Puerto Plata, República Dominicana

Prata da Casa Dominicana


Parque Independência de Puerto Plata
Estátuas e bandeira da República Dominicana no Parque Independência de Puerto Plata.
Teleférico Puerto Plata – PN ISabel de Torres
Cabine do teleférico de Puerto Plata com a cidade em fundo
Visitante exuberante
Visitante exuberante do Callejón de Doña Blanca, em Puerto Plata.
Dari Reinoso e Cia
Campeão do "Masters of the Ocean 2019" Dauri Reinoso (de azul) e compinchas na banca da Take Off, na Playa El Encuentro.
Uma doce reprimenda
Charlotte reprime a irmã aniversariante Anabela por esta destruir o bolo de anos, na Plaza Independência, em Puerto Plata.
Anabela, a aniversariante
Aniversariante Anabela ao colo da avó no Parque Independência de Puerto Plata.
Passeio abençoado
Visitante caminha sobre um passadiço elevado junto à estátua do Cristo Redentor do PN Isabel de Torres, em Puerto Plata.
Frankenstein exibe preciosidades Brugal
Frank Vázquez exibe uma das garrafas mais conceituadas do rum dominicano Brugal.
Brincadeira doce e colorida
Josefina Martinez, de Tortuga, brinca com algodão-doce, em Puerto Plata
SSSSS aquáticos
Surfista desliza ao longo de uma das ondas da Playa El Encuentro, nas imediações de Cabarete.
Descontração de Campeão
Dauri Reinoso, Campeão do "Masters of the Ocean 2019", instrutor de desportos náuticos na Playa El Encuentro, Cabarete.
Pausa no surf
Surfista deixa o mar da Playa El Encuentro, nas imediações de Cabarete.
Caribe azul e verde
Vista do litorla nas imediações de Puerto Plata, na costa norte da República Dominicana.
Desalinização a dois
Amigos surfistas Gabriel e Huba tomam duche após algum surf na Playa El Encuentro, nas imediações de Cabarete
Passeio abençoado
Visitante caminha sobre um passadiço elevado junto à estátua do Cristo Redentor do PN Isabel de Torres, em Puerto Plata.
Experiências fotográficas em côr-de-rosa
Namorados tentam chegar a uma foto-reflexo perfeita no Callejon de Doña Blanca, em Puerto Plata
Vendedores na base do Cristo Redentor, em Puerto Plata
Vendedores na entrada do mercado no interior da estátua do Cristo Redentor no cimo do PN Isabel de Torres, em Puerto Plata, Rep. Dominicana.
Puerto Plata resultou do abandono de La Isabela, a segunda tentativa de colónia hispânica das Américas. Quase meio milénio depois do desembarque de Colombo, inaugurou o fenómeno turístico inexorável da nação. Numa passagem-relâmpago pela província, constatamos como o mar, a montanha, as gentes e o sol do Caribe a mantêm a reluzir.

Sosua, Cabarete e Puerto Plata têm o destaque no mapa e a fama mas é numa tal de Playa El Encuentro que nos detemos.

Ditaram o destino e uma série de factores que o Atlântico se desenrole sobre o norte da República Dominicana em vagas de ondas que surfistas de todas as partes se habituaram a admirar.

Uma floresta de árvores densas abriga uma área inicial do areal.

Uma comunidade de escolas de desportos náuticos partilha a sombra dessa orla, o mar cálido e delicioso em frente, os clientes que por ali dão à costa e, tão ou mais importante, a oportunidade de viver um dia-a-dia natural e evasivo, sem o stress e o aborrecimento de tantas outras formas de vida.

Lá encontramos em plenos duches pós-surf, os amigos Gabriel, (da Ilha Margarita) e Huba, também venezuelano, de ascendência húngara, membros do projecto Frescollective e com algumas ideias na manga para os entornos da Playa El Encuentro.

Gabriel e Huba no duche, Playa El Encuentro, Cabarete

Amigos surfistas do colectivo Frescollective Gabriel e Huba tomam duche após algum surf na Playa El Encuentro.

