Serra da Leba, Angola

Aos Esses. Pela História de Angola.


Vida Vertiginosa
Árvores agarradas a uma falésia da Fenda da Tundavala, Angola
Mulheres Mumuíla
Mulheres mumuíla, na Serra da Leba, povoação de Mangueiras, Angola
A EN280
Motoreta progride na EN 280, na direcção do Namibe e do oceano Atlântico
Ladeira Monumental
Uma das ladeiras que antecede (ou sucede) os famosos esses.
Perspectiva do Miradouro
Outra perspectiva da estrada aos esses projectada pelo Eng. Edgar Cardoso
Os Esses da Estrada da Leba
A estrada aos esses projectada pelo Eng. Edgar Cardoso
Vendedor Carregado
Vendedor de artesanato, em Mangueiras
Um Crepúsculo Relevante
Ocaso para os lados do Namibe e do Ocidente
Macaco no Sopé da Leba
Macaco na Serra da Leba, Namibe,
Queda do Cimo da Leba
Queda d'água cai por uma vertente da Serra da Leba
A Caminho da Fenda da Tundavala
Serra da Leba, na iminência da Fenda da Tundavala
Ocaso para Trás da Serra da Leba
Ocaso para os lados do Namibe e do Ocidente
Uma estrada ousada e providencial inaugurada nas vésperas da Revolução dos Cravos liga a planura do Namibe às alturas verdejantes da Serra da Leba. As suas sete curvas em gancho surgem no enfiamento de um passado colonial atribulado. Dão acesso a alguns dos cenários mais grandiosos de África.

A certo ponto do percurso entre Moçâmedes e Lubango, um vislumbre recorta o horizonte e as alturas.

Surge bem acima das lombas por que se desdobra a EN280 e da savana pejada de arbustos espinhosos que a estrada sulca.

Esta vastidão padece da mesma secura que preserva o imenso Deserto do Namibe, com o limiar setentrional do sudoeste de Angola quase 2500km a norte do oposto, o sul-africano. Ao longo de umas boas dezenas de quilómetros, desbravamos uma paisagem, mais que inabitada, inóspita.

A miragem acerca-se. Torna-se um elemento real, tão inegável como supremo da anhara. Coroa-a uma meseta com a companhia de um pico ligeiramente mais elevado.

Impõem-se quase sem aviso, adiante de uma outra linha de falésia ininterrupta, num dramatismo com uma forte razão geológica de ser:

ali mesmo, as terras planas do Namibe rendem-se às altas do Planalto Central de Angola.

Motoreta progride na EN 280, na direcção do Namibe e do oceano Atlântico

Ficamos aos pés do seu porteiro de pedra, de tal maneira excêntrico que é conhecido como Monte Maluco.

Improvável, aquele relevo gera uma concentração de humidade e de pluviosidade que, por fim, viabiliza a vida humana.

Serra da Leba, Namibe e Huíla: uma Incrível Diversidade Tribal

Mangueiras prova-se a maior das povoações na beira da estrada e no sopé da serrania conhecida como da Leba.

Com os anos, desenvolveu-se como um ponto de contacto entre as gentes ditas modernizadas que por ali passam e os nativos de etnias mumuíla, mucubal, himba, kuvale, muhimba, mbandera, hacahona, zemba, kwando e tantas outras, ramificadas do grupo étnico Herero/Helelo, com prevalência na ampla Damaralândia namibiana, mas disseminadas pelo terço inferior de Angola.

Sucedem-se bancas de artesanato, sobretudo esculpido em madeira.

Mais acima, junto a outras, de comes e bebes, de frutas e legumes, um exército de mulheres mumuíla envolvem quem por ali se detém.

Abordam-nos num português elementar, várias, atrapalhadas com bebés ao colo.

Ainda assim, determinadas a venderem as suas pulseiras, braceletes, colares e afins, a joalharia que, combinada com capulanas, lenços garridos e cabelos entrançados, compõe a moda que as distingue.

Mulheres mumuíla, na Serra da Leba, povoação de Mangueiras, Angola

Entre os mumuílas e subetnias próximas, são sobretudo as mulheres que comerciam com os forasteiros.

Cabe aos homens a responsabilidade de criar e proteger o gado, a sua principal prova de riqueza.

Sem surpresa, entre as comunidades fiéis aos modos de vida seculares, o lucro obtido pelas mulheres é, amiúde, destinado à aquisição de mais bovinos.

