San Juan, Porto Rico

O Porto Rico e Muralhado de San Juan Bautista


Cores de San Juan
Perspectiva de San Juan com o cemitério Magdalena Pazzi e o bairro la Perla em fundo.
Calle del Morro
Pedestres percorrem a longa Calle del Morro que liga o casario de San Juan ao Castillo San Felipe del Morro.
O Capitólio
O grande capitólio de Porto Rico destacado acima da costa norte da ilha de San Juan.
Raízes da Nação
A bandeira de Porto Rico pintada em raízes junto à Puerta de San Juan.
Calle Bulevar del Valle
Casario colonial ao longo da Calle Bulevar del Valle com o Castillo de San Cristobal em fundo.
O Castillo de San Cristobal
Moradores descem uma rampa a partir do cimo do Castillo de San Cristobal.
A Última Morada de San Juan
Plano do cemitério de Santa Maria Magdalena Pazzi entre o Castillo de San Felipe del Morro e o Castillo de San Cristobal.
Bandeira Telhado vs Muralha
Recanto tropical de San Juan com a bandeira de Porto Rico a contrastar cpm uma muralha do Castillo de San Cristobal.
Acrobacias sobre muralhas
Pai e filho brincam com papagaios de papel sobre as muralhas do Castillo San Felipe del Morro.
Aniversário
Aniversariante e amigos sobre uma muralha norte do Castillo San Felipe del Morro.
Castillo San Felipe del Morro
Sector recortado do Castillo de San Felipe del Morro.
Conversa Muralhada
Casal conversa junto a uma extremidade do Castillo San Felipe del Morro, sob um céu tempestuoso.
Lançamento de Cometas
Moradores de San Juan entretidos a lançar papagaios de papel, (chamados de cometas).
Ponte do Castillo San Felipe
Casal cruza a ponte de acesso ao Castillo San Felipe del Morro.
Entrada na Baía
Casal cruza a ponte de acesso ao Castillo San Felipe del Morro.
Iguana Verdejante
Uma das muitas iguanas residentes dos castelos e fortalezas de San Juan.
Silhueta del Morro
Luz de tempestade acentua as silhuetas do Castillo San Felipe del Morro.
Manobras contra o vento
Criança manobra um papagaio de papel sobre o anoitecer.
Batalha
Família durante uma batalha entre papagaios de papel.
Caminhada sobre Muralhas
Amigos percorrem uma das muralhas do Castillo San Felipe del Morro.
San Juan é a segunda cidade colonial mais antiga das Américas, a seguir à vizinha dominicana de Santo Domingo. Entreposto pioneiro da rota que levava o ouro e a prata do Novo Mundo para Espanha, foi atacada vezes sem conta. As suas fortificações incríveis ainda protegem uma das capitais mais vivas e prodigiosas das Caraíbas.

Cumprida uma noite de navegação com origem em Santo Domingo, despertamos com Porto Rico a bombordo.

Uma comunidade irrequieta de golfinhos atrai boa parte dos passageiros aos decks superiores do ferry. Acompanhamo-los e às suas acrobacias por algum tempo.

Em breve, a curiosidade sobre o que nos reservava a ilha leva a melhor. A vista do cimo do barco, a pouca distância da costa provava-se mais elucidadora do que estávamos a contar.

Deixado para trás um litoral de que se projectavam prédios altos, chegamos a uma ponta com forte cariz histórico, ocupada por uma grande fortaleza, logo, por outra.

O ferry contorna o extremo ocidental triangulado da sub-ilha de San Juan. Começa por nos revelar o Morro e o Castillo San Felipe del Morro que o defende. Quando inverte a sua posição, deixa-nos em contraluz. A vista transforma-se numa mancha escura e difusa.

À medida que progredimos para dentro da Baía de San Juan, a embarcação aproxima-se de La Puntilla e realinha-se. Volta a exibir-nos o cimo ervado do Morro e, não tarda, o casario que se espraia para norte da Puerta de San Juan e de uma longa zona portuária.

Porto Rico, San Juan, Cidade muralhada, Puerta de San Juan

Casario de San Juan para lá da Puerta de San Juan um dos cinco pórticos que em tempos davam acesso à cidade.

Por fim, o ferry atraca. A atmosfera que encontramos em terra tem o seu quê de Estados Unidos, se bem que menos opressora e espalhafatosa do que é usual nos E.U.A. contíguos

Desembarcamos no Estado Livre Associado de Porto Rico, considerado um território não incorporado dos Estados Unidos. Nos muitos dias que lhe dedicamos, esta terminologia e o que dela emana ditaram uma diferença substancial.

