São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade


Como nos velhos tempos
Charrete percorre os jardins dourados do Palácio de Catarina
A Catedral de Pedro e Paulo
A catedral de Pedro e Paulo, nas imediações do Palácio de Peterhof.
Timidez de Mármore
Outra estátua grega na alameda principal dos Summer Gardens de São Petersburgo.
Czar Pedro, o Grande
Estátua de Pedro o Grande, czar fundador de São Petersburgo.
Ritual Outonal
Visitantes do Palácio de Catarina apanham sol e convivem num edifício à beira do grande lago.
O Palácio de Catarina
Perspectiva lateral do Palácio de Catarina, arredores de São Petersburgo.
Reino das Grinaldas
Jovens russas criam e usam grinaldas outonais exuberantes.
Natureza Viva
Cão à beira do grande lago do Palácio de Catarina
Rainha do Outono
Miúda coroada com uma grinalda de folhas de Outono, no jardim do Palácio de Catarina.
Brincadeira Dourada
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Túnel de Outono
Casal percorre um túnel de vegetação do Palácio de Peterhof
palacio-peterhof-jardim-sao-petersburgo-outono-russia
Casal entretido com fotografia num jardim do Palácio de Peterhof.
Peterhof Monumental II
Palácio de Peterhof visto dos jardins da sua rectaguarda.
Alameda Outonal
Visitantes percorrem uma alameda Outonal dos Summer Gardens
Pavilhão Grotto do Palácio de Catarina
Outono em redor do grande lago do Palácio de Catarina.
Outono Pintado
Pintura também outonal numa estação de metro de São Petersburgo
De Volta a Casa
Moradora percorre um trilho num bairro de São Petersburgo.
Natureza Moribunda
Folhas outonais prestes a cair, em São Petersburgo
Encruzilhada Amarelada
Encruzilhada de alamedas cobertas de folhas, nos Summer Gardens
Outono Grego
Estátua nos Summer Gardens de São Petersburgo
À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.

Era a segunda vez que nos aventurávamos pelos Jardins de Verão, mandados erguer, em 1704, pelo Czar Pedro o Grande.

Da primeira vez, em pleno Estio, predominava um verde clorofilino espectável.

Decorridos três meses e meio, a Natureza entrava em cena. Com o Outono a instalar-se por toda a Rússia, contradizia a nomenclatura escolhida pelo czar. Alourava as árvores que despontavam dos seus solos.

A luz reflectida pela folhagem resistente parecia desafiar a sua génese solar.

Visitantes percorrem uma alameda Outonal dos Summer Gardens

Visitantes percorrem uma alameda Outonal dos Summer Gardens

Numa tarde de sexta-feira, com o ocaso ainda distante, uma multidão comedida de Peterburgueses e forasteiros invade-o.

O Outono Súbito de São Petersburgo e dos Jardins de Verão

Os visitantes percorrem as suas avenidas forradas e coloridas pela queda, sob o olhar petrificado das cem estátuas de mármore alinhadas de ambos os lados da alameda principal, paralela ao braço de rio Fontanka do rio Neva.

Mulher fotografa folhagem acumulada num lago seco dos Summer Gardens

Mulher fotografa folhagem acumulada num lago seco dos Summer Gardens

Aqui e ali, detêm-se para fotos e selfies comemorativas da vida.

Onde as folhas mortas se acumulam, apanham-nas, jogam-nas para o ar, sobre as cabeças, as suas e as dos seus.

Vários visitantes insistem nas fotos e nas selfies. Instalam-se em recantos aconchegantes do jardim, à conversa.

Jovens russas criam e usam grinaldas outonais exuberantes.

Jovens russas criam e usam grinaldas outonais exuberantes.

Recolhem folhas que escolhem a rigor, entrelaçam grinaldas vegetais com que se coroam da beleza outonal de São Petersburgo.

Mesmo de mármore – já nem sequer as originais talhadas por escultores venezianos – umas poucas estátuas de figuras mitológicas contribuem para as emoções geradas jardins fora, com esgares de surpresa ou leves indignações.

Outra estátua grega na alameda principal dos Summer Gardens de São Petersburgo.

Outra estátua grega na alameda principal dos Summer Gardens de São Petersburgo.