Logo ao lado, damos entrada na escola de surf 321Take Off, então representada pelo argentino Juan, mas fundada pelo Yahman Markus Bohm, também criador da competição Masters of the Ocean que combina provas de surf, kitesurf, windsurf e paddleboard.

Parte da comitiva em que seguimos entrega-se a aulas de surf. Nós, deambulamos pela praia, em busca de outros tesouros.

Aula de surf, Playa El Encuentro, Puerto Plata, República Dominicana

Grupo de amigos aprende surf na beira-mar da Playa El Encuentro.

Surfistas de distintas gerações tentam as manobras mais adequadas ao swell do momento. Uns, atiram-se para a água esmeralda caribenha, outros, deixam-na e somem-se na negrura da floresta.

Também Dauri Reinoso vai e vem. Dauri treina nas ondas Del Encuentro e trabalha como professor de surf para a 321Take Off. Venceu o Masters of the Ocean 2019 realizado em Cabarete mas, à boa maneira surfista, posa para nós com uma leveza de alma que só muitas horas etéreas entre as ondas concedem.

Dauri Reinoso, Dauri Reinoso, Campeão do Masters of the Ocean 2019, na Playa El Encuentro, Cabarete

Dauri Reinoso, Campeão do “Masters of the Ocean 2019”, instrutor de desportos náuticos na Playa El Encuentro, Cabarete.

Brugal. Um Rum Nada Frugal

Frank Vázquez recebe-nos à entrada da fábrica de Puerto Plata do famoso rum dominicano Brugal. Inteirado de que predominavam portugueses no grupo, informa-nos que nos guiaria em português. A versão é a brasileira mas mesmo assim a sua competência espanta-nos.

“Mas já trabalhaste no Brasil?” Não! Tenho é muita curiosidade. Gosto de aprender, não paro quieto! Posso guiar este tour em dez línguas diferentes. Além disso, sou bombeiro, socorrista, paramédico, nadador-salvador. Sou feito de tudo um pouco, sabem? Por ser Frank e por isso, chamam-me de Frankenstein…

Não tínhamos ainda tocado no rum. A conversa já nos soava a surreal. Frank interrompe-a para nos salvar do sol monstruoso do Caribe. Lá dentro, como fazia vezes sem conta, descreve-nos a história da marca, mostra-nos as suas garrafas mais valiosas e dá-nos a provar distintas produções.

Dos vários runs Brugal em exibição destacava-se um tal de Papa Andrés de que só subsistiam mil garrafas, cada qual avaliada em pelo menos 1500 dólares.

Por essa altura, todo o grupo tinha provado algum rum, do mais modesto, claro está.

Prova de rum na fábrica Brugal, Puerto Plata, República Dominicana

Frank Vázquez serve rum durante uma apresentação da fábrica de rum Brugal.

Pediam-se fotos da estrela papal da marca de todas as maneiras e feitios. Receoso de a quebrar e de ser banido da congregação do espírito que o empregava, Frank abraçava a caixa de museu que protegia a Edición Limitada de 2015 com um cuidado beato.

Em tempos de intensa espionagem industrial, só tivemos direito a espreitar a unidade de produção da Brugal. Nada de fotos, nada de vídeos. Supôs-se que nada de atrevimentos.

Frank Vázquez exibe garrafas de Brugal, Puerto Plata

Frank Vázquez exibe uma das garrafas mais conceituadas do rum dominicano Brugal.

Ascensão ao Pico Tropical Isabel de Torres

O calor tropical de panela de pressão que nos continua a fazer suar as estopinhas só para nos refrescarmos pouco ou nada dera de si desde o zénite solar.

Adiantamo-nos ao trânsito de San Felipe de Puerto Plata, a cidade. Ultrapassamos guáguas – carrinhas para quase vinte passageiros, carritos – carros privados que fazem de táxi e vemos a circular com quase metade da lotação das guáguas.

