Santa Marta e PN Tayrona, Colômbia

O Paraíso de que Partiu Simón Bolívar


Hotel à moda Tayrona
Hóspedes à varanda de cabanas do lodge Eco-Habs, instaladas num encosta da Serra Nevada de Santa Marta.
Amigos de Tayrona
Felipe Guerrero e Vittoria Serra e outro amigo convivem nas imediações da Playa Cañaveral.
Burrico Tropical
Jumento à beira do Mar das Caraíbas.
Partida apressada
Colombianos da zona de Santa Marta zarpam de uma praia das redondezas na iminência de uma tempestade tropical.
Abrigo improvisado
Jovem tripulante de uma lancha de transporte da zona, abrigado da chuva.
Ao ataque
Pintura com uma cena naive da batalha de Carabobo, uma das mais marcantes para os objectivos de Bolivar.
Colombia al Libertador
Família prestes a entrar no memorial a Simón Bolívar erguido na Quinta de San Pedro Alejandrino.
La Bendicion de Diós
Chiva (velho autocarro) desperta a atenção de algumas banhistas.
Em honra do Libertador
Estátua do Simón Bolivar, "El Libertador" destacada num jardim da Quinta de San Pedro Alejandrino.
De visita escolar
Crianças junto ao monumento em honra do Libertador Simón Bolívar da Quinta de San Pedro Alexandrino.
O caribe colombiano
Uma de muitas enseadas paradisíaca do PN Tayrona.
Às portas do PN Tayrona, Santa Marta é a cidade hispânica habitada em contínuo mais antiga da Colômbia.  Nela, Simón Bolívar, começou a tornar-se a única figura do continente quase tão reverenciada como Jesus Cristo e a Virgem Maria.

Chegámos ao areal da praia Cañaveral desgastados pela longa caminhada, ensopados em suor, com um objectivo claro.

Largar a tralha amochilada que nos prensava os ombros, despir a roupa escassa e enfiarmo-nos na água com tom de esmeralda, ali a uns poucos passos. Já ensaiávamos os mergulhos no mar cálido do Parque Nacional Tayrona quando estranhámos o seu estranho fluxo diagonal.

Contrariados, abortámos a submersão para inspeccionarmos uma tabuleta de madeira espetada nas imediações. “Proibido Nadar. Não seja parte da estatística.” destacava-se da longa mensagem. Para bons entendedores, quatro ou cinco palavras bastaram.

E obrigam-nos a caminhar uns oitocentos metros adicionais.

Santa Marta, Tayrona, Simón Bolivar, Amigos de Tayrona

Felipe Guerrero e Vittoria Serra e outro amigo convivem nas imediações da Playa Cañaveral.

Nesse derradeiro trecho, cruzamo-nos com três jovens banhistas em óbvio modo de descontração balnear.

Partilham fruta tropical sobre um banco de madeira à sombra da selva.

Nas imediações, um burrico cinzento preso a um tronco parece querer achar sentido no alarido das suas gargalhadas e na nossa inesperada passagem.

Burrico Tropical

Jumento à beira do Mar das Caraíbas.

Em simples fatos de banho e com a alma leve de preocupações, Felipe Guerrero e Vittoria Serra também estranham o peso que carregávamos e o desconforto que por essa altura já era impossível disfarçarmos: “Vocês andam a cumprir alguma penitência?” pergunta-nos o rapaz crioulo.

A explicação deu para uma conversa curiosa e sem fim à vista que, a determinada altura, achámos melhor atalhar ou nunca mais nos veríamos dentro de água.

Prosseguimos até uma enseada de nome Piscinita que, por fim, nos concedeu a desejada recompensa.

O caribe colombiano

Uma de muitas enseadas paradisíaca do PN Tayrona.

Andávamos pelas derradeiras terras setentrionais da América do Sul, espartilhadas entre o Mar das Caraíbas e a orla frondosa da Serra Nevada de Santa Marta.

Serra Nevada de Santa Marta, Tayrona e o Desembarque dos Conquistadores Espanhóis

Eram, as mesmas terras exuberantes e frondosas em que os conquistadores espanhóis desembarcaram, pouco depois de Colombo ter dado com diversas ilhas do Mar das Caraíbas e com a península do Iucatão.

Nuns meros 42 quilómetros vertiginosos para o interior, as montanhas inaugurais daquela cordilheira andina ascendiam uns impressionantes 5.700 metros de altitude.

