Barra a Kunta Kinteh, Gâmbia

Viagem às Origens do Tráfico Transatlântico de Escravos


Albreda, rio Gâmbia
Never Again Monument
Pontão Adentro
Ruínas de São Domingos
Trabalho Fluviai
Ruínas do Fort St. James
Pescadores
Faina do Pontão
Sr. Eduardo
Portal “Roots”
Fila Fluvial
Canhão do Fort St. James
Drenagem
O Museu da Escravatura
Kunta Kinteh à Vista
Peixe à cabeça
Os Embondeiros de Kinteh
Maré (quase) Vazia
Uma das principais artérias comerciais da África Ocidental, a meio do século XV, o rio Gâmbia era já navegado pelos exploradores portugueses. Até ao XIX, fluiu pelas suas águas e margens, boa parte da escravatura perpetrada pelas potências coloniais do Velho Mundo.

No ponto exacto em que se entrega ao oceano Atlântico, o rio Gâmbia estreita.

É aí que o cruzamos, com partida do porto da capital gambiana, Banjul.

O ferry cumpre a ligação entre o sul e o norte da nação, dividida na íntegra pelo rio, com 1100 km de extensão, um dos mais longos e largos da África Ocidental.

Como quase sempre, vai à pinha, dentro de um limite de pessoas e carga que, confrontadas com naufrágios terríveis nas suas águas e ao largo, as autoridades se viram obrigadas a respeitar.

Sobre o convés, os passageiros ocupam todos os bancos disponíveis, costas contra costas, joelhos contra joelhos.

Seguem de pé, à galhofa, contra as vedações limiares do barco. Malgrado o aperto, dezenas de vendedores percorrem os espaços entre filas. Impingem amendoim e caju, máscaras sanitárias, utensílios para telemóveis e afins.

Outros, promovem cabeleiras e uma incrível farmácia naturalista portátil.

Meia-hora de navegação depois, já sobre a margem oposta, avistamos uma frota de pirogas, lado a lado sobre um areal, aquém de um casario abarracado que, a espaços, se funde com uma linha de coqueiros, de palmeiras, de outras árvores tropicais.

No limiar nordeste da costa, vislumbramos ainda muralhas de uma fortificação.

Entre embondeiros massivos que a época seca desfolhou, esconde-se o emblemático forte Bullen.

O Desembarque em Barra, do Outro lado do Rio Gâmbia

Um grande pórtico dá-nos as boas-vindas: “Welcome to Barra”.

Uma multidão de passageiros desembarca para uma via murada que os leva mais para dentro desta povoação contraponto de Banjul.

Mesmo escrita em inglês, a única língua oficial da Gâmbia, a mensagem incorpora o nome secular português da região: “Barra”, em vez do Niumi que o antecedeu.

Foram os navegadores enviados pelo Infante D. Henrique, os responsáveis por o Reino de Niumi vigente em redor da boca do rio Gâmbia, ficar conhecido como Reino de Barra, mais tarde, apenas como Barra.

Em 1446, durante a sua quarta viagem ao longo da costa ocidental de África, com a missão de chegar à África negra, Nuno Tristão, terá entrado pela foz de um rio da zona, subsiste a polémica quanto a qual, se o Gâmbia, ou outro mais a sul.

Por ele acima se aventurou. Enquanto pôde. Cerca de oitenta nativos (estima-se que Niumi) que seguiam sobre mais de dez canoas cercaram e atacaram o batel para que se tinha transbordado, com vinte e poucos homens.

Dispararam sobre os portugueses centenas de flechas envenenadas.

Só quatro dos alvos sobreviveram para, a muito esforço, regressarem a Lagos e contarem a tragédia. Nuno Tristão não foi um deles.

Com o ferry já a preparar-se para o regresso a Banjul. Damos seguimento à nossa própria, incomparável, aventura.

Sem surpresa, abordam-nos vários “empresários” da cidade. Uns, são condutores de táxi e de sept-places.

