Vágar, Ilhas Faroé

Sorvagur a Gásadalur: Rumo ao Ocaso das Ilhas Faroé


Gásadalur e Múlafossur
Névoa e sol lateral faz resplandecer a aldeia de Gásadalur
Ocaso sobre o Fiorde
Ocaso árctico doura o céu acima do fiorde Sorvags.
Ovelhas a Preto e Branco
Ovelhas no cimo do fiorde Sorvags, com o ilhéu Tindhólmur em fundo
Tindhólmur, o ilhéu Afiado
O ilhéu Tindhólmur, duma perspectiva que realça a suas forma afiada.
Passageiros do barco “Josup”
Passageiros do "Josup" a caminho da ilha de Mykines.
Caminhada em Gásadalur
Casario de Gásadalur, uma aldeia cada vez menos habitada do oeste da ilha de Vágar
Pico Heinanova
Névoa em volta do pico do Monte Heinanova, acima de Gasadalur
Fiorde Sorvags Habitado
Casas de uma das povoações nas margens do fiorde Sorvags
Casario Rural
Casas pouco acima do mar do fiorde Sorvags
Muro de Gásadalur
Muro de pedra abaixo da aldeia de Gásadalur
Casas do Fiorde Sorvags
Povoação numa margem arredondada do fiorde Sorvags
Aldeola e queda d’água
Gasadalua e o cimo da sua queda d'água de Mulafossur
À descoberta dos confins oeste de Vagar, a mais ocidental das grandes ilhas faroesas, percorremos o fiorde SØrvag. Onde a estrada se rende, deslumbramo-nos com a queda d’água de Múlafossur e, acima, com a povoação intrépida, por pouco desabitada, de Gásadalur.

Vágar é, salvo a excepção de quem chega em cruzeiros, em veleiros e afins, a primeira ilha das 18 das Faroé que os forasteiros pisam.

Lá se situa o único aeroporto, desenvolvido de um aeródromo que os britânicos instalaram durante a segunda guerra mundial, num período de presença consensual dos aliados.

Em 1940, resultado da operação Weserübung, os alemães tinham invadido a Dinamarca e a Noruega. O controle dos mares e do céu do norte da Europa tornou-se crucial.

Avancemos dois anos. Os britânicos aterraram nesse aeródromo setentrional o seu avião estreante, o primeiro de vários que contribuíram para que, em 1945, o norte da Europa fosse libertado. Na sequência da capitulação das forças do Eixo, durante vinte anos, o aeroporto manteve-se inactivo.

Na década de 70, a intensificação da necessidade de viajar dos faroenses e do turismo no arquipélago, justificou a sua modernização e reactivação.

Éramos apenas dois dos cerca de 100 mil estrangeiros anuais com o privilégio de explorarmos uma das nações mais remotas e exuberantes da Europa. Aterramos em Vágar quase à meia-noite. Viajamos até à capital Torshavn e lá passamos a noite.

Dois dias depois, cruzamos da ilha de Streymoy, de volta à de Vágar. Por um túnel submarino, também ele o inaugural das Faroé, escavado, com quase 5km de extensão, sob o estreito de Vestmanna.

Tínhamos como destino SØrvagur, uma aldeia no sudoeste de Vágar situada no fundo em U do fiorde de SØrvágs e no enfiamento da pista do aeroporto. SØrvagur seria o ponto de partida para uma incursão de barco ao ponto mais ocidental absoluto do arquipélago das Faroé, a ilha de Mykines.

Encontramos SØrvagur disseminada pelas encostas suaves e, durante o curto Verão, ervadas, desse mesmo U. Abaixo do Lago SØrvagvatn, o maior das Faroé, notório, sobretudo, por o seu término sul parecer flutuar acima do oceano. Haveríamos de o explorar.

Povoação numa margem arredondada do fiorde Sorvags

Povoação numa margem arredondada do fiorde Sorvags

Descemos até ao cais. Lá nos juntamos a uma comitiva de estrangeiros apostados em desbravar Mykines. Tínhamos chegado com alguma antecipação.