E motoconchos, mototaxis que acompanhamos na sua lotação, já não sabemos bem se a máxima: quatro passageiros bem agarrados ao condutor. E uns aos outros.

Angel, o dominicano que nos conduzia com suavidade celestial e embalava ao som das bachatas populares do país, completa uma última subida em curva.

Por fim, chegamos ao sopé do Pico Isabel de Torres, assim baptizado diz-se que por homenagem à rainha Isabel de Castela, nascida em Madrigal de Las Altas Torres (Valladolid) e vigente nos anos em que Cristovão Colombo desvendou estas Índias do Ocidente ao Velho Mundo.

Com 793m, a montanha de Puerto Plata fica-se por um ¼ da altitude do Pico Duarte (3.098m), o tecto das ilhas caribenhas mas, como ascende da beira-mar iminente, preserva um impressionante dramatismo costeiro.

É quinta-feira. Sem os visitantes dominicanos de fim-de-semana ao largo, são esparsos os passageiros do teleférico.

O cume a que íamos ascender ficava muitos metros aquém do cimo recordista do Pico Duarte. Em jeito de compensação, as autoridades de Puerto Plata sublinham o facto de o teleférico que liga a cidade à sua montanha ser pioneiro.

A linha foi inaugurada em 1975. Por essa altura, não tinha idêntica no mar e arquipélagos em redor.

Daí para cá, decorreu não tarda um século. A cabine em que seguimos, essa, leva meros oito minutos a conquistar a encosta luxuriante.

À janela virada para o Atlântico, passamos sobre lares humildes e um campo de basebol terroso e deserto. Aos poucos, vemos o casario branco de Puerto Plata encolher no verde que salpica.

Quando inspeccionamos a vista já da plataforma de desembarque, a floresta suplanta com desafogo a área urbana abaixo.

Apreciamos uma espécie de sub-pico forrado de um manto intrincado de pequenas palmeiras e outras espécies vegetais viçosas.

Para oeste, a vista tornava evidente que San Felipe de Puerto Plata extrapolara a mais apertada de sucessivas enseadas recortadas na Costa de Ambar, onde essa resina fossilizada preciosa mais abunda na República Dominicana.

Vista do cimo do teleférico do PN Isabel de Torres, sobre o litoral de Puerto Plata

Vista do litoral nas imediações de Puerto Plata, na costa norte da República Dominicana.

Admiramo-la por uns momentos extra. Até que o apelo de braços abertos de um inesperado Cristo Redentor nos faz virar costas ao litoral.

Uma primeira escadaria leva-nos aos pés do monumento, assente numa meia-esfera dotada de janelas. Uma segunda, passa entre uma bandeira ondulante da República Dominicana e outra de Puerto Plata.

Conduz os visitantes ao interior lúgubre da meia-bola branca onde uma comunidade de vendedores de artesananias y recuerdos os atraem aos seus negócios.

Em redor, um jardim botânico com flora endémica e a vastidão natural a sério do PN Isabel de Torres, pareciam-nos atractivos mais meritórios.

Vendedores na base da estátua Cristo Redentor, Puerto Plata, Rep. Dominicana

Vendedores na entrada do mercado no interior da estátua do Cristo Redentor no cimo do PN Isabel de Torres

Contornamos a esfera abaixo dos pés do Cristo, sobrevoados por bandos de maritacas estridentes, as mesmas aves que Cristovão Colombo terá observado, então, provavelmente bem mais abundantes e ruidosas.

Colombo navegou ao largo da Costa de Ambar dos nossos dias, em 1492, logo na primeira das suas quatro viagens às Américas. Atingiu estas partes do Caribe depois de ter atravessado as Bahamas e de percorrido a metade oriental de Cuba, com o litoral sempre à vista.

Depois dos falhanços de La Navidad e La Isabela, o norte de Hispaniola só viria a receber uma colónia com sucesso, num ano ainda em debate, entre 1502 e 1506.

