Bay of Islands, Nova Zelândia

O Âmago Civilizacional da Nova Zelândia


Nova Zelândia caprichosa
Vista aérea da Bay of Islands com as suas enseadas e recortes ora florestados ora ervados.
Trio Haka
Figurantes maori dos Waitangi Treaty Grounds encenam poses e expressões de haka
Canoa maori a seco
Uma grande canoa maori nos Waitangi Treaty Grounds, celebra a nação nativa.
Vida ovina
Ovelhas felpudas num prado da Bay of Islands
Através da Piercy Island
Barco de tours visto através da Piercy Island, uma passagem arredondada esculpida pela erosão
Mãe e filha
Observação em proximidade
Passageiros de um barco de tours seguem golfinhos, na Bay of Islands
Fila ovina
Rebanho de ovelhas faz fila para ficar à sombra numa ilha da Bay of Islands
Enseadinha
Veleiro ancorado numa das muitas enseadas da Bay of Islands
Um rio aos Esses
Rio serpenteia por um relvado do interior da Bay of Islands
A vista da Proa
Passageiros na proa de um barco de recreio na Bay of Islands
Mastro de Waitangi
Visitantes exploram os Waitangi Treaty Grounds
Waitangi é o lugar chave da Independência e da já longa coexistência dos nativos maori com os colonos britânicos. Na Bay of Islands em redor, celebra-se a beleza idílico-marinha dos antípodas neozelandeses mas também a complexa e fascinante nação kiwi.

Estamos em pleno Verão do hemisfério sul. A meteorologia prenda a Ilha do Norte e a Bay of Islands. Paihia surgiu como um aconchego estival de tal forma acolhedor que nos reteve por quase uma semana.

O mesmo magnetismo que atraía visitantes estrangeiros em catadupa, fora responsável por boa parte das grandes moradias particulares da povoação serem agora pousadas com nomes irreverentes.

Manhã após manhã, esta horda, na sua maioria de adolescentes, deixava os alojamentos e dirigia-se as docas nas imediações. Todos partilhávamos um destino: as águas turquesas e as enseadas convidativas da Bay of Islands, onde cerca de 150 ilhas forradas de prado, aqui e ali de vegetação arbórea salpicam um recorte arredondado no litoral neozelandês.

À Descoberta da Bay of Islands

A bordo do “R. Tucker Thompson” – um enorme veleiro icónico da região de Northland – desfrutamos de um desses tours arejados e solarengos. Admiramos o litoral ervado e rugoso. Banhamo-nos em angras divinais sem vivalma.

rebanho, Bay of Islands, Nova Zelândia

Rebanho de ovelhas faz fila para ficar à sombra numa ilha da Bay of Islands

Desembarcamos numa estância ovelheira pitoresca na extensão de uma calheta encaixada entre outeiros a que o Pacífico azulão chega tão suave que mais parece banhar por favor. Ali, rebanhos de ovelhas desconfiadas percorrem os pastos em fila, em busca da sombra das poucas árvores que os criadores de gado pouparam.

Com o avançar da tarde, mais veleiros ancoram em diferentes enseadas. Sucessivas expedições de canoístas sulcam o mar tranquilo numa comunhão de descoberta e evasão que o desafogo da Bay of Islands prolonga.

Por estes dias, a navegação é pacífica e de recreio. Mas, deslumbra-nos o imaginário das embarcações francesas e britânicas a confrontarem-se pelas duas grandes ilhas do povo maori, há pouco mais de dois séculos.

Veleiro, Bay of Islands, Nova Zelândia

Veleiro ancorado numa das muitas enseadas da Bay of Islands

Russel: um antro de outros tempos

Em pleno século XIX, Russel, a povoação oposta a Paihia, era conhecida pelo “buraco infernal do Pacífico”. Atraía tudo o que eram condenados evadidos da Austrália, baleeiros e marinheiros que se embebedavam até perderem a noção de onde estavam atracados os seus navios e, não tardava, os sentidos.

