Colónia do Sacramento, Uruguai

Colónia do Sacramento: o Legado Uruguaio de um Vaivém Histórico


El Almacén
Uma loja tradicional de Colónia expõe à sua porta pequenos produtos de tanoaria
Sombra Preciosa
Cliente usufrui da paz da cidade numa das suas muitas esplanadas criativas.
Clássico em vermelho
Calhambeque estacionado à porta de uma casa tradicional de Colónia del Sacramento.
Lampião Parisiense
Velho lampião tinge de amarelo uma esquina nas imediações do farol de Colónia del Sacramento
Ritual do Mate
Namorados partilham o sol de Colónia e chá mate, um hábito incontornável dos uruguaios.
Cimo do Farol
Casal conversa no cimo do farol de Colónia del Sacramento.
Amarelo Lampião
Lampião resplandecente amarela um recanto histórico de Colónia del Sacramento.
Pasteleira
Velha pasteleira encostada a uma fachada bem mais antiga da praça antes ora portuguesa, ora espanhola, agora uruguaia
Pesca de Prata
Pescadores geram uma silhueta com o sol a Oeste do Rio da Prata.
De Entrada
Visitantes percorrem a ponte que conduz à entrada principal da cidade muralhada.
Rua para o Rio
Uma rua típica, assente numa calçada irregular feita de grandes pedras e dotada de candeeiros amarelos.
Rua Anil, calhambeque escarlate
Visitantes da cidade colonial examinam uma rua em tons de anil em que se destaca um velho carro da época clássica
Duelo de Clássicos
Carros antigos dão mais cor a uma rua de Colónia del Sacramento.
A fundação de Colónia do Sacramento pelos portugueses gerou conflitos recorrentes com os rivais hispânicos. Até 1828, esta praça fortificada, hoje sedativa, mudou de lado vezes sem conta.

À medida que a tarde se aproxima do fim, torna-se mais óbvia a razão porque a vastidão de água que contemplamos foi há muito baptizada de Rio da Prata.

Sentados sobre uma das muralhas baixas da grande fortificação apreciamos o fenómeno tomar conta do estuário e da alma dos uruguaios que povoam as suas margens.

O céu há dias que se mantém limpo. Exibe o mesmo azul que inspirou a bandeira uruguaia e a da vizinha nação argentina, a uns poucos quilómetros do outro lado da bacia.

Grupos de amigos ocupam saliências rochosas e convivem de canas de pesca em riste. Outros, aventuraram-se na imensidão da água salobra.

Vemos um pequeno barco com três pescadores a bordo. Ancoram a embarcação sobre o feixe amplo de luz solar. Nesse preciso momento, as suas figuras barram o reflexo da superfície e produzem uma curiosa silhueta móvel.

Colonia del Sacramento, Uruguai

Pescadores geram uma silhueta com o sol a Oeste do Rio da Prata.

Colónia do Sacramento e os seus vinte e cinco mil habitantes permanecem sedados pela vida retirada e hedonista da cidade, atrevemo-nos a pensar que numa espécie de compensação pelo passado bélico da povoação.

A Fundação Num Território Demasiado Disputado

A Nova Colónia do Santíssimo Sacramento – o seu nome original – foi a primeira colónia europeia no actual território uruguaio. Chegava o século XVII ao fim. Os comerciantes do Rio de Janeiro mostravam-se mais ansiosos que nunca em concretizar negócios com as colónias rivais da província de Rio del Plata, sobretudo Buenos Aires.

Determinado em apoiar os seus intentos, o Mestre de Campo Manuel de Lobo organizou uma expedição e navegou até ao Rio da Prata. Em Janeiro de 1680, deu início à presença portuguesa nesta região que a Coroa Lusa considerava situar-se a leste da linha formada pelo Tratado de Tordesilhas, tratado há muito envolto numa irresolúvel controvérsia.

Inteirados da presença dos rivais, os espanhóis mobilizaram tropas do Peru, da Argentina actual, do Paraguai. As Missões Jesuítas do rio Uruguai, por si só, enviaram cerca de três mil indígenas, a pé e a cavalo.

No campo oposto, Manuel Lobo também pediu tropas de reforço. As embarcações que as transportavam naufragaram à entrada do Rio da Prata. O desequilíbrio de forças tornou-se óbvio.