Como por toda a parte, em África, a civilização europeia alterou os modos de vida indígenas.

Uma das ladeiras que antecede (ou sucede) os famosos esses.

O Miradouro no Cimo Rochoso da Serra da Leba

Aquela mesma estrada por que viajávamos intensificou, inclusive, o contacto dos nativos com os angolanos urbanizados e os estrangeiros que visitam a Huíla e o Namibe.

Uma ladeira sem fim à vista ascende ao longo do rio Sondjo.

Leva-nos mais próximo das falésias de que se precipita o seu caudal, mergulhado do limbo do Planalto da Humpata.

Queda d’água cai por uma vertente da Serra da Leba

A ladeira revela uma próxima, lateralizada. Essa outra, dá para um gancho apertado e para outra mais.

A sequência repete-se, pelo menos, sete vezes, num ziguezaguear vertiginoso percorrido por camiões rugidores.

Devagar, devagarinho, travados pela câmara lenta em que sobem, atingimos o planalto.

Passamos por uma cancela de portagem, animada por vendedores de ovos.

Logo, desviamos para o cimo do paredão que antes tínhamos apreciado. Uns poucos varandins delimitam um miradouro sobranceiro.

Dali, deslumbramo-nos com a estrada da Serra da Leba exposta abaixo.

A estrada aos esses projectada pelo Eng. Edgar Cardoso

Monumental e surreal, a sua obra representou um triunfo de engenharia, à época, ímpar, em Angola.

Estrada da Serra da Leba: do Projecto Secular à Obra no Término da Angola Colonial

A estrada foi erguida de maneira a permitir que os condutores passassem, em cerca de 20km, dos 1845m de altitude – o zénite da Serra da Leba fica nos 2036m – quase ao nível do mar.

Diz-se que cruzando, no seu serpentear, três zonas climáticas distintas, com as suas próprias faunas.

Macaco na Serra da Leba, Namibe e Huila

Hoje, a estrada da Serra da Leba mantém-se uma infra-estrutura de valor inestimável. Tanto, que surge no verso das notas angolanas de dois mil kwanzas. Foram, também financeiros, os estímulos na origem desta via tortuosa.

No final do século XIX, atracavam, em Moçâmedes, vapores provindos da Metrópole, prontos a assegurarem o transporte de bens e produtos gerados em Angola.

Uma das regiões com maior produção era a de Sá da Bandeira e arredores que, no entanto, carecia de ligações rodoviárias, sobretudo, à cidade portuária.

A Resistência dos Povos Nativos à Colonização

Esse era, à data, um mal menor.

Em 1904, povos ovambos do sul angolano que resistiam à colonização impuseram às tropas lusas uma derrota humilhante que ficou conhecida como massacre de Cuamatui.

O recém-indigitado governador da Huíla, Alves Roçadas, preparou, com método, a vingança dessa derrota e a imposição dos portugueses.

A expedição que delineou envolvia a movimentação para o interior de Angola de 2.300 homens armados, 44 carros de bois, 10 canhões e 4 metralhadoras.

Decorreu uma década. A partir do norte da sua África Ocidental Germânica, os alemães que já tinham espoletado a Primeira Guerra Mundial, apostaram em se apoderarem de terras do sul de Angola.

E a Tentativa de Invasão da África Ocidental Germânica

Começaram por instigar os nativos a resistirem à ocupação lusa. Em 1914, os próprios alemães atacaram e chacinaram as guarnições portuguesas. No ano seguinte, todavia, as tropas sul-africanas aliadas entraram em cena. Os alemães renderam-se.

Foi só parte de uma submissão bélica que levou à perda de todas as colónias teutónicas em África.

Os nativos, esses, reagruparam-se. Continuaram a resistir aos portugueses. Um general de nome Pereira d’Eça recebeu a missão de os subjugar.

Para o apoiar, um tal de Eng. José Augusto Artur Torres ficou incumbido de melhorar a estrada aberta em 1864 que levava ao Planalto e a Sá da Bandeira, via Vila Arriaga, hoje Bibala. Pereira d’Eça garantiu a mão-de-obra de milhares de nativos cooperantes.

Vendedor de artesanato, em Mangueiras

O fluxo militar então requerido e o trabalho dos indígenas contribuíram para uma vitória decisiva numa batalha de uns poucos milhares de portugueses – seguramente menos de 10.000 – contra muitos mais – estima-se que entre 25.000 e 40.000 nativos munidos de espingardas alemãs.

