Dorrigo a Bellingen, Austrália

Entre Tree-Changers, por Florestas da Gondwana


Memorial dos Combatentes da 1ª Guerra Mundial
Dorrigo Hotel
O Skywalk do PN Dorrigo
Crystal Shower II
A Ponte Suspensa da Crystal Shower
Crystal Shower
Outra Cascata
Dangar Falls
Bromélias Exuberantes
Arquitectura de Bellingen
Os Prados de Dorrigo
Gelato e Cia
Modelo Frontão – Arcadas
Floresta de Gondwana
Os australianos criaram o termo para definir as pessoas que decidem mudar-se para o campo. Bellingen, no norte de Nova Gales do Sul, tornou-se uma povoação que ilustra a tendência. À entrada de uma imensidão florestal pré-histórica e do parque nacional homónimo, Dorrigo segue-lhe os passos.

O percurso de Sydney para norte depressa nos refresca a memória quanto à vastidão da Grande Ilha. Viajamos pela auto-estrada espaçosa e imaculada da Pacific Highway.

Mesmo assim, sob um calor intenso do Estio australiano, os mais de 500 km, todos contados na província de Nova Gales do Sul, tardam em passar.

Por altura de Raleigh, flectimos para oeste e para o interior. Da Pacific Highway, passamos a uma via menor. Acompanha o leito do rio Bellinger, por sua vez, abastecido por sucessivos tributários.

A Waterfall Way flui por terras ainda com forte ligação aborígene e que, de acordo, preservam nomes longos, amiúde, começados por W e com os habituais sons indígenas “llong” “gong” “unga” “urri” e afins.

Por volta das cinco da tarde, aproximamo-nos do PN Dorrigo, o grande atractivo natural da região.

Com o sol, não tarda, a pôr-se, derreados do dia quase todo no carro, prosseguimos até à vila homónima, a que lhe serve de base de exploração.

Dorrigo, às portas do Verdejante Parque Nacional Dorrigo

Pouco mais que um lugarejo bastante alargado, lá encontramos, sem grande dificuldade, o hotel em que vamos dormir. Para não variar, chama-se Dorrigo.

É um dos edifícios históricos da povoação, com o interior quase todo erguido em madeira e em estilo rústico.

A sua fachada, uma estrutura de arcada em U bem aberto, para contrastar, é de ferro fundido, típica da arquitectura colonial britânica de 1920.

O Hotel Dorrigo foi fundado em 1925, por Michael Nicholas Feros, um emigrante grego empreendedor. Decorrido quase um século, o edifício mantem-se listado como herança patrimonial da Austrália.

Gerem-no os descendentes de Michael, falecido, em 1969, com 74 anos.

Verdade seja dita que nos começam a sugerir uma espécie de geração ausente.

De novo, confrontamo-nos com aquela sensação australiana de estarmos por conta própria. Depois de um check in apressado, não voltamos a encontrar ninguém na recepção. Nem no restaurante. Não encontramos ninguém, em lado nenhum.

De manhã, volta a acontecer. Servimo-nos do pequeno-almoço, de um pequeno buffet legado à sala de refeições. Quando queremos deixar a chave do quarto, depressa desistimos. Encantador na sua imponência colonial, o Dorrigo Hotel revela-se ermo e despovoado como o interior infindável da Austrália.

Pura e dura, a realidade está em que, como tantos outros aussies pragmáticos e danados para o negócio, os Feros odeiam diminuir os seus lucros com ordenados de funcionários. Tanto como lhes desagrada sacrificarem a sua liberdade para neles ficarem de plantão.

De espírito viajante, de mente errante, louvamos o desafogo com que nos prendam.

Quando a preparámos, nem em sonhos nos ocorrera passarmos por uma pseudo-cidade remota e diminuta como aquela, que abriga pouco mais que mil habitantes.

E, no entanto, a estranha Dorrigo intriga-nos.

As Origens Coloniais da Velha Dorrigo

Estimula-nos a deambular. Sem surpresa, esperavam-nos surpresas.

Na sua mais profunda origem, a área em que se instalou a povoação era um domínio do povo aborígene Gumbainggir, prevalecente na actual metade superior de Nova Gales do Sul.

A invasão e ocupação do seu território milenar intensificou-se nos passos de lenhadores e comerciantes de madeira, em especial do valioso cedro vermelho australiano que, a partir de 1860, abriram caminho à colonização destas paragens.

Mesmo em frente ao Dorrigo Hotel, destaca-se uma estátua alva de um soldado, virado a leste, sobre um pedestal negro.

Nela, letras douradas louvam os veteranos australianos tombados na Primeira Guerra Mundial, em particular, os enviados de Dorrigo, num total de 460 homens e uma enfermeira.

O memorial, forma uma espécie de rotunda da Waterfall Way que viríamos a explorar. Subsiste, mas já teve que ser reedificado. A sua posição vulnerável contribuiu para que, em 2020, um condutor desgovernado o derrubasse.

Malgrado o óbvio protagonismo do monumento, sem que o esperássemos, é a relação improvável e até inverosímil de Dorrigo com outro conflito familiar que acaba por nos deslumbrar.