Sete meses depois do seu estabelecimento, Colónia do Sacramento foi capturada. Os espanhóis mudaram-lhe o nome para Fuerte del Rosario. Manuel Lobo foi feito prisioneiro em Buenos Aires onde morreria três anos depois. Começou, então, uma longa alternância de posse que conferiu à praça a sua arquitectura militar peculiar.

Colonia del Sacramento, Uruguai

Visitantes percorrem a ponte que conduz à entrada principal da cidade muralhada.

Uma Fortaleza que Agora Envolve Toda uma Cidade

Assim que passamos o fosso, sobre uma enorme ponte de madeira, Colónia do Sacramento prova-se um lugar feito, na origem, com poucas ou nenhumas preocupações de conforto.

Rua atrás de rua, beco atrás de beco retemos a sensação da iminência de um pé torcido, tão irregulares são as pedras que formam o seu calçadão negro, entre paredes reforçadas e bastiões imponentes.

Os séculos passaram. Apesar de alternantes, as presenças de líderes políticos, militares e religiosos das nações em contenda tornaram-se mais longas e justificaram edificações com outros cuidados.

Em tempos recentes, o Uruguai deu bom uso a esta herança. Arrecadou para a fortificação o estatuto de Património Mundial da UNESCO.

Colonia del Sacramento, Uruguai

Uma rua típica, assente numa calçada irregular feita de grandes pedras e dotada de candeeiros amarelos.

Quando percorremos o traçado geométrico, cercados de sicómoros, constatamos que muitos dos edifícios foram convertidos em museus, restaurantes, bares e lojas. Têm em comum decorações coloridas e elegantes. De noite, são iluminados por candeeiros de estilo parisiense como os que ainda equipam zonas históricas de Lisboa.

A identidade urbanística de Colónia do Sacramento mantinha-se.

E a corte da capital não tardou a reclamar a titularidade da sua mais recente colónia. Um ano depois da conquista hispânica, Colónia do Sacramento acolheu a assinatura do tratado provisional que estabeleceu a sua devolução a Portugal.

A Mestria Comercial dos Moradores, Com Eventuais Fundamentos Históricos

Também oficializou a condenação do ataque espanhol e a sanção do governador e capitão general da província do Rio da Prata, José de Garro. Em 1701, Portugal e Espanha assinaram, ainda em Lisboa, o tratado que estabelecia a primeira de várias cessões definitivas mas efémeras a Portugal.

Deixamos os almacenes, bodegas e pulperias maravilhados com a sua beleza e originalidade. Conjecturamos que a apetência dos colonienses para os negócios poderia ter raízes no espírito empreendedor dos seus antecessores. A história parece sustentar a teoria.

Colonia del Sacramento, Uruguai

Uma loja tradicional de Colónia expõe à sua porta pequenos produtos de tanoaria

O acordo luso-hispânico proibiu o comércio da praça com as colónias espanholas circundantes. Mas, a meio do século XVIII, Colónia do Sacramento havia-se já convertido num entreposto de contrabando português e britânico apostado em lucrar com o fornecimento das povoações hispânicas.

O prejuízo para a Coroa espanhola revelou-se de tal monta que Felipe V encarregou o governador de Buenos Aires de construir uma fortificação em Montevideo, com o objectivo supremo de controlar o comércio ilegal.

A Colónia do Sacramento que Forçou a Construção de Montevideo

Essa fortificação veio originar a capital do Uruguai. E Montevideo é o ponto de partida da maior parte dos visitantes nacionais de Colónia, por norma em evasões de descanso e lazer.

Colonia del Sacramento, Uruguai

Carros antigos dão mais cor a uma rua de Colónia del Sacramento.

Saímos de uma rua embelezada por dois calhambeques garridos. Algumas dezenas de metros para diante, passamos por um casal de namorados. Estão instalados de forma quase acrobática sobre um muro estreito.

E partilham uma bombilla de chá mate, precavidos com o inevitável suplemento de água quente num termo complementar.

Metemos conversa. Não tardamos a confirmar o seu notório bem-estar: “pois sabem como é” dizem-nos com forte conversão dos ipsilons e duplos “eles” em “jotas”, convencional do sotaque castelhano da zona: “um uruguaio sem mate não é um verdadeiro uruguaio. Aqui, em Colónia, levam isso bem a sério. Lugar incrível este, não é? Nós adoramos cá vir. São portugueses? Ah, muito bem, muito obrigado por se terem lembrado de cá vir fundar isto!”

