Serra da Leba, Angola

Aos Esses. Pela História de Angola.


Vida Vertiginosa
Árvores agarradas a uma falésia da Fenda da Tundavala, Angola
Mulheres Mumuíla
Mulheres mumuíla, na Serra da Leba, povoação de Mangueiras, Angola
A EN280
Motoreta progride na EN 280, na direcção do Namibe e do oceano Atlântico
Ladeira Monumental
Uma das ladeiras que antecede (ou sucede) os famosos esses.
Perspectiva do Miradouro
Outra perspectiva da estrada aos esses projectada pelo Eng. Edgar Cardoso
Os Esses da Estrada da Leba
A estrada aos esses projectada pelo Eng. Edgar Cardoso
Vendedor Carregado
Vendedor de artesanato, em Mangueiras
Um Crepúsculo Relevante
Ocaso para os lados do Namibe e do Ocidente
Macaco no Sopé da Leba
Macaco na Serra da Leba, Namibe,
Queda do Cimo da Leba
Queda d'água cai por uma vertente da Serra da Leba
A Caminho da Fenda da Tundavala
Serra da Leba, na iminência da Fenda da Tundavala
Ocaso para Trás da Serra da Leba
Ocaso para os lados do Namibe e do Ocidente
Uma estrada ousada e providencial inaugurada nas vésperas da Revolução dos Cravos liga a planura do Namibe às alturas verdejantes da Serra da Leba. As suas sete curvas em gancho surgem no enfiamento de um passado colonial atribulado. Dão acesso a alguns dos cenários mais grandiosos de África.

A certo ponto do percurso entre Moçâmedes e Lubango, um vislumbre recorta o horizonte e as alturas.

Surge bem acima das lombas por que se desdobra a EN280 e da savana pejada de arbustos espinhosos que a estrada sulca.

Esta vastidão padece da mesma secura que preserva o imenso Deserto do Namibe, com o limiar setentrional do sudoeste de Angola quase 2500km a norte do oposto, o sul-africano. Ao longo de umas boas dezenas de quilómetros, desbravamos uma paisagem, mais que inabitada, inóspita.

A miragem acerca-se. Torna-se um elemento real, tão inegável como supremo da anhara. Coroa-a uma meseta com a companhia de um pico ligeiramente mais elevado.

Impõem-se quase sem aviso, adiante de uma outra linha de falésia ininterrupta, num dramatismo com uma forte razão geológica de ser:

ali mesmo, as terras planas do Namibe rendem-se às altas do Planalto Central de Angola.

Motoreta progride na EN 280, na direcção do Namibe e do oceano Atlântico

Ficamos aos pés do seu porteiro de pedra, de tal maneira excêntrico que é conhecido como Monte Maluco.

Improvável, aquele relevo gera uma concentração de humidade e de pluviosidade que, por fim, viabiliza a vida humana.

Serra da Leba, Namibe e Huíla: uma Incrível Diversidade Tribal

Mangueiras prova-se a maior das povoações na beira da estrada e no sopé da serrania conhecida como da Leba.

Com os anos, desenvolveu-se como um ponto de contacto entre as gentes ditas modernizadas que por ali passam e os nativos de etnias mumuíla, mucubal, himba, kuvale, muhimba, mbandera, hacahona, zemba, kwando e tantas outras, ramificadas do grupo étnico Herero/Helelo, com prevalência na ampla Damaralândia namibiana, mas disseminadas pelo terço inferior de Angola.

Sucedem-se bancas de artesanato, sobretudo esculpido em madeira.

Mais acima, junto a outras, de comes e bebes, de frutas e legumes, um exército de mulheres mumuíla envolvem quem por ali se detém.

Abordam-nos num português elementar, várias, atrapalhadas com bebés ao colo.

Ainda assim, determinadas a venderem as suas pulseiras, braceletes, colares e afins, a joalharia que, combinada com capulanas, lenços garridos e cabelos entrançados, compõe a moda que as distingue.

Mulheres mumuíla, na Serra da Leba, povoação de Mangueiras, Angola

Entre os mumuílas e subetnias próximas, são sobretudo as mulheres que comerciam com os forasteiros.

Cabe aos homens a responsabilidade de criar e proteger o gado, a sua principal prova de riqueza.

Sem surpresa, entre as comunidades fiéis aos modos de vida seculares, o lucro obtido pelas mulheres é, amiúde, destinado à aquisição de mais bovinos.

Como por toda a parte, em África, a civilização europeia alterou os modos de vida indígenas.