A meio de uma das alamedas, duas crianças, uma delas adornada por grinaldas douradas, empoleiram-se na base de um pedestal, aos pés de uma estátua de bronze negro.

A figura parece contemplá-las no lugar certo.

Eterniza Ivan Krylov, o mais popular e conceituado criador de fábulas russo.

Nos primórdios da sua obra, um admirador e tradutor de La Fontaine que, com o tempo, se autonomizou e se especializou em escrever fábulas satíricas.

A Inspiração Francesa e Óbvia do Palácio de Versailles

De certa maneira, esta inspiração evolutiva é comparável à que esteve na génese dos Jardins de Verão de Pedro o Grande que nos encantavam.

Diz-se que foram desenhados pelo Czar, ele próprio, com o apoio dos paisagistas holandeses Nicolaas Bidloo e, até 1726, por Jan Roosen.

Jean-Baptiste Le Blond, um arquitecto francês recém-chegado a São Petersburgo, tratou de afrancesar o projecto.

E viu a tarefa simplificada pela influência que a arquitectura e paisagismo gauleses, em particular, de Paris, exerciam sobre os monarcas de outras paragens.

Czares incluídos.

Estátua de Pedro o Grande, czar fundador de São Petersburgo.

Estátua de Pedro o Grande, czar fundador de São Petersburgo.

Na viragem para o século XVIII, liderados por Pedro o Grande, os russos triunfaram na Grande Guerra do Norte. Conseguiram, assim, rebater a expansão do Império Sueco para leste.

Tomaram-lhes as terras entre o Golfo da Finlândia e o Lago Ladoga, sulcadas pelo rio Neva, em que, em 1703, o czar veio a fundar São Petersburgo.

Por alguma razão o czar recebeu o seu cognome. No que disse respeito a adornar e embelezar a nova capital, Pedro pouco ou nada esperou. Muito menos se poupou a gastos.

Estátua nos Summer Gardens de São Petersburgo

Estátua nos Summer Gardens de São Petersburgo

Luís XIV tinha terminado o Palácio de Versailles, incluindo os jardins colossais anexos, em 1662. Desse ano em diante, aos poucos, para lá mudou a sua corte, o governo francês e os inúmeros demais.

De tal maneira, que Versailles se tornou o cerne gaulês das perucas, dos cetins, da pompa supérflua. Mesmo assim, a capital funcional de França.

Estimulado pelos recentes triunfos bélicos, pela expansão do Império Russo e pelos proveitos financeiros que os triunfos sobre os rivais ditaram, Pedro o Grande, fez questão de suplantar Luís XIV e os edifícios franceses que, aliás, uns anos antes, tinha ficado a conhecer.

Além dos Jardins de Verão, o czar Pedro ergueu o Palácio de Verão contíguo, e o complexo de Palácios de Peterhof.

Palácio de Peterhof visto dos jardins da sua rectaguarda.

Palácio de Peterhof visto dos jardins da sua rectaguarda.

Este – que viria ser considerado o inequívoco Palácio de Versailles Russo – engloba três estruturas monumentais com nomes franceses: o Grand Palace, o Marly e, mesmo sobre a margem sul do rio Neva, o superlativo Hermitage.

Terminamos a sexta a apreciar um pôr-do-sol amarelado a dobrar, ainda nos Jardins de Verão.

Um Périplo pelos Palácios Grandiosos nos Arredores de São Petersburgo

Já a arrastarmo-nos, acompanhamos o evoluir do crepúsculo a partir de uma das pontes levadiças sobre o Neva. Ainda saímos a um tal de bar “Fidel”, um dos preferidos do nosso anfitrião, filho da cidade, Alexei Kravchenko.

Mesmo assim, conseguimos levantar-nos a horas dignas. A tempo de vermos que efeito estava a ter o Outono nos restantes palácios de São Petersburgo.

A via que tomamos para ocidente do Golfo da Finlândia é rápida.

Assim que dela saímos, já mais próximos do Palácio de Peterhof, com a ilha-cidade de Kronstadt a norte, detém-nos um trânsito que frustra Alexei. “Isto, num Sábado de manhã, é mesmo muito estranho.

Moradora percorre um trilho num bairro de São Petersburgo.

Moradora percorre um trilho num bairro de São Petersburgo.

