Inhambane, Moçambique

A Capital Vigente de uma Terra de Boa Gente


Samora Machel (onde se erguia Vasco da Gama)
Estátua do fundador da nação Samora Machel
Av. 3 de Fevereiro
Pedestres percorrem a Av. 3 de Fevereiro, abaixo de palmeiras imperiais
Com Moçambique por Perto
Morador repousa nas imediações da estação ferroviária de Inhambane, ao pé de uma pintura do mapa de Moçambique
Casa Oswald Hoffman
A Casa Oswald Hoffman, património arquitectónico de Inhambane.
Diuenses em Inhambane
Sra Parur e Sr. Paresh na sua loja próxima da Casa Oswald Hoffman
Cine-Teatro Tofo
O edifício colonial e art deco do cine-teatro Tofo
De Olho na Cidade
Transeuntes passam por um mural da cidade de Inhambane
Sol nas Arcadas
Pedestre percorre arcadas iluminadas do centro de Inhambane.
Jovens Transeuntes
Jovens estudantes passam na zona do Mercado e Terminal de Autocarros
Igreja de Nª Srª da Conceição II
A velha Igreja de Nª Srª da Conceição, em Inhambane.
Mãe Tempo Inteiro
Vendedora de jambalão segura o seu bebé numa rua de Inhambane
Rota Txopela
Txopela (riquexó) percorre uma rua de Inhambane.
Estudantes Angelicais
Estudantes junto a um dos vários murais de Inhambane
Igreja de Nª Srª da Conceição
A velha Igreja de Nª Srª da Conceição, em Inhambane.
Vendedoras do Mercado Central
Vendedoras no Mercado Central
Monumento à Independência de Moçambique
Monumento à Independência de Moçambique, em Inhambane
Escolha de Amendoim
Vendedora de amendoim, mercadp central de Inhambane.
Moda Inhambane
Loja de roupa com pinturas a condizer
Trio Alguidar
Mulheres carregadas com peixe, Inhambane
Ocaso a Ocidente da Penínsila
Sol põe-se a oeste da península de Inhambane e de Moçambique
Ficou para a história que um acolhimento generoso assim fez Vasco da Gama elogiar a região. De 1731 em diante, os portugueses desenvolveram Inhambane, até 1975, ano em que a legaram aos moçambicanos. A cidade mantém-se o cerne urbano e histórico de uma das províncias mais reverenciadas de Moçambique.

Ditam as circunstâncias que a nossa base operacional para Inhambane, se situe sobre a ponta noroeste da cidade.

Temos a vista da vastidão salpicada de mangue que as águas do oceano Índico cobrem, sempre que invadem a Baía profunda de Inhambane.

Daquele recanto privilegiado ocupado pelo hotel Casa do Capitão, seja qual for o rumo, passamos por dezenas de vivendas do tempo colonial, com arquitectura e boa parte da sua história portuguesa.

Vivenda colonial erguida enquanto Inhambane era uma cidade portuguesa

Vivenda colonial erguida enquanto Inhambane era uma cidade portuguesa

Com frequência, as sucessivas deambulações levam-nos para sul.

Na direcção do pontão longo que serve de embarcadouro, incluindo aos barcos que ligam Inhambane à sua vizinha ainda mais continental, Maxixe.

Por Avenidas e Alamedas Inhambane Adentro

Avançamos por uma marginal reclamada à baía, a Av. 3 de Fevereiro que as autoridades dotaram de palmeiras imperiais mais resistentes aos tufões e geradoras de alguma sombra.

Pedestres percorrem a Av. 3 de Fevereiro, abaixo de palmeiras imperiais

Pedestres percorrem a Av. 3 de Fevereiro, abaixo de palmeiras imperiais

Sem planos de embarcarmos, flectimos para o interior, por uma alameda desafogada e ajardinada, término da estrada N242 que liga a Inhambane cidade às famosas “terras” balneares de Tofo e Barra.

Uma figura já expectável resiste ao tempo, de dedo indicador apontado ao céu sem limites do Moçambique independente, por essa hora, limpo, azulão, percorrido por algumas nuvens alvas diminutas.

