Wala, Vanuatu

Cruzeiro à Vista, a Feira Assenta Arraiais


De partida
Habitantes de Malekula e outras ilhas em redor deixam Wala com o cruzeiro em fundo.
Um meio-amuo
Criança observa um grupo de mulheres nativas enquanto posam para a fotografia.
Arte balnear
Mulher presente na feira de Wala giza desenhos geométricos no areal da ilha.
Floresta melanésia
Selva encharcada de Malekula, uma das ilhas do grande arquipélago de Vanuatu.
Uma certa curiosidade
Crianças agrupadas sobre um abrigo enquanto uma chuva leve cai sobre a praia.
Um embarque ordeiro
Vendedores e outros participantes na feira preparam-se para navegar de Wala, arquipélago de Vanuatu.
Ursinho de Vanuatu
Mulher segura criança com traje felpudo de ursinho.
Ilhas da chuva
Névoa paira sobre pequenos ilhéus em redor de Malekula, Vanuatu.
Num caminho ensopado
Mulheres nativas numa clareira lamacenta nas imediações da feira.
Tempo de câmbio
Nativos fazem fila para trocar os dólares deixados pelos visitantes australianos, neozelandeses e outros por vatus, a moeda de Vanuatu.
Gerações de amarelo
Pai e filho alourado junto à beira-mar de Wala, Vanuatu.
Depois do fecho
Nativas com os seus grandes sacos com produtos que levam para o mercadinho de Wala, Vanuatu.
Bar Ser Ser
A banca do mercado encarregue de dar a provar a kava (a bebida tradicional das nações da Melanésia e de Vanuatu) aos passageiros dos ferries.
Chefes ni Vanuatu
Chefes Tribais de Malekula-Wala
Guerreiros ni Vanuatu
Dois jovens guerreiros exibem os trajes bélicos ni vanuatu.
Em grande parte de Vanuatu, os dias de “bons selvagens” da população ficaram para trás. Em tempos incompreendido e negligenciado, o dinheiro ganhou valor. E quando os grandes navios com turistas chegam ao largo de Malekuka, os nativos concentram-se em Wala e em facturar.

Por esses dias, andávamos a explorar a ilha de Malekula e o seu ex-canibalismo.

O guia que nos orientava na ilha vem com uma conversa de que devíamos visitar a sua Wala, que ficava a apenas 15 minutos de barco de Rose Bay, a povoação em que estávamos baseados. “Este fim-de-semana, é lá que tudo acontece!” alerta-nos. Mesmo sem percebermos nem como nem porquê, quem éramos nós para duvidar.

George concede-nos pouco mais que uma dezena de minutos: “Rapazes, sei que as pernas ainda vos devem arder mas o mercado já lá está há um bom tempo. Não tarda, começam a arrumar tudo”.

Deixamos a pousada e voltamos à marcha. Seguimos o guia por caminhos da orla da selva e vilarejos. Cruzamos campos improvisados de petanca em que alguns adolescentes acompanham o rolar criterioso das suas esferas.

Por fim, alcançamos um pequeno ancoradouro em que o barqueiro que assegurava as viagens entre Malekula e Wala aguardava por mais passageiros.

Vanuatu, Cruzeiro em Wala, Mercadorias

Nativas com os seus grandes sacos com produtos que levam para o mercadinho de Wala, Vanuatu.

Wala. Uma Amostra de Ilha que Conquistou os Cruzeiros

Wala não passa de uma amostra de ilha. Por uma qualquer coincidência do destino, calhou que se visse na rota dos grandes cruzeiros que partem das maiores urbes australianas e neozelandesas rumo a leste.

Os roteiros destas autênticas cidades flutuantes levam os passageiros a desembarcar em Port Vila, a capital de Vanuatu, em Apia e Pago Pago, capitais das duas Samoas, ainda em lugares de Tonga, de Fiji e de outros arquipélagos-nação do Pacífico do Sul.

Em Vanuatu, os passageiros também são levados a desembarcar numa tal de Champagne Bay, na ilha de Espiritu Santo.

Trata-se de uma das praias realmente divinais do país. Várias empresas de turismo ofereceram já milhões ao seu proprietário secular para lá erguer infraestruturas de acolhimento aos seus clientes.

Por sorte, os ni-vanuatu com mais idade continuam a respeitar o amor supremo pela posse geracional de terras. As ofertas são rechaçadas uma atrás das outras.