Detectámo-la na identidade de Porto Rico, algures entre a latinidade caribenha dominicana e o pragmatismo anglófono dos E.U.A, ambas patentes, logo para começar, no bilinguismo (uso do espanhol e do inglês) de boa parte da nação boricua.

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Polícias seguram bandeiras de Porto Rico e dos Estados Unidos da América durante uma cerimónia oficial em San Juan.

O Clima Tropical e Tempestuoso de Porto Rico

Em termos geográficos, quanto à meteorologia, Porto Rico é tão tropical e caribenha como a congénere Hispaniola. Sofre dos mesmos predicados e riscos.

Em Setembro de 2017, o furação de categoria 5 Maria devastou a ilha. Causou 90 mil milhões de estragos e entre 1500 a 3000 vítimas mortais, o número real depressa gerou controvérsia.

Também a visitámos durante boa parte de Setembro. Os caprichos dos furações desse ano, pouparam-nos. O calor, ora tórrido, ora tórrido e húmido, característico da época das tempestades e chuvas, nem por isso.

Quando caminhamos pela primeira pelas ruelas históricas e garridas do viejo San Juan, o calor de sauna oprime-nos. Faz-nos suar e desesperar a dobrar por não darmos com a porta estreita e esquiva da guest-house em que tínhamos marcado os dias iniciais da estada.

Já instalados, com frequência, terminávamos as tardes no extremo ocidental da ilha, a explorarmos a tal secção relvada, desafogada e algo mágica do morro que antecedia o castelo de San Felipe.

Pois, decorrente desta combinação entre temperatura e humidade extrema, tarde após tarde, nuvens plúmbeas, carregadas e pesadas a condizer, surgiam do mar a norte e ficavam a pairar, baixas e ameaçadoras, sobre o promontório.

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Luz de tempestade acentua as silhuetas do Castillo San Felipe del Morro.

Sequestravam o sol. Após o que atacavam a velha San Juan com bátegas inclementes, trovões ribombantes e raios que, a espaços, os pára-raios por ali instalados retinham.

Insignificantes, se comparadas com o fenómeno quase-apocalíptico do Maria, estas tormentas causavam os seus danos.

Na incerteza de que os pára-raios se provassem 100% eficazes, os rangers de serviço ao Sítio Histórico viam-se obrigados a comunicar emergência por altifalante.

Esmeravam-se para colocarem a salvo os pedestres da Calle del Morro – que sulca a relva entre o limiar do casario histórico e o castelo – e as dezenas de lançadores de cometas (leia-se papagaios de papel) disseminados sobre a erva, o cimo das muralhas, ameias, adarves e restantes estruturas de defesa de El Morro e de San Juan Bautista.

Porto Rico, San Juan, Cidade muralhada,

Família durante uma batalha entre papagaios de papel.

San Juan, uma das Cidades mais Fortificadas das Américas

Foi Cristóvão Colombo que assim baptizou a ilha, quando nela desembarcou, em 1493. Sob esse nome santificado e bíblico, Juan Ponce de León, o primeiro governador da ilha, tratou de a urbanizar.

Já estivemos em inúmeros lugares coloniais fortificados. Nenhum deles com a grandiosidade, densidade e excentricidade histórica da ilha de San Juan.

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Casario colonial ao longo da Calle Bulevar del Valle com o Castillo de San Cristobal em fundo.

Reforça o deslumbre do Castillo de San Felipe, a estrutura multinível complexa que os engenheiros militares impuseram ao Morro, numa comunhão secular com o oceano Atlântico e a Baía de San Juan, com as iguanas e as fragatas e corvídeos residentes, em permanente sobrevoo.

A umas boas centenas de metros para leste, ainda no cimo da ilha ergue-se uma fortificação complementar, o Castillo de San Cristóbal é considerado o maior dos fortes espanhóis do Novo Mundo e em tudo comparável ao de San Felipe.

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Uma das muitas iguanas residentes dos castelos e fortalezas de San Juan.

Calcorreamo-lo de ponta a ponta, de cima a baixo.

Uma vez mais entre iguanas, com panorâmicas incríveis, umas do interior da ilha, incluindo o majestoso Capitólio de Porto Rico. Outras, sobre o mar bravio e as guaritas que a ele se fazem.

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O grande capitólio de Porto Rico destacado acima da costa norte da ilha de San Juan.

Nos tempos coloniais, soldados mantinham-se nestes postos estratégicos, de alerta à aproximação de navios inimigos. Comunicavam por gritos.

De uma das guaritas baixas, isolada das outras e à mercê das tempestades e vagas, era mais difícil obter resposta. E, diz-se que, numa determinada noite de mar revoltoso em que as vagas se desfaziam contra a estrutura, os soldados deixaram de escutar os gritos daí vindos.