E o Triunfo sobre os Nativos Resistentes da Batalha de Mongua

Numa espécie de emulação colonial da Batalha de Aljubarrota, os portugueses entrincheiraram-se em forma de quadrado.

Dessa maneira, e munidos de uns poucos canhões e metralhadoras, conseguiram o triunfo mal-conhecido como a Batalha de Mongua.

Ocaso para os lados do Namibe e do Ocidente

A exigência logística desta batalha e a do esforço de submissão dos nativos do sul de Angola inspirou a empreitada da actual estrada da Serra da Leba.

Iniciada bastante mais tarde, devemos sublinhá-lo, num novo contexto de sublevação anticolonial.

A Guerra de Independência de Angola durava desde 1961.

Estrada da Serra da Leba: a Obra Tardia atribuída a Edgar Cardoso

O “Para Angola, rapidamente e em força” proferido por Salazar também significou a incredulidade de que Portugal viesse a perder as suas colónias e a necessidade de investir em infra-estruturas que apoiassem o esforço bélico colonial.

Outra perspectiva da estrada aos esses projectada pelo Eng. Edgar Cardoso

De acordo, o regime incumbiu o prestigiado Eng. Edgar Cardoso de construir uma estrada que domasse a Serra da Leba. O projecto passou ao terreno em 1968.

No ano seguinte, mesmo ainda desprovida de asfalto, a estrada já permitia a circulação de veículos.

Ficou concluída, em 1973, com a sua inauguração programada para o ano seguinte.

Passaram uns poucos meses.

A Revolução de 25 de Abril de 1974 ditou a negação da maior parte dos portugueses do seu Império Colonial.

Angola tornou-se independente, enriquecida pela estrada da Serra da Leba recém-legada, que nos continuou a levar a alturas extasiantes da Huíla.

Árvores agarradas a uma falésia da Fenda da Tundavala, Angola

Retomamos o trajecto que liga o miradouro ao Lubango, com passagem pela cidade vizinha de Humpata.

A via conduz-nos à capital da província. Do Lubango, por outra estrada sinuosa, chegamos aos domínios da fenda da Tundavala.

Serra da Leba, na iminência da Fenda da Tundavala

Ali, as vistas confirmam-se uma vez mais grandiosas.

Instigam-nos a dedicarmos à serra e à sua via-serpente todo um outro dia.

No fim da tarde seguinte, de uma das curvas da Estrada da Serra da Leba, assistimos ao sol afoguear-se acima do Monte Maluco, mergulhar para trás do seu contorno e, já sem o vermos, para o lado oposto do Mundo.

Ocaso para os lados do Namibe e do Ocidente

COMO IR

1 – Reserve o seu programa de viagem para Lubango, Huíla, Serra da Leba e outras partes de Angola na Cosmos Angola – Viagens e Turismo:  telm./whats App +244 921 596 131

2- Ou, em Lubango, alugue a sua viatura no rent-a-car Fórmula Sul: www.formulasul.com  Tel. +244 943 066 444 ou +244 937 632 348 e-mail: [email protected]

Quedas d'água de Kalandula, Angola

Angola em Catadupa

Consideradas as segundas maiores de África, as quedas d’água de Kalandula banham de majestade natural a já de si grandiosa Angola. Desde os tempos coloniais em que foram baptizadas em honra de D. Pedro V, Duque de Bragança, muito rio Lucala e história por elas fluiu.
Lubango, Angola

A Cidade no Cimo de Angola

Mesmo barradas da savana e do Atlântico por serras, as terras frescas e férteis de Calubango sempre prendaram os forasteiros. Os madeirenses que fundaram Lubango sobre os 1790m e os povos que se lhes juntaram, fizeram dela a cidade mais elevada e uma das mais cosmopolitas de Angola.
Namibe, Angola

Incursão ao Namibe Angolano

À descoberta do sul de Angola, deixamos Moçâmedes para o interior da província desértica. Ao longo de milhares de quilómetros sobre terra e areia, a rudeza dos cenários só reforça o assombro da sua vastidão.
Moçamedes ao PN Iona, Namibe, Angola

Entrada em Grande na Angola das Dunas

Ainda com Moçâmedes como ponto de partida, viajamos em busca das areias do Namibe e do Parque Nacional Iona. A meteorologia do cacimbo impede a continuação entre o Atlântico e as dunas para o sul deslumbrante da Baía dos Tigres. Será só uma questão de tempo.
Cabo Ledo, Angola

