Mar de Aral, Uzbequistão

O Lago que o Algodão Absorveu


Barcos em seco
Barcos perdidos no leito seco antes coberto pelo Mar de Aral.
Monumento
Monumento ao Mar de Aral Integral.
Puro espanto
Visitante usbeque examina a carcaça enferrujada de um dos navios que antes sulcava o Mar de Aral.
À Entrada de Moynaq
Sinalização de estrada antecipa a chegada a Moynaq.
Nem Sinal de Mar
Vista do interior de outra embarcação abandonada.
Dias de fartura
Pintura exibe o quotidiano piscatório dos velhos dias do Mar de Aral.
Saltanak
Funcionária Saltanak.
Herança do Algodão
Sequência de barcos enferrujados, alinhados junto à antiga margem do Mar de Aral.
Sinal desactualizado
Sinalização de estrada a indicar Kizi-Jar, uma povoação antes a meias com as margens do Mar de Aral.
Aral de Arquivo
Imagens de um album num museu dedicado à história do Mar de Aral e de Muynaq.
Conserva
Latas de conservas produzidas pelas fábricas antes instaladas nas margens de um Mar de Aral repleto de peixe.
Barcos em seco II
Barcos perdidos no leito seco antes coberto pelo Mar de Aral.
Aral Expo
Quadros que retratam a antiga vida em redor do Mar de Aral.
Recordações dos Velhos Tempos
Funcionária Saltanak mostra um álbum com imagens antigas de Moynaq e do Mar de Aral.
Ancoradouro sobre duna
Barco enferrujado e encalhado sobre pequena duna do Mar de Aral
Em 1960, o Mar de Aral era um dos quatro maiores lagos do mundo mas projectos de irrigação secaram grande parte da água e do modo de vida dos pescadores. Em troca, a URSS inundou o Uzbequistão com ouro branco vegetal.

Alguns mapas mostram em tons de verde a vastidão que vai de Nukus a Moynaq.

Assinalam, assim, o delta do rio Amu Darya e as suas distintas ramificações que irrigam o estremo oeste da República do Karakalpaquistão, uma região autónoma do Uzbequistão. Tínhamos partido da capital, Nukus havia três horas mas continuávamos entregues à aridez poeirenta do deserto de Qizil Qum.

Apesar do percurso algo monótono e de só termos  conhecido recentemente a guia e o motorista, a conversa fluía bem mais que os caudais que continuávamos sem ver: “Se cada visitante estrangeiro trouxesse um balde de água, o Mar de Aral seria salvo” diz-nos Nilufar com a concordância sorridente de Ravshan, mais preocupado em evitar os buracos que minam o quase asfalto.

Tão naife como improvável, esta crença depressa se popularizou e foi retida na cultura uzbeque, ao mesmo tempo que a comunidade científica e os habitantes da Ásia Central viam o lago mirrar ano após ano, iludidos de que a comunidade internacional acabaria por intervir e convencer os líderes da região a evitar a tragédia anunciada.

A Entrada na Cidade em Tempos Ribeirinha de Moynaq

Aproximamo-nos de Moynaq, a única cidade portuária do Uzbequistão, se alguém se atrever a mencionar tal título nos dias que correm. Passamos um desvio para a fronteira com o Cazaquistão e, mais à frente, surgem portais que anunciam a iminência de outras povoações.

sinaletica, carrinha transporte, Mar de Aral, Usbequistão

Sinalização de estrada a indicar Kizi-Jar, uma povoação antes a meias com as margens do Mar de Aral.

Kizil Jar – Shirkat Xojaligi”: o primeiro comunica o caminho para uma aldeia convertida em associação de produtores agrícolas. Por estranho que pareça, o portal é coroado por uma bandeira do Uzbequistão que faz também de barco.

Algumas dezenas de quilómetros depois, damos com o que estabelece os limites geográficos de Moynaq, decorado com um peixe a saltar, por ondas e uma ave sobre a água. Não tardamos a encontrar o líquido precioso mas a visão prova-se tão efémera como estranha.