Ao amanhecer, quando verificaram o posto, deram apenas com as roupas e armas do oficial, desaparecido, para sempre. Essa vigia ficou conhecida como “Guarita do Diabo”.

Muralhas em Toda a Volta de San Juan

Também a ponta oposta da ilha de San Juan era fortificada.

Prova-o o Fortin San Gerónimo de Boquerón, situado junto ao boqueirão que a separa da península de Condado e da Ilha Grande, de igual forma destacada da ilha principal. Boa parte da costa sul continua tão ou mais muralhada e fecha o conjunto.

De tal maneira composto que um dos passeios emblemáticos de San Juan dá uma boa volta à sua zona histórica sempre pelo sopé ou pelo cimo das muralhas.

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Visitantes cruzam o túnel que leva ao nível inferior do Castillo de San Felipe del Morro.

Tem início na Puerta de San Juan, um dos cinco grandes pórticos que dotavam os quase 5km fortificados que, em tempos, envolviam a cidade.

Todo este engenho e aparato defensivo tiveram uma razão óbvia de ser. Como teve o nome Porto Rico em tempos ostentado pela cidade, confundido e, mais tarde, trocado com o da ilha, que era tratada por San Juan.

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Perspectiva de San Juan com o cemitério Magdalena Pazzi e o bairro la Perla em fundo.

Porto Rico de San Juan, uma Cidade Sempre Desejada

Muito devido à sua posição proeminente, San Juan tornou-se, em pouco tempo, uma escala incontornável da rota hispânica entre Sevilha e o Novo Mundo. E, no sentido inverso, da prata, do ouro e restantes riquezas embarcadas rumo à Europa.

Numa zona do mundo cada vez mais disputada pelas potencias coloniais rivais, pejada de piratas e corsários obcecados por tesouros, San Juan tornou-se um alvo prioritário. As suas fortalezas, muralhas e baterias de canhões foram aumentadas e reforçadas vezes sem conta.

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Amigos percorrem uma das muralhas do Castillo San Felipe del Morro.

Nos últimos cinco anos do século XVI, os ingleses procuraram conquistá-la sob o comando, primeiro de Francis Drake, pouco depois, de George Clifford de Cumberland. Em ambos os casos, os atacantes viram-se forçados a retirar.

Em 1625, num contexto de sucessivos e complexos ataques e contra-ataques, o capitão holandês Boudewijn Hendricksz falhou em tomar El Morro mas saqueou e incendiou a cidade.

Pouco depois, foi expulso pela derradeira resposta dos espanhóis protegidos pelo Forte.

San Juan resistiu. Pelo menos, até 1898.

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Pedestres percorrem a longa Calle del Morro que liga o casario de San Juan ao Castillo San Felipe del Morro.

A Entrada em Cena Dominadora e Controversa dos Estados Unidos da América

Neste ano, os inimigos tornaram-se os emergentes Estados Unidos da América, demasiado poderosos para que uma Espanha em decadência conseguisse evitar o destino.

Em plena Guerra Hispano-Americana, os E.U.A. enviaram um esquadrão de doze navios de guerra modernos, cercaram a Baía de San Juan, facilitaram o desembarque noutras partes da ilha e deram azo a sucessivas batalhas, quase todas inconclusivas.

Por fim, em Agosto de 1898, fruto da calamidade que já representava para Espanha o cômputo geral da guerra contra os americanos – também disputada em Cuba, nas Filipinas e em Guam – os espanhóis aceitaram ceder aos Estados Unidos a soberania de Porto Rico.

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Moradores de San Juan praticam lançamentos na base de uma das muralhas do Castillo San Cristóbal.

Hoje, o estatuto dos porto-riquenhos está aberto a distintos critérios que resultam em nacionalidade dos E.U.A., nacionalidade de Porto Rico ou em dupla cidadania.

Uma coisa é certa. Pudemo-la constatar por toda San Juan o amor dos boricuas à sua pátria, exposto, por exemplo, em dezenas de pinturas da bandeira da nação que só confunde com a Stars and Stripes quem estiver deveras distraído.

Na de Porto Rico, em vez de 50 estrelas, brilha apenas uma, bem grande, destacada sobre um triângulo azul.

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A bandeira de Porto Rico pintada em raízes junto à Puerta de San Juan.

Quando os Estados Unidos lavam as mãos dos problemas e dramas de Porto Rico, como os porto-riquenhos consideraram que aconteceu com a falta de ajuda à tragédia gerada pelo furacão Maria durante a presidência Trump, sentem-se ainda mais motivados de pintar e exibir a sua. De ignorarem ou recriminarem a do poderoso estado soberano.