Algo semelhante mas, à sua maneira, também distinto, se passa com Wala. Na Champagne Bay, o proprietário ou familiares permanecem à entrada de quem chega por terra e cobram os seus próprios ingressos.

O mesmo acontece quando as lanchas e bateis dos cruzeiros desembarcam centenas de passageiros ansiosos por se evadir de bordo e se banharem nas águas ali irresistíveis do Pacífico.

Já os habitantes de Wala e da ilha-mãe Malekula, continuam a queixar-se de que nunca viram qualquer benefício das taxas pagas pelas empresas ao governo de Vanuatu para poderem atracar ao largo da ilha.

São frequentes as reportagens de publicações australianas que abordam o tema e questionam porque os políticos da nação vivem no luxo quando as populações dos lugares visados não chegam a ter ideia de como se somem os proveitos originados com as visitas dos cruzeiros.

Um Deslumbre Étnico-Cultural

Enquanto aguardam pela resposta fazem o que podem para lucrar do contacto directo com os passageiros. Estes, por sua vez, veem-nos como autênticos fenómenos antropológicos, espécimes humanos, como pensavam já não existirem.

Uns poucos ni-vanuatu de Wala já estão na própria ilha, só têm que instalar as suas bancas ou afins. Outros, vêm de aldeias tribais dos confins luxuriantes e ensopados de Malekula.

Vanuatu, Cruzeiro em Wala, Ilhas da chuva

Névoa paira sobre pequenos ilhéus em redor de Malekula, Vanuatu.

Chegam, aos poucos, às imediações de Walarano, uma comunidade tradicional da costa nordeste de Malekula próxima de Wala.

Por ali, tal como George nos instruiu a fazermos, entram a bordo de pequenos barcos que cumprem permanente vaivéns entre ambas as ilhas. Aliás, quando cumprimos a travessia para o destino final, temos a companhia de vários deles que nos observam intrigados por seguirmos aquela rota, por norma, não usada pelos estrangeiros.

Vanuatu, Cruzeiro em Wala, Gerações de amarelo

Pai e filho alourado junto à beira-mar de Wala, Vanuatu.

O barqueiro dá sinal de partida bem antes de a lotação lotar. Assim que a embarcação contorna uma reentrância da ilha, abre-se a vista para um braço de mar de que se destaca um gigantesco navio-cruzeiro.

Inesperada no panorama civilizacional de Vanuatu, a visão afecta-nos como uma miragem em que somos forçados a acreditar.

“Agora, vêm cá quase todas as semanas!” adianta George satisfeito. “o pessoal de Malekula organiza-se para os receber … “ completa com recurso ao popular gesto do dinheiro. “Estão a compreender-me não estão?”

Pouco tempo depois de o confirmarmos, desembarcamos. A tarde mantém-se cinzenta e húmida. De quando em quando, cai uma chuva miudinha quente que volta a molhar a areia coralífera e satura a floresta tropical.

Périplo pela Feira de Beira-Mar de Wala

“Venham aqui primeiro! “convoca-nos George e desvia-nos do areal para caminhos internos mais que molhados, enlameados. “Eles aqui fazem exibições de danças tradicionais para os forasteiros apreciarem. Se nos despacharmos, consigo que vos mostrem algumas.” Andamos umas centenas de metros.

Chegamos a uma longa avenida aberta na selva, desafogada mas que, mesmo assim, os ramos mais altos das árvores limítrofes se apressaram a cobrir. Lá encontramos um grupo de nativos pouco trajados a rigor para os pequenos espectáculos ao ar livre de que nos falara o guia.

Vanuatu, Cruzeiro em Wala, mulheres trajes kastom

Criança observa um grupo de mulheres nativas enquanto posam para a fotografia.

Mulheres cobertas de enormes colares de missangas e outros adornos vegetais seguram grandes folhas de plantas e ramalhetes de outras mais diminutas. George apresenta-nos da forma cerimoniosa que a cultura kastom ni-vanuatu requer.

Uma Exibição Balnear da Cultura Kastom

Apesar de já algo desconfortáveis devido à temperatura algo mais baixa que se fazia sentir, as mulheres concordam em nos conceder uma derradeira dança. Dispõem-se a condizer e, ao sinal de uma com mais idade, levam a cabo uma graciosa coreografia ondulante que simbolizava a importância das suas aptidões na tribo.

Vanuatu, Cruzeiro em Wala, Mulheres

Mulheres nativas numa clareira lamacenta nas imediações da feira.