Estátua do fundador da nação Samora Machel

Estátua do fundador da nação Samora Machel

Essa mesma alameda revela-nos novos sinais da génese colonial da cidade e da coexistência entre pré e pós-independência moçambicana que Inhambane há muito admite.

Chegados à esquina com a Av. da Vigilância, admiramos um marco do correio, dos antigos, identificado com CTT Moçambique.

A sua forma, o vermelhão em que subsiste, deixam poucas dúvidas quanto a de quando era e de onde provinha.

Velho marco do correio colonial agora identificado com CTT Moçambique

Velho marco do correio colonial agora identificado com CTT Moçambique

Faltava-lhe apenas o sopé negro característico das versões originais.

Mesmo atrás, surpreende-nos o restaurante “O Tuga”, fonte de petiscos e pratos típicos portugueses, em comunhão com outros moçambicanos.

Metemo-nos pela Av. da Vigilância. Umas dezenas de metros abaixo, damos com nova alameda ajardinada.

De um dos lados, destaca-se o edifício grandioso do Conselho Municipal, separado de uma longa sequência de arcadas por uma fonte e uma pequena floresta de árvores frondosas.

Pedestre percorre arcadas iluminadas do centro de Inhambane.

Pedestre percorre arcadas iluminadas do centro de Inhambane.

Encerra-a um dos maiores espaços comerciais de Inhambane.

O supermercado chinês Wangrong assume uma forma de investimento mais ambicioso a que a velha Inhambane se tenta ajustar.

Loja de roupa com pinturas a condizer

Loja de roupa com pinturas a condizer

O Mercado Central, Lojas e Negócios Pitorescos

O normal, na cidade, são ainda as vendas de rua e os estabelecimentos fechados comedidos.

Encontramos os dois tipos sempre que passamos pelo seu Mercado Central, lugar de cores fortes e cheiros intensos, de boa parte do peixe e carne que aflui à cidade, das frutas e legumes da província homónima, de incontáveis bugigangas e dispositivos, dos artesanais, à electrónica de bolso e de trazer por casa.

Transeuntes passam por um mural da cidade de Inhambane

Transeuntes passam por um mural da cidade de Inhambane

O terminal de autocarros contíguo, esse, concentra a frota local de veículos que serve as viagens, por norma curtas, dos manhambanas.

Partilham-no chapas, txopelas e motos.

Vendedoras no Mercado Central

Vendedoras no Mercado Central

A cada fim de tarde, passamos por esta zona do mercado, decididos a nos reabastecermos de maracujás.

“Levem mais!” impinge-nos Vóvó Joana, mesmo se já encheu o saco com mais de 2kg. “Amanhã, tenho papaias maduras.”

Num outro dia, também compramos jambolão, mas a uma vendedora de rua que amamenta um quase recém-nascido.

Vendedora de jambalão segura o seu bebé numa rua de Inhambane

Vendedora de jambalão segura o seu bebé numa rua de Inhambane

O negro e brilhante jambalão é conhecido em todo o espectro da Lusofonia, por dezenas de nomes díspares. E, no entanto, tem origem na Índia.

É provável que os mercadores portugueses o tenham de lá levado para Moçambique.

No seguimento de nova caminhada, detectamos comerciantes de lojas bem mais castiças e humildes que o supermercado Wangrong.

Pertencem a migrantes que completaram o mesmo trajecto do jambalão.

Sr, Minesh na sua loja Minesh Bhadrassene

Sr, Minesh na sua loja Minesh Bhadrassene

Algumas Curiosas Lojas. De Diuenses

Damos connosco à porta de um tal de negócio Minesh Bhadrassene. Uma senhora de idade em trajes indianos diz-nos que não, não era de Goa. “Falem com o meu filho que está lá dentro”.

O filho e proprietário era o Sr. Minesh. Um dos vários diuenses, de famílias que se mudaram para Moçambique antes de Diu e Moçambique terem deixado de ser colónias portuguesas. “Sim, eu estudei lá e ainda lá vou de vez em quando.