Uma das ladeiras que antecede (ou sucede) os famosos esses.

O Miradouro no Cimo Rochoso da Serra da Leba

Aquela mesma estrada por que viajávamos intensificou, inclusive, o contacto dos nativos com os angolanos urbanizados e os estrangeiros que visitam a Huíla e o Namibe.

Uma ladeira sem fim à vista ascende ao longo do rio Sondjo.

Leva-nos mais próximo das falésias de que se precipita o seu caudal, mergulhado do limbo do Planalto da Humpata.

Queda d’água cai por uma vertente da Serra da Leba

A ladeira revela uma próxima, lateralizada. Essa outra, dá para um gancho apertado e para outra mais.

A sequência repete-se, pelo menos, sete vezes, num ziguezaguear vertiginoso percorrido por camiões rugidores.

Devagar, devagarinho, travados pela câmara lenta em que sobem, atingimos o planalto.

Passamos por uma cancela de portagem, animada por vendedores de ovos.

Logo, desviamos para o cimo do paredão que antes tínhamos apreciado. Uns poucos varandins delimitam um miradouro sobranceiro.

Dali, deslumbramo-nos com a estrada da Serra da Leba exposta abaixo.

A estrada aos esses projectada pelo Eng. Edgar Cardoso

Monumental e surreal, a sua obra representou um triunfo de engenharia, à época, ímpar, em Angola.

Estrada da Serra da Leba: do Projecto Secular à Obra no Término da Angola Colonial

A estrada foi erguida de maneira a permitir que os condutores passassem, em cerca de 20km, dos 1845m de altitude – o zénite da Serra da Leba fica nos 2036m – quase ao nível do mar.

Diz-se que cruzando, no seu serpentear, três zonas climáticas distintas, com as suas próprias faunas.

Macaco na Serra da Leba, Namibe e Huila

Hoje, a estrada da Serra da Leba mantém-se uma infra-estrutura de valor inestimável. Tanto, que surge no verso das notas angolanas de dois mil kwanzas. Foram, também financeiros, os estímulos na origem desta via tortuosa.

No final do século XIX, atracavam, em Moçâmedes, vapores provindos da Metrópole, prontos a assegurarem o transporte de bens e produtos gerados em Angola.

Uma das regiões com maior produção era a de Sá da Bandeira e arredores que, no entanto, carecia de ligações rodoviárias, sobretudo, à cidade portuária.

A Resistência dos Povos Nativos à Colonização

Esse era, à data, um mal menor.

Em 1904, povos ovambos do sul angolano que resistiam à colonização impuseram às tropas lusas uma derrota humilhante que ficou conhecida como massacre de Cuamatui.

O recém-indigitado governador da Huíla, Alves Roçadas, preparou, com método, a vingança dessa derrota e a imposição dos portugueses.

A expedição que delineou envolvia a movimentação para o interior de Angola de 2.300 homens armados, 44 carros de bois, 10 canhões e 4 metralhadoras.

Decorreu uma década. A partir do norte da sua África Ocidental Germânica, os alemães que já tinham espoletado a Primeira Guerra Mundial, apostaram em se apoderarem de terras do sul de Angola.

E a Tentativa de Invasão da África Ocidental Germânica

Começaram por instigar os nativos a resistirem à ocupação lusa. Em 1914, os próprios alemães atacaram e chacinaram as guarnições portuguesas. No ano seguinte, todavia, as tropas sul-africanas aliadas entraram em cena. Os alemães renderam-se.

Foi só parte de uma submissão bélica que levou à perda de todas as colónias teutónicas em África.

Os nativos, esses, reagruparam-se. Continuaram a resistir aos portugueses. Um general de nome Pereira d’Eça recebeu a missão de os subjugar.

Para o apoiar, um tal de Eng. José Augusto Artur Torres ficou incumbido de melhorar a estrada aberta em 1864 que levava ao Planalto e a Sá da Bandeira, via Vila Arriaga, hoje Bibala. Pereira d’Eça garantiu a mão-de-obra de milhares de nativos cooperantes.

Vendedor de artesanato, em Mangueiras

O fluxo militar então requerido e o trabalho dos indígenas contribuíram para uma vitória decisiva numa batalha de uns poucos milhares de portugueses – seguramente menos de 10.000 – contra muitos mais – estima-se que entre 25.000 e 40.000 nativos munidos de espingardas alemãs.

E o Triunfo sobre os Nativos Resistentes da Batalha de Mongua

Numa espécie de emulação colonial da Batalha de Aljubarrota, os portugueses entrincheiraram-se em forma de quadrado.