Alguns metros ao lado, George volta a anunciar a nossa presença, desta feita, a um clã de jovens guerreiros armados com pagaias de madeira pintadas com motivos da tribo a que pertencem. Também eles se entregam às posições tantas vezes ensaiadas.

De pé, simulam que remam a bordo de uma canoa e movimentam as pagaias de acordo, gestos que acompanham com cânticos guerreiros.

Big Nambas vs Small Nambas

Um casal de idosos aparece do nada. George recebe-os com especial reverência. “São chefes Big Nambas (tribos em que os homens usam coberturas vegetais do pénis maiores, por contraponto aos Small Nambas) já há muito tempo.

Vanuatu, Cruzeiro em Malekula, Chefes

Chefes Tribais de Malekula-Wala

São eles que concedem a permissão final para tudo isto.” Cumprimentamos suas excelências que quase não falam inglês. George resume-lhes a missão que cumpríamos e o que nos diferenciava dos visitantes do cruzeiro. Volta a saudá-los e anuncia-lhes que vamos espreitar a feira.

Os chefes sorriem em aparente aprovação pelo que voltamos ao areal numa confortável harmonia diplomática.

O cruzeiro resiste, fundeado à saída para o grande Pacífico. Com o tempo para ali permanecerem contado, alguns dos seus passageiros em terra fotografam nativos com visível ansiedade.

Vanuatu, Cruzeiro em Wala, Ursinho de Vanuatu

Mulher segura criança com traje felpudo de ursinho.

Ziguezagueamos entre eles e as bancas dos nativos. Encontramos um pouco de tudo naquela estranha feira balnear: artesanato, cerveja nacional e churrascos, fruta tropical pronta a comer e a já esperada kava, a bebida tradicional da Melanésia.

George lembra-se de oficializar as nossas boas-vindas a Wala.

O Ritual de Boas-Vindas Incontornável de Vanuatu: a Kava

Conduz-nos ao botequim residente da bebida, identificado como por todo o arquipélago por uma placa de SerSer. O barman de serviço aparece de óculos muito escuros, ou já inebriado pelo seu próprio produto ou por mera opção estética.

Vanuatu, Cruzeiro em Wala, Bar Ser Ser

A banca do mercado encarregue de dar a provar a kava (a bebida tradicional das nações da Melanésia e de Vanuatu) aos passageiros dos ferries.

Fosse como fosse, serve-nos a kava a nós e a George, em metades de pequenos cocos. George abrevia os procedimentos de bem-vinda de estrangeiros, habituais em Vanuatu, como em Fiji e noutras partes da Melanésia.

Deitamos a bebida abaixo e arrepiamo-nos com a amargura das suas raízes esmagadas.

Seria só a primeira de outras más caras que nos viria a provocar durante o longo périplo por aquelas paragens.

Nos últimos tempos, a oferta mais lucrativa da feira parecia ser a cultural. As suas distintas modalidades estavam um pouco por toda a parte. Uma mulher cercada de curiosos, rabiscava grafismos geométricos na areia, a grande velocidade.

Vanuatu, Cruzeiro em Wala, Arte balnear

Mulher presente na feira de Wala giza desenhos geométricos no areal da ilha.

Outra, levava a cabo previsões místicas do futuro.

Outra ainda exibia um morcego da fruta dependurado num ramo apenas com uma pata, cuidadosamente agasalhado – outra pata incluída – dentro das asas membranosas enquanto captava no seu pequeno radar cerebral, a acção em redor.

Várias outras atracções se sucediam, numa abundância tal que mantinha os passageiros do cruzeiro fascinados e deleitados. Libertavam-se, assim, da monotonia da navegação.

Em simultâneo, alimentavam a frágil economia local.

O Banco-Palhota Instalado para Converter Moeda Estrangeira em Vatus

Quando terminavam de vender os seus produtos e serviços, os comerciantes de Malekula e Wala – que aceitavam tanto dólares australianos, neozelandeses e americanos como Euros – convertiam, de imediato, os proveitos do dia.

Faziam-no ao ritmo a que avançava uma fila alinhada em frente da agência local do “National Bank, Vanuatu’s Own Bank” assim versava placa amarela que o assinalava. Em mais de quatro décadas de vida, nunca tínhamos visto uma fila nem tão comprimida nem tão garrida.

Vanuatu, Cruzeiro em Wala, National Bank

Nativos fazem fila para trocar os dólares deixados pelos visitantes australianos, neozelandeses e outros por vatus, a moeda de Vanuatu.