O Cabo Ledo e a Baía do Regozijo

A apenas a 120km a sul de Luanda, vagas do Atlântico caprichosas e falésias coroadas de moxixeiros disputam a terra de musseque. Partilham a grande enseada forasteiros rendidos ao cenário e os angolanos residentes que o mar generoso há muito sustenta.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
hipopotamos, parque nacional chobe, botswana
Safari
PN Chobe, Botswana

Chobe: um rio na Fronteira da Vida com a Morte

O Chobe marca a divisão entre o Botswana e três dos países vizinhos, a Zâmbia, o Zimbabwé e a Namíbia. Mas o seu leito caprichoso tem uma função bem mais crucial que esta delimitação política.
Thorong Pedi a High Camp, circuito Annapurna, Nepal, caminhante solitário
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 12º - Thorong Phedi a High Camp

O Prelúdio da Travessia Suprema

Este trecho do Circuito Annapurna só dista 1km mas, em menos de duas horas, leva dos 4450m aos 4850m e à entrada do grande desfiladeiro. Dormir no High Camp é uma prova de resistência ao Mal de Montanha que nem todos passam.
Arquitectura & Design
Napier, Nova Zelândia

De volta aos Anos 30 – Calhambeque Tour

Numa cidade reerguida em Art Deco e com atmosfera dos "anos loucos" e seguintes, o meio de locomoção adequado são os elegantes automóveis clássicos dessa era. Em Napier, estão por toda a parte.
Pleno Dog Mushing
Aventura
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.
Kente Festival Agotime, Gana, ouro
Cerimónias e Festividades
Kumasi a Kpetoe, Gana

Uma Viagem-Celebração da Moda Tradicional Ganesa

Após algum tempo na grande capital ganesa ashanti cruzamos o país até junto à fronteira com o Togo. Os motivos para esta longa travessia foram os do kente, um tecido de tal maneira reverenciado no Gana que diversos chefes tribais lhe dedicam todos os anos um faustoso festival.
Forte de São Filipe, Cidade Velha, ilha de Santiago, Cabo Verde
Cidades
Cidade Velha, Cabo Verde

Cidade Velha: a anciã das Cidades Tropico-Coloniais

Foi a primeira povoação fundada por europeus abaixo do Trópico de Câncer. Em tempos determinante para expansão portuguesa para África e para a América do Sul e para o tráfico negreiro que a acompanhou, a Cidade Velha tornou-se uma herança pungente mas incontornável da génese cabo-verdiana.

Comida
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Tatooine na Terra
Cultura
Matmata, Tataouine:  Tunísia

A Base Terrestre da Guerra das Estrelas

Por razões de segurança, o planeta Tatooine de "O Despertar da Força" foi filmado em Abu Dhabi. Recuamos no calendário cósmico e revisitamos alguns dos lugares tunisinos com mais impacto na saga.  
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
A Toy Train story
Em Viagem
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
Singapura Capital Asiática Comida, Basmati Bismi
Étnico
Singapura

A Capital Asiática da Comida

Eram 4 as etnias condóminas de Singapura, cada qual com a sua tradição culinária. Adicionou-se a influência de milhares de imigrados e expatriados numa ilha com metade da área de Londres. Apurou-se a nação com a maior diversidade gastronómica do Oriente.
arco-íris no Grand Canyon, um exemplo de luz fotográfica prodigiosa
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 1)

E Fez-se Luz na Terra. Saiba usá-la.

O tema da luz na fotografia é inesgotável. Neste artigo, transmitimos-lhe algumas noções basilares sobre o seu comportamento, para começar, apenas e só face à geolocalização, a altura do dia e do ano.
Cavaleiros cruzam a Ponte do Carmo, Pirenópolis, Goiás, Brasil
História
Pirenópolis, Brasil

Uma Pólis nos Pirinéus Sul-Americanos

Minas de Nossa Senhora do Rosário da Meia Ponte foi erguida por bandeirantes portugueses, no auge do Ciclo do Ouro. Por saudosismo, emigrantes provavelmente catalães chamaram à serra em redor de Pireneus. Em 1890, já numa era de independência e de incontáveis helenizações das suas urbes, os brasileiros baptizaram esta cidade colonial de Pirenópolis.
Natal nas Caraíbas, presépio em Bridgetown
Ilhas
Bridgetown, Barbados e Granada

Um Natal nas Caraíbas

De viagem, de cima a baixo, pelas Pequenas Antilhas, o período natalício apanha-nos em Barbados e em Granada. Com as famílias do outro lado do oceano, ajustamo-nos ao calor e aos festejos balneares das Caraíbas.
Verificação da correspondência
Inverno Branco
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Enseada, Big Sur, Califórnia, Estados Unidos
Literatura
Big Sur, E.U.A.