Dessa maneira, e munidos de uns poucos canhões e metralhadoras, conseguiram o triunfo mal-conhecido como a Batalha de Mongua.

Ocaso para os lados do Namibe e do Ocidente

A exigência logística desta batalha e a do esforço de submissão dos nativos do sul de Angola inspirou a empreitada da actual estrada da Serra da Leba.

Iniciada bastante mais tarde, devemos sublinhá-lo, num novo contexto de sublevação anticolonial.

A Guerra de Independência de Angola durava desde 1961.

Estrada da Serra da Leba: a Obra Tardia atribuída a Edgar Cardoso

O “Para Angola, rapidamente e em força” proferido por Salazar também significou a incredulidade de que Portugal viesse a perder as suas colónias e a necessidade de investir em infra-estruturas que apoiassem o esforço bélico colonial.

Outra perspectiva da estrada aos esses projectada pelo Eng. Edgar Cardoso

De acordo, o regime incumbiu o prestigiado Eng. Edgar Cardoso de construir uma estrada que domasse a Serra da Leba. O projecto passou ao terreno em 1968.

No ano seguinte, mesmo ainda desprovida de asfalto, a estrada já permitia a circulação de veículos.

Ficou concluída, em 1973, com a sua inauguração programada para o ano seguinte.

Passaram uns poucos meses.

A Revolução de 25 de Abril de 1974 ditou a negação da maior parte dos portugueses do seu Império Colonial.

Angola tornou-se independente, enriquecida pela estrada da Serra da Leba recém-legada, que nos continuou a levar a alturas extasiantes da Huíla.

Árvores agarradas a uma falésia da Fenda da Tundavala, Angola

Retomamos o trajecto que liga o miradouro ao Lubango, com passagem pela cidade vizinha de Humpata.

A via conduz-nos à capital da província. Do Lubango, por outra estrada sinuosa, chegamos aos domínios da fenda da Tundavala.

Serra da Leba, na iminência da Fenda da Tundavala

Ali, as vistas confirmam-se uma vez mais grandiosas.

Instigam-nos a dedicarmos à serra e à sua via-serpente todo um outro dia.

No fim da tarde seguinte, de uma das curvas da Estrada da Serra da Leba, assistimos ao sol afoguear-se acima do Monte Maluco, mergulhar para trás do seu contorno e, já sem o vermos, para o lado oposto do Mundo.

Ocaso para os lados do Namibe e do Ocidente

COMO IR

1 – Reserve o seu programa de viagem para Lubango, Huíla, Serra da Leba e outras partes de Angola na Cosmos Angola – Viagens e Turismo:  telm./whats App +244 921 596 131

2- Ou, em Lubango, alugue a sua viatura no rent-a-car Fórmula Sul: www.formulasul.com  Tel. +244 943 066 444 ou +244 937 632 348 e-mail: [email protected]

Quedas d'água de Kalandula, Angola

Angola em Catadupa

Consideradas as segundas maiores de África, as quedas d’água de Kalandula banham de majestade natural a já de si grandiosa Angola. Desde os tempos coloniais em que foram baptizadas em honra de D. Pedro V, Duque de Bragança, muito rio Lucala e história por elas fluiu.
Lubango, Angola

A Cidade no Cimo de Angola

Mesmo barradas da savana e do Atlântico por serras, as terras frescas e férteis de Calubango sempre prendaram os forasteiros. Os madeirenses que fundaram Lubango sobre os 1790m e os povos que se lhes juntaram, fizeram dela a cidade mais elevada e uma das mais cosmopolitas de Angola.
Namibe, Angola

Incursão ao Namibe Angolano

À descoberta do sul de Angola, deixamos Moçâmedes para o interior da província desértica. Ao longo de milhares de quilómetros sobre terra e areia, a rudeza dos cenários só reforça o assombro da sua vastidão.
Moçamedes ao PN Iona, Namibe, Angola

Entrada em Grande na Angola das Dunas

Ainda com Moçâmedes como ponto de partida, viajamos em busca das areias do Namibe e do Parque Nacional Iona. A meteorologia do cacimbo impede a continuação entre o Atlântico e as dunas para o sul deslumbrante da Baía dos Tigres. Será só uma questão de tempo.
Cabo Ledo, Angola