Aqui no telefone não vejo nenhum acidente sinalizado. Sabem o que me parece? É que os fins-de-semana de Outono solarengos são tão raros, em São Petersburgo, que, com esta folhagem amarela exuberante… deve estar toda a gente a ir para o mesmo lugar que nós.”

Breve Passagem pelo Palácio de Peterhof

As árvores predominantes em Peterhof eram distintas dos carvalhos e aceres dos Summer Gardens.

As poucas que tinham tido ou ainda ostentavam folhas outonais, foram vítimas de uma poda de Eduardo Mãos de Tesoura radical que as reduzia a amostras triangulares ou quadradas.

Casal entretido com fotografia num jardim do Palácio de Peterhof.

Casal entretido com fotografia num jardim do Palácio de Peterhof.

Não obstante, um jovem casal, passeia-se entre elas, satisfeito com a privacidade romântica que damos por nós a quebrar.

Os jardins principais de Peterhof têm, em redor, mais sebes arbustivas que árvores. As árvores surgem, afastadas, com um visual já quase florestal. Como se não bastasse, um contraluz intenso escurecia a frente do palácio.

A Catedral de Pedro e Paulo e a Infâmia esperada dos Invasores Nazis

Concordamos, assim, em apontarmos ao Palácio de Catarina e aos seus jardins. Pelo caminho, detemo-nos a apreciar a catedral de Pedro e Paulo, quase piramidal, repleta de cúpulas.

De certa maneira, uma discípula da bem mais famosa do Salvador sobre o Sangue Derramado.

A catedral de Pedro e Paulo, nas imediações do Palácio de Peterhof.

A catedral de Pedro e Paulo, nas imediações do Palácio de Peterhof.

Encontramo-la envolta do seu próprio arvoredo outonal, reflectida num dos lagos amplos que a ladeiam.

Apenas trinta e seis anos após ter sido concluída, em plena “Operação Barbarrosa“, as forças Nazis que chegaram a estas paragens da Rússia ignoraram a sua beleza e santidade. Usaram-na como depósito de artilharia. E causaram danos substanciais só muito mais tarde reparados.

O trânsito volta a surgir no quarteirão de Pushkinsky por que progride a longa avenida Akademicheskiy Prospekt.

Confirmamos que o Palácio de Catarina, os seus jardins e lagos, eram, mais que Peterhof, o passeio de fim de semana outonal favorito dos Peterburguenses.

A Deslumbrante Versão Outonal do Palácio de Catarina

À imagem do que tínhamos constatado nos Jardins de Verão, lá colhiam folhas caídas e comparavam a exuberância das suas grinaldas.

Charrete percorre os jardins dourados do Palácio de Catarina

Charrete percorre os jardins dourados do Palácio de Catarina

Umas poucas charretes conduzem passageiros em deleite. Circulam em redor do Bolshoi Prud, o Grande Lago e, em particular, do Pavilhão Grotto na orla norte deste lago maior, oposto ao da Mesquita e Banho Turco.

Também por entre o arvoredo amarelo que condizia com as cúpulas áureas do palácio azul de Catarina, digno de fábulas de encantar, não necessariamente as de Krylov.

Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina

Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina

Ao Palácio rococó surreal de Catarina, mandado erguer pela imperatriz Elisabete (filha de Pedro o Grande) em nome da sua mãe, os Nazis fizeram ainda pior que à catedral de Pedro e Paulo.

Quando se viram forçados a retirar do demolidor cerco de Leninegrado, fizeram tudo para destruir o edifício.

Acabaram por deixar pouco mais que as paredes exteriores danificadas.

A reconstrução só teve início em 1957. Provou-se complexa e morosa. Por fim, recuperou outro dos caprichos sumptuosos e multimilionários dos Czares nos arredores de São Petersburgo.

Perspectiva lateral do Palácio de Catarina, arredores de São Petersburgo.

Perspectiva lateral do Palácio de Catarina, arredores de São Petersburgo.

Vladimir Putin, czar não assumido – para incredulidade generalizada dos Russos – apontado por Boris Yeltsin seu sucessor no Kremlin, agravou sem retorno, em Fevereiro de 2022, um capricho de submissão imperialista da Ucrânia iniciado no ano seguinte à nossa última ida a São Petersburgo, com a anexação da Crimeia.