Quando, em 1835, Charles Darwin por lá passou, terá alegadamente duvidado da aplicabilidade da sua Teoria da Evolução já então em fase embrionária. Ao invés, descreveu o lugar como avesso a qualquer padrão social.

Nos dias que correm, Russel, bem mais que Paihia, tem os edifícios mais antigos da Nova Zelândia. São testemunhos elegantes e bem mantidos da perseverança colonial britânica, da paciência e da argúcia  diplomática com que os britânicos lidaram com o povo maori, até ambos chegarem a um entendimento que, entretanto, urgiu.

O Solo Solene de Waitangi

A menos de 2km para norte de Paihia, Waitangi traduz essa realidade histórica como nenhum outro lugar da Nova Zelândia. Lá nos recebe o Director Executivo Andy Larsen. Andy guia-nos pelos Waitangi Treaty Grounds. Apresenta-nos três jovens maori figurantes do espectáculo exibido quando são vendidos bilhetes suficientes.

Mas, nem os espectadores então tinham aderido, nem os visitantes abundavam naqueles precintos históricos e museológicos da Bay of Islands. Tendo em conta a formosura dos cenários em redor e o lazer que proporcionavam, não seria de espantar.

Um Curioso Haka Juvenil

Em vez do show, o elenco encurtado dedica-nos uma pequena produção fotográfica com direito a poses e expressões assustadoras de haka, sob o telhado da casa waka erguida para celebrar a assinatura do Tratado de Waitangi, em 1840.

Fazem-no junto a uma canoa cerimonial maori de guerra, a maior do mundo, com 35 metros de extensão, lugar para um mínimo de 76 remadores, seis ou doze toneladas (consoante esteja seca ou ensopada) e um nome a condizer: Ngātokimatawhaorua.

Apreciamos os jovens de olhos arregalados, com as suas órbitas quase a explodirem, as sobrancelhas levantadas ao limite e as línguas expostas e caídas, a emularem os visuais monstruosos com que os maori impressionavam as tribos inimigas, incluindo, a partir de meio do século XVII, os invasores europeus das suas terras.

Maori haka, Waitangi Treaty Grounds, Nova Zelândia

Figurantes maori dos Waitangi Treaty Grounds encenam poses e expressões de haka

Nas imediações, recuperada do abandono e decadência quase irrecuperável em que se viu de 1882 a 1933, encontra-se a Treaty House, a antiga residência do governador britânico na Nova Zelândia.

O seu chalé de madeira situa-se em frente à Te Whare Runanga, a Casa de Assembleia Maori, esculpida segundo os preceitos tradicionais do povo nativo mas, criada como expressão de arte única, para o propósito supremo que lhe foi atribuído. Em conjunto, os dois edifícios simbolizam a parceria a que chegaram os maori e a Coroa Britânica.

A apenas alguns metros, destacado à beira-mar no limiar de um vasto relvado, ondulam ainda as três bandeiras que a Nova Zelândia teve ao longo dos seus tempos de nação: lado a lado, num nível inferior, a das Tribos Unidas da Nova Zelândia e a Union Jack do Reino Unido; no zénite, a actual neozelandesa.

Waitangi Treaty Grounds, Bay of Islands, Nova Zelândia

Visitantes exploram os Waitangi Treaty Grounds

Por fim, uma família surge dos fundos do complexo. Chegada à base do mastro presta  homenagem ao monumento, consciente do longo e pungente processo histórico ali simbolizado.

Britânicos vs Franceses vs Maoris: uma intrincada disputa

Por volta de 1830, a desordem e o caos eram a ordem do dia entre os súbditos de Sua Majestade na Nova Zelândia. Os franceses representavam uma concorrência cada vez mais séria às suas pretensões e ameaçavam declarar soberania sobre as ilhas maori, algo que preocupava tanto os britânicos como os nativos.

Por mais humilhante que se tivesse revelado a imposição dos colonizadores britânicos, após um período bélico inicial, a coexistência pareceu inevitável. Havia, sobretudo que combater a intrusão adicional dos franceses.

A coexistência de britânicos e franceses colonizaram não seria caso único. Já tinham colonizado, por exemplo, em condomínio, o arquipélago melanésio de Vanuatu, para desespero dos impotentes indígenas.

