge no coração insular das Américas e tem um delicioso sabor a África.
Soufrière, Saint Lucia

As Grandes Pirâmides das Antilhas

Destacados acima de um litoral exuberante, os picos irmãos Pitons são a imagem de marca de Saint Lucia. Tornaram-se de tal maneira emblemáticos que têm lugar reservado nas notas mais altas de East Caribbean Dollars. Logo ao lado, os moradores da ex-capital Soufrière sabem o quão preciosa é a sua vista.
Amesterdão, Holanda

De Canal em Canal, numa Holanda Surreal

Liberal no que a drogas e sexo diz respeito, Amesterdão acolhe uma multidão de forasteiros. Entre canais, bicicletas, coffee shops e montras de bordéis, procuramos, em vão, pelo seu lado mais pacato.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Hipopótamo exibe as presas, entre outros
Safari
PN Mana Pools, Zimbabwé

O Zambeze no Cimo do Zimbabwé

Passada a época das chuvas, o minguar do grande rio na fronteira com a Zâmbia lega uma série de lagoas que hidratam a fauna durante a seca. O Parque Nacional Mana Pools denomina uma região fluviolacustre vasta, exuberante e disputada por incontáveis espécimes selvagens.
Thorong La, Circuito Annapurna, Nepal, foto para a posteridade
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 13º - High Camp a Thorong La a Muktinath, Nepal

No Auge do Circuito dos Annapurnas

Aos 5416m de altitude, o desfiladeiro de Thorong La é o grande desafio e o principal causador de ansiedade do itinerário. Depois de, em Outubro de 2014, ter vitimado 29 montanhistas, cruzá-lo em segurança gera um alívio digno de dupla celebração.
Uma Cidade Perdida e Achada
Arquitectura & Design
Machu Picchu, Peru

A Cidade Perdida em Mistério dos Incas

Ao deambularmos por Machu Picchu, encontramos sentido nas explicações mais aceites para a sua fundação e abandono. Mas, sempre que o complexo é encerrado, as ruínas ficam entregues aos seus enigmas.
Alturas Tibetanas, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Aventura

Mal de Altitude: não é mau. É péssimo!

Em viagem, acontece vermo-nos confrontados com a falta de tempo para explorar um lugar tão imperdível como elevado. Ditam a medicina e as experiências prévias com o Mal de Altitude que não devemos arriscar subir à pressa.
Big Freedia e bouncer, Fried Chicken Festival, New Orleans
Cerimónias e Festividades
New Orleans, Luisiana, Estados Unidos

Big Freedia: em Modo Bounce

New Orleans é o berço do jazz e o jazz soa e ressoa nas suas ruas. Como seria de esperar, numa cidade tão criativa, lá emergem novos estilos e actos irreverentes. De visita à Big Easy, aventuramo-nos à descoberta do Bounce hip hop.
Atenas, Grécia, Render da Guarda na Praça Sintagma
Cidades
Atenas, Grécia

A Cidade que Perpetua a Metrópolis

Decorridos três milénios e meio, Atenas resiste e prospera. De cidade-estado belicista, tornou-se a capital da vasta nação helénica. Modernizada e sofisticada, preserva, num âmago rochoso, o legado da sua gloriosa Era Clássica.
Cacau, Chocolate, Sao Tome Principe, roça Água Izé
Comida
São Tomé e Príncipe

Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate

No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
Casa Menezes Bragança, Chandor, Goa, India
Cultura
Chandor, Goa, Índia

Uma Casa Goesa-Portuguesa, Com Certeza

Um palacete com influência arquitectónica lusa, a Casa Menezes Bragança, destaca-se do casario de Chandor, em Goa. Forma um legado de uma das famílias mais poderosas da antiga província. Tanto da sua ascensão em aliança estratégica com a administração portuguesa como do posterior nacionalismo goês.
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
Desporto
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
Caiaquer no lago Sinclair, Cradle Mountain - Lake Sinclair National Park, Tasmania, Austrália
Em Viagem
À Descoberta de Tassie, Parte 4 -  Devonport a Strahan, Austrália

Pelo Oeste Selvagem da Tasmânia

Se a quase antípoda Tazzie já é um mundo australiano à parte, o que dizer então da sua inóspita região ocidental. Entre Devonport e Strahan, florestas densas, rios esquivos e um litoral rude batido por um oceano Índico quase Antárctico geram enigma e respeito.
Telhados cinza, Lijiang, Yunnan, China
Étnico
Lijiang, China

Uma Cidade Cinzenta mas Pouco

Visto ao longe, o seu casario vasto é lúgubre mas as calçadas e canais seculares de Lijiang revelam-se mais folclóricos que nunca. Em tempos, esta cidade resplandeceu como a capital grandiosa do povo Naxi. Hoje, tomam-na de assalto enchentes de visitantes chineses que disputam o quase parque temático em que se tornou.
portfólio, Got2Globe, fotografia de Viagem, imagens, melhores fotografias, fotos de viagem, mundo, Terra
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Porfólio Got2Globe