A última vez foi em 2011…” A sua loja mantém aquele visual de pequeno, velho grémio, com prateleiras de madeira repletas de tudo um pouco.

Na esquina da Rua Mueda com a Av. Acordos de Lusaka, identificamos outro estabelecimento do género.

Espreitamos. É mais grémio que mercearia. Revela um novo grande balcão e uma estrutura de prateleiras e arrumos de madeira antiga, menos repleta que a da loja Minesh Bhadrassene.

Gerem-na o Sr. Suresh e a Sra. Parur, casal que, vencida alguma desconfiança, tagarela connosco e nos permite, inclusive, fotografá-los. “Já não vou há algum tempo a Portugal” confessa-nos o Sr. Suresh…” mas, do que tenho visto, parece que agora é só crime!”

Sra Parur e Sr. Paresh na sua loja próxima da Casa Oswald Hoffman

Sra Parur e Sr. Paresh na sua loja próxima da Casa Oswald Hoffman

A sua apreensão deixa-nos apreensivos. “É só crime, como? “Olhem… eu tenho a TV ligada aqui na loja e quase só passam crimes.”

“Uhmm, mas e que canais é que vê?” “A maior parte do tempo dá aquela CMTV…”  “Ah, já percebemos… Mas olhe que esse canal é assim mesmo. Dá sobretudo destaque às desgraças.”

Casa Oswald Hoffmann, o Edifício mais Colorido de Inhambane

A loja de Suresh e Parur fica mesmo em frente a um dos edifícios mais coloridos e emblemáticos de Inhambane, a Casa Oswald Hoffman que encontramos pintada de tons mais habituais na Índia.

Como indicia o nome, ergueu-a uma tal de família Hoffman, em 1890, que chegou a ter planos de lá instalar um hotel Carlton. O edifício acabou por acolher a casa e a loja dos Hoffman.

Após a derrota da Alemanha na 1ª Guerra Mundial que ditou a perda das colónias germânicas em África, os portugueses apoderaram-se do edifício.

A Casa Oswald Hoffman, património arquitectónico de Inhambane.

A Casa Oswald Hoffman, património arquitectónico de Inhambane.

Subsiste com outros edifícios coloniais tão ou mais emblemáticos: o velho Cine-Teatro-Tofo, de óbvio estilo art-deco.

A estação de caminho-de-ferro de Inhambane, o palácio Fornaziny, para mencionarmos uns poucos exemplos.

 

O edifício colonial e art deco do cine-teatro Tofo

O edifício colonial e art deco do cine-teatro Tofo

Cristianismo e Islamismo, uma Convivência com mais de Meio Milénio

Passam por nós levadas de estudantes em uniformes que identificam os seus estabelecimentos de ensino. Inhambane é uma cidade com forte índole académica.

Entre as jovens moças, a maior parte, mantém a cara e o cabelo visível.

Umas poucas, de famílias de fé islâmica mais tradicionalista, cobrem-nos com lenços ajustados a véus hijabs.

Jovens estudantes passam na zona do Mercado e Terminal de Autocarros

Jovens estudantes passam na zona do Mercado e Terminal de Autocarros

Em Inhambane, como na vastidão de Moçambique, o Cristianismo imposto pelos portugueses coexiste com o Islamismo prevalecente à sua chegada.

E a mesquita velha da cidade (erguida a partir de 1835) com a Igreja da Nª Srª da Conceição que demorou de 1854 a 1885 a completar.

A velha Igreja de Nª Srª da Conceição, em Inhambane.

A velha Igreja de Nª Srª da Conceição, em Inhambane.

Hoje, mesmo se uma catedral homónima moderna e mais imponente a substitui, vemos no templo original outra das máculas na conservação dos edifícios históricos da cidade de que as administrações de Inhambane se veem acusadas.

Entretanto, abordaremos o caso específico de Vasco da Gama.

A Evolução de Inhambane desde a Chegada dos Portugueses

O navegador de Sines foi o primeiro a desvendar a costa leste da África do Sul e de Moçambique para a Europa. Ancorou na baía de Inhambane, em Janeiro de 1498.