Sierra Nevada de Santa Marta, PN Tayrona, Guardiães do Mundo, Colômbia

Vista das encostas baixas da Sierra Nevada de Santa Marta, a serra litoral que mais depressa se eleva a partir do litoral em todo o Mundo, do nível do mar aos 5700m dos Picos Cristobal Colón e Simón Bolivar.

Ao longo do ano, tal barreira intransponível bloqueava as massas de ar quente e húmido sorvido ao mar pelo calor equatorial. Quase sem excepção, a panela de pressão que nos ia cozendo, rebentava com grande dramatismo e estrondo mal o sol começava a cair sobre a vastidão do Pacífico.

Não tínhamos sequer secado a água salgada quando fomos surpreendidos pelo dilúvio ribombante do dia, que obrigou dezenas de visitantes a zarparem mais cedo das praias do parque das imediações.

Santa Marta, Tayrona, Simón Bolivar, Partida apressada

Colombianos da zona de Santa Marta zarpam de uma praia das redondezas na iminência de uma tempestade tropical.

As pernas fraquejavam da longa vinda mas tivemos que as submeter a um regresso ainda mais esforçado pela floresta tropical escurecida pelas nuvens baixas, um retorno encharcado e, em pouco tempo, enlameado.

Há séculos que esta região assim é irrigada sem misericórdia.

Os primeiros conquistadores espanhóis a ancorar nestas mesmas costas partilhadas com a selva, depressa se habituaram a precaver e a reagir aos caprichos meteorológicos, como aos mosquitos demasiadas vezes infernais e à resistência das tribos nativas.

Chairama, PN Tayrona, Guardiães do Mundo, Colômbia

Cabanas de estrutura tayrona dotam o cenário preservado de Chayrama.

Comandados por Rodrigo de Bastidas – na sua vida ibérica, um escrivão público dos arredores de Sevilha, mais tarde membro da tripulação da segunda viagem de Cristóvão Colombo ao Novo Mundo – desembarcaram na zona em 1525.

Pouco depois, fundaram Santa Marta.

A Chegada de Simón Bolivar por Santa Marta, de onde Nunca Chegou a Sair

Em termos urbanísticos, esta cidade parece ter-se perdido para sempre do quase meio milénio de história. Ainda assim, aceitámos o seu acolhimento por uns dias esperançados de que nos viesse a surpreender.

Não tardámos a confirmar que o mais conceituado dos hóspedes de Santa Marta é, desde há décadas, o seu principal cartão de visita.

Só por si, a sua curta e trágica presença reforçou e muito o nosso interesse na capital do departamento colombiano de Magdalena.

Após a longa Admirável Campanha militar em que triunfou de forma sucessiva sobre as forças coloniais hispânicas, Simón Bolívar deu sequência à luta independentista no território actual da Colômbia (então Nova Granada), no Equador e no norte do Perú dos dias de hoje.

Seguia o sonho de criar uma nova nação entregue aos seus próprios destinos.

Ao ataque

Pintura com uma cena naive da batalha de Carabobo, uma das mais marcantes para os objectivos de Bolivar.

Simón Bolivar: dos Triunfos Militares à Dinâmica Independentista

Venceu a resistência recorrente das forças leais à coroa hispânica na famosa Batalha de Carabobo, entrou na sua cidade natal, Caracas, e em 1821, ditou a constituição da Gran Colómbia de que foi proclamado presidente. Bolívar não se ficou por aí.

Aliado ao General José de San Martin, outro militar independentista proeminente e triunfante na zona actual da Argentina e do Chile, levou a luta para terras do sul do Peru e da Bolívia, mais tarde baptizada em sua honra.

Bolívar tornou-se, aliás, um dos poucos homens a ter inspirado a nomenclatura de um país.

Estes feitos não impediram que divisões internas tivessem minado o seu sonho. Nove anos depois, a Gran Colómbia implodiu. Deu lugar às repúblicas da Venezuela, Nova Granada e Equador, logo entregues a guerras civis e a outros conflitos recorrentes.

Bolívar desistiu. Pouco disposto a viver o falhanço do seu ambicioso projecto de vida, planeou exilar-se na Europa com breve passagem pela Jamaica.

Já tinha enviado diversas arcas com pertences e encaminhava-se para Cartagena das Índias de onde contava partir.

Nunca lá chegou.

Em honra do Libertador

Estátua do Simón Bolivar, “El Libertador” destacada num jardim da Quinta de San Pedro Alejandrino.

A narrativa da sua fase ascendente e dos momentos de queda está patente na propriedade em que terminou a sua epopeia, ilustrada por uma colecção de velhas pinturas legendadas, documentos e objectos oficiais e pessoais.