E o Baptismo que Continua envolto em Controvérsia

Regressemos aos primórdios da povoação e aos passos dos madeireiros. Na senda da colonização britânica da região ter-se-á popularizado que, Edward Parke, um major que desbravava a zona, a teria decidido baptizar de Dorrigo.

Por estranho que pareça, em honra de Don Dorrigo, um general espanhol, aliado de Napoleão, que Parke defrontara durante a Guerra Peninsular de 1808-1814.

Opiniões contrárias consideram esta explicação alucinatória.

Defendem que, à imagem de uma miríade de outras nomenclaturas coloniais australianas, Dorrigo terá provindo, sim, de uma adaptação de um termo do dialecto gumbaingirr: “dundurriga”, o nome de uma espécie de eucalipto nativo por ali abundante.

A pequena cidade rural de Dorrigo acaba por se provar sedativa.

O Refúgio Refrescante da Waterfall Way

Com o calor a reforçar-se, mudamo-nos para o âmago do Parque Nacional Dorrigo, em busca da frescura da Waterfall Way que o sulca.

Entre quedas d’água e cascatas, caminhamos quase 8km.

Ao fim de apenas 2km, deleitamo-nos com a visão dos 30 metros de fluxo vertical e da lagoa verdejante das Dangar Falls, parte do percurso do rio Bielsdown que, para sul, corre no limiar de Dorrigo.

Adiante, damos com as Crystal Shower falls, acessíveis por uma ponte suspensa e um trilho que nos permite salpicar-nos na parte de trás do seu chuveiro natural.

Os trilhos que percorremos, por sua vez, cruzam a vastidão da floresta tropical de Gondwana da Austrália.

É assim denominada por, apesar das incursões dos madeireiros a partir do final do século XIX, subsistir desde o período da Terra em que os actuais continentes, na sua maioria situados no Hemisfério Sul e ainda o subcontinente indiano permaneciam unidos em redor da actual Antárctida.

Cumprida a caminhada, conduzimos até ao Skywalk do PN Dorrigo.

Damos com um passadiço apontado ao céu.

Estende-se por 70 metros, sobre a vegetação.

Termina numa plataforma de observação do vale do Bellinger imediato e da floresta a perder vista.

Aquela imensidão pré-histórica volta a remeter-nos para a da Austrália, para o muito que tínhamos planeado e nos faltava cobrir.

Nessa inevitável ansiedade geográfica, fiéis ao que tínhamos delineado, regressamos ao carro e à Waterfall Way, apontados a leste, ao oceano Pacífico.

Bellingen, a Vizinha a Leste de Dorrigo

E, bem antes do mar, a Bellingen, a outra povoação, ainda mais famosa, muito mais habitada que Dorrigo, no caminho desta via.

Durante décadas, Bellingen acolheu milhares de australianos das urbes aussies do Leste, apostados numa vida de retiro, sem sacrifício do eclectismo e da sofisticação a que se haviam habituado.

Tal como Dorrigo, fundada em função da comercialização do cedro vermelho, a povoação viu o seu nome supostamente homónimo do rio ser adulterado, para sempre, por um desenhador de mapas.

À passagem para o século XX, os cedros vermelhos estavam esgotados.

As áreas limpas de árvores permitiram aos colonos gerarem terras de cultivo e, sobretudo, pastos que contribuíram para a cada vez mais prolífica produção de gado e de lacticínios de Nova Gales do Sul.

As terras em redor tornaram-se retalhos bucólicos de distintos tons de verde ervado, pontuados por bolsas de floresta.

Dos Pastos e Lacticínios, à Povoação da Moda Tree-Changer

As exportações de lacticínios australiana e da zona de Bellingen iam de vento em popa quando a Grã-Bretanha aderiu à CEE e se viu quase forçada a importar os mesmos produtos dos países vizinhos.

Bellingen entrou num segundo hiato evolutivo. Salvou-a, em tempos mais recentes, um fluxo contínuo de tree-changers.

O termo define os australianos que se fartam de viver na dispendiosa costa da Grande Ilha e se mudam de armas e bagagens para o interior. Na solarenga Bellingen e em redor, compraram milhares de hectares de terra arável aos fazendeiros residentes.

No âmago turístico da povoação, inauguraram centenas de lojas a que emprestam conceitos e criatividade urbana, de certo modo, hipster das povoações litorâneas de que provêm.

É por lá que almoçamos.

Cirandamos pelas ruelas do centro histórico, de olhos no charme arquitectónico do casario coroado por frontais elegantes, acima de varandas assentes em arcadas térreas.

Voltamos a deter-nos num tal de “Bellingen Gelato Bar”.

Desta feita, combatemos o calor estival com um gelado com muito de recompensador.

Da mesa no exterior, vemos um jovem casal examinar um sortido de anúncios afixados num placard, em busca de uma qualquer oportunidade proporcionada pelos mais de 30 mil moradores.

Nos últimos tempos, Dorrigo tem-se afirmado como uma alternativa com potencial, mas, em termos turísticos, anos-luz atrás de Bellingern, mesmo se as separa apenas meia-hora de Waterfall Way.

Com tanto de Nova Gales do Sul por descobrir, damos por encerrada a incursão.

Apontamos ao litoral que, sendo australianos, nunca abandonaríamos, da Horseshoe Bay.

 

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