No tempo que faltava, apuramos factos do passado de SØrvagur que lhe granjeavam uma inesperada importância.

O Passado Viquingue de SØrvagur

Em 1957, durante escavações requeridas por uma escola, a equipa de construção deu com povoado viquingue milenar.

Revelou-se um de meros quatro em que os arqueólogos conseguiram provas inequívocas de terem sido fundados dentro do século e meio após o período de expansão (séculos IX e X) para a Islândia, mas não só, dos povos nórdicos da Escandinávia.

Essa expansão foi descrita numa obra incontornável da sua história, o “Landnámabók” ou “Livro da Colonização”.

É, assim, surpreendente o facto de nela não existir menção do lugar na origem de SØrvagur, como também não existe noutra obra fulcral, “A Saga dos Feroeses”, escrita no início do século XIII e que narra como, num período posterior, os habitantes locais se converteram ao Cristianismo.

Malgrado a ausência desses escritos, sabe-se que SØrvagur mudou de local por mais que uma vez, provavelmente para que os moradores pudessem beneficiar de meteorologias mais favoráveis.

Quase no fim do século XVI, surgiram, por fim, testemunhos escritos da coexistência de três pequenas propriedades rurais, dependentes de cultivos vulneráveis. Daí, até quase ao século XVIII uma família nobre norueguesa deteve toda a terra da zona.

Sabe-se que, pouco depois, um dinamarquês a adquiriu e a vendeu, em pequenos lotes, a moradores humildes. Ao fazê-lo, transformou essas terras de propriedades reais em privadas, como hoje se mantêm.

Casas pouco acima do mar do fiorde Sorvags

Casas pouco acima do mar do fiorde Sorvags

De cerca de 50 habitantes, nessa altura, a população aumentou, até às mais de mil almas que hoje lá se abrigam, boa parte, directamente ou indirectamente envolvidas no lucrativo turismo.

Partida Rumo à Ilha Mykines

Chega a hora do embarque. Subimos a bordo.

Percorremos todo o fiorde de SØrvags com navegação próxima do ilhéu dramático de Tindhólmur.

O ilhéu Tindhólmur, duma perspectiva que realça a suas forma afiada.

O ilhéu Tindhólmur, duma perspectiva que realça a suas forma afiada.

E, daí, até Mykines onde desembarcamos pelas duas da tarde e passamos quatro horas e meia à descoberta, já narrada num artigo dedicado.

Regressamos a SØrvagur sobre às 19h.

SØrvagur a Gásadalur, ao longo do Fiorde SØrvags

Em pleno Verão árctico, o ocaso era estimado para depois das 23h. Seguir-se-ia um período generoso de luz crepuscular. De acordo, regressamos ao carro, subimos de volta à estrada 45 que serpenteia pelo cimo do fiorde de SØrvags.

De pontos elevados na encosta, admiramos o casario disperso de SØrvagur, com o seu campo de futebol quase a entrar pelo areal adentro. Contados outros poucos quilómetros, o de BØur, bastante mais apertado num talvegue abrupto que o rio Stórá sulca, acelerado.

Pouco depois de BØur, ficamos a par com a entrada ampla do fiorde de SØrvags, como que vigiada, à distância pelos ilhéus de Tindhólmur e Gáshólmur por que tínhamos recentemente navegado.

Ovelhas felpudas, de cores dispares pastam entre a estrada e o mar gélido, num equilíbrio precário que, de tempos em tempos, redunda em tragédia.

Ovelhas no cimo do fiorde Sorvags, com o ilhéu Tindhólmur em fundo

Ovelhas no cimo do fiorde Sorvags, com o ilhéu Tindhólmur em fundo

Não tarda, nas imediações de uma enseada afundada e preenchida por grandes calhaus polidos, salpicada pelo caudal esvoaçante da queda d’água de Skardsá, a via 45 flecte para norte. Interna-se em Vágar.