De acordo, em 28 de Outubro de 1835, o representante britânico na Nova Zelândia e trinta e quatro chefes maori do norte do território encontraram-se em Waitangi e assinaram a Declaração de Independência da Nova Zelândia.

Quatro anos depois, eram já cinquenta e dois os chefes signatários, unidos sob uma confederação denominada “United Tribes of New Zealand”. O entendimento não se ficaria por aí.

Por volta de 1840, zonas das duas grandes ilhas estavam prestes a ser tomadas pelos francesas. Os colonistas britânicos exerceram forte pressão sobre a Coroa para que oficializasse a Nova Zelândia como colónia britânica. Ao mesmo tempo, os próprios líderes maori reclamaram protecção aos britânicos.

Waitangi: o acordo possível entre Britânicos e Maoris

O Tratado de Waitangi veio, por fim, atender a esse pedido, mas não só. Conferiu aos nativos uma série de outros direitos que, malgrado inevitáveis insatisfações que assolam todas as nações, perduram na Nova Zelândia. Pelo menos no papel, foi reconhecida a posse maori de muitas das suas terras, florestas e outras propriedades. Foram-lhes ainda atribuídos direitos de súbditos britânicos.

Canoa Maori, Waitangi Treaty Grounds, Nova Zelândia

Uma grande canoa maori nos Waitangi Treaty Grounds, celebra a nação nativa.

Andy Larsen tinha-nos deixado por momentos a explorar os edifícios e outros monumentos do complexo. Quando retomamos a conversa, Andy não parece contemplar qualquer analogia com a história colonial portuguesa e espanhola: “Não me levem a mal, mas não são sequer contextos comparáveis” afiança-nos confiante de que a integração colonial dos britânicos na Nova Zelândia fora bastante mais suave e justa que a das antigas potências ibéricas.

Tínhamos noção de que os seus esforços nos Waitangi Treaty Grounds visavam o fortalecimento da consciência nacional neozelandesa. Ainda assim, para demasiados nativos, a equiparação e autodeterminação que os colonistas britânicos prometeram com o Tradado de Waitangi continua por cumprir.

Como acontecia um pouco por toda Aotearoa – o termo com que os nacionalistas maori responderam à “Nova Zelândia” decorrente da Nieuw Zeeland original do descobridor holandês Abel Tasman – muitas das terras da Bay of Islands que nos encantavam, as suas enseadas e outeiros paradisíacos, suscitavam contestação. Sobretudo, por terem passado precocemente para a posse de grandes fazendeiros descendentes de colonos ou até mesmo para o governo da Coroa. Assim se mantêm, ou vá lá que seja, em contextos similares.

Noutra das manhãs em que desfrutámos da Bay of Islands, voamos sobre a costa por que se prolonga a Ilha do Norte até ao limite setentrional neozelandês do cabo Reinga. Durante o voo, constatamos o quanto aquela sucessão de dunas, de praias desertas, de prados, charnecas, de cabos e penínsulas marinhos glorificava o domínio antípoda disputado.

Equívocos Difíceis de Ultrapassar

Diferenças nas versões maori e inglesas do Tratado de Waitangi no que dizia respeito à detenção e cedência de soberania conduziram a desacordos de nível nacional. Os sucessivos governos da Coroa fizeram fé em que o Tratado lhes havia concedido soberania sobre os maori.

Entre os maori,  o conceito de detenção absoluta da terra nunca fez qualquer sentido. Estes, continuam ainda hoje a acreditar que se limitaram a conceder aos britânicos o uso das suas terras.

Inúmeras contendas sobre propriedade levaram às Guerras da Nova Zelândia e a que, ao longo do século XIX, os maori perdessem as terras que controlaram séculos a fio. Essa prova-se, ainda hoje, uma das pedras no sapato da coexistência entre os maori e os neozelandeses de descendência colonial.

Em 1975, as autoridades políticas da nação kiwi caíram finalmente em si.  Foi estabelecido o Tribunal de Waitangi que decidiu muitas das reclamações com compensações concedidas às tribos maori. Mesmo se várias divergências sobre os termos do tratado de Waitangi se mantêm, o tratado é considerado o documento fundador da Nova Zelândia.

