Pirenópolis, Brasil

Cavalgada de Fé


Folia Divina
Batalhão de cavaleiros do Divino Espírito Santo percorrem uma estrada entre fazendas durante a Folia Divina
Banquete
Imperador da Festa do Divino Espírito Santo acolhe os Cavaleiros do Divino em sua casa.
Cavalgada
Cavaleiros do Divino galopam em frente à igreja do Rosário.
Fé Mariana
Fiel ajoelha-se perante a imagem de Nossa Senhora.
Oração
Cavaleiro do Divino ora numa fazenda visitada pela Divina Folia.
Hipo-teimosia
Jovem cavaleiro indigna-se com a resistência do seu cavalo a ser montado.
Hipo-Encontro
Jovens cavaleiros conversam numa rua do centro histórico de Pirenópolis.
Entrega das Lanças
Cavaleiros do Divino Espírito Santo entregam lanças ao novo Imperador da Festa do Divino Espírito Santo.
Procissão
Procissão do Divino chega ao altar da Igreja de Nª Senhora do Rosário.
Mascarado antes de tempo
Jovem do grupo dos Cavaleiros do Divino assume-se como Mascarado durante um momento de diversão num bar de Pirenópolis.
Coroa e sombra
Fiel segura a coroa do Divino Espírito Santo
Danças em fila
Cavaleiros do divino dançam num bar do centro histórico de Pirenópolis.
Foguetes incómodos
Fiéis tapam os ouvidos para melhor suportarem os estrondos de mais uma salva de foguetes.
Dança de cavaleiros
Cavaleiros do Divino Espírito Santo dançam num momento de diversão após um ensaio.
Mordomos do Divino
Mordomos do Divino durante uma cerimónia religiosa da Festa do Divino Espírito Santo.
Cavaleirito
Pequeno cavaleiro tenta encontrar o seu lugar numa dança em roda realizada durante a Folia Divina.
Introduzida, em 1819, por padres portugueses, a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis agrega uma complexa rede de celebrações religiosas e pagãs. Dura mais de 20 dias, passados, em grande parte, sobre a sela.

À medida que Maio se aproxima do seu fim e da Festa do Divino de Pirenopolis, uma parte considerável dos homens da cidade sede a uma inevitável ansiedade.

A Folia do Divino está iminente e, anuncia-se um quase mês de liberdade concentrada, de diversão exagerada mas justificada e, no caso dos predominantes devotos, de renovação da crença no Espírito Santo.

Chegado o momento, as camisas azuis e brancas e os estandartes recebem os derradeiros cuidados, como as melhores montadas que são escovadas até à exaustão antes de lhes serem colocados os arreios.

Uma vez a caminho, a comitiva eufórica de Cavaleiros do Divino visita fazenda após fazenda e sitio atrás de sitio entregando-se a longos banquetes, a cantorias bem regadas e a catiras (danças folclóricas da região) mas também a orações em grupo.

Cavaleiros do Divino durante a Festa do Divino Espírito Santo, Pirenópolis, Brasil

Batalhão de cavaleiros do Divino Espírito Santo percorrem uma estrada entre fazendas durante a Folia do Divino.

Maio, da Folia do Divino, o Arranque da Festa do Divino Espírito Santo

Quando são festejados todos os Pousos da Folia Rural, a tropa reagrupa-se numa última fazenda. Dali, parte em direcção à cidade para se unir à Folia Urbana.

Apreciamos o seu irromper apoteótico pelo centro histórico de Pirenópolis, aplaudido por milhares de visitantes goianos e de outras partes do Brasil e por um exército semi-alcoolizado de mascarados curucucus, espécies de almas marginais.

Cavaleiros do Divino, Festa do Divino Espírito Santo, Pirenópolis, Brasil

Cavaleiros do Divino Espírito Santo galopam em frente à igreja do Rosário

Ao mesmo tempo, um subterfúgio histórico a que o povo recorreu para forçar a entrada em cena no evento que foi, durante algum tempo, monopolizado por uma elite endinheirada.

A Festa do Divino Espírito Santo ter-se-á inspirou-se nos Bodos aos Pobres, celebrações religiosas realizadas em Portugal a partir do século XIV que louvavam a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade e em que, a coincidir com o dia de Pentecostes, eram oferecidas comida e esmolas aos pobres.

Devido à acção evangélica, a sua tradição fortaleceu-se em várias futuras colónias lusas como os Açores e o Brasil. Por terras de Vera Cruz, a festa manteve as raízes católicas mas, influenciada pelo exotismo das terras que a acolhiam e rendida aos caprichos dos seus mentores e actores, admitiu inúmeras extravagâncias.