É, hoje, um dos lugares mais emblemáticos da Colômbia.

Visitam-no  excursões de alunos e estudantes irrequietos que assim se iniciam ou completam a sua doutrina Bolívariana, incontornável nestas paragens da América Latina.

Como a dos Founding Fathers o é, mais a norte, em terras ianques, há já um bom tempo antagonistas da pátria-mãe do Libertador sul-americano.

San Pedro Alejandrino, a Quinta de Santa Marta em que Simón Bolivar Sucumbiu

A Quinta de San Pedro Alejandrino fica a 20 minutos de autocarro da marginal de Santa Marta.

Quando a visitamos, vemo-nos forçados a dividir a atenção entre as travessuras dos miúdos demasiado jovens para aquela injecção de história, política e ideologia e essa mesma formação de que muitos infantes se tentam evadir.

Santa Marta, Tayrona, Simón Bolivar, Mausoléu

Memorial a Simón Bolívar erguido na Quinta de San Pedro Alejandrino.

Espreitámos a berlinda em que Bolívar ali chegou, numa viagem de quatro horas da casa de Joaquim de Mier de que se mudou por o incomodar o calor e o bulício do centro de Santa Marta.

A sua solene chegada obrigou a mudanças e cuidados, incluindo a adaptação de uma sala que o protegesse do fumo de tabaco produzido por vários dos seus acompanhantes e que o irritava.

Bolívar não fumava. Era um apreciador de vinho do Porto. Nem uma coisa nem outra lhe deram a saúde que merecia. Pouco tempo depois de se instalar, surgiram-lhe sintomas de um mal abrupto.

A sua pele escureceu, perdeu muito peso, sofria de exaustão, tinha dores de cabeça e perdia a consciência.

A Tuberculose Fatal de que Não Conhece ao Certo a Origem

Foi-lhe diagnosticada tuberculose.

Esse diagnóstico ainda é o mais aceite mas alguns estudiosos negam-no. É o caso do norte-americano especialista em doenças infecciosas Dr. Paul Awvaerter que defende que o mais provável é Bolívar ter perecido de envenenamento por arsénico.

Na sua opinião, resta saber se se tratou de um simples incidente ou de um assassínio. Paul Awvaerter contempla ambas as hipóteses.

Inclina-se mais para a primeira: “Bolívar passou muito tempo no Perú. Têm lá sido encontradas diversas múmias com elevados índices de arsénico. Alguns lugares no Perú tinham, então, águas com quantidades excessivas deste químico. Simón Bolívar pode tê-las bebido durante demasiado tempo o que levou a um envenenamento crónico.”

Esta hipótese foi de imediato acolhida pelo ainda vivo Hugo Chávez, assumido admirador número um de Simón Bolívar que adaptou como principal inspiração da sua luta política. “Durante anos tive, no meu coração, a convicção de que Bolívar não tinha deixado o governo nem morrido por causa da tuberculose.

Temos a obrigação moral de limpar esta mentira. De abrir o seu caixão sacrossanto e verificar os seus restos mortais.” Desde então, Chávez insistiu na teoria de que o autor terá sido um rival colombiano, Francisco de Santander, um amigo próximo e aliado de Bolívar antes de terem entrado em conflito.

Até à sua morte, Chávez continuou a usar a suspeição levantada por Paul Awvaerter para os mais diversos propósitos políticos.

Santa Marta, Tayrona, Simón Bolivar, Mausoléu

Família prestes a entrar no memorial a Simón Bolívar erguido na Quinta de San Pedro Alejandrino.

Como aconteceu ao ideal Gran Colombista de Bolívar e ao próprio Libertador, a sua Revolução Bolivariana parece ter sucumbido com a sua morte.

Cartagena de Índias, Colômbia

A Cidade Apetecida

Muitos tesouros passaram por Cartagena antes da entrega à Coroa espanhola - mais que os piratas que os tentaram saquear. Hoje, as muralhas protegem uma cidade majestosa sempre pronta a "rumbear".
PN Tayrona, Colômbia

Quem Protege os Guardiães do Mundo?