Mesmo se desnecessário, o aperto não parecia importunar os clientes que aguardavam colados, coladinhos aos vizinhos da frente. As mulheres, em particular, faziam-no dentro de vestidos de cores e padrões do mais vivo que se possa imaginar.

O alvo da sua espera, era a palhota bancária que lhes permitia trocar o numerário estrangeiro, por vatus, a bem mais familiar moeda oficial de Vanuatu.

Com o culminar do entardecer, a influência meteorológica do sol por detrás das nuvens enfraqueceu e a chuva voltou a apoderar-se de todo aquele cenário.

Vanuatu, Cruzeiro em Wala

Habitantes de Malekula e outras ilhas em redor deixam Wala com o cruzeiro em fundo.

Quando regressámos a Rose Bay, ainda vimos muitos dos participantes a cumprirem travessias para mais longe, acumulados em pequenas embarcações à pinha.

Os visitantes de Wala sumiram-se no interior do cruzeiro. O cruzeiro não tardou a sumir-se no horizonte longínquo do Pacífico do Sul.

Viti Levu, Fiji

Canibalismo e Cabelo, Velhos Passatempos de Viti Levu, ilhas Fiji

Durante 2500 anos, a antropofagia fez parte do quotidiano de Fiji. Nos séculos mais recentes, a prática foi adornada por um fascinante culto capilar. Por sorte, só subsistem vestígios da última moda.
Espiritu Santo, Vanuatu

Divina Melanésia

Pedro Fernandes de Queirós pensava ter descoberto a Terra Australis. A colónia que propôs nunca se chegou a concretizar. Hoje, Espiritu Santo, a maior ilha de Vanuatu, é uma espécie de Éden.
Espiritu Santo, Vanuatu

Os Blue Holes Misteriosos de Espiritu Santo

A humanidade rejubilou, há pouco tempo, com a primeira fotografia de um buraco negro. Em jeito de resposta, decidimos celebrar o que de melhor temos cá na Terra. Este artigo é dedicado aos blue holes de uma das ilhas abençoadas de Vanuatu.
Tanna, Vanuatu

Daqui se Fez Vanuatu ao Ocidente

O programa de TV “Meet the Natives” levou representantes tribais de Tanna a conhecer a Grã-Bretanha e os E.U.A. De visita à sua ilha, percebemos porque nada os entusiasmou mais que o regresso a casa.
Pentecostes, Vanuatu

Naghol de Pentecostes: Bungee Jumping para Homens a Sério

Em 1995, o povo de Pentecostes ameaçou processar as empresas de desportos radicais por lhes terem roubado o ritual Naghol. Em termos de audácia, a imitação elástica fica muito aquém do original.
Efate, Vanuatu

A Ilha que Sobreviveu a "Survivor"

Grande parte de Vanuatu vive num abençoado estado pós-selvagem. Talvez por isso, reality shows em que competem aspirantes a Robinson Crusoes instalaram-se uns atrás dos outros na sua ilha mais acessível e notória. Já algo atordoada pelo fenómeno do turismo convencional, Efate também teve que lhes resistir.
Pentecostes, Vanuatu

Naghol: O Bungee Jumping sem Modernices

Em Pentecostes, no fim da adolescência, os jovens lançam-se de uma torre apenas com lianas atadas aos tornozelos. Cordas elásticas e arneses são pieguices impróprias de uma iniciação à idade adulta.
Mercados

Uma Economia de Mercado

A lei da oferta e da procura dita a sua proliferação. Genéricos ou específicos, cobertos ou a céu aberto, estes espaços dedicados à compra, à venda e à troca são expressões de vida e saúde financeira.
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Grande Terre, Nova Caledónia

O Grande Calhau do Pacífico do Sul

James Cook baptizou assim a longínqua Nova Caledónia porque o fez lembrar a Escócia do seu pai, já os colonos franceses foram menos românticos. Prendados com uma das maiores reservas de níquel do mundo, chamaram Le Caillou à ilha-mãe do arquipélago. Nem a sua mineração obsta a que seja um dos mais deslumbrantes retalhos de Terra da Oceânia.
Île-des-Pins, Nova Caledónia

A Ilha que se Encostou ao Paraíso

Em 1964, Katsura Morimura deliciou o Japão com um romance-turquesa passado em Ouvéa. Mas a vizinha Île-des-Pins apoderou-se do título "A Ilha mais próxima do Paraíso" e extasia os seus visitantes.
Lifou, Ilhas Lealdade