Os Estados Unidos só entraram na história de Porto Rico já ela contava com quatro séculos.

Continuam longe de conquistar os corações dos porto-riquenhos.

San Juan, Porto Rico (Parte 2)

Ao Ritmo do Reggaeton

Os porto-riquenhos irrequietos e inventivos fizeram de San Juan a capital mundial do reggaeton. Ao ritmo preferido da nação, encheram a sua “Cidade Muralhada” de outras artes, de cor e de vida.
Santo Domingo, República Dominicana

A Mais Longeva Anciã Colonial das Américas

Santo Domingo é a colónia há mais tempo habitada do Novo Mundo. Fundada, em 1498, por Bartolomeu Colombo, a capital da República Dominicana preserva intacto um verdadeiro tesouro de resiliência histórica.
Cartagena de Índias, Colômbia

A Cidade Apetecida

Muitos tesouros passaram por Cartagena antes da entrega à Coroa espanhola - mais que os piratas que os tentaram saquear. Hoje, as muralhas protegem uma cidade majestosa sempre pronta a "rumbear".
Puerto Plata, República Dominicana

Prata da Casa Dominicana

Puerto Plata resultou do abandono de La Isabela, a segunda tentativa de colónia hispânica das Américas. Quase meio milénio depois do desembarque de Colombo, inaugurou o fenómeno turístico inexorável da nação. Numa passagem-relâmpago pela província, constatamos como o mar, a montanha, as gentes e o sol do Caribe a mantêm a reluzir.
Península de Samaná, PN Los Haitises, República Dominicana

Da Península de Samaná aos Haitises Dominicanos

No recanto nordeste da República Dominicana, onde a natureza caribenha ainda triunfa, enfrentamos um Atlântico bem mais vigoroso que o esperado nestas paragens. Lá cavalgamos em regime comunitário até à famosa cascata Limón, cruzamos a baía de Samaná e nos embrenhamos na “terra das montanhas” remota e exuberante que a encerra.
Laguna de Oviedo, República Dominicana

O Mar (nada) Morto da República Dominicana

A hipersalinidade da Laguna de Oviedo oscila consoante a evaporação e da água abastecida pela chuva e pelos caudais vindos da serra vizinha de Bahoruco. Os nativos da região estimam que, por norma, tem três vezes o nível de sal do mar. Lá desvendamos colónias prolíficas de flamingos e de iguanas entre tantas outras espécies que integram este que é um dos ecossistemas mais exuberantes da ilha de Hispaniola.
Barahona, República Dominicana

A República Dominicana Balnear de Barahona

Sábado após Sábado, o recanto sudoeste da República Dominicana entra em modo de descompressão. Aos poucos, as suas praias e lagoas sedutoras acolhem uma maré de gente eufórica que se entrega a um peculiar rumbear anfíbio.
Laguna Oviedo a Bahia de las Águilas, República Dominicana

Em Busca da Praia Dominicana Imaculada

Contra todas as probabilidades, um dos litorais dominicanos mais intocados também é dos mais remotos. À descoberta da província de Pedernales, deslumbramo-nos com o semi-desértico Parque Nacional Jaragua e com a pureza caribenha da Bahia de las Águilas.
Lago Enriquillo, República Dominicana

Enriquillo: o Grande Lago das Antilhas

Com entre 300 e 400km2, situado a 44 metros abaixo do nível do mar, o Enriquillo é o lago supremo das Antilhas. Mesmo hipersalino e abafado por temperaturas atrozes, não pára de aumentar. Os cientistas têm dificuldade em explicar porquê.
Saint-Pierre, Martinica

A Cidade que Renasceu das Cinzas

Em 1900, a capital económica das Antilhas era invejada pela sua sofisticação parisiense, até que o vulcão Pelée a carbonizou e soterrou. Passado mais de um século, Saint-Pierre ainda se regenera.
Fort-de-France, Martinica

Liberdade, Bipolaridade e Tropicalidade

Na capital da Martinica confirma-se uma fascinante extensão caribenha do território francês. Ali, as relações entre os colonos e os nativos descendentes de escravos ainda suscitam pequenas revoluções.
Helsínquia, Finlândia

A Fortaleza em Tempos Sueca da Finlândia

Destacada num pequeno arquipélago à entrada de Helsínquia, Suomenlinna foi erguida por desígnios político-militares do reino sueco. Durante mais de um século, a Rússia deteve-a. Desde 1917, que o povo suómi a venera como o bastião histórico da sua espinhosa independência.
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Cidade
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Pelas Terras Moçambicanas do Chá

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O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

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Entre as Girafas de KaMsholo e Cia

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