Já existia uma povoação fundada por mercadores suailis.

Vasco da Gama tinha como prioridades encontrar populações não hostis que lhe permitissem reabastecer a armada de água e mantimentos, de se inteirar da distância para a Índia e de recrutar um piloto que lá conduzisse a armada.

Ficou para a história que, em Inhambane, Vasco da Gama teve bom acolhimento.

Mulheres carregadas com peixe, Inhambane

Mulheres carregadas com peixe, Inhambane

De tal maneira, que o navegador qualificou o lugar de “terra de boa gente”.

Em 1546, os portugueses ergueram uma feitoria fortificada que permitiu inaugurar as primeiras transações comerciais, num lugar distinto do actual.

Entre 1750 e 1758, na sequência de um processo de colonização que já durava há duas décadas, a povoação foi transferida para a península de Inhambane.

Na sua posição actual, dotada do Forte de Nª Srª da Conceição e de outras fortificações, podia ser mais facilmente defendida dos ataques holandeses e franceses, incluindo os dos piratas que operavam a partir da ilha da Reunião. Malgrado os intentos dos rivais coloniais que a chegaram a tomar brevemente, Inhambane proliferou.

Sobretudo das transações de ouro, marfim e escravos – em boa parte fornecidos pelo poderoso império Monomotapa – que financiaram a expansão e desenvolvimento do povoado no espaço da península.

O suficiente para que, em 1956, os portugueses a promovessem a cidade.

Pormenor da velha estação de caminho de ferro de Inhambane.

Pormenor da velha estação de caminho de ferro de Inhambane.

A Despromoção do Descobridor Vasco da Gama, às Mãos da Ideologia

Decorrido quase meio século da independência de Moçambique, 530 anos do desembarque pioneiro de Vasco da Gama, as gentes de Inhambane continuam a orgulhar-se do epíteto atribuído pelo descobridor.

Por aversão ideológica, pouco depois de ter assumido o poder, a FRELIMO, removeu a estátua que homenageava o descobridor.

Em seu lugar, colocou uma outra, de bronze em vez de mármore.

A tal do dedo indicador apontado ao céu. Louva Samora Machel, o pai da nação moçambicana.

É idêntica a centenas de outras que a FRELIMO disseminou por Moçambique. Há algum tempo atrás, a de Vasco da Gama, autor do apreciado epíteto de Inhambane, permanecia relegada a um quintal da cidade.

 

Sol põe-se a oeste da península de Inhambane e de Moçambique

Sol põe-se a oeste da península de Inhambane e de Moçambique

COMO IR

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ONDE FICAR

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e-mail: [email protected]

Telef:   +258 29 321 413 ;  +258 840262302 ; +258 29321408/9

Ilha Ibo, Moçambique

Ilha de um Moçambique Ido

Foi fortificada, em 1791, pelos portugueses que expulsaram os árabes das Quirimbas e se apoderaram das suas rotas comerciais. Tornou-se o 2º entreposto português da costa oriental de África e, mais tarde, a capital da província de Cabo Delgado, Moçambique. Com o fim do tráfico de escravos na viragem para o século XX e a passagem da capital para Porto Amélia, a ilha Ibo viu-se no fascinante remanso em que se encontra.
Bazaruto, Moçambique

A Miragem Invertida de Moçambique

A apenas 30km da costa leste africana, um erg improvável mas imponente desponta do mar translúcido. Bazaruto abriga paisagens e gentes que há muito vivem à parte. Quem desembarca nesta ilha arenosa exuberante depressa se vê numa tempestade de espanto.
Ilha de Moçambique, Moçambique  

A Ilha de Ali Musa Bin Bique. Perdão, de Moçambique

Com a chegada de Vasco da Gama ao extremo sudeste de África, os portugueses tomaram uma ilha antes governada por um emir árabe a quem acabaram por adulterar o nome. O emir perdeu o território e o cargo. Moçambique - o nome moldado - perdura na ilha resplandecente em que tudo começou e também baptizou a nação que a colonização lusa acabou por formar.
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Ilha do Ibo a Ilha QuirimbaMoçambique