Os indígenas da Serra Nevada de Santa Marta acreditam que têm por missão salvar o Cosmos dos “Irmãos mais Novos”, que somos nós. Mas a verdadeira questão parece ser: "Quem os protege a eles?"
PN Henri Pittier, Venezuela

PN Henri Pittier: entre o Mar das Caraíbas e a Cordilheira da Costa

Em 1917, o botânico Henri Pittier afeiçoou-se à selva das montanhas marítimas da Venezuela. Os visitantes do parque nacional que este suíço ali criou são, hoje, mais do que alguma vez desejou
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
O rio Zambeze, PN Mana Poools
Safari
Kanga Pan, Mana Pools NP, Zimbabwe

Um Manancial Perene de Vida Selvagem

Uma depressão situada a 15km para sudeste do rio Zambeze retém água e minerais durante toda a época seca do Zimbabué. A Kanga Pan, como é conhecida, nutre um dos ecossistemas mais prolíficos do imenso e deslumbrante Parque Nacional Mana Pools.
Thorong La, Circuito Annapurna, Nepal, foto para a posteridade
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 13º - High Camp a Thorong La a Muktinath, Nepal

No Auge do Circuito dos Annapurnas

Aos 5416m de altitude, o desfiladeiro de Thorong La é o grande desafio e o principal causador de ansiedade do itinerário. Depois de, em Outubro de 2014, ter vitimado 29 montanhistas, cruzá-lo em segurança gera um alívio digno de dupla celebração.
Gravuras, Templo Karnak, Luxor, Egipto
Arquitectura & Design
Luxor, Egipto

De Luxor a Tebas: viagem ao Antigo Egipto

Tebas foi erguida como a nova capital suprema do Império Egípcio, o assento de Amon, o Deus dos Deuses. A moderna Luxor herdou o Templo de Karnak e a sua sumptuosidade. Entre uma e a outra fluem o Nilo sagrado e milénios de história deslumbrante.
Salto Angel, Rio que cai do ceu, Angel Falls, PN Canaima, Venezuela
Aventura
PN Canaima, Venezuela

Kerepakupai, Salto Angel: O Rio Que Cai do Céu

Em 1937, Jimmy Angel aterrou uma avioneta sobre uma meseta perdida na selva venezuelana. O aventureiro americano não encontrou ouro mas conquistou o baptismo da queda d'água mais longa à face da Terra
cavaleiros do divino, fe no divino espirito santo, Pirenopolis, Brasil
Cerimónias e Festividades
Pirenópolis, Brasil

Cavalgada de Fé

Introduzida, em 1819, por padres portugueses, a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis agrega uma complexa rede de celebrações religiosas e pagãs. Dura mais de 20 dias, passados, em grande parte, sobre a sela.
Baleias caçada com Bolhas, Juneau a Pequena Capital do Grande alasca
Cidades
Juneau, Alasca

A Pequena Capital do Grande Alasca

De Junho a Agosto, Juneau desaparece por detrás dos navios de cruzeiro que atracam na sua doca-marginal. Ainda assim, é nesta pequena capital que se decidem os destinos do 49º estado norte-americano.
Máquinas Bebidas, Japão
Comida
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
Mini-snorkeling
Cultura
Ilhas Phi Phi, Tailândia

De regresso à Praia de Danny Boyle

Passaram 15 anos desde a estreia do clássico mochileiro baseado no romance de Alex Garland. O filme popularizou os lugares em que foi rodado. Pouco depois, alguns desapareceram temporária mas literalmente do mapa mas, hoje, a sua fama controversa permanece intacta.
arbitro de combate, luta de galos, filipinas
Desporto
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Composição sobre Nine Arches Bridge, Ella, Sri Lanka
Em Viagem
PN Yala-Ella-Candia, Sri Lanka

Jornada Pelo Âmago de Chá do Sri Lanka

Deixamos a orla marinha do PN Yala rumo a Ella. A caminho de Nanu Oya, serpenteamos sobre carris pela selva, entre plantações do famoso Ceilão. Três horas depois, uma vez mais de carro, damos entrada em Kandy, a capital budista que os portugueses nunca conseguiram dominar.
Train Fianarantsoa a Manakara, TGV Malgaxe, locomotiva
Étnico
Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

A Vida Lá Fora

Vista do John Ford Point, Monument Valley, Nacao Navajo, Estados Unidos
História
Monument Valley, E.U.A.

Índios ou cowboys?