O Melhor do Mundo – Portfólio Got2Globe

ilha de Praslin, cocos do mar, Seychelles, Enseada do Éden
História

Praslin, Seychelles

 

O Éden dos Enigmáticos Cocos-do-Mar

Durante séculos, os marinheiros árabes e europeus acreditaram que a maior semente do mundo, que encontravam nos litorais do Índico com forma de quadris voluptuosos de mulher, provinha de uma árvore mítica no fundo dos oceanos.  A ilha sensual que sempre os gerou deixou-nos extasiados.
O pequeno farol de Kallur, destacado no relevo caprichoso do norte da ilha de Kalsoy.
Ilhas
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Inverno Branco
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Recompensa Kukenam
Literatura
Monte Roraima, Venezuela

Viagem No Tempo ao Mundo Perdido do Monte Roraima

Perduram no cimo do Monte Roraima cenários extraterrestres que resistiram a milhões de anos de erosão. Conan Doyle criou, em "O Mundo Perdido", uma ficção inspirada no lugar mas nunca o chegou a pisar.
Estancia Harberton, Tierra del Fuego, Argentina
Natureza
Terra do Fogo, Argentina

Uma Fazenda no Fim do Mundo

Em, 1886, Thomas Bridges, um órfão inglês levado pela família missionária adoptiva para os confins do hemisfério sul fundou a herdade anciã da Terra do Fogo. Bridges e os descendentes entregaram-se ao fim do mundo. Hoje, a sua Estancia Harberton é um deslumbrante monumento argentino à determinação e à resiliência humana.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Cavalgada em tons de Dourado
Parques Naturais
El Calafate, Argentina

Os Novos Gaúchos da Patagónia

Em redor de El Calafate, em vez dos habituais pastores a cavalo, cruzamo-nos com gaúchos criadores equestres e com outros que exibem para gáudio dos visitantes, a vida tradicional das pampas douradas.
Cansaço em tons de verde
Património Mundial UNESCO
Suzdal, Rússia

Em Suzdal, é de Pequenino que se Celebra o Pepino

Com o Verão e o tempo quente, a cidade russa de Suzdal descontrai da sua ortodoxia religiosa milenar. A velha cidade também é famosa por ter os melhores pepinos da nação. Quando Julho chega, faz dos recém-colhidos um verdadeiro festival.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Personagens
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Barcos fundo de vidro, Kabira Bay, Ishigaki
Praias
Ishigaki, Japão

Inusitados Trópicos Nipónicos

Ishigaki é uma das últimas ilhas da alpondra que se estende entre Honshu e Taiwan. Ishigakijima abriga algumas das mais incríveis praias e paisagens litorais destas partes do oceano Pacífico. Os cada vez mais japoneses que as visitam desfrutam-nas de uma forma pouco ou nada balnear.
Santo Sepulcro, Jerusalém, igrejas cristãs, sacerdote com insensário
Religião
Basílica Santo Sepúlcro, Jerusalém, Israel

O Templo Supremo das Velhas Igrejas Cristãs

Foi mandada construir pelo imperador Constantino, no lugar da Crucificação e Ressurreição de Jesus e de um antigo templo de Vénus. Na génese, uma obra Bizantina, a Basílica do Santo Sepúlcro é, hoje, partilhada e disputada por várias denominações cristãs como o grande edifício unificador do Cristianismo.
De volta ao sol. Cable Cars de São Francisco, Vida Altos e baixos
Sobre Carris
São Francisco, E.U.A.

Cable Cars de São Francisco: uma Vida aos Altos e Baixos

Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
Graffiti deusa creepy, Haight Ashbury, Sao Francisco, EUA, Estados Unidos America
Sociedade
The Haight, São Francisco, E.U.A.

Órfãos do Verão do Amor

O inconformismo e a criatividade ainda estão presentes no antigo bairro Flower Power. Mas, quase 50 anos depois, a geração hippie deu lugar a uma juventude sem-abrigo, descontrolada e até agressiva.
Visitantes nas ruínas de Talisay, ilha de Negros, Filipinas
Vida Quotidiana
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
Rottnest Island, Wadjemup, Australia, Quokkas
Vida Selvagem
Wadjemup, Rottnest Island, Austrália

Entre Quokkas e outros Espíritos Aborígenes

No século XVII, um capitão holandês apelidou esta ilha envolta de um oceano Índico turquesa, de “Rottnest, um ninho de ratos”. Os quokkas que o iludiram sempre foram, todavia, marsupiais, considerados sagrados pelos aborígenes Whadjuk Noongar da Austrália Ocidental. Como a ilha edénica em que os colonos britânicos os martirizaram.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.