Dawki, Índia

Dawki, Dawki, Bangladesh à Vista


Retorno na mesma moeda
Visitante bangladeshiana do Dawki fotografa o fotógrafo forasteiro.
Vislumbre
Caudal do rio Dawki visto da estrada sobranceira que chega do alto limiar do estado indiano de Meghalaya.
Banhistas mas pouco
Veraneantes muçulmanos e bangladeshianos, hindus e muçulmanos partilham a àgua rasa do rio Dawki.
Encosta “betelnut”
Casario de um lugarejo a montante do Jaflong Zero Point, perdido numa floresta de palmeiras-de-areca.
Moda bangladeshiana
Grupo de jovens muçulmanas trajadas a rigor com longos hijabs, apesar do calor tropical do meio da tarde que se faz sentir.
Tandem reflexivo
Pescadoras pescam à sombra de grandes chapéus de estilo vietnamita, sobre o caudal translúcido do Dawki.
Duo elegância
Casal bangladeshiano, em trajes elegantes sobre a beira de seixos do rio Dawki.
Fronteira – 0 Point
Militar patrulha a área fronteiriça a partir da casinhola militar de Jaflong Zero Point.
Moda quase-ruiva
Ancião muçulmano de visita à fronteira Indo-Bangladeshiana, com o cabelo e a barba pintados de laranja, como tantos outros.
Na iminência do Bangladesh
Barcos de pesca e de recreio descem os últimos metros do rio Dawki indiano. Pouco depois, surgem o Jaflong Zero Point e o território do Bangladesh.
S. Kumar
Militar S. Kumar controla as trangressões de indianos e bangladeshianos sobre a linha de fronteira do Jaflong Zero Point.
Trono popular
Fotógrafo promove o seu trono cénico instalado sobre a água do Dawki.
Um outro Dawki
Zona em que o rio Dawki deixa as montanhas e se espraia numa vastidão aluvial arenosa, já dentro do Bangladesh.
Lavadeira à moda antiga
Adolescente nativa da zona fronteiriça lava a roupa sobre seixos do rio Dawki.
Pés descalços
Sapatos e sandálias tradicionais sobre os seixos do Jaflong Zero Point.
Maré de conversa
Amigas refrescam com os pés na água do Dawki num de tantos dias de calor tropical.
Trio a remos
Barcos a remos descem os derradeiros metros de Dawki indiano, no término da secção montanhosa do rio.
Convívio sem perder pé
Família bangladeshiana convive na água rasa do Dawki, sobre o Zero Point de Jaflong.
O Dawki sobrexplorado
Mineiros de pedra caminham sobre um banco aluvial do rio Dawki.
Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.

A determinada altura, a estrada desemboca no limiar das terras altas de Meghalaya. Mirra e mostra-se gasta. Faz-nos mergulhar em ganchos contra ganchos.

Alguns esses depois da eminência da fronteira de Meghalaya com o Bangladesh reparamos à flor da pele o quanto a temperatura e a humidade tinham aumentado e como a vegetação se adensara e se tornara enleada e tropical.

Quase não passamos por outros veículos. No entanto, 80km e 2h30 após a partida matinal, damos connosco em novo pesadelo de tráfego.

O rio Dawki fluí logo abaixo. Condutores e passageiros impacientes deixam os carros. Descem e voltam a subir a rampa apostados em perceber o que gerava aquele caos. Alguns, mais pro-activos, apostam até em resolvê-lo. Em vão.

Na sua paz de espírito contagiante, Sharma processa a nova realidade e comunica-nos os procedimentos aconselhados. “Vai demorar até sairmos daqui. De qualquer maneira, a ponte está próxima. Se não se importarem, é melhor continuarem a pé.”

Já meio saturados da viagem, não hesitamos. Resgatamos as mochilas e pomo-nos a caminho. Somos os únicos europeus por aqueles lados. A nossa súbita aparição surpreende os nativos. Suscita sucessivos comentários, convites para conversas e, claro está, para selfies.

Com o Dawki à Vista

A floresta abre. Concede-nos o vislumbre de uma planície aluvial nevoenta. À distância, para sul, o rio e o seu leito que a época seca fizera mingar serviam de base a uma multitude de vultos negros deambulantes, à laia de colónia formigueira em debandada. No imediato, víamos o desfiladeiro em que o Dawki fluía, apertado e verdejante, antes de se espraiar nessa inusitada imensidão.

Rio Dawki, Bangladesh

Zona em que o rio Dawki deixa as montanhas e se espraia numa vastidão aluvial arenosa, já dentro do Bangladesh.

