Twyfelfontein - Ui Aes, Namíbia

À Descoberta da Namíbia Rupestre


Paisagem Cársica
O “Adventure Camp”
Contemplação a Dois
O vale de Aba-Huab
Monte Cársico
Desconfiança nas Alturas
Vale Rosado
Paquiderme
Rio Vegetal
Silhuetas ao Ocaso
O “Adventure Camp II”
Entre Avestruzes
Himba vs Herero
Calau
Curiosidade a Dobrar
Ao Alcance
Estrada fora
Manada ocupada
“Lion Man” e cia
“Adventure Camp”, quase noite
Durante a Idade da Pedra, o vale hoje coberto de feno do rio Aba-Huab, concentrava uma fauna diversificada que ali atraía caçadores. Em tempos mais recentes, peripécias da era colonial coloriram esta zona da Namíbia. Não tanto como os mais de 5000 petróglifos que subsistem em Ui Aes / Twyfelfontein.

Não têm conta as rochas e calhaus amarelados, empilhados com a arte dos milénios que compõem a montanha pedregosa, em forma de baleia, a que se encostou o Twyfelfontein Adventure Camp que nos abriga.

Acabados de chegar do litoral de Swakopmund, rendemo-nos num ápice ao surrealismo lítico do lugar. Um trilho-escadaria instalado pelo lodge facilita-nos a ascensão ao cimo do monte, frequentado, pelos hóspedes, sobretudo para contemplação do ocaso.

Há muito e, para sempre, deslumbrados com a peculiaridade da paisagem namibiana, conquistamo-lo mais de uma hora antes, com tempo de apreciarmos a vastidão do sul de Kunene em redor, a uns quase 360º.

Vários outros montes daquele mesmo crumble de dolomite salpicavam-na até perder de vista, intersectados por duas das estradas que servem a zona.

A distância revelava-nos ainda mesetas com topos rosados ou ocres destoantes.

Tanto a norte como a sul da ilha cársica que nos sustinha, insinuavam-se linhas densas de vegetação.

Irrigavam-nas o leito do rio Aba-Huab, por essa altura, subterrâneo mas, chegada a época das chuvas fulminante da Namíbia, uma torrente enlameada que levava tudo à frente.

Como viríamos a compreender, o Aba-Huab e o Huab eram, havia muito, as artérias que concediam a vida.

O Twyfelfontein Adventure Camp provava-se apenas um capricho de requinte no ecossistema ancestral daquele domínio de África.

No Cimo do Twyfelfontein Adventure Camp, à espera da Magia Crepuscular

Com o sol a descer sobre as montanhas a leste, os hiracoides recolhem às suas tocas.

Os hóspedes do lodge aparecem e servem-se de bebidas no bar improvisado entre pedregulhos.

Sentam-se nos assentos providenciados, cirandam pelas orlas panorâmicas da elevação.

O grande astro não tarda a sumir-se.

Tinge aquela Namíbia de rosados, lilases e até purpuras que lhe reforçam o visual já de si extraterrestre.

Escurece.

O Espaço cintilante reclama a sua dose de protagonismo, com rival único nas instalações iluminadas do lodge.

Lá se reunia, em volta da sala de jantar, uma comunidade multinacional privilegiada.

Por aqueles lados, tanto como o ocaso e o arrebol que o remata, a aurora e o seu próprio lusco-fusco representavam estímulos que começávamos a ansiar.

Dormimos aconchegados pela exaustão. Sobre a aurora, saímos em busca do Aba-Huab.

Pelo rio Aba-Huab seco acima

Guia o jipe e guia-nos a nós, Lucas, descendente de família angolana que, quando grassava a destrutiva Guerra Civil de Angola, se viu forçada a migrar para sul.

Lucas esforça-se por nos saudar com o pouco que sabia de português.

Até que outros passageiros o interrompem e reorientam para a incursão.