A Adaptação Jesuíta da Versão Açoriana da Festa do Divino

Em Pirenópolis, foram os jesuítas os responsáveis por introduzirem e radicarem o culto de origem açoriana do Espírito Santo, com recurso a elementos e personagens com forte simbolismo cristão com o tempo, adaptados à realidade trópico-brasileira da região de Goiás.

Foram os casos da Coroa e do Ceptro do Divino, mas também da figura protagonista do Imperador do Divino – representativa do Rei e da Corte lisbonense – que vários padres desempenharam, contribuindo para a notoriedade que a comemoração viria a conquistar.

Momento da Festa Divino Espírito Santo, Pirenópolis, Brasil

Fiéis tapam os ouvidos para melhor suportarem os estrondos de mais uma salva de foguetes.

Os foguetes rebentam com estrondo ensurdecedor. Obrigam o povo a tapar os ouvidos. Ainda assim, é o som metálico das centenas de ferraduras sobre o asfalto ou o calçadão da cidade velha que vai definindo os acontecimentos.

Acompanhamos o cortejo que termina à porta do domicílio engalanado do Imperador vigente, apurado, por sorteio, entre dezenas de candidatos.

Ali, os Cavaleiros entregam ao anfitrião as Lanças e a Coroa do Divino que pode ser admirada e venerada pelos crentes. E, depois de levados a cabo outros ritos e rituais, são prendados com uma refeição reconfortante.

Entrega das Lanças, Festa do Divino Espírito Santo, Pirenópolis, Brasil

Cavaleiros do Divino entregam lanças do Divino ao novo Imperador da Festa do Divino Espírito Santo.

Do Erguer da Bandeira do Divino à Ruidosa Banda do Couro

Nessa mesma noite, há missa na igreja Matriz de Nª Senhora do Rosário. Quando termina a eucaristia, é acesa uma enorme fogueira a distância só por pouco segura da sua nave e o encanto das enormes chamas atrai uma multidão entusiasta. A Bandeira do Divino está no seu lugar. Falta levantar o mastro imponente que a deve hastear.

Procissão entra na Igreja da Nª Srª Rosário, Pirenópolis, Brasil

Procissão do Divino chega ao altar da Igreja de Nª Senhora do Rosário.

A tarefa é arriscada e requer um impressionante esforço colectivo que os voluntários suavizam recorrendo a varas longas que exigem uma delicada combinação entre força e equilíbrio. O mínimo erro pode resultar em tragédia mas, com a bênção do Espírito Santo, tudo corre pelo melhor. Em jeito de recompensa, novo fogo de artifício grandioso ilumina o céu negro.

A jornada não se fica, ainda, por aí. Uma quermesse ruidosa que ocupa o lado oposto da igreja convida os participantes mais populistas a juntar-se ao baile e aos petiscos enquanto as esplanadas elegantes da Rua do Lazer entretêm os restantes.

Mais tarde, por volta das quatro da madrugada, os foliões resistentes (mas também os que já dormem) são brindados com uma alvorada da velha (criada em 1814) Banda de Couro. E, como se não bastasse este despertar compulsivo, no início da manhã que se anuncia, é oferecida à cidade nova descarga pirotécnica.

Dança dos Cavaleiros do Divino num Bar de Pirenópolis, Festa do Divino Espírito Santo, Pirenópolis, Brasil

Cavaleiros do Divino dançam num bar do centro histórico de Pirenópolis.

Encerrado o fim-de-semana, os forasteiros regressam às origens e a povoação entra num regime de semi-animação, estimulada “apenas” pelas actuações da Banda de Couro, pelos repiques de sinos, missas e ensaios diários das Cavalhadas, uma reconstituição – equestre, claro está – das Cruzadas que fecha, todos os anos, o longo cerimonial.

As Virgenzinhas e os Pãezinhos da Festa do Divino

Chegamos a novo Sábado. Tanto os cavaleiros como os mascarados reaparecem. O Cortejo Imperial já está em movimento e são as virgenzinhas de branco que reclamam as atenções até que a procissão dá lugar ao sorteio do Imperador sucessor.

Uma vez achado o contemplado, o vigente é conduzido por uma vasta companhia religiosa ao seu domicílio onde são distribuídas Verónicas (docinhos) e Pãezinhos do Divino às meninas que purificaram o cortejo. Este ritual, em particular, exige paciência redobrada quer aos organizadores quer aos participantes.

Fé Mariana, Pirenópolis, Brasil

Fiel ajoelha-se perante a imagem de Nossa Senhora.