Ibo a Quirimba ao Sabor da Maré

Há séculos que os nativos viajam mangal adentro e afora entre a ilha do Ibo e a de Quirimba, no tempo que lhes concede a ida-e-volta avassaladora do oceano Índico. À descoberta da região, intrigados pela excentricidade do percurso, seguimos-lhe os passos anfíbios.
Pemba, Moçambique

De Porto Amélia ao Porto de Abrigo de Moçambique

Em Julho de 2017, visitámos Pemba. Dois meses depois, deu-se o primeiro ataque a Mocímboa da Praia. Nem então nos atrevemos a imaginar que a capital tropical e solarenga de Cabo Delgado se tornaria a salvação de milhares de moçambicanos em fuga de um jihadismo aterrorizador.
Ilha de Goa, Ilha de Moçambique, Moçambique

A Ilha que Ilumina a de Moçambique

A pequena ilha de Goa sustenta um farol já secular à entrada da Baía de Mossuril. A sua torre listada sinaliza a primeira escala de um périplo de dhow deslumbrante em redor da velha Ilha de Moçambique.

Machangulo, Moçambique

A Península Dourada de Machangulo

A determinada altura, um braço de mar divide a longa faixa arenosa e repleta de dunas hiperbólicas que delimita a Baía de Maputo. Machangulo, assim se denomina a secção inferior, abriga um dos litorais mais grandiosos de Moçambique.
Vilankulos, Moçambique

Índico vem, Índico Vai

A porta de entrada para o arquipélago de Bazaruto de todos os sonhos, Vilankulos tem os seus próprios encantos. A começar pela linha de costa elevada face ao leito do Canal de Moçambique que, a proveito da comunidade piscatória local, as marés ora inundam, ora descobrem.
Parque Nacional de Maputo, Moçambique

O Moçambique Selvagem entre o Rio Maputo e o Índico

A abundância de animais, sobretudo de elefantes, deu azo, em 1932, à criação de uma Reserva de Caça. Passadas as agruras da Guerra Civil Moçambicana, o PN de Maputo protege ecossistemas prodigiosos em que a fauna prolifera. Com destaque para os paquidermes que recentemente se tornaram demasiados.
Tofo, Moçambique

Entre o Tofo e o Tofinho por um Litoral em Crescendo

Os 22km entre a cidade de Inhambane e a costa revelam-nos uma imensidão de manguezais e coqueirais, aqui e ali, salpicados de cubatas. A chegada ao Tofo, um cordão de dunas acima de um oceano Índico sedutor e uma povoação humilde em que o modo de vida local há muito se ajusta para acolher vagas de forasteiros deslumbrados.
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Gurué, Moçambique, Parte 2

Em Gurué, entre Encostas de Chá

Após um reconhecimento inicial de Gurué, chega a hora do chá em redor. Em dias sucessivos, partimos do centro da cidade à descoberta das plantações nos sopés e vertentes dos montes Namuli. Menos vastas que até à independência de Moçambique e à debandada dos portugueses, adornam alguns dos cenários mais grandiosos da Zambézia.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

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A Grande Migração da Savana Sem Fim

Nestas pradarias que o povo Masai diz siringet (correrem para sempre), milhões de gnus e outros herbívoros perseguem as chuvas. Para os predadores, a sua chegada e a da monção são uma mesma salvação.
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Do Lado de Lá do Desfiladeiro

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O projeccionista
Vida Quotidiana
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
Fogueira ilumina e aquece a noite, junto ao Reilly's Rock Hilltop Lodge,
Vida Selvagem
Santuário de Vida Selvagem Mlilwane, eSwatini

O Fogo que Reavivou a Vida Selvagem de eSwatini

A meio do século passado, a caça excessiva extinguia boa parte da fauna do reino da Suazilândia. Ted Reilly, filho do colono pioneiro proprietário de Mlilwane entrou em acção. Em 1961, lá criou a primeira área protegida dos Big Game Parks que mais tarde fundou. Também conservou o termo suazi para os pequenos fogos que os relâmpagos há muito geram.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.