Bay of Islands vista do ar, Nova Zelândia

Vista aérea da Bay of Islands com as suas enseadas e recortes ora florestados ora ervados.

A maori. A dos descendentes dos colonos. A dos emigrantes das ilhas do Pacífico que lá chegam repletos de sonhos. A dos visitantes europeus deslumbrados que ponderam para lá se mudar. Para o melhor e o pior, a de todos.

Mais informação sobre Waitangi e a Bay of Islands no site respectivo da UNESCO.

Nelson a Wharariki, PN Abel Tasman, Nova Zelândia

O Litoral Maori em que os Europeus Deram à Costa

Abel Janszoon Tasman explorava mais da recém-mapeada e mítica "Terra Australis" quando um equívoco azedou o contacto com nativos de uma ilha desconhecida. O episódio inaugurou a história colonial da Nova Zelândia. Hoje, tanto a costa divinal em que o episódio se sucedeu como os mares em redor evocam o navegador holandês.
Wanaka, Nova Zelândia

Que Bem que Se Está no Campo dos Antípodas

Se a Nova Zelândia é conhecida pela sua tranquilidade e intimidade com a Natureza, Wanaka excede qualquer imaginário. Situada num cenário idílico entre o lago homónimo e o místico Mount Aspiring, ascendeu a lugar de culto. Muitos kiwis aspiram a para lá mudar as suas vidas.
Ilha do Norte, Nova Zelândia

Viagem pelo Caminho da Maoridade

A Nova Zelândia é um dos países em que descendentes de colonos e nativos mais se respeitam. Ao explorarmos a sua lha do Norte, inteirámo-nos do amadurecimento interétnico desta nação tão da Commonwealth como maori e polinésia.
Península de Banks, Nova Zelândia

O Estilhaço de Terra Divinal da Península de Banks

Vista do ar, a mais óbvia protuberância da costa leste da Ilha do Sul parece ter implodido vezes sem conta. Vulcânica mas verdejante e bucólica, a Península de Banks confina na sua geomorfologia de quase roda-dentada a essência da sempre invejável vida neozelandesa.
Napier, Nova Zelândia

De volta aos Anos 30 - Calhambeque Tour

Numa cidade reerguida em Art Deco e com atmosfera dos "anos loucos" e seguintes, o meio de locomoção adequado são os elegantes automóveis clássicos dessa era. Em Napier, estão por toda a parte.
Christchurch, Nova Zelândia

O Feiticeiro Amaldiçoado da Nova Zelândia

Apesar da sua notoriedade nos antípodas, Ian Channell, o feiticeiro da Nova Zelândia não conseguiu prever ou evitar vários sismos que assolaram Christchurch. Com 88 anos de idade, após 23 anos de contrato com a cidade, fez afirmações demasiado polémicas e acabou despedido.
Tongariro, Nova Zelândia

Os Vulcões de Todas as Discórdias

No final do século XIX, um chefe indígena cedeu os vulcões do PN Tongariro à coroa britânica. Hoje, parte significativa do povo maori reclama aos colonos europeus as suas montanhas de fogo.
Nova Zelândia  

Quando Contar Ovelhas Tira o Sono

Há 20 anos, a Nova Zelândia tinha 18 ovinos por cada habitante. Por questões políticas e económicas, a média baixou para metade. Nos antípodas, muitos criadores estão preocupados com o seu futuro.
Mount Cook, Nova Zelândia

O Monte Fura Nuvens

O Aoraki/Monte Cook até pode ficar muito aquém do tecto do Mundo mas é a montanha mais imponente e elevada da Nova Zelândia.
Napier, Nova Zelândia

De Volta aos Anos 30

Devastada por um sismo, Napier foi reconstruida num Art Deco quase térreo e vive a fazer de conta que parou nos Anos Trinta. Os seus visitantes rendem-se à atmosfera Great Gatsby que a cidade encena.
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Serengeti, Grande Migração Savana, Tanzania, gnus no rio
Safari
PN Serengeti, Tanzânia