O Cabo Ledo e a Baía do Regozijo

A apenas a 120km a sul de Luanda, vagas do Atlântico caprichosas e falésias coroadas de moxixeiros disputam a terra de musseque. Partilham a grande enseada forasteiros rendidos ao cenário e os angolanos residentes que o mar generoso há muito sustenta.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, Convívio masai
Safari
Masai Mara, Quénia

Reserva Masai Mara: De Viagem pela Terra Masai

A savana de Mara tornou-se famosa pelo confronto entre os milhões de herbívoros e os seus predadores. Mas, numa comunhão temerária com a vida selvagem, são os humanos Masai que ali mais se destacam.
Thorong Pedi a High Camp, circuito Annapurna, Nepal, caminhante solitário
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 12º - Thorong Phedi a High Camp

O Prelúdio da Travessia Suprema

Este trecho do Circuito Annapurna só dista 1km mas, em menos de duas horas, leva dos 4450m aos 4850m e à entrada do grande desfiladeiro. Dormir no High Camp é uma prova de resistência ao Mal de Montanha que nem todos passam.
costa, fiorde, Seydisfjordur, Islandia
Arquitectura & Design
Seydisfjordur, Islândia

Da Arte da Pesca à Pesca da Arte

Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.
Pleno Dog Mushing
Aventura
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.
bebe entre reis, cavalhadas de pirenopolis, cruzadas, brasil
Cerimónias e Festividades
Pirenópolis, Brasil

Cruzadas à Brasileira

Os exércitos cristãos expulsaram as forças muçulmanas da Península Ibérica no séc. XV mas, em Pirenópolis, estado brasileiro de Goiás, os súbditos sul-americanos de Carlos Magno continuam a triunfar.
Saint George, Granada, Antilhas, casario
Cidades
Saint George, Granada

Uma Detonação de História Caribenha

A peculiar Saint George dispersa-se pela encosta de um vulcão inactivo e em redor de uma enseada em U. O seu casario abundante e ondulante comprova a riqueza gerada ao longo dos séculos na ilha de Granada de que é capital.
Comida
Comida do Mundo

Gastronomia Sem Fronteiras nem Preconceitos

Cada povo, suas receitas e iguarias. Em certos casos, as mesmas que deliciam nações inteiras repugnam muitas outras. Para quem viaja pelo mundo, o ingrediente mais importante é uma mente bem aberta.
Tabatô, Guiné Bissau, tabanca músicos mandingas. Baidi
Cultura
Tabatô, Guiné Bissau

A Tabanca dos Músicos Poetas Mandingas

Em 1870, uma comunidade de músicos mandingas em itinerância, instalou-se junto à actual cidade de Bafatá. A partir da Tabatô que fundaram, a sua cultura e, em particular, os seus balafonistas prodigiosos, deslumbram o Mundo.
arbitro de combate, luta de galos, filipinas
Desporto
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Passageira agasalhada-ferry M:S Viking Tor, Aurlandfjord, Noruega
Em Viagem
Flam a Balestrand, Noruega

Onde as Montanhas Cedem aos Fiordes

A estação final do Flam Railway, marca o término da descida ferroviária vertiginosa das terras altas de Hallingskarvet às planas de Flam. Nesta povoação demasiado pequena para a sua fama, deixamos o comboio e navegamos pelo fiorde de Aurland abaixo rumo à prodigiosa Balestrand.
Sombra de sucesso
Étnico
Champotón, México

Rodeo Debaixo de Sombreros

Champoton, em Campeche, acolhe uma feira honra da Virgén de La Concepción. O rodeo mexicano sob sombreros local revela a elegância e perícia dos vaqueiros da região.
portfólio, Got2Globe, fotografia de Viagem, imagens, melhores fotografias, fotos de viagem, mundo, Terra
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Porfólio Got2Globe

O Melhor do Mundo – Portfólio Got2Globe

Curieuse Island, Seychelles, tartarugas de Aldabra
História
Île Felicité e Île Curieuse, Seychelles

De Leprosaria a Lar de Tartarugas Gigantes

A meio do século XVIII, continuava inabitada e ignorada pelos europeus. A expedição francesa do navio “La Curieuse” revelou-a e inspirou-lhe o baptismo. Os britânicos mantiveram-na uma colónia de leprosos até 1968. Hoje, a Île Curieuse acolhe centenas de tartarugas de Aldabra, o mais longevo animal terrestre.
Donos de lanchas junto ao embarcadouro de Trou d'Eau Douce
Ilhas
Ilha Maurícia