Outros, oportunistas que que lucram de recrutarem passageiros toubab (leia-se brancos) a preços inflacionados. Voltamos a exasperar com os esquemas destes “gambian men”, assim conhecidos entre os forasteiros pela sua imaginação negocial e falta de escrúpulos.

Enfiamo-nos num velho VW Golf. Apontamos a Albreda, 33km para sudeste e o interior da Gâmbia.

E a Chegada a Albreda

Lá nos recebe Mrs. Aminata, a co-proprietária do Kunta Kinteh Lodge em que iríamos pernoitar. Aminata é tão branca quanto possível. Tem olhos azuis, algo siameses.

Fala com um leve british accent. Não obstante, traja grandmubas, vestidos tradicionais gambianos repletos de folhos e cores. E é muçulmana.

Quando lhe narramos o frenesim da garage (gare de transportes) de Barra, Aminata desabafa. “Por cá, quando veem pele branca, veem dinheiro. Comigo é a mesma coisa!”

Ms. Aminata, serve-nos almoço. Um guia local não espera sequer que terminemos. Senta-se à mesa. Faz de tudo para que o recrutemos antes de outros.

Naquele momento, queríamos deambular. Assimilar os visuais e atmosfera do lugar. É o que fazemos.

Depressa constatamos a vida dupla de Albreda, dividida entre o dia-a-dia da comunidade local de pescadores e o dos moradores que se dedicam ao mais proveitoso acolhimento e acompanhamento dos visitantes.

À hora do calor, um grupo de barqueiros e guias tagarelavam à sombra, junto à base do pontão que serve Albreda.

À nossa passagem, interrompem a conversa para nos venderem os seus serviços.

Adiamo-los.

O Memorial UNESCO do Tráfico de Escravos de Albreda

Apreciamos o “Never Again Monument”, símbolo anti-esclavagista e modernista com cabeça de planeta Terra, corpo de gente e braços desagrilhoados ao alto.

Três burros erráticos detêm-se na sua base, a devorarem uma rara erva tenra.

Quatro ou cinco cabras fazem o mesmo, sob duas enormes sumaúmas. Passamos junto às suas raízes, em busca do Museu da Escravatura.

Examinamos mapas, painéis explicativos e outros itens e aprendemos um pouco mais sobre o flagelo que assombrou África séculos a fio.

Entre Albreda e as ruínas de São Domingos que logo nos propusemos encontrar, também percorremos a génese do tráfico de escravos europeu.

Perdidas numa floresta ribeirinha, estas ruínas e – apesar de já quase imperceptíveis – as da capela no centro de Albreda, testemunham a presença pioneira dos portugueses, nestas terras que o desfecho da expedição de Nuno Tristão augurava traiçoeiras.

O Regresso à África Ocidental e a Exploração do Rio Gâmbia

O Infante D. Henrique voltou à carga. Volvida uma década, enviou dois outros navegadores, o veneziano Alvise Cadamosto e o genovês Antoniotto Usodimare.

Em Maio de 1456, evitando expor-se demasiado aos nativos Niumi, ancoraram junto a uma pequena ilha, cerca de 3km ao largo da actual Albreda.

Lá terão enterrado André, um marinheiro que a viagem vitimou. Após o que procuraram estabelecer contacto.

Em 1458, seguiu-se-lhes Diogo Gomes.

No regresso de uma incursão ao estuário do Rio Grande de Geba (Guiné Bissau), o navegador de Lagos, voltou a ancorar na recém-baptizada ilha de Santo André.

Desta incursão, veio a resultar a aquisição da ilha a mansas (reis) mandingas locais e ainda a sua autorização para o assentamento fortificado de São Domingos.

Os portugueses apostavam em se imiscuírem nas rotas auríferas que ligavam Timbuktu e o Alto Níger, pelo Saara, ao litoral marroquino. Em vez do ouro, deparam-se com escravos.