Passamos por boa parte das tendas do Twyfelfontein Adventure Camp.

Contornamos o monte cársico que o acolhia pelo seu norte. Logo, flectimos para sul e para uma planície coberta de um feno amarelado.

Twyfelfontein e a Fauna em Redor do vale do Aba-Huab

Instantes depois, avistamos avestruzes e antílopes kudus. No encalço de um outro jipe que tinha saído primeiro, Lucas desce para a pista arenosa do Aba-Huab seco.

Seguimos-lhe os meandros e trejeitos, entre árvores mopane, espinhos-de-camelo e outros tipos de acácias em que pululavam calaus curiosos.

Sem que o esperássemos, da folhagem áspera, despontam os pescoços e cabeças de girafas.

Uma, duas, três. Várias mais.

Adultas, crias, numa comunidade relativamente habituada à presença humana e que, como tal, tolerava a nossa aproximação.

Lucas mostra-se satisfeito com aquele avistamento tão rápido e fácil.

Os passageiros a bordo, partilham um mesmo entusiasmo.

Os Elefantes do Deserto de Damaraland

O guia sabia, no entanto, que as vedetas da fauna local eram outras.

De olho nas pegadas e fezes sobre o leito do rio, de ouvido nas comunicações chegadas de outros jipes, depressa as situou e revelou.

Uma grande manada de elefantes do deserto, mais de quinze, por serem de um bioma com menos alimento e água, substancialmente menores do que os seus congéneres da savana verdejante.

Devido a viverem em função da água, humidade e vegetação deste e de outros rios efémeros, habituados a avistarem as gentes namibianas e os visitantes a bordos de jipes.

De acordo, os paquidermes pouco ou nada se importunam ou reagem.

Apenas uma cria mais reguila decide manifestar indignação.

Finge investir e, para gáudio comunal, com a trombinha, atira terra na nossa direcção.

Relembramos que o rio Aba-Huab e o Huab a que se junta são os principais sustentos da flora e da fauna da região.

Há muito que tornam a Namíbia em redor menos desértica e ali atraem e mantêm uma panóplia de espécies.

Aba-Huab e Huab, fontes de Vida Fluvial que vêm da Idade da Pedra

Sabe-se, aliás, que, durante a Idade da Pedra, entre há 6000 e há 2000 anos, a zona era ainda mais vegetada e que os animais a frequentavam em maior abundância.

Encontramos o sítio com maior concentração de arte rupestre da Namíbia, Ui Aes (na língua nativa damara, Twyfelfontein no dialecto afrikans), a meros 9km do lodge homónimo.

Ocupa outra cordilheira de montes cársicos, habitados por lagartos e colónias prolíficas de hiracoides.

Lá, uma guia com pele negróide mas feições quase caucasianas acolhe-nos sob um céu azulão que combinava com o ocre rochoso.

Leva-nos aos petróglifos mais famosos, de entre os quase cinco mil que se estimam.

As Teorias em volta do petróglifo “Lion Man” e de outros mais

Seguimo-la pelo trilho do “Lion Man” assim denominado por conduzir a uma gravura de um leão com uma presa na boca, cinco dedos em cada pata e uma longa cauda levantada em L.

Estas últimas peculiaridades levaram alguns estudiosos a afirmar que se tratava, na realidade, de um homem, para o caso, um xamã a transformar-se num leão.

Na mesma face da mesma rocha ocre, cercam-no uma girafa, kudus e distintos antílopes, rinocerontes e outros.

Em mais de doze aglomerados de rochas próximos, constam também órix, avestruzes, flamingos e zebras.

Determinadas gravuras exibem figuras humanas e humanas-animais, caso do Kudu Dançante.

Outras ainda, revelam padrões geométricos, os animais retratados com linhas de movimento que os estudiosos afirmam serem consequência do transe em que entravam os xamãs durante rituais.

Como acontece com a do “Lion Man”, uma teoria facilmente rebatível.