Mate, Colonia del Sacramento, Uruguai

Namorados partilham o sol de Colónia e chá mate, um hábito incontornável dos uruguaios.

O diálogo prolonga-se. Como é de esperar, também chega ao tema do vai e vem permanente da fortaleza entre Portugal e Espanha. Uma oscilação que se prolongou século XIX adentro.

O Tratado e Destratado de Paris e a Génese da Nação Uruguaia

Em 1750, o Tratado de Madrid estipulou que a colónia deveria voltar ao jugo hispânico, contra a cedência dos “Siete Pueblos de las Misiones”, no actual estado brasileiro do Rio Grande do Sul. Com a entrada da Espanha na Guerra dos Sete Anos, as conversações foram interrompidas.

Espanha ocupou Colónia do Sacramento. A guerra terminou com a assinatura do Tratado de Paris que veio estabelecer nova devolução a Portugal.

Em 1777, Carlos III decidiu reverter o Tratado de Paris. Enviou nova expedição ao Rio da Prata e reconquistou Colónia.

Colonia del Sacramento, Uruguai

Velho lampião tinge de amarelo uma esquina nas imediações do farol de Colónia del Sacramento

Volvidos trinta anos, foram os britânicos a arrebatar a praça aos espanhóis. Como se não bastasse, ajudaram a fomentar as primeiras noções independentistas que inspiraram o movimento de libertação da Província Oriental.

Em 1818, na sequência da invasão luso-brasileira, 40 anos após a ter perdido pela última vez, Portugal reocupou Colónia do Sacramento.

Para pôr finalmente cobro à interminável sequela, em 1828, a fortaleza passou a fazer parte do Estado Oriental do Uruguai, o estado embrionário do Uruguai actual.

Pueblos del Sur, Venezuela

Por uns Trás-os-Montes da Venezuela em Fiesta

Em 1619, as autoridades de Mérida ditaram a povoação do território em redor. Da encomenda, resultaram 19 aldeias remotas que encontramos entregues a comemorações com caretos e pauliteiros locais.
Ilha de Moçambique, Moçambique  

A Ilha de Ali Musa Bin Bique. Perdão, de Moçambique

Com a chegada de Vasco da Gama ao extremo sudeste de África, os portugueses tomaram uma ilha antes governada por um emir árabe a quem acabaram por adulterar o nome. O emir perdeu o território e o cargo. Moçambique - o nome moldado - perdura na ilha resplandecente em que tudo começou e também baptizou a nação que a colonização lusa acabou por formar.
Ilha Ibo, Moçambique

Ilha de um Moçambique Ido

Foi fortificada, em 1791, pelos portugueses que expulsaram os árabes das Quirimbas e se apoderaram das suas rotas comerciais. Tornou-se o 2º entreposto português da costa oriental de África e, mais tarde, a capital da província de Cabo Delgado, Moçambique. Com o fim do tráfico de escravos na viragem para o século XX e a passagem da capital para Porto Amélia, a ilha Ibo viu-se no fascinante remanso em que se encontra.
Goa, Índia

O Último Estertor da Portugalidade Goesa

A proeminente cidade de Goa já justificava o título de “Roma do Oriente” quando, a meio do século XVI, epidemias de malária e de cólera a votaram ao abandono. A Nova Goa (Pangim) por que foi trocada chegou a sede administrativa da Índia Portuguesa mas viu-se anexada pela União Indiana do pós-independência. Em ambas, o tempo e a negligência são maleitas que agora fazem definhar o legado colonial luso.
Pirenópolis, Brasil

Uma Pólis nos Pirinéus Sul-Americanos

Minas de Nossa Senhora do Rosário da Meia Ponte foi erguida por bandeirantes portugueses, no auge do Ciclo do Ouro. Por saudosismo, emigrantes provavelmente catalães chamaram à serra em redor de Pireneus. Em 1890, já numa era de independência e de incontáveis helenizações das suas urbes, os brasileiros baptizaram esta cidade colonial de Pirenópolis.
Chandor, Goa, Índia

Uma Casa Goesa-Portuguesa, Com Certeza

Um palacete com influência arquitectónica lusa, a Casa Menezes Bragança, destaca-se do casario de Chandor, em Goa. Forma um legado de uma das famílias mais poderosas da antiga província. Tanto da sua ascensão em aliança estratégica com a administração portuguesa como do posterior nacionalismo goês.
Cartagena de Índias, Colômbia