O Tráfico de Escravos Fomentado pelos Reis Indígenas

Tal como há séculos faziam com mercadores árabes e de outras paragens de África, diversos reis mandingas procuraram comerciar prisioneiros das suas guerras com os portugueses.

Os portugueses acederam.

Em breve, passaram a fomentar as capturas de nativos africanos em maior número, para uso dos escravos nas suas distintas colónias, com destaque para o Brasil.

Após a União Ibérica de 1580, a coroa espanhola institucionalizou o sistema de asientos que viabilizava contractos de tráfico de escravos com mercadores de outras nações.

Nos séculos XVI e XVII, franceses, holandeses, britânicos, curlandeses, suas companhias privadas e mercenários gananciosos aproveitaram esta brecha no monopólio português e aniquilaram a supremacia portuguesa nas margens do Gâmbia e no litoral em redor.

O centrado na Ilha de Goreia era igualmente prolífico.

Mesmo assim, até ao século XVIII, por lá persistiram bolsas de colonos lusos.

Os Refugiados sem Retorno da Guerra Civil Guineense

Hoje, por motivos distintos, muitos habitantes do rio provêm da lusofonia mais próxima.

Regressados das ruínas de São Domingos, cruzamo-nos com o sr. Eduardo, um homem de etnia diola, esguio, enfiado numa velha camisola da selecção portuguesa e que ainda dizia o dinheiro em contos.

Entendemo-nos num nosso esboço de crioulo e em português.

Eduardo explica-nos que a Guerra Civil de 1998-99 o obrigou a deixar o norte da Guiné Bissau.

À imagem de tantos outros refugiados no Senegal e na Gâmbia, nunca mais voltou.

Eduardo queria levar-nos à ex-ilha de Santo André. As autoridades turísticas atribuíram-nos outro barqueiro.

A Ilha Memorial de Kunta Kinteh às Ruínas do Fort St. James

Atingimos a ilha num ápice. Lá cirandamos entre as ruínas do forte e os embondeiros despidos que lhe servem de sentinelas.

Nas décadas seguintes, como o rio que a envolve, a ilha mudou de potência colonial e de nome amiúde.

Até que, em 1702, ao mesmo tempo que consolidavam a sua Senegâmbia, os britânicos a capturaram e a renomearam e ao forte, de St. James.

Todas as sucessivas potências coloniais se envolveram no tráfico negreiro.

Em Albreda, em parte, sob as grandes sumaúmas, damos com o maior edifício colonial, o edifício CFAO (do administrador) da era francesa, restaurado, agora usado como um bar-restaurante que não chega a desafiar o gerido pela Srª Aminata.

Os britânicos que conquistaram a colónia aos franceses, chegaram a tempo de abastecer de milhões de escravos as suas Índias Ocidentais e os E.U.A..

Avancemos até 1807. Os britânicos votaram a Abolição da Escravatura. Passaram a combate-la.

Durante largos anos, traficantes de escravos de outras nacionalidades procuraram contornar a acção anti-esclavagista britânica.

E, na Senegâmbia, em particular, os tiros dos canhões do fort Bullen de Barra com que os britânicos visavam os navios esclavagistas.

O fort Bullen já só serve de atractivo turístico. Quando o visitámos, nem isso.

Frequentavam-no três enormes vacas, deitadas entre outros tantos embondeiros seculares.

E, no entanto, África sofre um inusitado regresso da escravatura. Sofrem-na os migrantes em busca da Europa que se veem aprisionados na Líbia.

Mas não só.

Lençois da Bahia, Brasil

A Liberdade Pantanosa do Quilombo do Remanso

Escravos foragidos subsistiram séculos em redor de um pantanal da Chapada Diamantina. Hoje, o quilombo do Remanso é um símbolo da sua união e resistência mas também da exclusão a que foram votados.