Seja qual for a data, a povoação terá sido planeada por Cristovão Colombo e pelo seu irmão mais novo, Bartolomeu.

À altura, uma anotação de Cristovão sobre o visual argento da névoa persistente naquela montanha que nos acolhia terá servido de inspiração para o seu nome: San Felipe de Puerto Plata. Para onde entretanto regressamos.

 As Vidas que Dão Mais Vida a Puerto Plata

Desembarcamos da carrinha directos para o seu Parque Independência, desenhado com geometria criativa a partir do âmago de La Glorieta, um coreto octogonal victoriano de dois pisos.

O estilo arquitectónico do coreto não é coincidência. Em redor, abundam outros edifícios victorianos erguidos a partir de 1857, por influência dos barcos europeus e imigrantes que começaram a chegar ao porto com os fins do século XIX.

Diz-se, aliás, que a moda se alastrou à medida que os navios fizeram desembarcar brochuras e folhetos com imagens de edifícios victorianos.

Esses edifícios continuam de pé, cada qual com as suas linhas e cores que destoam das construções mais modernas e das linhas austeras da Catedral de São Filipe, o Apóstolo.

Dirigimo-nos para a entrada tripartida do templo quando, uma celebração profana humilde nos capta a atenção.

Sentada num banco de jardim, uma menina segura um bolo de aniversário. Atrás dela, uma jovem dominicana ata um arranjo de balões a um canto do banco.

Avó e mãe das irmãs aniversariantes Charlote e Anabela fotografam Anabela no Parque Independência de Puerto Plata.

Avó e mãe das irmãs aniversariantes Charlote e Anabela fotografam Anabela no Parque Independência de Puerto Plata.

Charlotte faz três anos. A mãe trata dos ajustes para uma sessão fotográfica que eternize o momento. “Não é só a Charlotte.” diz-nos a senhora. “A Anabela, a mais pequenita, também fez há pouco o primeiro!” Com as ajudas babadas da avó e de uma amiga, a mãe senta as duas filhas no banco com o bolo pelo meio.

A angelical Anabela ignora as fotos. Pouco dada a cerimónias, tira uma grande dedada de cobertura do bolo e suja a boca toda de natas. Charlotte leva as mãos à cabeça. A irmã não pára.

Ataca os sectores coloridos do bolo. Charlotte pede socorro à mãe e à avó mas, divertidas com as diabruras fotogénicas da caçula, as adultas ignoram-na. Charlotte perde a paciência. Grita à irmã lambuzona e tenta impedir o seu terrorismo açucarado. Tarde demais e em vão.

Irmãs aniversariantes no Parque Independência, Puerto Plata, Rep. Dominicana

Charlotte reprime a irmã aniversariante Anabela por esta destruir o bolo de anos.

Já não entramos na catedral. Em vez, invertemos caminho para o fundo do Parque Independência e, logo, para uma nova rua da cidade, o beco de Doña Blanca Franceschini, recém-inaugurado pela família do grupo turístico Punta Cana, a Rainieri Kuret.

A viela foi reparada pelo grupo e pela família em homenagem aos 110 anos da chegada da sua avó Blanca a Puerto Plata, em 1898. Bianca (nome italiano original) Franceschini e o marido aperceberem-se que fazia falta um hotel em Puerto Plata.

Decidiram, assim, fundar o Hotel del Comercio, mais tarde Hotel Europa e lançaram uma base sólida do turismo dominicano.

Encontramos o callejon magenta de uma ponta à outra. Decorado com bancos, janelas e espelhos que desafiam os casais de namorados instagramers. Vemos Marielys e a sua cara-metade lutarem para chegarem a uma foto criativa que chegasse.

Namorados fotografam-se no Callejón de Doña Blanca, Puerto Plata

Namorados tentam chegar a uma foto-reflexo perfeita no Callejon de Doña Blanca, em Puerto Plata

Passados quinze minutos, ao constatarem a hiperactividade de um bando de fotógrafos com câmaras que lhes pareciam profissionais, não resistem: “vocês não nos podem ajudar aqui? Esta história dos reflexos é complicada… e vocês estão habituados.”