A certo ponto, parece prestes a esbarrar numa vertente semi-camuflada pela cobertura verdejante do Estio faroense.

Diríamos que tínhamos alcançado o fim da estada. Ao invés, outro dos túneis engenhosos e providenciais que sulcam a terra e o mar das Faroés, dá-nos passagem.

O Gásadalstunnelin tem 1.4 km. Contados no âmago de rocha dos montes Knúkarnir que nos separavam de uma aldeia epónima: Gásadalur.

Escavado num modo de “apenas o necessário”, o túnel conta com uma única faixa. Permite fluxo num sentido de cada vez.

Assim que o semáforo nos dá passagem, avançamos. Até voltarmos a ver luz natural, já num ponto de declive contrário, de onde a estrada 45 volta a apontar ao limiar sul da ilha e ao oceano para, logo, reverter para norte.

Desviamos para uma via secundária. Essa, sim, destinada a uma orla vertiginosa, fortemente panorâmica de Vágar. Detemo-nos num parque de estacionamento perdido no meio do verde.

Descemos um trilho íngreme. Até nos vermos numa ladeira de asfalto.

Um rail protegia os forasteiros de um abismo inclemente.

O Cenário Remoto e Irrepreensível de Gásadalur, Múlafossur e monte Heinanova

Dali, desvelava-se a queda d’agua de Múlafossur, apesar de remota, a mais famosa das Ilhas Faroé, em virtude da paisagem contrastante e dramática de que se despenha para o mar.

O derradeiro caudal do rio cai 60 metros, contra um fundo rochoso e escuro que a erva circundante não alcança.

Logo acima, um lugarejo feito de umas poucas casas de distintos tons, submete-se à imponência lítica das montanhas de Heinanova e, à direita, à de Árnafjall, com 722 metros, a montanha suprema de Vágar.

Névoa em volta do pico do Monte Heinanova, acima de Gasadalur

Névoa em volta do pico do Monte Heinanova, acima de Gásadalur

Instalados na melhor posição possível, admiramos e fotografamos aquele cenário sem igual, atentos à passagem das nuvens e de névoa que, com a lenta deslocação do sol para oeste, geravam atmosferas mágicas.

Enquanto o fazemos, pensamos na peculiaridade extrema da povoação, assente em muita coragem e ainda mais determinação. A data da construção da primeira casa da aldeia tornou-se difusa.

Gásadalur: uma Vida de Isolamento e Provações

Sabe-se que os povoadores se começaram a juntar devido à qualidade agrícola do solo e à excelência das pastagens, não tanto pelo potencial da pesca que, por ali, sempre obrigou a mais trabalho que proveito.

O único ponto de embarque viável de Gásadalur fica situado demasiado acima do nível do mar.

Como tal, os seus homens sempre se viram obrigados a manter os barcos junto a BØur, a quase 6km. Só em 1940, durante a presença britânica na ilha foi construída uma escadaria que ligava a praia às alturas da povoação.

Como se não bastasse, tendo em conta que o túnel Gásadalstunnelin foi inaugurado para os pedestres em 2003 e, para as viaturas, em 2006, as gentes de Gásadalur passaram a maior parte das suas vidas entregues a si mesmas.

Casario de Gásadalur, uma aldeia cada vez menos habitada do oeste da ilha de Vágar

Casario de Gásadalur, uma aldeia cada vez menos habitada do oeste da ilha de Vágar

Até à abertura do túnel, sempre que queriam chegar a BØur, a SØrvagur ou a outras povoações, viam-se condenadas a caminhadas extenuantes acima e abaixo dos montes Knúkarnir e dos que se seguiam.

O túnel facilitou as suas vidas no povoado e levou até lá os forasteiros. Mesmo assim, Gásadalur continua em perigo de abandono. Em 2012, abrigava 18 moradores. Em 2020, já só eram 11. Os dois anos de pandemia dificilmente ajudaram.