Forma-se uma fila que se prolonga do átrio de entrada para a avenida adjacente à casa. E, por essa ordem, as mães, tias, avós e mulheres com descaramento que baste mas parentescos suspeitos recebem uma cestinha com os desejados bolinhos.

Saem, depois, por uma porta diferente e é suposto seguirem caminho mas, muitas, aproveitando a confusão que toma conta da cerimónia, voltam à fila para levarem a prenda a dobrar ou a triplicar, recorrendo à mais pura criatividade charmosa quando são apanhadas: “Ué, são para as irmãzinhas. Se não levar para elas, vão ficar com ciúme!”

Pouco depois, a multidão feminina deixa a casa do Imperador. No caminho de volta às suas, ecoa nas ruas do centro, mais intenso que nunca, o som das ferraduras contra as pedras polidas das calçadas ou apelam para determinada relação de parentesco suficientemente influente para justificar um fechar de olhos.

Na Iminência das Cavalhadas de Pirenópolis

Nisto, os passeios da cidade vão enchendo com o regresso dos forasteiros. A maioria vem de Brasília, Goiânia e das muitas povoações em redor. Alguns chegam de bem mais longe. De Sampa, do Rio, do estrangeiro, atraídos pela beleza cada vez mais badalada da festa.

Os carros são proibidos no centro histórico. Esta benesse permite aos mascarados apoderar-se das ruas amplas onde cavalgam sem sentido detendo-se apenas para posar para as fotos do público e pedir pequenas contribuições para a compra do seu combustível: a cervejinha gelada.

Mascarado durante a Festa do Divino Espírito Santo Pirenópolis, Brasil

ovem do grupo dos Cavaleiros do Divino assume-se como Mascarado durante um momento de diversão num bar de Pirenópolis

É rara a recusa. Estamos na época seca da região Centro-Oeste brasileira e o calor aperta, principalmente quando se está horas dentro de um fato de fibra, com a cabeça numa máscara de cartão.

Por volta da uma da tarde, os curucucus abrem alas para a passagem solene dos “exércitos” cristãos e mouros, em direcção ao Cavalhódromo. Lá terão início as Cavalhadas.

Passo do Lontra, Miranda, Brasil

O Brasil Alagado a um Passo da Lontra

Estamos no limiar oeste do Mato Grosso do Sul mas mato, por estes lados, é outra coisa. Numa extensão de quase 200.000 km2, o Brasil surge parcialmente submerso, por rios, riachos, lagoas e outras águas dispersas em vastas planícies de aluvião. Nem o calor ofegante da estação seca drena a vida e a biodiversidade de lugares e fazendas pantaneiras como a que nos acolheu às margens do rio Miranda.
Cape Coast, Gana

O Festival da Divina Purificação

Reza a história que, em tempos, uma praga devastou a população da Cape Coast do actual Gana. Só as preces dos sobreviventes e a limpeza do mal levada a cabo pelos deuses terão posto cobro ao flagelo. Desde então, os nativos retribuem a bênção das 77 divindades da região tradicional Oguaa com o frenético festival Fetu Afahye.
Jaisalmer, Índia

Há Festa no Deserto do Thar

Mal o curto Inverno parte, Jaisalmer entrega-se a desfiles, a corridas de camelos e a competições de turbantes e de bigodes. As suas muralhas, ruelas e as dunas em redor ganham mais cor que nunca. Durante os três dias do evento, nativos e forasteiros assistem, deslumbrados, a como o vasto e inóspito Thar resplandece afinal de vida.
Manaus, Brasil

Os Saltos e Sobressaltos da ex-Capital Mundial da Borracha

De 1879 a 1912, só a bacia do rio Amazonas gerava o latex de que, de um momento para o outro, o mundo precisou e, do nada, Manaus tornou-se uma das cidades mais avançadas à face da Terra. Mas um explorador inglês levou a árvore para o sudeste asiático e arruinou a produção pioneira. Manaus voltou a provar a sua elasticidade. É a maior cidade da Amazónia e a sétima do Brasil.
Bacolod, Filipinas

Um Festival para Rir da Tragédia

Por volta de 1980, o valor do açúcar, uma importante fonte de riqueza da ilha filipina de Negros caia a pique e o ferry “Don Juan” que a servia afundou e tirou a vida a mais de 176 passageiros, grande parte negrenses. A comunidade local resolveu reagir à depressão gerada por estes dramas. Assim surgiu o MassKara, uma festa apostada em recuperar os sorrisos da população.
Espectáculos