Nos milénios e na ocupação, seguiram os caçadores-recolectores San, os pastores de etnia KhoiKhoi (damara/nama) que subsistem na Namíbia.

E, em tempos recentes, os colonos alemães e os afrikaners da África do Sul que, pelo menos em parte, substituíram os germânicos nas suas colónias de até à derrota na 1ª Guerra Mundial

Ui Aes / Twyfelfontein: a Inusitada História Colonial

Malgrado a sua importância histórica, Ui Aes / Twyfelfontein só foi declarada Monumento Nacional, pelas autoridades sul-africanas, em 1952. Mesmo assim, permaneceu desprotegido até 1986.

E só em 2007, viu o seu estatuto de Património Universal concedido pela UNESCO.

Como consequência, foi erguido um lodge (o Twyfelfontein Country Lodge) sobre o que é considerado o Lugar das Cerimónias ancestrais. Deparamo-nos também com as ruínas de uma antiga casa rural de estrutura europeia.

Ui Aes / Twyfelfontein manteve-se livre de colonos de origem europeia até pouco depois da 2ª Guerra Mundial.

Por essa altura, uma seca trágica fez com que agricultores bóeres lá se tivessem instalado, na esperança que a proximidade dos rios e uma nascente específica lhes viabilizassem a existência.

Um colono em particular, David Levin, dedicou-se a estudar a fiabilidade da tal nascente, que encontrou, mas de que não conseguiu obter água suficiente para os seus cultivos e criação de gado.

E a Origem não menos Rara do nome Twyfelfontein

Um amigo te-lo-á alcunhado de David Twyfelfontein, traduzível por “David duvida da nascente”, ou “David nascente duvidosa”. Em 1948, o próprio David Levin registou a sua propriedade com esse nome jocoso.

Em 1963, a quinta foi integrada no Plano Odendaal (1963) de reorganização étnica da África do Sul sob o regime do Apartheid.

Dois anos volvidos, mais de uma década após o início da investigação científica das gravuras, os colonos bóeres deixaram a zona, mais para sul e de volta à África do Sul.

O nome Twyfelfontein, esse, ficou, a par com o Ui Aes nativo. Tal como ficaram as milhares de obras de arte da Idade da Pedra locais.

Agora, devidamente valorizadas e protegidas, espera-se que para sempre.

COMO IR

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Damaraland, Namíbia

Namíbia On the Rocks

Centenas de quilómetros para norte de Swakopmund, muitos mais das dunas emblemáticas de Sossuvlei, Damaraland acolhe desertos entrecortados por colinas de rochas avermelhadas, a maior montanha e a arte rupestre decana da jovem nação. Os colonos sul-africanos baptizaram esta região em função dos Damara, uma das etnias da Namíbia. Só estes e outros habitantes comprovam que fica na Terra.
Kolmanskop, Namíbia

Gerada pelos Diamantes do Namibe, Abandonada às suas Areias

Foi a descoberta de um campo diamantífero farto, em 1908, que originou a fundação e a opulência surreal de Kolmanskop. Menos de 50 anos depois, as pedras preciosas esgotaram-se. Os habitantes deixaram a povoação ao deserto.
Lüderitz, Namibia

Wilkommen in Afrika

O chanceler Bismarck sempre desdenhou as possessões ultramarinas. Contra a sua vontade e todas as probabilidades, em plena Corrida a África, o mercador Adolf Lüderitz forçou a Alemanha assumir um recanto inóspito do continente. A cidade homónima prosperou e preserva uma das heranças mais excêntricas do império germânico.
Cape Cross, Namíbia

A Mais Tumultuosa das Colónias Africanas

Diogo Cão desembarcou neste cabo de África em 1486, instalou um padrão e fez meia-volta. O litoral imediato a norte e a sul, foi alemão, sul-africano e, por fim, namibiano. Indiferente às sucessivas transferências de nacionalidade, uma das maiores colónias de focas do mundo manteve ali o seu domínio e anima-o com latidos marinhos ensurdecedores e intermináveis embirrações.
Fish River Canyon, Namíbia