E, no entanto, Múlafossur, Gásadalur e o cimo rochoso de HeinanØva formam um panorama que nos continuava a maravilhar, como o faz a quem quer que os contemple.

As autoridades faroenses celebram-no e promovem-no, em ilustração e fotografia, em pelo menos dois selos.

Quase às 22h, temos a sorte de o reverenciar, uma derradeira vez, mais memorável que nunca.

Névoa e sol lateral faz resplandecer a aldeia de Gásadalur

Névoa e sol lateral faz resplandecer a aldeia de Gásadalur

Uma névoa densa, rasteira, abraçava-se à base das falésias de HeinanØva, em jeito de cachecol meteorológico. A caminho do seu ocaso tardio, o sol fazia resplandecer a povoação e o ervado em redor.

Múlafossur precipitava-se para o Atlântico do Norte, como há milénios, indiferente aos moradores e visitantes da aldeola acima.

 

Como Ir

Voe de Lisboa para Vagar, ilhas Faroé, com a TAP: https://www.flytap.com/ e a Atlantic Airways https://www.atlanticairways.com/ via Paris ou Copenhaga, por a partir de 680€, ida-e-volta.

Mykines, Ilhas Faroé

No Faroeste das Faroé

Mykines estabelece o limiar ocidental do arquipélago Faroé. Chegou a albergar 179 pessoas mas a dureza do retiro levou a melhor. Hoje, só lá resistem nove almas. Quando a visitamos, encontramos a ilha entregue aos seus mil ovinos e às colónias irrequietas de papagaios-do-mar.
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
Tórshavn, Ilhas Faroé

O Porto Faroês de Thor

É a principal povoação das ilhas Faroé desde, pelo menos, 850 d.C., ano em que os colonos viquingues lá estabeleceram um parlamento. Tórshavn mantém-se uma das capitais mais diminutas da Europa e o abrigo divinal de cerca de um terço da população faroense.
Vágar, Ilhas Faroé

O Lago que Paira sobre o Atlântico Norte

Por um capricho geológico, Sorvagsvatn é muito mais que o maior lago das ilhas Faroé. Falésias com entre trinta a cento e quarenta metros limitam o extremo sul do seu leito. De determinadas perspectivas, dá a ideia de estar suspenso sobre o oceano.
Kirkjubour, Streymoy, Ilhas Faroé

Onde o Cristianismo Faroense deu à Costa

A um mero ano do primeiro milénio, um missionário viquingue de nome Sigmundur Brestisson levou a fé cristã às ilhas Faroé. Kirkjubour, tornou-se o porto de abrigo e sede episcopal da nova religião.
Streymoy, Ilhas Faroé

Streymoy Acima, ao Sabor da Ilha das Correntes

Deixamos a capital Torshavn rumo a norte. Cruzamos de Vestmanna para a costa leste de Streymoy. Até chegarmos ao extremo setentrional de Tjornuvík, deslumbramo-nos vezes sem conta com a excentricidade verdejante da maior ilha faroesa.
Saksun, StreymoyIlhas Faroé

A Aldeia Faroesa que Não Quer ser a Disneylandia

Saksun é uma de várias pequenas povoações deslumbrantes das Ilhas Faroé, que cada vez mais forasteiros visitam. Diferencia-a a aversão aos turistas do seu principal proprietário rural, autor de repetidas antipatias e atentados contra os invasores da sua terra.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
O rio Zambeze, PN Mana Poools
Safari
Kanga Pan, Mana Pools NP, Zimbabwe

Um Manancial Perene de Vida Selvagem

Uma depressão situada a 15km para sudeste do rio Zambeze retém água e minerais durante toda a época seca do Zimbabué. A Kanga Pan, como é conhecida, nutre um dos ecossistemas mais prolíficos do imenso e deslumbrante Parque Nacional Mana Pools.
Muktinath a Kagbeni, Circuito Annapurna, Nepal, Kagbeni
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 14º - Muktinath a Kagbeni, Nepal