Fazemos a vontade à rapariga. Ela espreita a foto e olha para o namorado com um ar recriminatório de: “vês? Era assim tão difícil?”

Logo abaixo, no paseo das sombrillas, encontramos Josefina Martinez, de Tortuga, uma ilha a norte do Haiti.

Bastante mais à vontade como modelo, divertimo-nos os três num curto improviso em redor do algodão-doce que saboreava.

Doce brincadeira, Puerto Plata, República Dominicana

Josefina Martinez, de Tortuga, brinca com algodão-doce, em Puerto Plata

Descemos um pouco mais, para a beira-mar. Lá encontramos o Forte de São Filipe. Até meio do século XVI, Puerto Plata continuou a desenvolver-se em redor deste forte.

Até que, por volta de 1555, entrou em decadência e passou a ser frequentado sobretudo por piratas, de tal maneira que em 1605 para evitar a expansão da pirataria que prejudicava os Espanhóis, Felipe III, ordenou a destruição da cidade, que só viria a ser repopulada decorrido um século.

Encontramos o forte já fechado mas, como sempre acontece nas cidades portuárias caribenhas, cercado de vida. Tomás Nuñez tinha voltado ao seu velho hábito de patinar em linha e, pelo que víamos, mantinha-se em forma.

A determinada altura, sentou-se a apertar os patins ao lado de Lourdes e de Darwin, ambos deitados a ver as ondas bater na extensão das muralhas.

Moradores de Puerto Plata, Tomás Nuñez, Lourdes e Darwin nas imediações do Forte de São Filipe.

Tomás Nuñez, Lourdes e Darwin nas imediações do forte de San Felipe de Puerto Plata.

Chegámos a pensar que os dois família de Tomás mas não, não se conheciam. Dan, o marido de Lourdes e pai de Darwin pescava mais abaixo, fora do alcance da nossa vista.

Confuso? Talvez. Nada de mais se tivermos em conta a riqueza do que tínhamos vivido num só dia de Puerto Plata. Seguir-se-ia a Península de Samaná e os seus Haitises.

Santo Domingo, República Dominicana

A Mais Longeva Anciã Colonial das Américas

Santo Domingo é a colónia há mais tempo habitada do Novo Mundo. Fundada, em 1498, por Bartolomeu Colombo, a capital da República Dominicana preserva intacto um verdadeiro tesouro de resiliência histórica.
Lago Enriquillo, República Dominicana

Enriquillo: o Grande Lago das Antilhas

Com entre 300 e 400km2, situado a 44 metros abaixo do nível do mar, o Enriquillo é o lago supremo das Antilhas. Mesmo hipersalino e abafado por temperaturas atrozes, não pára de aumentar. Os cientistas têm dificuldade em explicar porquê.
Laguna Oviedo a Bahia de las Águilas, República Dominicana

Em Busca da Praia Dominicana Imaculada

Contra todas as probabilidades, um dos litorais dominicanos mais intocados também é dos mais remotos. À descoberta da província de Pedernales, deslumbramo-nos com o semi-desértico Parque Nacional Jaragua e com a pureza caribenha da Bahia de las Águilas.
Barahona, República Dominicana

A República Dominicana Balnear de Barahona

Sábado após Sábado, o recanto sudoeste da República Dominicana entra em modo de descompressão. Aos poucos, as suas praias e lagoas sedutoras acolhem uma maré de gente eufórica que se entrega a um peculiar rumbear anfíbio.
Península de Samaná, PN Los Haitises, República Dominicana

Da Península de Samaná aos Haitises Dominicanos

No recanto nordeste da República Dominicana, onde a natureza caribenha ainda triunfa, enfrentamos um Atlântico bem mais vigoroso que o esperado nestas paragens. Lá cavalgamos em regime comunitário até à famosa cascata Limón, cruzamos a baía de Samaná e nos embrenhamos na “terra das montanhas” remota e exuberante que a encerra.
Soufrière, Saint Lucia