As Entranhas Namibianas de África

Quando nada o faz prever, uma vasta ravina fluvial esventra o extremo meridional da Namíbia. Com 160km de comprimento, 27km de largura e, a espaços, 550 metros de profundidade, o Fish River Canyon é o Grand Canyon de África. E um dos maiores desfiladeiros à face da Terra.
Sossusvlei, Namíbia

O Namibe Sem Saída de Sossusvlei

Quando flui, o rio efémero Tsauchab serpenteia 150km, desde as montanhas de Naukluft. Chegado a Sossusvlei, perde-se num mar de montanhas de areia que disputam o céu. Os nativos e os colonos chamaram-lhe pântano sem retorno. Quem descobre estas paragens inverosímeis da Namíbia, pensa sempre em voltar.
Malealea, Lesoto

A Vida no Reino Africano dos Céus

O Lesoto é o único estado independente situado na íntegra acima dos mil metros. Também é um dos países no fundo do ranking mundial de desenvolvimento humano. O seu povo altivo resiste à modernidade e a todas as adversidades no cimo da Terra grandioso mas inóspito que lhe calhou.
Delta do Okavango, Botswana

Nem Todos os Rios Chegam ao Mar

Terceiro rio mais longo do sul de África, o Okavango nasce no planalto angolano do Bié e percorre 1600km para sudeste. Perde-se no deserto do Kalahari onde irriga um pantanal deslumbrante repleto de vida selvagem.
Graaf-Reinet, África do Sul

Uma Lança Bóer na África do Sul

Nos primeiros tempos coloniais, os exploradores e colonos holandeses tinham pavor do Karoo, uma região de grande calor, grande frio, grandes inundações e grandes secas. Até que a Companhia Holandesa das Índias Orientais lá fundou Graaf-Reinet. De então para cá, a quarta cidade mais antiga da nação arco-íris prosperou numa encruzilhada fascinante da sua história.
Santa Lucia, África do Sul

Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
Grande Zimbabwe

Grande Zimbabué, Mistério sem Fim

Entre os séculos XI e XIV, povos Bantu ergueram aquela que se tornou a maior cidade medieval da África sub-saariana. De 1500 em diante, à passagem dos primeiros exploradores portugueses chegados de Moçambique, a cidade estava já em declínio. As suas ruínas que inspiraram o nome da actual nação zimbabweana encerram inúmeras questões por responder.  
PN Hwange, Zimbabwé

O Legado do Saudoso Leão Cecil

No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
Walvis Bay, Namíbia

O Litoral Descomunal de Walvis Bay

Da maior cidade costeira da Namíbia ao limiar do deserto do Namibe de Sandwich Harbour, vai um domínio de oceano, dunas, nevoeiro e vida selvagem sem igual. Desde 1790, que a profícua Walvis Bay lhe serve de portal.
PN Bwabwata, Namíbia

Um Parque Namibiano que Vale por Três

Consolidada a independência da Namíbia, em 1990, para simplificarem a sua gestão, as autoridades agruparam um trio de parques e reservas da faixa de Caprivi. O PN Bwabwata resultante acolhe uma imensidão deslumbrante de ecossistemas e vida selvagem, às margens dos rios Cubango (Okavango) e Cuando.
Spitzkoppe, Damaraland, Namíbia

A Montanha Afiada da Namíbia

Com 1728 metros, o “Matterhorn Namibiano” ergue-se abaixo das dez maiores elevações da Namíbia. Nenhuma delas se compara com a escultura granítica, dramática e emblemática de Spitzkoppe.
PN Etosha, Namíbia