Realizadores de Westerns emblemáticos como John Ford imortalizaram aquele que é o maior território indígena dos Estados Unidos. Hoje, na Nação Navajo, os navajo também vivem na pele dos velhos inimigos.
Angra do Heroísmo, Terceira, Açores, de capital histórica a Património Mundial, arte urbana
Ilhas
Angra do Heroísmo, Terceira, Açores

Heroína do Mar, de Nobre Povo, Cidade Valente e Imortal

Angra do Heroísmo é bem mais que a capital histórica dos Açores, da ilha Terceira e, em duas ocasiões, de Portugal. A 1500km do continente, conquistou um protagonismo na nacionalidade e independência portuguesa de que poucas outras cidades se podem vangloriar.
Quebra-Gelo Sampo, Kemi, Finlândia
Inverno Branco
Kemi, Finlândia

Não é Nenhum “Barco do Amor”. Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
Recompensa Kukenam
Literatura
Monte Roraima, Venezuela

Viagem No Tempo ao Mundo Perdido do Monte Roraima

Perduram no cimo do Monte Roraima cenários extraterrestres que resistiram a milhões de anos de erosão. Conan Doyle criou, em "O Mundo Perdido", uma ficção inspirada no lugar mas nunca o chegou a pisar.
Rio Matukituki, Nova Zelândia
Natureza
Wanaka, Nova Zelândia

Que Bem que Se Está no Campo dos Antípodas

Se a Nova Zelândia é conhecida pela sua tranquilidade e intimidade com a Natureza, Wanaka excede qualquer imaginário. Situada num cenário idílico entre o lago homónimo e o místico Mount Aspiring, ascendeu a lugar de culto. Muitos kiwis aspiram a para lá mudar as suas vidas.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Tsitsikamma Parque Nacional
Parques Naturais
Garden Route, África do Sul

O Litoral Jardim da África do Sul

Estendida por mais de 200km de costa natural, a Garden Route ziguezagueia por florestas, praias, lagos, desfiladeiros e parques naturais esplendorosos. Percorremo-la de leste para oeste, ao longo dos fundos dramáticos do continente africano.
Moscovo, Kremlin, Praça Vermelha, Rússia, rio Moscovo
Património Mundial UNESCO
Moscovo, Rússia

A Fortaleza Suprema da Rússia

Foram muitos os kremlins erguidos, ao longos dos tempos, na vastidão do país dos czares. Nenhum se destaca, tão monumental como o da capital Moscovo, um centro histórico de despotismo e prepotência que, de Ivan o Terrível a Vladimir Putin, para melhor ou pior, ditou o destino da Rússia.
Mascarado de Zorro em exibição num jantar da Pousada Hacienda del Hidalgo, El Fuerte, Sinaloa, México
Personagens
El Fuerte, Sinaloa, México

O Berço de Zorro

El Fuerte é uma cidade colonial do estado mexicano de Sinaloa. Na sua história, estará registado o nascimento de Don Diego de La Vega, diz-se que numa mansão da povoação. Na sua luta contra as injustiças do jugo espanhol, Don Diego transformava-se num mascarado esquivo. Em El Fuerte, o lendário “El Zorro” terá sempre lugar.
Tambores e tatoos
Praias
Taiti, Polinésia Francesa

Taiti Para lá do Clichê

As vizinhas Bora Bora e Maupiti têm cenários superiores mas o Taiti é há muito conotado com paraíso e há mais vida na maior e mais populosa ilha da Polinésia Francesa, o seu milenar coração cultural.
Intervenção policial, judeus utraortodoxos, jaffa, Telavive, Israel
Religião
Jaffa, Israel

Protestos Pouco Ortodoxos

Uma construção em Jaffa, Telavive, ameaçava profanar o que os judeus ultra-ortodoxos pensavam ser vestígios dos seus antepassados. E nem a revelação de se tratarem de jazigos pagãos os demoveu da contestação.
Chepe Express, Ferrovia Chihuahua Al Pacifico
Sobre Carris
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Teleférico de Mérida, Renovação, Venezuela, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Sociedade
Mérida, Venezuela

A Renovação Vertiginosa do Teleférico mais Alto do Mundo

Em execução a partir de 2010, a reconstrução do teleférico de Mérida foi levada a cabo na Sierra Nevada por operários intrépidos que sofreram na pele a grandeza da obra.
Visitantes nas ruínas de Talisay, ilha de Negros, Filipinas
Vida Quotidiana
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
Hipopótamo na Lagoa de Anôr, Ilha de Orango, Bijagós, Guiné Bissau
Vida Selvagem
Ilha Kéré a Orango, Bijagós, Guiné Bissau

Em Busca dos Hipopótamos Lacustres-Marinhos e Sagrados das Bijagós

São os mamíferos mais letais de África e, no arquipélago das Bijagós, preservados e venerados. Em virtude da nossa admiração particular, juntamo-nos a uma expedição na sua demanda. Com partida na ilha de Kéré e fortuna no interior da de Orango.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.