As Grandes Pirâmides das Antilhas

Destacados acima de um litoral exuberante, os picos irmãos Pitons são a imagem de marca de Saint Lucia. Tornaram-se de tal maneira emblemáticos que têm lugar reservado nas notas mais altas de East Caribbean Dollars. Logo ao lado, os moradores da ex-capital Soufrière sabem o quão preciosa é a sua vista.
Laguna de Oviedo, República Dominicana

O Mar (nada) Morto da República Dominicana

A hipersalinidade da Laguna de Oviedo oscila consoante a evaporação e da água abastecida pela chuva e pelos caudais vindos da serra vizinha de Bahoruco. Os nativos da região estimam que, por norma, tem três vezes o nível de sal do mar. Lá desvendamos colónias prolíficas de flamingos e de iguanas entre tantas outras espécies que integram este que é um dos ecossistemas mais exuberantes da ilha de Hispaniola.
Cartagena de Índias, Colômbia

A Cidade Apetecida

Muitos tesouros passaram por Cartagena antes da entrega à Coroa espanhola - mais que os piratas que os tentaram saquear. Hoje, as muralhas protegem uma cidade majestosa sempre pronta a "rumbear".
PN Henri Pittier, Venezuela

PN Henri Pittier: entre o Mar das Caraíbas e a Cordilheira da Costa

Em 1917, o botânico Henri Pittier afeiçoou-se à selva das montanhas marítimas da Venezuela. Os visitantes do parque nacional que este suíço ali criou são, hoje, mais do que alguma vez desejou
Ilha Margarita ao PN Mochima, Venezuela

Ilha Margarita ao Parque Nacional Mochima: um Caribe bem Caribenho

A exploração do litoral venezuelano justifica uma festa náutica de arromba. Mas, estas paragens também nos revelam a vida em florestas de cactos e águas tão verdes como a selva tropical de Mochima.
Tulum, México

A Mais Caribenha das Ruínas Maias

Erguida à beira-mar como entreposto excepcional decisivo para a prosperidade da nação Maia, Tulum foi uma das suas últimas cidades a sucumbir à ocupação hispânica. No final do século XVI, os seus habitantes abandonaram-na ao tempo e a um litoral irrepreensível da península do Iucatão.
Ilha Saona, República Dominicana

Uma Savona nas Antilhas

Durante a sua segunda viagem às Américas, Colombo desembarcou numa ilha exótica encantadora. Baptizou-a de Savona, em honra de Michele da Cuneo, marinheiro savonês que a percebeu destacada da grande Hispaniola. Hoje tratada por Saona, essa ilha é um dos édenes tropicais idolatrados da República Dominicana.

Montãna Redonda e Rancho Salto Yanigua, República Dominicana

Da Montaña Redonda ao Rancho Salto Yanigua

À descoberta do noroeste dominicano, ascendemos à Montaña Redonda de Miches, recém-transformada num insólito apogeu de evasão. Desse cimo, apontamos à Bahia de Samaná e a Los Haitises, com passagem pelo pitoresco rancho Salto Yanigua.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
O rio Zambeze, PN Mana Poools
Safari
Kanga Pan, Mana Pools NP, Zimbabwe

Um Manancial Perene de Vida Selvagem

Uma depressão situada a 15km para sudeste do rio Zambeze retém água e minerais durante toda a época seca do Zimbabué. A Kanga Pan, como é conhecida, nutre um dos ecossistemas mais prolíficos do imenso e deslumbrante Parque Nacional Mana Pools.
Caminhantes no trilho do Ice Lake, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 7º - Braga - Ice Lake, Nepal

Circuito Annapurna – A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
Visitantes nas ruínas de Talisay, ilha de Negros, Filipinas
Arquitectura & Design
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
Aventura
Viagens de Barco