A Cidade Apetecida

Muitos tesouros passaram por Cartagena antes da entrega à Coroa espanhola - mais que os piratas que os tentaram saquear. Hoje, as muralhas protegem uma cidade majestosa sempre pronta a "rumbear".
Goiás Velho, Brasil

Um Legado da Febre do Ouro

Dois séculos após o apogeu da prospecção, perdida no tempo e na vastidão do Planalto Central, Goiás estima a sua admirável arquitectura colonial, a riqueza supreendente que ali continua por descobrir.
Lençois da Bahia, Brasil

Lençois da Bahia: nem os Diamantes São Eternos

No século XIX, Lençóis tornou-se na maior fornecedora mundial de diamantes. Mas o comércio das gemas não durou o que se esperava. Hoje, a arquitectura colonial que herdou é o seu bem mais precioso.
San Ignácio Mini, Argentina

As Missões Jesuíticas Impossíveis de San Ignácio Mini

No séc. XVIII, os jesuítas expandiam um domínio religioso no coração da América do Sul em que convertiam os indígenas guarani em missões jesuíticas. Mas as Coroas Ibéricas arruinaram a utopia tropical da Companhia de Jesus.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Delta do Okavango, Nem todos os rios Chegam ao Mar, Mokoros
Safari
Delta do Okavango, Botswana

Nem Todos os Rios Chegam ao Mar

Terceiro rio mais longo do sul de África, o Okavango nasce no planalto angolano do Bié e percorre 1600km para sudeste. Perde-se no deserto do Kalahari onde irriga um pantanal deslumbrante repleto de vida selvagem.
Thorong La, Circuito Annapurna, Nepal, foto para a posteridade
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 13º - High Camp a Thorong La a Muktinath, Nepal

No Auge do Circuito dos Annapurnas

Aos 5416m de altitude, o desfiladeiro de Thorong La é o grande desafio e o principal causador de ansiedade do itinerário. Depois de, em Outubro de 2014, ter vitimado 29 montanhistas, cruzá-lo em segurança gera um alívio digno de dupla celebração.
A pequena-grande Senglea II
Arquitectura & Design
Senglea, Malta

A Cidade Maltesa com Mais Malta

No virar do século XX, Senglea acolhia 8.000 habitantes em 0.2 km2, um recorde europeu, hoje, tem “apenas” 3.000 cristãos bairristas. É a mais diminuta, sobrelotada e genuína das urbes maltesas.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Aventura
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.
Cerimónias e Festividades
Militares

Defensores das Suas Pátrias

Mesmo em tempos de paz, detectamos militares por todo o lado. A postos, nas cidades, cumprem missões rotineiras que requerem rigor e paciência.
Virgil Allen, sobre a plataforma de extracção petrolífera off-shore "Mr. Charlie"
Cidades
Morgan City, Luisiana, E.U.A.

A Cidade Cajun Movida a Petróleo e Camarão

Situada no final do caminho do rio Atchafalaya para o Golfo do México, Morgan City foi prendada com marisco e ouro negro em fartura. Acolhe, inclusive, um festival que os celebra em simultâneo. Apesar de protagonizar a série paranormal “Ghosts of Morgan City”, esta cidade de cultura Cajun é sobretudo terra-a-terra e prolífica.
Comida
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Cultura
Mercados

Uma Economia de Mercado

A lei da oferta e da procura dita a sua proliferação. Genéricos ou específicos, cobertos ou a céu aberto, estes espaços dedicados à compra, à venda e à troca são expressões de vida e saúde financeira.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Assuão, Egipto, rio Nilo encontra a África negra, ilha Elefantina
Em Viagem
Assuão, Egipto

Onde O Nilo Acolhe a África Negra

1200km para montante do seu delta, o Nilo deixa de ser navegável. A última das grandes cidades egípcias marca a fusão entre o território árabe e o núbio. Desde que nasce no lago Vitória, o rio dá vida a inúmeros povos africanos de tez escura.
Cena natalícia, Shillong, Meghalaya, Índia
Étnico
Shillong, India

Selfiestão de Natal num Baluarte Cristão da Índia

Chega Dezembro. Com uma população em larga medida cristã, o estado de Meghalaya sincroniza a sua Natividade com a do Ocidente e destoa do sobrelotado subcontinente hindu e muçulmano. Shillong, a capital, resplandece de fé, felicidade, jingle bells e iluminações garridas. Para deslumbre dos veraneantes indianos de outras partes e credos.
Vista para ilha de Fa, Tonga, Última Monarquia da Polinésia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sinais Exóticos de Vida