Ilha de Goreia, Senegal

Uma Ilha Escrava da Escravatura

Foram vários milhões ou apenas milhares os escravos a passar por Goreia a caminho das Américas? Seja qual for a verdade, esta pequena ilha senegalesa nunca se libertará do jugo do seu simbolismo.​

Elmina, Gana

O Primeiro Jackpot dos Descobrimentos Portugueses

No séc. XVI, Mina gerava à Coroa mais de 310 kg de ouro anuais. Este proveito suscitou a cobiça da Holanda e da Inglaterra que se sucederam no lugar dos portugueses e fomentaram o tráfico de escravos para as Américas. A povoação em redor ainda é conhecida por Elmina mas, hoje, o peixe é a sua mais evidente riqueza.
Cidade Velha, Cabo Verde

Cidade Velha: a anciã das Cidades Tropico-Coloniais

Foi a primeira povoação fundada por europeus abaixo do Trópico de Câncer. Em tempos determinante para expansão portuguesa para África e para a América do Sul e para o tráfico negreiro que a acompanhou, a Cidade Velha tornou-se uma herança pungente mas incontornável da génese cabo-verdiana.

Vulcão Ijen, Indonésia

Os Escravos do Enxofre do Vulcão Ijen

Centenas de javaneses entregam-se ao vulcão Ijen onde são consumidos por gases venenosos e cargas que lhes deformam os ombros. Cada turno rende-lhes menos de 30€ mas todos agradecem o martírio.
Cilaos, Reunião

Refúgio sob o tecto do Índico

Cilaos surge numa das velhas caldeiras verdejantes da ilha de Reunião. Foi inicialmente habitada por escravos foragidos que acreditavam ficar a salvo naquele fim do mundo. Uma vez tornada acessível, nem a localização remota da cratera impediu o abrigo de uma vila hoje peculiar e adulada.
Acra, Gana

A Capital no Berço da Costa do Ouro

Do desembarque dos navegadores portugueses à independência em 1957, sucederam-se as potências que dominaram a região do Golfo da Guiné. Após o século XIX, Acra, a actual capital do Gana, instalou-se em redor de três fortes coloniais erguidos pela Grã-Bretanha, Holanda e Dinamarca. Nesse tempo, cresceu de mero subúrbio até uma das megalópoles mais pujantes de África.
Ilha de Moçambique, Moçambique  

A Ilha de Ali Musa Bin Bique. Perdão, de Moçambique

Com a chegada de Vasco da Gama ao extremo sudeste de África, os portugueses tomaram uma ilha antes governada por um emir árabe a quem acabaram por adulterar o nome. O emir perdeu o território e o cargo. Moçambique - o nome moldado - perdura na ilha resplandecente em que tudo começou e também baptizou a nação que a colonização lusa acabou por formar.
Kumasi a Kpetoe, Gana

Uma Viagem-Celebração da Moda Tradicional Ganesa

Após algum tempo na grande capital ganesa ashanti cruzamos o país até junto à fronteira com o Togo. Os motivos para esta longa travessia foram os do kente, um tecido de tal maneira reverenciado no Gana que diversos chefes tribais lhe dedicam todos os anos um faustoso festival.
Ilha Ibo, Moçambique

Ilha de um Moçambique Ido

Foi fortificada, em 1791, pelos portugueses que expulsaram os árabes das Quirimbas e se apoderaram das suas rotas comerciais. Tornou-se o 2º entreposto português da costa oriental de África e, mais tarde, a capital da província de Cabo Delgado, Moçambique. Com o fim do tráfico de escravos na viragem para o século XX e a passagem da capital para Porto Amélia, a ilha Ibo viu-se no fascinante remanso em que se encontra.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
savuti, botswana, leões comedores de elefantes
Safari
Savuti, Botswana

Os Leões Comedores de Elefantes de Savuti

Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
Yak Kharka a Thorong Phedi, Circuito Annapurna, Nepal, iaques
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 11º: Yak Karkha a Thorong Phedi, Nepal