Pequenas manadas de vacas anfíbias percorrem um paul raso e devoram pasto semi-ensopado. O cenário perde-se no horizonte e deixa-nos a pensar se tratará de uma qualquer franja do grande lago.

Ravshan recorre ao seu alemão quase fluente, dispensa a tradução e antecipa-se à inevitável questão: “Não, ainda não chegámos ao Aral. Estamos na foz do Amu Darya.” Nilufar restabelece a ordem. “É que foi e é tirada tanta água ao rio que já não tem força para chegar ao leito do lago e espraia-se.

Aral Expo

Quadros que retratam a antiga vida em redor do Mar de Aral.

Ainda falta um pouco para Moynaq e das antigas margens do Aral. É uma velha história, entretanto ficam a perceber tudo.” Nessa altura, já estávamos a par do essencial.

A Intervenção Aniquiladora do Regime Soviético

Por volta de 1960, Nikita Krushchev liderava uma União Soviética em plena ascensão na esfera político-económica mundial. Os imensos Cazaquistão e Uzbequistão quase passavam despercebidos no território vermelho sem fim mas não aos dirigentes sem escrúpulos do Kremlin.

Desde os tempos de Estaline que o regime ambicionava concretizar projectos agrícolas megalómanos que envolviam o desvio de parte dos caudais dos rios Amu Darya e Syr Darya para irrigação de plantações de algodão conquistadas aos desertos de Qizil Qum e Qara Qum.

Apesar de parte considerável da água se perder no transvase devido à má qualidade dos canais, tal como previsto, o cultivo do ouro branco deu origem a enormes lucros. O algodão tornou-se numa das grandes produções da União Soviética e continua a ser a principal exportação do Uzbequistão.

Enquanto isso, o tributo milenar dos rios diminuía, como o Mar de Aral que tem hoje cerca de 10% da sua dimensão original e se dividiu em quatro lagos mais pequenos.

A água afastou-se gradualmente das antigas margens e as comunidades que prosperavam com a pesca viram-se arredadas do seu modo de subsistência tradicional. Mas esse não foi o único problema.

Sinaletica estrada, Mar de Aral, Usbequistão

Sinalização de estrada antecipa a chegada a Moynaq.

A Realidade Ressequida e Ainda Tóxica de Moynaq

Internamo-nos na povoação sob um calor atroz.

O lugar parece deserto e só encontramos vivalma no museu local instalado paredes meias com outras repartições públicas de inspiração soviética, decoradas com murais populistas. “Azis jas jubaylar, sizlerge baxt kulip baqsin” comunica um deles que é como quem diz: “Jovens casais, que Deus vos abençoe”.

fotos museu-Mar de Aral-Usbequistão

Imagens de um album num museu dedicado à história do Mar de Aral e de Muynaq.

Em Moynaq, as palavras dificilmente poderiam fazer sentido. Em tempos, a cidade acolhia dezenas de milhares de habitantes protegidos pela pujança da indústria pesqueira e conserveira.

Nos dias que correm, são menos de 9.000 os resistentes, vítimas de um desastre ecológico agravado de cada vez que as tempestades de areia cobrem as ruas e os edifícios de poeiras contaminadas de químicos resultantes da acumulação de fertilizantes e pesticidas no leito seco do Aral.

Os poucos que se atreveram a ficar – a maior parte karakalpaques – estão à mercê de um conjunto de doenças crónicas e agudas, de tal maneira que as mulheres ganharam consciência de que, para protegerem os seus filhos, não os devem amamentar.

A Evocação dos Tempos Piscatórios e Conserveiros do Mar de Aral

Saltanak Aimanova recebe-nos no museu com simpatia protocolar apresenta-nos o que estamos prestes a ver. Mapas explicam a diminuição drástica do lago. Pinturas de Raphael Matevosyan e Fahim Madgazin, entre outros, cobrem as paredes altas.

albuns de fotografia do museu, Mar de Aral, Usbequistão

Funcionária Saltanak mostra um álbum com imagens antigas de Moynaq e do Mar de Aral.