A Grande Migração da Savana Sem Fim

Nestas pradarias que o povo Masai diz siringet (correrem para sempre), milhões de gnus e outros herbívoros perseguem as chuvas. Para os predadores, a sua chegada e a da monção são uma mesma salvação.
Rebanho em Manang, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 8º Manang, Nepal

Manang: a Derradeira Aclimatização em Civilização

Seis dias após a partida de Besisahar chegamos por fim a Manang (3519m). Situada no sopé das montanhas Annapurna III e Gangapurna, Manang é a civilização que mima e prepara os caminhantes para a travessia sempre temida do desfiladeiro de Thorong La (5416 m).
costa, fiorde, Seydisfjordur, Islandia
Arquitectura & Design
Seydisfjordur, Islândia

Da Arte da Pesca à Pesca da Arte

Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.
Totems, aldeia de Botko, Malekula,Vanuatu
Aventura
Malekula, Vanuatu

Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
cavaleiros do divino, fe no divino espirito santo, Pirenopolis, Brasil
Cerimónias e Festividades
Pirenópolis, Brasil

Cavalgada de Fé

Introduzida, em 1819, por padres portugueses, a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis agrega uma complexa rede de celebrações religiosas e pagãs. Dura mais de 20 dias, passados, em grande parte, sobre a sela.
white pass yukon train, Skagway, Rota do ouro, Alasca, EUA
Cidades
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
mercado peixe Tsukiji, toquio, japao
Comida
Tóquio, Japão

O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
Momento de partida de uma das corridas organizadas pelo Barbados Turf Club
Cultura
Bridgetown, Barbados

Canhões e Corridas de Cavalos na Velha Savannah Barbadiana

Nos séculos XVIII e XIX, Bridgetown acolheu o Quartel-General do Exército e da Marinha da Grã-Bretanha para as Índias Ocidentais. Em 1966, após 300 anos, Barbados conquistou a sua independência. A Garrison e, em particular, o relvado-hipódromo no seu âmago exaltam o vigor da jovem nação.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Barco e timoneiro, Cayo Los Pájaros, Los Haitises, República Dominicana
Em Viagem
Península de Samaná, PN Los Haitises, República Dominicana

Da Península de Samaná aos Haitises Dominicanos

No recanto nordeste da República Dominicana, onde a natureza caribenha ainda triunfa, enfrentamos um Atlântico bem mais vigoroso que o esperado nestas paragens. Lá cavalgamos em regime comunitário até à famosa cascata Limón, cruzamos a baía de Samaná e nos embrenhamos na “terra das montanhas” remota e exuberante que a encerra.
Promessa?
Étnico
Goa, Índia

Para Goa, Rapidamente e em Força

Uma súbita ânsia por herança tropical indo-portuguesa faz-nos viajar em vários transportes mas quase sem paragens, de Lisboa à famosa praia de Anjuna. Só ali, a muito custo, conseguimos descansar.
Portfólio, Got2Globe, melhores imagens, fotografia, imagens, Cleopatra, Dioscorides, Delos, Grécia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

O Terreno e o Celestial

Champagne Beach, Espiritu Santo, Vanuatu
História
Espiritu Santo, Vanuatu

Divina Melanésia

Pedro Fernandes de Queirós pensava ter descoberto a Terra Australis. A colónia que propôs nunca se chegou a concretizar. Hoje, Espiritu Santo, a maior ilha de Vanuatu, é uma espécie de Éden.
São Jorge, Açores, Fajã dos Vimes
Ilhas
São Jorge, Açores

De Fajã em Fajã

Abundam, nos Açores, faixas de terra habitável no sopé de grandes falésias. Nenhuma outra ilha tem tantas fajãs como as mais de 70 da esguia e elevada São Jorge. Foi nelas que os jorgenses se instalaram. Nelas assentam as suas atarefadas vidas atlânticas.
Barcos sobre o gelo, ilha de Hailuoto, Finlândia
Inverno Branco
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
Recompensa Kukenam
Literatura
Monte Roraima, Venezuela

Viagem No Tempo ao Mundo Perdido do Monte Roraima

Perduram no cimo do Monte Roraima cenários extraterrestres que resistiram a milhões de anos de erosão. Conan Doyle criou, em "O Mundo Perdido", uma ficção inspirada no lugar mas nunca o chegou a pisar.
Horseshoe Bend
Natureza
Navajo Nation, E.U.A.