Vila Velha Paraná, Rota do Tropeirismo do Paraná
História
Parque Vila Velha a Castro, Paraná

Na Rota do Tropeirismo do Paraná

Entre Ponta Grossa e Castro, viajamos nos Campos Gerais do Paraná e ao longo da sua história. Pelo passado dos colonos e tropeiros que colocaram a região no mapa. Até ao dos imigrantes neerlandeses que, em tempos mais recentes e, entre tantos outros, enriqueceram o sortido étnico deste estado brasileiro.
Buraco Azul, ilha de Gozo, Malta
Ilhas
Gozo, Malta

Dias Mediterrânicos de Puro Gozo

A ilha de Gozo tem um terço do tamanho de Malta mas apenas trinta dos trezentos mil habitantes da pequena nação. Em duo com o recreio balnear de Comino, abriga uma versão mais terra-a-terra e serena da sempre peculiar vida maltesa.
Casal mascarado para a convenção Kitacon.
Inverno Branco
Kemi, Finlândia

Uma Finlândia Pouco Convencional

As próprias autoridades definem Kemi como ”uma pequena cidade ligeiramente aloucada do norte finlandês”. Quando a visitamos, damos connosco numa Lapónia inconformada com os modos tradicionais da região.
Enseada, Big Sur, Califórnia, Estados Unidos
Literatura
Big Sur, E.U.A.

A Costa de Todos os Refúgios

Ao longo de 150km, o litoral californiano submete-se a uma vastidão de montanha, oceano e nevoeiro. Neste cenário épico, centenas de almas atormentadas seguem os passos de Jack Kerouac e Henri Miller.
Igreja Sta Trindade, Kazbegi, Geórgia, Cáucaso
Natureza
Kazbegi, Geórgia

Deus nas Alturas do Cáucaso

No século XIV, religiosos ortodoxos inspiraram-se numa ermida que um monge havia erguido a 4000 m de altitude e empoleiraram uma igreja entre o cume do Monte Kazbek (5047m) e a povoação no sopé. Cada vez mais visitantes acorrem a estas paragens místicas na iminência da Rússia. Como eles, para lá chegarmos, submetemo-nos aos caprichos da temerária Estrada Militar da Geórgia.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Windward Side, Saba, Caraíbas Holandesas, Holanda
Parques Naturais
Saba, Holanda

A Misteriosa Rainha Holandesa de Saba

Com meros 13km2, Saba passa despercebida até aos mais viajados. Aos poucos, acima e abaixo das suas incontáveis encostas, desvendamos esta Pequena Antilha luxuriante, confim tropical, tecto montanhoso e vulcânico da mais rasa nação europeia.
Moai, Rano Raraku, Ilha Pascoa, Rapa Nui, Chile
Património Mundial UNESCO
Rapa Nui - Ilha da Páscoa, Chile

Sob o Olhar dos Moais

Rapa Nui foi descoberta pelos europeus no dia de Páscoa de 1722. Mas, se o nome cristão ilha da Páscoa faz todo o sentido, a civilização que a colonizou de moais observadores permanece envolta em mistério.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Personagens
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
Aula de surf, Waikiki, Oahu, Havai
Praias
Waikiki, OahuHavai

A Invasão Nipónica do Havai

Décadas após o ataque a Pearl Harbor e da capitulação na 2ª Guerra Mundial, os japoneses voltaram ao Havai armados com milhões de dólares. Waikiki, o seu alvo predilecto, faz questão de se render.
Braga ou Braka ou Brakra, no Nepal
Religião
Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
A Toy Train story
Sobre Carris
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Sociedade
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Casario, cidade alta, Fianarantsoa, Madagascar
Vida Quotidiana
Fianarantsoa, Madagáscar

A Cidade Malgaxe da Boa Educação

Fianarantsoa foi fundada em 1831 por Ranavalona Iª, uma rainha da etnia merina então predominante. Ranavalona Iª foi vista pelos contemporâneos europeus como isolacionista, tirana e cruel. Reputação da monarca à parte, quando lá damos entrada, a sua velha capital do sul subsiste como o centro académico, intelectual e religioso de Madagáscar.
Parque Nacional Gorongosa, Moçambique, Vida Selvagem, leões
Vida Selvagem
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.