Leste da Maurícia, Sul à Vista

A costa leste da ilha Maurícia afirmou-se como um dos édenes balneares do Índico. Enquanto a percorremos, descobrimos lugares que se revelam, ao mesmo tempo, redutos importantes da sua história. São os casos da Pointe du Diable, de Mahebourg, da Île-aux-Aigrettes e de outras paragens tropicais deslumbrantes.
Igreja Sta Trindade, Kazbegi, Geórgia, Cáucaso
Inverno Branco
Kazbegi, Geórgia

Deus nas Alturas do Cáucaso

No século XIV, religiosos ortodoxos inspiraram-se numa ermida que um monge havia erguido a 4000 m de altitude e empoleiraram uma igreja entre o cume do Monte Kazbek (5047m) e a povoação no sopé. Cada vez mais visitantes acorrem a estas paragens místicas na iminência da Rússia. Como eles, para lá chegarmos, submetemo-nos aos caprichos da temerária Estrada Militar da Geórgia.
silhueta e poema, cora coralina, goias velho, brasil
Literatura
Goiás Velho, Brasil

Vida e Obra de uma Escritora à Margem

Nascida em Goiás, Ana Lins Bretas passou a maior parte da vida longe da família castradora e da cidade. Regressada às origens, continuou a retratar a mentalidade preconceituosa do interior brasileiro
Natureza
Nelson a Wharariki, PN Abel Tasman, Nova Zelândia

O Litoral Maori em que os Europeus Deram à Costa

Abel Janszoon Tasman explorava mais da recém-mapeada e mítica "Terra Australis" quando um equívoco azedou o contacto com nativos de uma ilha desconhecida. O episódio inaugurou a história colonial da Nova Zelândia. Hoje, tanto a costa divinal em que o episódio se sucedeu como os mares em redor evocam o navegador holandês.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Chapada dos Guimarães, Mato Grosso, Brasil, cachoeira Véu de Noiva
Parques Naturais
Chapada dos Guimarães, Mato Grosso, Brasil

No Coração Ardente da América do Sul

Foi só em 1909 que o centro geodésico sul-americano foi apurado por Cândido Rondon, um marechal brasileiro. Hoje, fica na cidade de Cuiabá. Tem nas imediações, os cenários deslumbrantes mas demasiado combustíveis da Chapada dos Guimarães.
Transpantaneira pantanal do Mato Grosso, capivara
Património Mundial UNESCO
Pantanal do Mato Grosso, Brasil

Transpantaneira, Pantanal e Confins do Mato Grosso

Partimos do coração sul-americano de Cuiabá para sudoeste e na direcção da Bolívia. A determinada altura, a asfaltada MT060 passa sob um portal pitoresco e a Transpantaneira. Num ápice, o estado brasileiro de Mato Grosso alaga-se. Torna-se um Pantanal descomunal.
Em quimono de elevador, Osaka, Japão
Personagens
Osaka, Japão

Na Companhia de Mayu

A noite japonesa é um negócio bilionário e multifacetado. Em Osaka, acolhe-nos uma anfitriã de couchsurfing enigmática, algures entre a gueixa e a acompanhante de luxo.
Conversa ao pôr-do-sol
Praias
Boracay, Filipinas

A Praia Filipina de Todos os Sonhos

Foi revelada por mochileiros ocidentais e pela equipa de filmagem de “Assim Nascem os Heróis”. Seguiram-se centenas de resorts e milhares de veraneantes orientais mais alvos que o areal de giz.
Monte Lamjung Kailas Himal, Nepal, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Religião
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
white pass yukon train, Skagway, Rota do ouro, Alasca, EUA
Sobre Carris
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
jovem vendedora, nacao, pao, uzbequistao
Sociedade
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
manada, febre aftosa, carne fraca, colonia pellegrini, argentina
Vida Quotidiana
Colónia Pellegrini, Argentina

Quando a Carne é Fraca

É conhecido o sabor inconfundível da carne argentina. Mas esta riqueza é mais vulnerável do que se imagina. A ameaça da febre aftosa, em particular, mantém as autoridades e os produtores sobre brasas.
PN Tortuguero, Costa Rica, barco público
Vida Selvagem
PN Tortuguero, Costa Rica

A Costa Rica e Alagada de Tortuguero

O Mar das Caraíbas e as bacias de diversos rios banham o nordeste da nação tica, uma das zonas mais chuvosas e rica em fauna e flora da América Central. Assim baptizado por as tartarugas verdes nidificarem nos seus areais negros, Tortuguero estende-se, daí para o interior, por 312 km2 de deslumbrante selva aquática.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.