Por Terras da Nação Navajo

De Kayenta a Page, com passagem pelo Marble Canyon, exploramos o sul do Planalto do Colorado. Dramáticos e desérticos, os cenários deste domínio indígena recortado no Arizona revelam-se esplendorosos.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Maria Jacarés, Pantanal Brasil
Parques Naturais
Miranda, Brasil

Maria dos Jacarés: o Pantanal abriga criaturas assim

Eurides Fátima de Barros nasceu no interior da região de Miranda. Há 38 anos, instalou-se e a um pequeno negócio à beira da BR262 que atravessa o Pantanal e ganhou afinidade com os jacarés que viviam à sua porta. Desgostosa por, em tempos, as criaturas ali serem abatidas, passou a tomar conta delas. Hoje conhecida por Maria dos Jacarés, deu nome de jogador ou treinador de futebol a cada um dos bichos. Também garante que reconhecem os seus chamamentos.
Hipopótamo exibe as presas, entre outros
Património Mundial UNESCO
PN Mana Pools, Zimbabwé

O Zambeze no Cimo do Zimbabwé

Passada a época das chuvas, o minguar do grande rio na fronteira com a Zâmbia lega uma série de lagoas que hidratam a fauna durante a seca. O Parque Nacional Mana Pools denomina uma região fluviolacustre vasta, exuberante e disputada por incontáveis espécimes selvagens.
Em quimono de elevador, Osaka, Japão
Personagens
Osaka, Japão

Na Companhia de Mayu

A noite japonesa é um negócio bilionário e multifacetado. Em Osaka, acolhe-nos uma anfitriã de couchsurfing enigmática, algures entre a gueixa e a acompanhante de luxo.
Mangal entre Ibo e ilha Quirimba-Moçambique
Praias
Ilha do Ibo a Ilha QuirimbaMoçambique

Ibo a Quirimba ao Sabor da Maré

Há séculos que os nativos viajam mangal adentro e afora entre a ilha do Ibo e a de Quirimba, no tempo que lhes concede a ida-e-volta avassaladora do oceano Índico. À descoberta da região, intrigados pela excentricidade do percurso, seguimos-lhe os passos anfíbios.
Teleférico de Sanahin, Arménia
Religião
Alaverdi, Arménia

Um Teleférico Chamado Ensejo

O cimo da garganta do rio Debed esconde os mosteiros arménios de Sanahin e Haghpat e blocos de apartamentos soviéticos em socalcos. O seu fundo abriga a mina e fundição de cobre que sustenta a cidade. A ligar estes dois mundos, está uma cabine suspensa providencial em que as gentes de Alaverdi contam viajar na companhia de Deus.
Comboio do Fim do Mundo, Terra do Fogo, Argentina
Sobre Carris
Ushuaia, Argentina

Ultima Estação: Fim do Mundo

Até 1947, o Tren del Fin del Mundo fez incontáveis viagens para que os condenados do presídio de Ushuaia cortassem lenha. Hoje, os passageiros são outros mas nenhuma outra composição passa mais a Sul.
Amaragem, Vida à Moda Alasca, Talkeetna
Sociedade
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
manada, febre aftosa, carne fraca, colonia pellegrini, argentina
Vida Quotidiana
Colónia Pellegrini, Argentina

Quando a Carne é Fraca

É conhecido o sabor inconfundível da carne argentina. Mas esta riqueza é mais vulnerável do que se imagina. A ameaça da febre aftosa, em particular, mantém as autoridades e os produtores sobre brasas.
Leão, elefantes, PN Hwange, Zimbabwe
Vida Selvagem
PN Hwange, Zimbabwé

O Legado do Saudoso Leão Cecil

No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.