A Costa de Todos os Refúgios

Ao longo de 150km, o litoral californiano submete-se a uma vastidão de montanha, oceano e nevoeiro. Neste cenário épico, centenas de almas atormentadas seguem os passos de Jack Kerouac e Henri Miller.
Enriquillo, Grande lago das Antilhas, República Dominicana, vista da Cueva das Caritas de Taínos
Natureza
Lago Enriquillo, República Dominicana

Enriquillo: o Grande Lago das Antilhas

Com entre 300 e 400km2, situado a 44 metros abaixo do nível do mar, o Enriquillo é o lago supremo das Antilhas. Mesmo hipersalino e abafado por temperaturas atrozes, não pára de aumentar. Os cientistas têm dificuldade em explicar porquê.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Merida a Los Nevados confins dos Andes, Venezuela
Parques Naturais
Mérida, Venezuela

Mérida a Los Nevados: nos Confins Andinos da Venezuela

Nos anos 40 e 50, a Venezuela atraiu 400 mil portugueses mas só metade ficou em Caracas. Em Mérida, encontramos lugares mais semelhantes às origens e a geladaria excêntrica dum portista imigrado.
Tequila, cidade de Jalisco, México, jima
Património Mundial UNESCO
Tequila, JaliscoMéxico

Tequila: a Destilação do Oeste Mexicano que Anima o Mundo

Desiludidos com a falta de vinho e de aguardente, os Conquistadores do México aprimoraram a aptidão indígena milenar de produzir álcool. No século XVII, os espanhóis estavam satisfeitos com a sua pinga e começaram a exportá-la. A partir de Tequila, o pueblo, hoje, centro de região demarcada. E nome por que se tornou famosa.
Ooty, Tamil Nadu, cenário de Bollywood, Olhar de galã
Personagens
Ooty, Índia

No Cenário Quase Ideal de Bollywood

O conflito com o Paquistão e a ameaça do terrorismo tornaram as filmagens em Caxemira e Uttar Pradesh um drama. Em Ooty, constatamos como esta antiga estação colonial britânica assumia o protagonismo.
Conversa ao pôr-do-sol
Praias
Boracay, Filipinas

A Praia Filipina de Todos os Sonhos

Foi revelada por mochileiros ocidentais e pela equipa de filmagem de “Assim Nascem os Heróis”. Seguiram-se centenas de resorts e milhares de veraneantes orientais mais alvos que o areal de giz.
Cena natalícia, Shillong, Meghalaya, Índia
Religião
Shillong, India

Selfiestão de Natal num Baluarte Cristão da Índia

Chega Dezembro. Com uma população em larga medida cristã, o estado de Meghalaya sincroniza a sua Natividade com a do Ocidente e destoa do sobrelotado subcontinente hindu e muçulmano. Shillong, a capital, resplandece de fé, felicidade, jingle bells e iluminações garridas. Para deslumbre dos veraneantes indianos de outras partes e credos.
Composição Flam Railway abaixo de uma queda d'água, Noruega
Sobre Carris
Nesbyen a Flam, Noruega

Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
Cabine lotada
Sociedade
Saariselka, Finlândia

O Delicioso Calor do Árctico

Diz-se que os finlandeses criaram os SMS para não terem que falar. O imaginário dos nórdicos frios perde-se na névoa das suas amadas saunas, verdadeiras sessões de terapia física e social.
Amaragem, Vida à Moda Alasca, Talkeetna
Vida Quotidiana
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Bwabwata Parque Nacional, Namíbia, girafas
Vida Selvagem
PN Bwabwata, Namíbia

Um Parque Namibiano que Vale por Três

Consolidada a independência da Namíbia, em 1990, para simplificarem a sua gestão, as autoridades agruparam um trio de parques e reservas da faixa de Caprivi. O PN Bwabwata resultante acolhe uma imensidão deslumbrante de ecossistemas e vida selvagem, às margens dos rios Cubango (Okavango) e Cuando.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.