Exibem cenários portuários produtivos e pitorescos, com as tonalidades e texturas – areias, neves e vegetação – ditadas pelos profundos contrastes climatéricos da região.

Noutro sector, surgem empilhadas centenas de latas de conserva com designs soviéticos, resultados coloridos e artísticos da faina e da indústria que davam sentido a tantas vidas.

latas conserva, Mar de Aral, Usbequistão

Latas de conservas produzidas pelas fábricas antes instaladas nas margens de um Mar de Aral repleto de peixe.

Junto à entrada, folheamos um álbum repleto de grandes fotografias a preto e branco do dia-a-dia de Moynaq, a bordo das embarcações e nas fábricas em que a pescaria era processada.

Saltanak vê-nos examinar o livro com interesse redobrado, intervém e pede a ajuda de Nilufar que nos traduz a sua mistura de uzbeque com karakalpaque: “Eu era bem pequena, mas lembro-me de o meu pai me levar para o trabalho e de me maravilhar com as descargas dos enormes esturjões e peixes-gato.”

Desvios Sistemáticos do Lago que o Algodão Absorveu para Sempre

À medida que o caudal dos grandes rios tributários foi desviado para os campos de algodão, a água ligeiramente salobra em que aquelas e outras vinte espécies de peixes proliferavam, tornou-se cada vez mais escassa e salina.

A determinada altura, recuou tanto que não mais se via do litoral e deixou as embarcações de pesca encalhadas no leito seco, num estado, ainda assim, não tão decadente como o que estávamos prestes a encontrar.

monumento, Mar de Aral, Usbequistão

Monumento ao Mar de Aral Integral.

Despedimo-nos e deixamos o museu.

Ravshan  e Nilufar conduzem-nos ao limite oposto da povoação e a um promontório encimado por um monumento aguçado de cimento que remete para os tempos fartos do Aral, e em cuja sombra dormita um homem karakalpaque.

Dali, avistamos o areal sem fim aparente e salpicado de arbustos, em tempos coberto pelo lago e, no sopé da encosta, uma série de carcaças de embarcações alinhadas.

barcos em doca seca, Mar de Aral, Usbequistão

Barcos perdidos no leito seco antes coberto pelo Mar de Aral.

O Mar de Areia Surreal de Aral

Descemos e exploramos de perto e sobre os convés retorcidos aquela misteriosa herança de ferrugem que as autoridades da região resolveram mover da sua posição original no lago para melhor satisfazerem a curiosidade dos visitantes.

É algo que, segundo apuramos mais tarde, o tal homem raramente se presta a fazer.

Já em Tashkent, a capital uzbeque, falamos com Temur, o chefe de Nilufar e de Ravshan sobre a viagem e, por alguma razão, mencionamos o monumento e o nativo karakalpaque.

“Ah já sei de quem é que estão a falar, exclama entusiasmado, Temur.

“Esse homem está sempre por ali mas quase nunca fala com quem chega. Uma vez, sem eu saber muito bem porquê, engraçou comigo e contou-me uma série de coisas sobre os velhos tempos de Moynaq: que o Mar de Aral era tão profundo que chegava quase ao topo do miradouro onde colocaram agora o monumento.

Que os nativos se deslocavam a partir dali, de helicóptero, para outras povoações lacustres distantes. Que, no pino do Inverno, as extremidades do lago gelavam de tal maneira que os pescadores usavam cavalos para ir buscar as redes às zonas interiores ainda desbloqueadas.

barco enferrujado, Mar de Aral, Usbequistão

Barco enferrujado e encalhado sobre pequena duna do Mar de Aral

Que chegaram a acontecer acidentes e vários cavalos e pessoas se afogaram na água gélida ou foram salvos in extremis pelos helicópteros que as vítimas avisavam com disparos de sinalização e dispositivos de radar de segurança.”