Para Quem Só Enjoa de Navegar na Net

Embarque e deixe-se levar em viagens de barco imperdíveis como o arquipélago filipino de Bacuit e o mar gelado do Golfo finlandês de Bótnia.
Cerimónias e Festividades
Pentecostes, Vanuatu

Naghol: O Bungee Jumping sem Modernices

Em Pentecostes, no fim da adolescência, os jovens lançam-se de uma torre apenas com lianas atadas aos tornozelos. Cordas elásticas e arneses são pieguices impróprias de uma iniciação à idade adulta.
Teatro de Manaus
Cidades
Manaus, Brasil

Os Saltos e Sobressaltos da ex-Capital Mundial da Borracha

De 1879 a 1912, só a bacia do rio Amazonas gerava o latex de que, de um momento para o outro, o mundo precisou e, do nada, Manaus tornou-se uma das cidades mais avançadas à face da Terra. Mas um explorador inglês levou a árvore para o sudeste asiático e arruinou a produção pioneira. Manaus voltou a provar a sua elasticidade. É a maior cidade da Amazónia e a sétima do Brasil.
Comida
Mercados

Uma Economia de Mercado

A lei da oferta e da procura dita a sua proliferação. Genéricos ou específicos, cobertos ou a céu aberto, estes espaços dedicados à compra, à venda e à troca são expressões de vida e saúde financeira.
Tombola, bingo de rua-Campeche, Mexico
Cultura
Campeche, México

Há 200 Anos a Brincar com a Sorte

No fim do século XVIII, os campechanos renderam-se a um jogo introduzido para esfriar a febre das cartas a dinheiro. Hoje, jogada quase só por abuelitas, a loteria local pouco passa de uma diversão.
Espectador, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, Australia
Desporto
Melbourne, Austrália

O Futebol em que os Australianos Ditam as Regras

Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.
Serra da Leba, a estrada aos esses projectada pelo Eng. Edgar Cardoso
Em Viagem
Serra da Leba, Angola

Aos Esses. Pela História de Angola.

Uma estrada ousada e providencial inaugurada nas vésperas da Revolução dos Cravos liga a planura do Namibe às alturas verdejantes da Serra da Leba. As suas sete curvas em gancho surgem no enfiamento de um passado colonial atribulado. Dão acesso a alguns dos cenários mais grandiosos de África.
Telhados cinza, Lijiang, Yunnan, China
Étnico
Lijiang, China

Uma Cidade Cinzenta mas Pouco

Visto ao longe, o seu casario vasto é lúgubre mas as calçadas e canais seculares de Lijiang revelam-se mais folclóricos que nunca. Em tempos, esta cidade resplandeceu como a capital grandiosa do povo Naxi. Hoje, tomam-na de assalto enchentes de visitantes chineses que disputam o quase parque temático em que se tornou.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

Music Theatre and Exhibition Hall, Tbilissi, Georgia
História
Tbilisi, Geórgia

Geórgia ainda com Perfume a Revolução das Rosas

Em 2003, uma sublevação político-popular fez a esfera de poder na Geórgia inclinar-se do Leste para Ocidente. De então para cá, a capital Tbilisi não renegou nem os seus séculos de história também soviética, nem o pressuposto revolucionário de se integrar na Europa. Quando a visitamos, deslumbramo-nos com a fascinante mixagem das suas passadas vidas.
Windward Side, Saba, Caraíbas Holandesas, Holanda
Ilhas
Saba, Holanda

A Misteriosa Rainha Holandesa de Saba

Com meros 13km2, Saba passa despercebida até aos mais viajados. Aos poucos, acima e abaixo das suas incontáveis encostas, desvendamos esta Pequena Antilha luxuriante, confim tropical, tecto montanhoso e vulcânico da mais rasa nação europeia.
Igreja Sta Trindade, Kazbegi, Geórgia, Cáucaso
Inverno Branco
Kazbegi, Geórgia