A Vida Exuberante da Namíbia Branca

Um salar vasto rasga o norte namibiano. O Parque Nacional Etosha que o envolve revela-se um habitat árido, mas providencial, de incontáveis espécies selvagens africanas.
Palmwag, Namíbia

Em Busca de Rinocerontes

Partimos do âmago do oásis gerado pelo rio Uniab, habitat do maior número de rinocerontes negros do sudoeste africano. Nos passos de um pisteiro bosquímano, seguimos um espécime furtivo, deslumbrados por um cenário com o seu quê de marciano.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
O rio Zambeze, PN Mana Poools
Safari
Kanga Pan, Mana Pools NP, Zimbabwe

Um Manancial Perene de Vida Selvagem

Uma depressão situada a 15km para sudeste do rio Zambeze retém água e minerais durante toda a época seca do Zimbabué. A Kanga Pan, como é conhecida, nutre um dos ecossistemas mais prolíficos do imenso e deslumbrante Parque Nacional Mana Pools.
Fieis acendem velas, templo da Gruta de Milarepa, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
Arquitectura & Design
Fortalezas

O Mundo à Defesa – Castelos e Fortalezas que Resistem

Sob ameaça dos inimigos desde os confins dos tempos, os líderes de povoações e de nações ergueram castelos e fortalezas. Um pouco por todo o lado, monumentos militares como estes continuam a resistir.
O pequeno farol de Kallur, destacado no relevo caprichoso do norte da ilha de Kalsoy.
Aventura
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Cerimónias e Festividades
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Uma espécie de portal
Cidades
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
Comida
Mercados

Uma Economia de Mercado

A lei da oferta e da procura dita a sua proliferação. Genéricos ou específicos, cobertos ou a céu aberto, estes espaços dedicados à compra, à venda e à troca são expressões de vida e saúde financeira.
Camponesa, Majuli, Assam, India
Cultura
Majuli, Índia

Uma Ilha em Contagem Decrescente

Majuli é a maior ilha fluvial da Índia e seria ainda uma das maiores à face da Terra não fosse a erosão do rio Bramaputra que há séculos a faz diminuir. Se, como se teme, ficar submersa dentro de vinte anos, mais que uma ilha, desaparecerá um reduto cultural e paisagístico realmente místico do Subcontinente.
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Desporto
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Braga ou Braka ou Brakra, no Nepal
Em Viagem
Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
San Cristobal de Las Casas, Chiapas, Zapatismo, México, Catedral San Nicolau
Étnico
San Cristóbal de Las Casas, México

O Lar Doce Lar da Consciência Social Mexicana

Maia, mestiça e hispânica, zapatista e turística, campestre e cosmopolita, San Cristobal não tem mãos a medir. Nela, visitantes mochileiros e activistas políticos mexicanos e expatriados partilham uma mesma demanda ideológica.
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O Melhor do Mundo – Portfólio Got2Globe

Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
História
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Angra do Heroísmo, Terceira, Açores, de capital histórica a Património Mundial, arte urbana
Ilhas
Angra do Heroísmo, Terceira, Açores

Heroína do Mar, de Nobre Povo, Cidade Valente e Imortal

Angra do Heroísmo é bem mais que a capital histórica dos Açores, da ilha Terceira e, em duas ocasiões, de Portugal. A 1500km do continente, conquistou um protagonismo na nacionalidade e independência portuguesa de que poucas outras cidades se podem vangloriar.
Auroras Boreais, Laponia, Rovaniemi, Finlandia, Raposa de Fogo
Inverno Branco
Lapónia, Finlândia

Em Busca da Raposa de Fogo

São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
Visitantes da casa de Ernest Hemingway, Key West, Florida, Estados Unidos
Literatura
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Garranos galopam pelo planalto acima de Castro Laboreiro, PN Peneda-Gerês, Portugal
Natureza
Castro Laboreiro, Portugal  