De si, o tal karakalpaque falou pouco. Contou apenas a Temur que o barco em que trabalhava se chamava ‘Буйный’ (revoltoso ou tempestuoso).

Como fez ao Mar de Aral, o algodão uzbeque secou-lhe a identidade.

Usbequistão

Viagem Pelo Pseudo-Alcatrão do Usbequistão

Os séculos passaram. As velhas e degradadas estradas soviéticas sulcam os desertos e oásis antes atravessados pelas caravanas da Rota da Seda. Sujeitos ao seu jugo durante uma semana, vivemos cada paragem e incursão nos lugares e cenários usbeques como recompensas rodoviárias históricas.
Tbilisi, Geórgia

Geórgia ainda com Perfume a Revolução das Rosas

Em 2003, uma sublevação político-popular fez a esfera de poder na Geórgia inclinar-se do Leste para Ocidente. De então para cá, a capital Tbilisi não renegou nem os seus séculos de história também soviética, nem o pressuposto revolucionário de se integrar na Europa. Quando a visitamos, deslumbramo-nos com a fascinante mixagem das suas passadas vidas.
Uplistsikhe e Gori, Geórgia

Do Berço da Geórgia à Infância de Estaline

À descoberta do Cáucaso, exploramos Uplistsikhe, uma cidade troglodita antecessora da Geórgia. E a apenas 10km, em Gori, damos com o lugar da infância conturbada de Joseb Jughashvili, que se tornaria o mais famoso e tirano dos líderes soviéticos.
Samarcanda, Usbequistão

O Sultão Astrónomo

Neto de um dos grandes conquistadores da Ásia Central, Ulugh Beg preferiu as ciências. Em 1428, construiu um observatório espacial em Samarcanda. Os seus estudos dos astros levaram-lhe o nome a uma cratera da Lua.
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Vale da Morte, E.U.A.

O Ressuscitar do Lugar Mais Quente

Desde 1921 que Al Aziziyah, na Líbia, era considerado o lugar mais quente do Planeta. Mas a polémica em redor dos 58º ali medidos fez com que, 99 anos depois, o título fosse devolvido ao Vale da Morte.
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
Samarcanda, Uzbequistão

Um Legado Monumental da Rota da Seda

Em Samarcanda, o algodão é agora o bem mais transaccionado e os Ladas e Chevrolets substituíram os camelos. Hoje, em vez de caravanas, Marco Polo iria encontrar os piores condutores do Uzbequistão.
Khiva, Uzbequistão

A Fortaleza da Rota da Seda que a União Soviética Aveludou

Nos anos 80, dirigentes soviéticos renovaram Khiva numa versão amaciada que, em 1990, a UNESCO declarou património Mundial. A URSS desintegrou-se no ano seguinte. Khiva preservou o seu novo lustro.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
O rio Zambeze, PN Mana Poools
Safari
Kanga Pan, Mana Pools NP, Zimbabwe

Um Manancial Perene de Vida Selvagem

Uma depressão situada a 15km para sudeste do rio Zambeze retém água e minerais durante toda a época seca do Zimbabué. A Kanga Pan, como é conhecida, nutre um dos ecossistemas mais prolíficos do imenso e deslumbrante Parque Nacional Mana Pools.
Monte Lamjung Kailas Himal, Nepal, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Luderitz, Namibia
Arquitectura & Design
Lüderitz, Namibia

Wilkommen in Afrika

O chanceler Bismarck sempre desdenhou as possessões ultramarinas. Contra a sua vontade e todas as probabilidades, em plena Corrida a África, o mercador Adolf Lüderitz forçou a Alemanha assumir um recanto inóspito do continente. A cidade homónima prosperou e preserva uma das heranças mais excêntricas do império germânico.
Aventura
Viagens de Barco

Para Quem Só Enjoa de Navegar na Net

Embarque e deixe-se levar em viagens de barco imperdíveis como o arquipélago filipino de Bacuit e o mar gelado do Golfo finlandês de Bótnia.
Indígena Coroado
Cerimónias e Festividades
Pueblos del Sur, Venezuela