A Chegada ao Sopé do Desfiladeiro

Num pouco mais de 6km, subimos dos 4018m aos 4450m, na base do desfiladeiro de Thorong La. Pelo caminho, questionamos se o que sentíamos seriam os primeiros problemas de Mal de Altitude. Nunca passou de falso alarme.
Arquitectura & Design
Fortalezas

O Mundo à Defesa – Castelos e Fortalezas que Resistem

Sob ameaça dos inimigos desde os confins dos tempos, os líderes de povoações e de nações ergueram castelos e fortalezas. Um pouco por todo o lado, monumentos militares como estes continuam a resistir.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Aventura
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Corrida de camelos, Festival do Deserto, Sam Sam Dunes, Rajastão, Índia
Cerimónias e Festividades
Jaisalmer, Índia

Há Festa no Deserto do Thar

Mal o curto Inverno parte, Jaisalmer entrega-se a desfiles, a corridas de camelos e a competições de turbantes e de bigodes. As suas muralhas, ruelas e as dunas em redor ganham mais cor que nunca. Durante os três dias do evento, nativos e forasteiros assistem, deslumbrados, a como o vasto e inóspito Thar resplandece afinal de vida.
Canal de Lazer
Cidades
Amesterdão, Holanda

De Canal em Canal, numa Holanda Surreal

Liberal no que a drogas e sexo diz respeito, Amesterdão acolhe uma multidão de forasteiros. Entre canais, bicicletas, coffee shops e montras de bordéis, procuramos, em vão, pelo seu lado mais pacato.
Comida
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Cultura
Espectáculos

O Mundo em Cena

Um pouco por todo o Mundo, cada nação, região ou povoação e até bairro tem a sua cultura. Em viagem, nada é mais recompensador do que admirar, ao vivo e in loco, o que as torna únicas.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Cruzeiro Navimag, Puerto Montt a Puerto-natales, Chile
Em Viagem
Puerto Natales-Puerto Montt, Chile

Cruzeiro num Cargueiro

Após longa pedinchice de mochileiros, a companhia chilena NAVIMAG decidiu admiti-los a bordo. Desde então, muitos viajantes exploraram os canais da Patagónia, lado a lado com contentores e gado.
Centro Cultural Jean Marie Tjibaou, Nova Caledonia, Grande Calhau, Pacifico do Sul
Étnico
Grande Terre, Nova Caledónia

O Grande Calhau do Pacífico do Sul

James Cook baptizou assim a longínqua Nova Caledónia porque o fez lembrar a Escócia do seu pai, já os colonos franceses foram menos românticos. Prendados com uma das maiores reservas de níquel do mundo, chamaram Le Caillou à ilha-mãe do arquipélago. Nem a sua mineração obsta a que seja um dos mais deslumbrantes retalhos de Terra da Oceânia.
portfólio, Got2Globe, fotografia de Viagem, imagens, melhores fotografias, fotos de viagem, mundo, Terra
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Porfólio Got2Globe

O Melhor do Mundo – Portfólio Got2Globe

Cavaleiros cruzam a Ponte do Carmo, Pirenópolis, Goiás, Brasil
História
Pirenópolis, Brasil

Uma Pólis nos Pirinéus Sul-Americanos

Minas de Nossa Senhora do Rosário da Meia Ponte foi erguida por bandeirantes portugueses, no auge do Ciclo do Ouro. Por saudosismo, emigrantes provavelmente catalães chamaram à serra em redor de Pireneus. Em 1890, já numa era de independência e de incontáveis helenizações das suas urbes, os brasileiros baptizaram esta cidade colonial de Pirenópolis.
barco colorido, ilhas gili, indonesia
Ilhas
Ilhas Gili, Indonésia

Gili: as Ilhas da Indonésia que o Mundo Trata por “Ilhas”

São tão humildes que ficaram conhecidas pelo termo bahasa que significa apenas ilhas. Apesar de discretas, as Gili tornaram-se o refúgio predilecto dos viajantes que passam por Lombok ou Bali.
Maksim, povo Sami, Inari, Finlandia-2
Inverno Branco
Inari, Finlândia