De então para cá, os Outonos continuaram a dourar a majestosa Cidade Boreal.

Os Russos, esses, têm ainda menos razões para os celebrarem.

Cão à beira do grande lago do Palácio de Catarina

Cão à beira do grande lago do Palácio de Catarina

Novgorod, Rússia

A Avó Viking da Mãe Rússia

Durante quase todo o século que passou, as autoridades da U.R.S.S. omitiram parte das origens do povo russo. Mas a história não deixa lugar para dúvidas. Muito antes da ascensão e supremacia dos czares e dos sovietes, os primeiros colonos escandinavos fundaram, em Novgorod, a sua poderosa nação.
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
Suzdal, Rússia

Séculos de Devoção a um Monge Devoto

Eutímio foi um asceta russo do século XIV que se entregou a Deus de corpo e alma. A sua fé inspirou a religiosidade de Suzdal. Os crentes da cidade veneram-no como ao santo em que se tornou.
São Petersburgo, Rússia

A Rússia Vai Contra a Maré. Siga a Marinha

A Rússia dedica o último Domingo de Julho às suas forças navais. Nesse dia, uma multidão visita grandes embarcações ancoradas no rio Neva enquanto marinheiros afogados em álcool se apoderam da cidade.
Suzdal, Rússia

Em Suzdal, é de Pequenino que se Celebra o Pepino

Com o Verão e o tempo quente, a cidade russa de Suzdal descontrai da sua ortodoxia religiosa milenar. A velha cidade também é famosa por ter os melhores pepinos da nação. Quando Julho chega, faz dos recém-colhidos um verdadeiro festival.
Suzdal, Rússia

Mil Anos de Rússia à Moda Antiga

Foi uma capital pródiga quando Moscovo não passava de um lugarejo rural. Pelo caminho, perdeu relevância política mas acumulou a maior concentração de igrejas, mosteiros e conventos do país dos czares. Hoje, sob as suas incontáveis cúpulas, Suzdal é tão ortodoxa quanto monumental.
Ilhas Solovetsky, Rússia

A Ilha-Mãe do Arquipélago Gulag

Acolheu um dos domínios religiosos ortodoxos mais poderosos da Rússia mas Lenine e Estaline transformaram-na num gulag. Com a queda da URSS, Solovestky recupera a paz e a sua espiritualidade.
São Petersburgo, Rússia

Na Pista de "Crime e Castigo"

Em São Petersburgo, não resistimos a investigar a inspiração para as personagens vis do romance mais famoso de Fiódor Dostoiévski: as suas próprias lástimas e as misérias de certos concidadãos.
Rostov Veliky, Rússia

Sob as Cúpulas da Alma Russa

É uma das mais antigas e importantes cidades medievais, fundada durante as origens ainda pagãs da nação dos czares. No fim do século XV, incorporada no Grande Ducado de Moscovo, tornou-se um centro imponente da religiosidade ortodoxa. Hoje, só o esplendor do kremlin moscovita suplanta o da cidadela da tranquila e pitoresca Rostov Veliky.
Bolshoi Zayatsky, Rússia

Misteriosas Babilónias Russas

Um conjunto de labirintos pré-históricos espirais feitos de pedras decoram a ilha Bolshoi Zayatsky, parte do arquipélago Solovetsky. Desprovidos de explicações sobre quando foram erguidos ou do seu significado, os habitantes destes confins setentrionais da Europa, tratam-nos por vavilons.
Bolshoi Solovetsky, Rússia

Uma Celebração do Outono Russo da Vida

Na iminência do oceano Ártico, a meio de Setembro, a folhagem boreal resplandece de dourado. Acolhidos por cicerones generosos, louvamos os novos tempos humanos da grande ilha de Solovetsky, famosa por ter recebido o primeiro dos campos prisionais soviéticos Gulag.
Moscovo, Rússia

A Fortaleza Suprema da Rússia

Foram muitos os kremlins erguidos, ao longos dos tempos, na vastidão do país dos czares. Nenhum se destaca, tão monumental como o da capital Moscovo, um centro histórico de despotismo e prepotência que, de Ivan o Terrível a Vladimir Putin, para melhor ou pior, ditou o destino da Rússia.
Kronstadt, Rússia