Por uns Trás-os-Montes da Venezuela em Fiesta

Em 1619, as autoridades de Mérida ditaram a povoação do território em redor. Da encomenda, resultaram 19 aldeias remotas que encontramos entregues a comemorações com caretos e pauliteiros locais.
Catedral Luterana sobranceira e ao anoitecer Helsínquia, Finlândia
Cidades
Helsínquia, Finlândia

A Filha Suomi do Báltico

Várias cidades cresceram, emanciparam-se e prosperaram à beira deste mar interior do Norte. Helsínquia lá se destacou como a capital monumental da jovem nação finlandesa.
mercado peixe Tsukiji, toquio, japao
Comida
Tóquio, Japão

O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
Cabine Saphire, Purikura, Tóquio, Japão
Cultura
Tóquio, Japão

Fotografia Tipo-Passe à Japonesa

No fim da década de 80, duas multinacionais nipónicas já viam as fotocabines convencionais como peças de museu. Transformaram-nas em máquinas revolucionárias e o Japão rendeu-se ao fenómeno Purikura.
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
Desporto
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
Casal Gótico
Em Viagem

Matarraña a Alcanar, Espanha

Uma Espanha Medieval

De viagem por terras de Aragão e Valência, damos com torres e ameias destacadas de casarios que preenchem as encostas. Km após km, estas visões vão-se provando tão anacrónicas como fascinantes.

Cobá, viagem às Ruínas Maias, Pac Chen, Maias de agora
Étnico
Cobá a Pac Chen, México

Das Ruínas aos Lares Maias

Na Península de Iucatão, a história do segundo maior povo indígena mexicano confunde-se com o seu dia-a-dia e funde-se com a modernidade. Em Cobá, passámos do cimo de uma das suas pirâmides milenares para o coração de uma povoação dos nossos tempos.
luz solar fotografia, sol, luzes
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
Bridgetown, cidade da Ponte e capital de Barbados, praia
História
Bridgetown, Barbados

A Cidade (da Ponte) de Barbados

Fundada, na origem, enquanto Indian Bridge, junto a um pântano nauseabundo, a capital de Barbados evoluiu até a capital das Ilhas Britânicas do Barlavento. Os barbadianos tratam-na por “The City”. É a cidade natal da bem mais famosa Rihanna.
Mural de Key West, Flórida Keys, Estados Unidos
Ilhas
Key West, E.U.A.

O Faroeste Tropical dos E.U.A.

Chegamos ao fim da Overseas Highway e ao derradeiro reduto das propagadas Florida Keys. Os Estados Unidos continentais entregam-se, aqui, a uma deslumbrante vastidão marinha esmeralda-turquesa. E a um devaneio meridional alentado por uma espécie de feitiço caribenho.
Geotermia, Calor da Islândia, Terra do Gelo, Geotérmico, Lagoa Azul
Inverno Branco
Islândia

O Aconchego Geotérmico da Ilha do Gelo

A maior parte dos visitantes valoriza os cenários vulcânicos da Islândia pela sua beleza. Os islandeses também deles retiram calor e energia cruciais para a vida que levam às portas do Árctico.
Na pista de Crime e Castigo, Sao Petersburgo, Russia, Vladimirskaya
Literatura
São Petersburgo, Rússia

Na Pista de “Crime e Castigo”

Em São Petersburgo, não resistimos a investigar a inspiração para as personagens vis do romance mais famoso de Fiódor Dostoiévski: as suas próprias lástimas e as misérias de certos concidadãos.
Parque Nacional Amboseli, Monte Kilimanjaro, colina Normatior
Natureza
PN Amboseli, Quénia