A Maior das Lealdades

Lifou é a ilha do meio das três que formam o arquipélago semi-francófono ao largo da Nova Caledónia. Dentro de algum tempo, os nativos kanak decidirão se querem o seu paraíso independente da longínqua metrópole.
Malekula, Vanuatu

Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, Convívio masai
Safari
Masai Mara, Quénia

Reserva Masai Mara: De Viagem pela Terra Masai

A savana de Mara tornou-se famosa pelo confronto entre os milhões de herbívoros e os seus predadores. Mas, numa comunhão temerária com a vida selvagem, são os humanos Masai que ali mais se destacam.
Thorong La, Circuito Annapurna, Nepal, foto para a posteridade
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 13º - High Camp a Thorong La a Muktinath, Nepal

No Auge do Circuito dos Annapurnas

Aos 5416m de altitude, o desfiladeiro de Thorong La é o grande desafio e o principal causador de ansiedade do itinerário. Depois de, em Outubro de 2014, ter vitimado 29 montanhistas, cruzá-lo em segurança gera um alívio digno de dupla celebração.
Escadaria Palácio Itamaraty, Brasilia, Utopia, Brasil
Arquitectura & Design
Brasília, Brasil

Brasília: da Utopia à Capital e Arena Política do Brasil

Desde os tempos do Marquês de Pombal que se falava da transferência da capital para o interior. Hoje, a cidade quimera continua a parecer surreal mas dita as regras do desenvolvimento brasileiro.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Aventura
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.
Cena natalícia, Shillong, Meghalaya, Índia
Cerimónias e Festividades
Shillong, India

Selfiestão de Natal num Baluarte Cristão da Índia

Chega Dezembro. Com uma população em larga medida cristã, o estado de Meghalaya sincroniza a sua Natividade com a do Ocidente e destoa do sobrelotado subcontinente hindu e muçulmano. Shillong, a capital, resplandece de fé, felicidade, jingle bells e iluminações garridas. Para deslumbre dos veraneantes indianos de outras partes e credos.
Penhascos acima do Valley of Desolation, junto a Graaf Reinet, África do Sul
Cidades
Graaf-Reinet, África do Sul

Uma Lança Bóer na África do Sul

Nos primeiros tempos coloniais, os exploradores e colonos holandeses tinham pavor do Karoo, uma região de grande calor, grande frio, grandes inundações e grandes secas. Até que a Companhia Holandesa das Índias Orientais lá fundou Graaf-Reinet. De então para cá, a quarta cidade mais antiga da nação arco-íris prosperou numa encruzilhada fascinante da sua história.
Máquinas Bebidas, Japão
Comida
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
Um contra todos, Mosteiro de Sera, Sagrado debate, Tibete
Cultura
Lhasa, Tibete

Sera, o Mosteiro do Sagrado Debate

Em poucos lugares do mundo se usa um dialecto com tanta veemência como no mosteiro de Sera. Ali, centenas de monges travam, em tibetano, debates intensos e estridentes sobre os ensinamentos de Buda.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Africa Princess, Canhambaque, Bijagós, Guiné Bissau,
Em Viagem
Cruzeiro Africa Princess, 1º Bijagós, Guiné Bissau

Rumo a Canhambaque, pela História da Guiné Bissau

O Africa Princess zarpa do porto de Bissau, estuário do rio Geba abaixo. Cumprimos uma primeira escala na ilha de Bolama. Da antiga capital, prosseguimos para o âmago do arquipélago das Bijagós.
Remadores Intha num canal do Lago Inlé
Étnico
Lago Inle, Myanmar

A Deslumbrante Birmânia Lacustre

Com uma área de 116km2, o Lago Inle é o segundo maior lago do Myanmar. É muito mais que isso. A diversidade étnica da sua população, a profusão de templos budistas e o exotismo da vida local, tornam-no um reduto incontornável do Sudeste Asiático.
Portfólio, Got2Globe, melhores imagens, fotografia, imagens, Cleopatra, Dioscorides, Delos, Grécia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

O Terreno e o Celestial

Bangkas na ilha de Coron, Filipinas
História
Coron, Busuanga, Filipinas

A Armada Japonesa Secreta mas Pouco

Na 2ª Guerra Mundial, uma frota nipónica falhou em ocultar-se ao largo de Busuanga e foi afundada pelos aviões norte-americanos. Hoje, os seus destroços subaquáticos atraem milhares de mergulhadores.
Mahé Ilhas das Seychelles, amigos da praia
Ilhas
Mahé, Seychelles