Do Castro de Laboreiro à Raia da Serra Peneda – Gerês

Chegamos à (i) eminência da Galiza, a 1000m de altitude e até mais. Castro Laboreiro e as aldeias em redor impõem-se à monumentalidade granítica das serras e do Planalto da Peneda e de Laboreiro. Como o fazem as suas gentes resilientes que, entregues ora a Brandas ora a Inverneiras, ainda chamam casa a estas paragens deslumbrantes.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Chã das Caldeiras a Mosteiros, Ilha do Fogo, Cabo Verde
Parques Naturais
Chã das Caldeiras a Mosteiros, Ilha do Fogo, Cabo Verde

Chã das Caldeiras a Mosteiros: descida pelos Confins do Fogo

Com o cimo de Cabo Verde conquistado, dormimos e recuperamos em Chã das Caldeiras, em comunhão com algumas das vidas à mercê do vulcão. Na manhã seguinte, iniciamos o regresso à capital São Filipe, 11 km de caminho para Mosteiros abaixo.
Património Mundial UNESCO
Vulcões

Montanhas de Fogo

Rupturas mais ou menos proeminentes da crosta terrestre, os vulcões podem revelar-se tão exuberantes quanto caprichosos. Algumas das suas erupções são gentis, outras provam-se aniquiladoras.
Personagens
Sósias, actores e figurantes

Estrelas do Faz de Conta

Protagonizam eventos ou são empresários de rua. Encarnam personagens incontornáveis, representam classes sociais ou épocas. Mesmo a milhas de Hollywood, sem eles, o Mundo seria mais aborrecido.
Vista da Casa Iguana, Corn islands, puro caribe, nicaragua
Praias
Corn Islands-Ilhas do Milho, Nicarágua

Puro Caribe

Cenários tropicais perfeitos e a vida genuína dos habitantes são os únicos luxos disponíveis nas também chamadas Corn Islands ou Ilhas do Milho, um arquipélago perdido nos confins centro-americanos do Mar das Caraíbas.
Aurora ilumina o vale de Pisang, Nepal.
Religião
Circuito Annapurna: 3º- Upper Pisang, Nepal

Uma Inesperada Aurora Nevada

Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
Comboio do Fim do Mundo, Terra do Fogo, Argentina
Sobre Carris
Ushuaia, Argentina

Ultima Estação: Fim do Mundo

Até 1947, o Tren del Fin del Mundo fez incontáveis viagens para que os condenados do presídio de Ushuaia cortassem lenha. Hoje, os passageiros são outros mas nenhuma outra composição passa mais a Sul.
Creel, Chihuahua, Carlos Venzor, coleccionador, museu
Sociedade
Chihuahua a Creel, Chihuahua, México

A Caminho de Creel

Com Chihuahua para trás, apontamos a sudoeste e a terras ainda mais elevadas do norte mexicano. Junto a Ciudad Cuauhtémoc, visitamos um ancião menonita. Em redor de Creel, convivemos, pela primeira vez, com a comunidade indígena Rarámuri da Serra de Tarahumara.
Casario, cidade alta, Fianarantsoa, Madagascar
Vida Quotidiana
Fianarantsoa, Madagáscar

A Cidade Malgaxe da Boa Educação

Fianarantsoa foi fundada em 1831 por Ranavalona Iª, uma rainha da etnia merina então predominante. Ranavalona Iª foi vista pelos contemporâneos europeus como isolacionista, tirana e cruel. Reputação da monarca à parte, quando lá damos entrada, a sua velha capital do sul subsiste como o centro académico, intelectual e religioso de Madagáscar.
Crocodilos, Queensland Tropical Australia Selvagem
Vida Selvagem
Cairns a Cape Tribulation, Austrália

Queensland Tropical: uma Austrália Demasiado Selvagem

Os ciclones e as inundações são só a expressão meteorológica da rudeza tropical de Queensland. Quando não é o tempo, é a fauna mortal da região que mantém os seus habitantes sob alerta.
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Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.