Uma Dádiva do Kilimanjaro

O primeiro europeu a aventurar-se nestas paragens masai ficou estupefacto com o que encontrou. E ainda hoje grandes manadas de elefantes e de outros herbívoros vagueiam ao sabor do pasto irrigado pela neve da maior montanha africana.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Caiaquer no lago Sinclair, Cradle Mountain - Lake Sinclair National Park, Tasmania, Austrália
Parques Naturais
À Descoberta de Tassie, Parte 4 -  Devonport a Strahan, Austrália

Pelo Oeste Selvagem da Tasmânia

Se a quase antípoda Tazzie já é um mundo australiano à parte, o que dizer então da sua inóspita região ocidental. Entre Devonport e Strahan, florestas densas, rios esquivos e um litoral rude batido por um oceano Índico quase Antárctico geram enigma e respeito.
Mergulhão contra pôr-do-sol, Rio Miranda, Pantanal, Brasil
Património Mundial UNESCO
Passo do Lontra, Miranda, Brasil

O Brasil Alagado a um Passo da Lontra

Estamos no limiar oeste do Mato Grosso do Sul mas mato, por estes lados, é outra coisa. Numa extensão de quase 200.000 km2, o Brasil surge parcialmente submerso, por rios, riachos, lagoas e outras águas dispersas em vastas planícies de aluvião. Nem o calor ofegante da estação seca drena a vida e a biodiversidade de lugares e fazendas pantaneiras como a que nos acolheu às margens do rio Miranda.
Em quimono de elevador, Osaka, Japão
Personagens
Osaka, Japão

Na Companhia de Mayu

A noite japonesa é um negócio bilionário e multifacetado. Em Osaka, acolhe-nos uma anfitriã de couchsurfing enigmática, algures entre a gueixa e a acompanhante de luxo.
Salvamento de banhista em Boucan Canot, ilha da Reunião
Praias
Reunião

O Melodrama Balnear da Reunião

Nem todos os litorais tropicais são retiros prazerosos e revigorantes. Batido por rebentação violenta, minado de correntes traiçoeiras e, pior, palco dos ataques de tubarões mais frequentes à face da Terra, o da ilha da Reunião falha em conceder aos seus banhistas a paz e o deleite que dele anseiam.
Cândia, Dente de Buda, Ceilão, lago
Religião
Cândia, Sri Lanka

Incursão à Raíz Dental do Budismo Cingalês

Situada no âmago montanhoso do Sri Lanka, no final do século XV, Cândia assumiu-se a capital do reino do velho Ceilão que resistiu às sucessivas tentativas coloniais de conquista. Tornou-se ainda o seu âmago budista, para o que continua a contribuir o facto de a cidade preservar e exibir um dente sagrado de Buda.
A Toy Train story
Sobre Carris
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
Singapura, ilha Sucesso e Monotonia
Sociedade
Singapura

A Ilha do Sucesso e da Monotonia

Habituada a planear e a vencer, Singapura seduz e recruta gente ambiciosa de todo o mundo. Ao mesmo tempo, parece aborrecer de morte alguns dos seus habitantes mais criativos.
Casario, cidade alta, Fianarantsoa, Madagascar
Vida Quotidiana
Fianarantsoa, Madagáscar

A Cidade Malgaxe da Boa Educação

Fianarantsoa foi fundada em 1831 por Ranavalona Iª, uma rainha da etnia merina então predominante. Ranavalona Iª foi vista pelos contemporâneos europeus como isolacionista, tirana e cruel. Reputação da monarca à parte, quando lá damos entrada, a sua velha capital do sul subsiste como o centro académico, intelectual e religioso de Madagáscar.
Fazenda de São João, Pantanal, Miranda, Mato Grosso do Sul, ocaso
Vida Selvagem
Fazenda São João, Miranda, Brasil

Pantanal com o Paraguai à Vista

Quando a fazenda Passo do Lontra decidiu expandir o seu ecoturismo, recrutou a outra fazenda da família, a São João. Mais afastada do rio Miranda, esta outra propriedade revela um Pantanal remoto, na iminência do Paraguai. Do país e do rio homónimo.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.