O Outono da Ilha-Cidade Russa de Todas as Encruzilhadas

Fundada por Pedro o Grande, tornou-se o porto e base naval que protegem São Petersburgo e o norte da grande Rússia. Em Março de 1921, rebelou-se contra os Bolcheviques que apoiara na Revolução de Outubro. Neste Outubro que atravessamos, Kronstadt volta a cobrir-se do mesmo amarelo exuberante da incerteza.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
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Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Leão, elefantes, PN Hwange, Zimbabwe
Safari
PN Hwange, Zimbabwé

O Legado do Saudoso Leão Cecil

No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
Braga ou Braka ou Brakra, no Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
Arquitectura & Design
Fortalezas

O Mundo à Defesa – Castelos e Fortalezas que Resistem

Sob ameaça dos inimigos desde os confins dos tempos, os líderes de povoações e de nações ergueram castelos e fortalezas. Um pouco por todo o lado, monumentos militares como estes continuam a resistir.
O pequeno farol de Kallur, destacado no relevo caprichoso do norte da ilha de Kalsoy.
Aventura
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Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
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Cerimónias e Festividades
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Festival dos Ksour: Castelos de Areia que Não Desmoronam

Os ksour foram construídos como fortificações pelos berberes do Norte de África. Resistiram às invasões árabes e a séculos de erosão. O Festival dos Ksour presta-lhes, todos os anos, uma devida homenagem.
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Onde Assenta a Telavive Sempre em Festa

Telavive é famosa pela noite mais intensa do Médio Oriente. Mas, se os seus jovens se divertem até à exaustão nas discotecas à beira Mediterrâneo, é cada vez mais na vizinha Old Jaffa que dão o nó.
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Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
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Até 2018, boa parte das encostas do vulcão Tenório (1916m) mantinham-se inacessíveis e desconhecidas. Nesse ano, a concretização de uma estrada íngreme abriu caminho à estação ranger de El Pilón. A partir da actual entrada, cumprimos quase 9km luxuriantes ao longo do rio Celeste, suas quedas d’água, lagoas e nascentes termais.
Selfie, Muralha da china, Badaling, China
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Com a chegada dos dias quentes, hordas de visitantes Han apoderam-se da Muralha da China, a maior estrutura criada pelo homem. Recuam à era das dinastias imperiais e celebram o protagonismo recém-conquistado pela nação.
aggie grey, Samoa, pacífico do Sul, Marlon Brando Fale
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A Anfitriã do Pacífico do Sul

Vendeu burgers aos GI’s na 2ª Guerra Mundial e abriu um hotel que recebeu Marlon Brando e Gary Cooper. Aggie Grey faleceu em 1988 mas o seu legado de acolhimento perdura no Pacífico do Sul.
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Praias
Maldivas

Cruzeiro pelas Maldivas, entre Ilhas e Atóis

Trazido de Fiji para navegar nas Maldivas, o Princess Yasawa adaptou-se bem aos novos mares. Por norma, bastam um ou dois dias de itinerário, para a genuinidade e o deleite da vida a bordo virem à tona.
Religião
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Rumo a Braga. A Nepalesa.

Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
Chepe Express, Ferrovia Chihuahua Al Pacifico
Sobre Carris
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Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Graffiti deusa creepy, Haight Ashbury, Sao Francisco, EUA, Estados Unidos America
Sociedade
The Haight, São Francisco, E.U.A.

Órfãos do Verão do Amor

O inconformismo e a criatividade ainda estão presentes no antigo bairro Flower Power. Mas, quase 50 anos depois, a geração hippie deu lugar a uma juventude sem-abrigo, descontrolada e até agressiva.
Vida Quotidiana
Profissões Árduas

O Pão que o Diabo Amassou

O trabalho é essencial à maior parte das vidas. Mas, certos trabalhos impõem um grau de esforço, monotonia ou perigosidade de que só alguns eleitos estão à altura.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Vida Selvagem
Valdez, Alasca

Na Rota do Ouro Negro

Em 1989, o petroleiro Exxon Valdez provocou um enorme desastre ambientai. A embarcação deixou de sulcar os mares mas a cidade vitimada que lhe deu o nome continua no rumo do crude do oceano Árctico.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.