Do Lado de Lá do Desfiladeiro

Após a travessia exigente de Thorong La, recuperamos na aldeia acolhedora de Muktinath. Na manhã seguinte, voltamos a descer. A caminho do antigo reino do Alto Mustang e da aldeia de Kagbeni que lhe serve de entrada.
Uma Cidade Perdida e Achada
Arquitectura & Design
Machu Picchu, Peru

A Cidade Perdida em Mistério dos Incas

Ao deambularmos por Machu Picchu, encontramos sentido nas explicações mais aceites para a sua fundação e abandono. Mas, sempre que o complexo é encerrado, as ruínas ficam entregues aos seus enigmas.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Aventura
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.
Indígena Coroado
Cerimónias e Festividades
Pueblos del Sur, Venezuela

Por uns Trás-os-Montes da Venezuela em Fiesta

Em 1619, as autoridades de Mérida ditaram a povoação do território em redor. Da encomenda, resultaram 19 aldeias remotas que encontramos entregues a comemorações com caretos e pauliteiros locais.
Dotonbori, Osaka, Japão
Cidades
Osaka, Japão

O Japão Urbano-Jovial de Osaka

Terceira cidade mais populosa do Japão e uma das mais antigas, Osaka não perde demasiado tempo com formalidades e cerimónias. A capital da região do Kansai é famosa pelas suas gentes extrovertidas sempre prontas a celebrar a vida.
Singapura Capital Asiática Comida, Basmati Bismi
Comida
Singapura

A Capital Asiática da Comida

Eram 4 as etnias condóminas de Singapura, cada qual com a sua tradição culinária. Adicionou-se a influência de milhares de imigrados e expatriados numa ilha com metade da área de Londres. Apurou-se a nação com a maior diversidade gastronómica do Oriente.
Casa Menezes Bragança, Chandor, Goa, India
Cultura
Chandor, Goa, Índia

Uma Casa Goesa-Portuguesa, Com Certeza

Um palacete com influência arquitectónica lusa, a Casa Menezes Bragança, destaca-se do casario de Chandor, em Goa. Forma um legado de uma das famílias mais poderosas da antiga província. Tanto da sua ascensão em aliança estratégica com a administração portuguesa como do posterior nacionalismo goês.
Desporto
Competições

Homem, uma Espécie Sempre à Prova

Está-nos nos genes. Pelo prazer de participar, por títulos, honra ou dinheiro, as competições dão sentido ao Mundo. Umas são mais excêntricas que outras.
Pórtico de entrada em Ellikkalla, Uzbequistão
Em Viagem
Usbequistão

Viagem Pelo Pseudo-Alcatrão do Usbequistão

Os séculos passaram. As velhas e degradadas estradas soviéticas sulcam os desertos e oásis antes atravessados pelas caravanas da Rota da Seda. Sujeitos ao seu jugo durante uma semana, vivemos cada paragem e incursão nos lugares e cenários usbeques como recompensas rodoviárias históricas.
Dunas da ilha de Bazaruto, Moçambique
Étnico
Bazaruto, Moçambique

A Miragem Invertida de Moçambique

A apenas 30km da costa leste africana, um erg improvável mas imponente desponta do mar translúcido. Bazaruto abriga paisagens e gentes que há muito vivem à parte. Quem desembarca nesta ilha arenosa exuberante depressa se vê numa tempestade de espanto.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

Music Theatre and Exhibition Hall, Tbilissi, Georgia
História
Tbilisi, Geórgia

Geórgia ainda com Perfume a Revolução das Rosas

Em 2003, uma sublevação político-popular fez a esfera de poder na Geórgia inclinar-se do Leste para Ocidente. De então para cá, a capital Tbilisi não renegou nem os seus séculos de história também soviética, nem o pressuposto revolucionário de se integrar na Europa. Quando a visitamos, deslumbramo-nos com a fascinante mixagem das suas passadas vidas.
São Tomé Ilha, São Tomé e Principe, Norte, Roça Água Funda
Ilhas
São Tomé, São Tomé e Príncipe