Os Guardiães da Europa Boreal

Há muito discriminado pelos colonos escandinavos, finlandeses e russos, o povo Sami recupera a sua autonomia e orgulha-se da sua nacionalidade.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Literatura
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
Passageira agasalhada-ferry M:S Viking Tor, Aurlandfjord, Noruega
Natureza
Flam a Balestrand, Noruega

Onde as Montanhas Cedem aos Fiordes

A estação final do Flam Railway, marca o término da descida ferroviária vertiginosa das terras altas de Hallingskarvet às planas de Flam. Nesta povoação demasiado pequena para a sua fama, deixamos o comboio e navegamos pelo fiorde de Aurland abaixo rumo à prodigiosa Balestrand.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Caminhada sobre a orla, vulcão villarrica, Pucon, Chile
Parques Naturais
Vulcão Villarrica, Chile

Ascensão à Cratera do Vulcão Villarrica, Sempre em Actividade

Pucón abusa da confiança da natureza e prospera no sopé da montanha Villarrica.Seguimos este mau exemplo por trilhos gelados e conquistamos a cratera de um dos vulcões mais activos da América do Sul.
Colonia del Sacramento, Uruguai
Património Mundial UNESCO
Colónia do Sacramento, Uruguai

Colónia do Sacramento: o Legado Uruguaio de um Vaivém Histórico

A fundação de Colónia do Sacramento pelos portugueses gerou conflitos recorrentes com os rivais hispânicos. Até 1828, esta praça fortificada, hoje sedativa, mudou de lado vezes sem conta.
Monumento do Heroes Acre, Zimbabwe
Personagens
Harare, Zimbabwe

O Último Estertor do Surreal Mugabué

Em 2015, a primeira-dama do Zimbabué Grace Mugabe afirmou que o presidente, então com 91 anos, governaria até aos 100, numa cadeira-de-rodas especial. Pouco depois, começou a insinuar-se à sua sucessão. Mas, nos últimos dias, os generais precipitaram, por fim, a remoção de Robert Mugabe que substituiram pelo antigo vice-presidente Emmerson Mnangagwa.
Lançamento de rede, ilha de Ouvéa-Ilhas Lealdade, Nova Caledónia
Praias
Ouvéa, Nova Caledónia

Entre a Lealdade e a Liberdade

A Nova Caledónia sempre questionou a integração na longínqua França. Na ilha de Ouvéa, arquipélago das Lealdade, encontramos uma história de resistência mas também nativos que preferem a cidadania e os privilégios francófonos.
Páscoa Seurassari, Helsínquia, Finlândia, Marita Nordman
Religião
Helsínquia, Finlândia

A Páscoa Pagã de Seurasaari

Em Helsínquia, o sábado santo também se celebra de uma forma gentia. Centenas de famílias reúnem-se numa ilha ao largo, em redor de fogueiras acesas para afugentar espíritos maléficos, bruxas e trolls
Comboio Kuranda train, Cairns, Queensland, Australia
Sobre Carris
Cairns-Kuranda, Austrália

Comboio para o Meio da Selva

Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
Teleférico de Mérida, Renovação, Venezuela, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Sociedade
Mérida, Venezuela

A Renovação Vertiginosa do Teleférico mais Alto do Mundo

Em execução a partir de 2010, a reconstrução do teleférico de Mérida foi levada a cabo na Sierra Nevada por operários intrépidos que sofreram na pele a grandeza da obra.
O projeccionista
Vida Quotidiana
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
Vai-e-vem fluvial
Vida Selvagem
Iriomote, Japão

Iriomote, uma Pequena Amazónia do Japão Tropical

Florestas tropicais e manguezais impenetráveis preenchem Iriomote sob um clima de panela de pressão. Aqui, os visitantes estrangeiros são tão raros como o yamaneko, um lince endémico esquivo.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.