A Ilha Grande das Pequenas Seychelles

Mahé é maior das ilhas do país mais diminuto de África. Alberga a capital da nação e quase todos os seichelenses. Mas não só. Na sua relativa pequenez, oculta um mundo tropical deslumbrante, feito de selva montanhosa que se funde com o Índico em enseadas de todos os tons de mar.
Verificação da correspondência
Inverno Branco
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Literatura
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
Chapada dos Guimarães, Mato Grosso, Brasil, cachoeira Véu de Noiva
Natureza
Chapada dos Guimarães, Mato Grosso, Brasil

No Coração Ardente da América do Sul

Foi só em 1909 que o centro geodésico sul-americano foi apurado por Cândido Rondon, um marechal brasileiro. Hoje, fica na cidade de Cuiabá. Tem nas imediações, os cenários deslumbrantes mas demasiado combustíveis da Chapada dos Guimarães.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Teleférico que liga Puerto Plata ao cimo do PN Isabel de Torres
Parques Naturais
Puerto Plata, República Dominicana

Prata da Casa Dominicana

Puerto Plata resultou do abandono de La Isabela, a segunda tentativa de colónia hispânica das Américas. Quase meio milénio depois do desembarque de Colombo, inaugurou o fenómeno turístico inexorável da nação. Numa passagem-relâmpago pela província, constatamos como o mar, a montanha, as gentes e o sol do Caribe a mantêm a reluzir.
Casario tradicional, Bergen, Noruega
Património Mundial UNESCO
Bergen, Noruega

O Grande Porto Hanseático da Noruega

Já povoada no início do século XI, Bergen chegou a capital, monopolizou o comércio do norte norueguês e, até 1830, manteve-se uma das maiores cidades da Escandinávia. Hoje, Oslo lidera a nação. Bergen continua a destacar-se pela sua exuberância arquitectónica, urbanística e histórica.
Visitantes da casa de Ernest Hemingway, Key West, Florida, Estados Unidos
Personagens
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Cahuita, Costa Rica, Caribe, praia
Praias
Cahuita, Costa Rica

Um Regresso Adulto a Cahuita

Durante um périplo mochileiro pela Costa Rica, de 2003, deliciamo-nos com o aconchego caribenho de Cahuita. Em 2021, decorridos 18 anos, voltamos. Além de uma esperada, mas comedida modernização e hispanização do pueblo, pouco mais tinha mudado.
Ilha Maurícia, viagem Índico, queda de água de Chamarel
Religião
Maurícias

Uma Míni Índia nos Fundos do Índico

No século XIX, franceses e britânicos disputaram um arquipélago a leste de Madagáscar antes descoberto pelos portugueses. Os britânicos triunfaram, re-colonizaram as ilhas com cortadores de cana-de-açúcar do subcontinente e ambos admitiram a língua, lei e modos francófonos precedentes. Desta mixagem, surgiu a exótica Maurícia.
Comboio do Fim do Mundo, Terra do Fogo, Argentina
Sobre Carris
Ushuaia, Argentina

Ultima Estação: Fim do Mundo

Até 1947, o Tren del Fin del Mundo fez incontáveis viagens para que os condenados do presídio de Ushuaia cortassem lenha. Hoje, os passageiros são outros mas nenhuma outra composição passa mais a Sul.
Gatis de Tóquio, Japão, clientes e gato sphynx
Sociedade
Tóquio, Japão

Ronronares Descartáveis

Tóquio é a maior das metrópoles mas, nos seus apartamentos exíguos, não há lugar para mascotes. Empresários nipónicos detectaram a lacuna e lançaram "gatis" em que os afectos felinos se pagam à hora.
Retorno na mesma moeda
Vida Quotidiana
Dawki, Índia

Dawki, Dawki, Bangladesh à Vista

Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
Tartaruga recém-nascida, PN Tortuguero, Costa Rica
Vida Selvagem
PN Tortuguero, Costa Rica

Uma Noite no Berçário de Tortuguero

O nome da região de Tortuguero tem uma óbvia e antiga razão. Há muito que as tartarugas do Atlântico e do Mar das Caraíbas se reunem nas praias de areia negro do seu estreito litoral para desovarem. Numa das noites que passamos em Tortuguero assistimos aos seus frenéticos nascimentos.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.