Pelo Cocuruto Tropical de São Tomé

Com a capital homónima para trás, rumamos à descoberta da realidade da roça Agostinho Neto. Daí, tomamos a estrada marginal da ilha. Quando o asfalto se rende, por fim, à selva, São Tomé tinha-se confirmado no top das mais deslumbrantes ilhas africanas.
Verificação da correspondência
Inverno Branco
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Recompensa Kukenam
Literatura
Monte Roraima, Venezuela

Viagem No Tempo ao Mundo Perdido do Monte Roraima

Perduram no cimo do Monte Roraima cenários extraterrestres que resistiram a milhões de anos de erosão. Conan Doyle criou, em "O Mundo Perdido", uma ficção inspirada no lugar mas nunca o chegou a pisar.
Delta do Okavango, Nem todos os rios Chegam ao Mar, Mokoros
Natureza
Delta do Okavango, Botswana

Nem Todos os Rios Chegam ao Mar

Terceiro rio mais longo do sul de África, o Okavango nasce no planalto angolano do Bié e percorre 1600km para sudeste. Perde-se no deserto do Kalahari onde irriga um pantanal deslumbrante repleto de vida selvagem.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Hipopótamo na Lagoa de Anôr, Ilha de Orango, Bijagós, Guiné Bissau
Parques Naturais
Ilha Kéré a Orango, Bijagós, Guiné Bissau

Em Busca dos Hipopótamos Lacustres-Marinhos e Sagrados das Bijagós

São os mamíferos mais letais de África e, no arquipélago das Bijagós, preservados e venerados. Em virtude da nossa admiração particular, juntamo-nos a uma expedição na sua demanda. Com partida na ilha de Kéré e fortuna no interior da de Orango.
kings canyon, Red centre, coracao, Australia
Património Mundial UNESCO
Red Centre, Austrália

No Coração Partido da Austrália

O Red Centre abriga alguns dos monumentos naturais incontornáveis da Austrália. Impressiona-nos pela grandiosidade dos cenários mas também a incompatibilidade renovada das suas duas civilizações.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Personagens
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
La Digue, Seychelles, Anse d'Argent
Praias
La Digue, Seicheles

Monumental Granito Tropical

Praias escondidas por selva luxuriante, feitas de areia coralífera banhada por um mar turquesa-esmeralda são tudo menos raras no oceano Índico. La Digue recriou-se. Em redor do seu litoral, brotam rochedos massivos que a erosão esculpiu como uma homenagem excêntrica e sólida do tempo à Natureza.
Via Conflituosa
Religião
Jerusalém, Israel

Pelas Ruas Beliciosas da Via Dolorosa

Em Jerusalém, enquanto percorrem a Via Dolorosa, os crentes mais sensíveis apercebem-se de como a paz do Senhor é difícil de alcançar nas ruelas mais disputadas à face da Terra.
Chepe Express, Ferrovia Chihuahua Al Pacifico
Sobre Carris
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Ilha Sentosa, Singapura, Família em praia artificial de Sentosa
Sociedade
Sentosa, Singapura

A Evasão e a Diversão de Singapura

Foi uma fortaleza em que os japoneses assassinaram prisioneiros aliados e acolheu tropas que perseguiram sabotadores indonésios. Hoje, a ilha de Sentosa combate a monotonia que se apoderava do país.
Visitantes nas ruínas de Talisay, ilha de Negros, Filipinas
Vida Quotidiana
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
Curieuse Island, Seychelles, tartarugas de Aldabra
Vida Selvagem
Île Felicité e Île Curieuse, Seychelles

De Leprosaria a Lar de Tartarugas Gigantes

A meio do século XVIII, continuava inabitada e ignorada pelos europeus. A expedição francesa do navio “La Curieuse” revelou-a e inspirou-lhe o baptismo. Os britânicos mantiveram-na uma colónia de leprosos até 1968. Hoje, a Île Curieuse acolhe centenas de tartarugas de Aldabra, o mais longevo animal terrestre.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.