O Mundo em Cena

Um pouco por todo o Mundo, cada nação, região ou povoação e até bairro tem a sua cultura. Em viagem, nada é mais recompensador do que admirar, ao vivo e in loco, o que as torna únicas.
Helsínquia, Finlândia

Uma Via Crucis Frígido-Erudita

Chegada a Semana Santa, Helsínquia exibe a sua crença. Apesar do frio de congelar, actores pouco vestidos protagonizam uma re-encenação sofisticada da Via Crucis por ruas repletas de espectadores.
Helsínquia, Finlândia

A Páscoa Pagã de Seurasaari

Em Helsínquia, o sábado santo também se celebra de uma forma gentia. Centenas de famílias reúnem-se numa ilha ao largo, em redor de fogueiras acesas para afugentar espíritos maléficos, bruxas e trolls
Marinduque, Filipinas

Quando os Romanos Invadem as Filipinas

Nem o Império do Oriente chegou tão longe. Na Semana Santa, milhares de centuriões apoderam-se de Marinduque. Ali, se reencenam os últimos dias de Longinus, um legionário convertido ao Cristianismo.
Pirenópolis, Brasil

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Os exércitos cristãos expulsaram as forças muçulmanas da Península Ibérica no séc. XV mas, em Pirenópolis, estado brasileiro de Goiás, os súbditos sul-americanos de Carlos Magno continuam a triunfar.
San Cristobal de las Casas a Campeche, México

Uma Estafeta de Fé

Equivalente católica da Nª Sra. de Fátima, a Nossa Senhora de Guadalupe move e comove o México. Os seus fiéis cruzam-se nas estradas do país, determinados em levar a prova da sua fé à patrona das Américas.
Monte Sinai, Egipto

Força nas Pernas e Fé em Deus

Moisés recebeu os Dez Mandamentos no cume do Monte Sinai e revelou-os ao povo de Israel. Hoje, centenas de peregrinos vencem, todas as noites, os 4000 degraus daquela dolorosa mas mística ascensão.
Miranda, Brasil

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Eurides Fátima de Barros nasceu no interior da região de Miranda. Há 38 anos, instalou-se e a um pequeno negócio à beira da BR262 que atravessa o Pantanal e ganhou afinidade com os jacarés que viviam à sua porta. Desgostosa por, em tempos, as criaturas ali serem abatidas, passou a tomar conta delas. Hoje conhecida por Maria dos Jacarés, deu nome de jogador ou treinador de futebol a cada um dos bichos. Também garante que reconhecem os seus chamamentos.
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A Vida Elevada de Curitiba

Não é só a altitude de quase 1000 metros a que a cidade se situa. Cosmopolita e multicultural, a capital paranaense tem uma qualidade de vida e rating de desenvolvimento humano que a tornam um caso à parte no Brasil.

Florianópolis, Brasil

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Um Litoral Divinal da Bahia

Há três décadas, não passava de uma vila piscatória remota e humilde. Até que algumas comunidades pós-hippies revelaram o retiro do Morro ao mundo e o promoveram a uma espécie de santuário balnear.
Lençois da Bahia, Brasil

A Liberdade Pantanosa do Quilombo do Remanso

Escravos foragidos subsistiram séculos em redor de um pantanal da Chapada Diamantina. Hoje, o quilombo do Remanso é um símbolo da sua união e resistência mas também da exclusão a que foram votados.
Ilhabela, Brasil

Ilhabela: Depois do Horror, a Beleza Atlântica

Nocenta por cento de Mata Atlântica preservada, cachoeiras idílicas e praias gentis e selvagens fazem-lhe jus ao nome. Mas, se recuarmos no tempo, também desvendamos a faceta histórica horrífica de Ilhabela.
Ilhabela, Brasil

Em Ilhabela, a Caminho de Bonete

Uma comunidade de caiçaras descendentes de piratas fundou uma povoação num recanto da Ilhabela. Apesar do acesso difícil, Bonete foi descoberta e considerada uma das dez melhores praias do Brasil.
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Um Legado da Febre do Ouro

Dois séculos após o apogeu da prospecção, perdida no tempo e na vastidão do Planalto Central, Goiás estima a sua admirável arquitectura colonial, a riqueza supreendente que ali continua por descobrir.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
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O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

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Chobe: um rio na Fronteira da Vida com a Morte

O Chobe marca a divisão entre o Botswana e três dos países vizinhos, a Zâmbia, o Zimbabwé e a Namíbia. Mas o seu leito caprichoso tem uma função bem mais crucial que esta delimitação política.
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A Caminho das Terras (Mais) Altas dos Annapurnas

Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
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