Deus nas Alturas do Cáucaso

No século XIV, religiosos ortodoxos inspiraram-se numa ermida que um monge havia erguido a 4000 m de altitude e empoleiraram uma igreja entre o cume do Monte Kazbek (5047m) e a povoação no sopé. Cada vez mais visitantes acorrem a estas paragens místicas na iminência da Rússia. Como eles, para lá chegarmos, submetemo-nos aos caprichos da temerária Estrada Militar da Geórgia.
silhueta e poema, cora coralina, goias velho, brasil
Literatura
Goiás Velho, Brasil

Vida e Obra de uma Escritora à Margem

Nascida em Goiás, Ana Lins Bretas passou a maior parte da vida longe da família castradora e da cidade. Regressada às origens, continuou a retratar a mentalidade preconceituosa do interior brasileiro
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Natureza
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
A Gran Sabana
Parques Naturais

Gran Sabana, Venezuela

Um Verdadeiro Parque Jurássico

Apenas a solitária estrada EN-10 se aventura pelo extremo sul selvagem da Venezuela. A partir dela, desvendamos cenários de outro mundo, como o da savana repleta de dinossauros da saga de Spielberg.

Uma Cidade Perdida e Achada
Património Mundial UNESCO
Machu Picchu, Peru

A Cidade Perdida em Mistério dos Incas

Ao deambularmos por Machu Picchu, encontramos sentido nas explicações mais aceites para a sua fundação e abandono. Mas, sempre que o complexo é encerrado, as ruínas ficam entregues aos seus enigmas.
Monumento do Heroes Acre, Zimbabwe
Personagens
Harare, Zimbabwe

O Último Estertor do Surreal Mugabué

Em 2015, a primeira-dama do Zimbabué Grace Mugabe afirmou que o presidente, então com 91 anos, governaria até aos 100, numa cadeira-de-rodas especial. Pouco depois, começou a insinuar-se à sua sucessão. Mas, nos últimos dias, os generais precipitaram, por fim, a remoção de Robert Mugabe que substituiram pelo antigo vice-presidente Emmerson Mnangagwa.
Lançamento de rede, ilha de Ouvéa-Ilhas Lealdade, Nova Caledónia
Praias
Ouvéa, Nova Caledónia

Entre a Lealdade e a Liberdade

A Nova Caledónia sempre questionou a integração na longínqua França. Na ilha de Ouvéa, arquipélago das Lealdade, encontramos uma história de resistência mas também nativos que preferem a cidadania e os privilégios francófonos.
Promessa?
Religião
Goa, Índia

Para Goa, Rapidamente e em Força

Uma súbita ânsia por herança tropical indo-portuguesa faz-nos viajar em vários transportes mas quase sem paragens, de Lisboa à famosa praia de Anjuna. Só ali, a muito custo, conseguimos descansar.
A Toy Train story
Sobre Carris
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
Graffiti deusa creepy, Haight Ashbury, Sao Francisco, EUA, Estados Unidos America
Sociedade
The Haight, São Francisco, E.U.A.

Órfãos do Verão do Amor

O inconformismo e a criatividade ainda estão presentes no antigo bairro Flower Power. Mas, quase 50 anos depois, a geração hippie deu lugar a uma juventude sem-abrigo, descontrolada e até agressiva.
Retorno na mesma moeda
Vida Quotidiana
Dawki, Índia

Dawki, Dawki, Bangladesh à Vista

Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
Maria Jacarés, Pantanal Brasil
Vida Selvagem
Miranda, Brasil

Maria dos Jacarés: o Pantanal abriga criaturas assim

Eurides Fátima de Barros nasceu no interior da região de Miranda. Há 38 anos, instalou-se e a um pequeno negócio à beira da BR262 que atravessa o Pantanal e ganhou afinidade com os jacarés que viviam à sua porta. Desgostosa por, em tempos, as criaturas ali serem abatidas, passou a tomar conta delas. Hoje conhecida por Maria dos Jacarés, deu nome de jogador ou treinador de futebol a cada um dos bichos. Também garante que reconhecem os seus chamamentos.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.