Uma frota de barcos a remos artesanais ocupava a margem de cá. Alguns dos seus donos faziam embarcar turistas, outros aguardavam ou zarpavam. Outros ainda, aproveitavam o interregno para se lavarem no Dawki com um empenho e vigor quase religioso, indiferentes às razias que os colegas remadores em serviço lhes faziam.

Toda aquela azáfama fluvial intrigava-nos. Apanhados pelo feitiço do exótico desconhecido, esquecemo-nos que Sharma já por certo nos procurava.

Damos com a entrada para uma grande ponte de ferro com perfil militar sobre o Dawki. Dois polícias enfiados em uniformes mostarda e imbuídos de espírito de missão alertam-nos para o facto de a ponte ser fronteiriça, estratégica e de que, como tal, não podíamos fotografar.

Barcos no rio Dawki, Índia

Caudal do rio Dawki visto da estrada sobranceira que chega do alto limiar do estado indiano de Meghalaya.

Mas, estamos munidos de documentos do Governo Indiano. Atestam-nos como mais que turistas. Validam uma necessária excepção, com a promessa de que só iríamos fotografar a partir da ponte, não a estrutura em si.

Avançamos. Espreitamos a acção abaixo e para montante por entre a grelha enferrujada. Pescadoras à sombra de chapéus cónicos alternam a atirar e a recolher as suas linhas.

Pescadoras no rio Dawki, Índia

Pescadoras pescam à sombra de grandes chapéus de estilo vietnamita, sobre o caudal translúcido do Dawki

A Caminho do… Bangladesh

Passageiros de barcos de recreio detectam-nos e acenam entusiasmados. Até que os polícias nos voltam a abordar. “Desculpem mas as pessoas não estão a querer perceber porque é vocês podem e elas não. Já lhes tentámos explicar, até por as vossas máquinas serem bem maiores que os telemóveis deles.

Mesmo assim, dois ou três chatos não nos largam. Se pudessem acelerar o vosso trabalho, agradecíamos.

Aceitamos a inquietação. Malgrado a postura quase militar dos agentes, acabamos os quatro a rir juntos. Após o que terminamos de cruzar a ponte e seguimos pelo sopé de uma vertente mais íngreme que a oposta.

Pensávamos que por ali encontraríamos as infraestruturas da aduana. Não foi ainda o caso. Receamos estarmos a entrar no Bangladesh e a metermo-nos em sarilhos. Mesmo assim, continuamos.

Barqueiros no Rio Dawki, Índia

Barcos de pesca e de recreio descem os últimos metros do rio Dawki indiano. Pouco depois, surgem o Jaflong Zero Point e o território do Banglades

Num recanto sombrio, a estrada desvenda-nos o lugar em que o rio deixava o desfiladeiro, o limiar em que, num meandro inesperado, se rendia à vastidão arenosa e vaporosa que tínhamos entrevisto do cimo da margem oposta. Nas nossas mentes, a Índia ficara para trás. De outra forma, qual o sentido da polícia, dos avisos e da barreira na ponte militar.

Reaproximamo-nos do Dawki. Encontramos uma profusão de vendas, de chamuças, de pani puri (um petisco popular nas ruas da Índia), de outros comes e bebes, de vestuário e de uma tralha diversificada Made in China.

Uma Surreal Fronteira Balnear

Para diante, a turba balnear mais exuberante que alguma vez testemunhámos preenchia uma praia surreal. Dela destacado, um militar de apito e bastão em riste, procurava manter uma ordem que falhávamos em compreender.

Visitantes da fronteira de Jaflong, Bangladesh-Índia

Veraneantes muçulmanos e bangladeshianos, hindus e muçulmanos partilham a àgua rasa do rio Dawki.

Mesmo reticentes, avançamos em direcção ao rio, não tarda, pelo meio da multidão que nos estranha.

As mulheres vestem os seus melhores trajes: saris garridos e lustrosos, hijabs e dupattas a combinar com longos salwars, algumas com pendentes tikka ou maang tikkas a enfeitar as cabeças, em conjuntos tão exuberantes como os hindus.

Os homens, por sua vez, partilham uma moda despejada do tradicionalismo de outros tempos. Só um ou outro trazem túnicas kurtas ou thobes e usam solidéus tupi a condizer.

Família em Jaflong Point, Bangladesh

Família bangladeshiana convive na água rasa do Dawki, sobre o Zero Point de Jaflong.

Não é que faltem rios ou água nem à Índia nem ao Bangladesh que, além do Dawki, partilham os imponentes Ganges e Bramaputra (que se unem no Padma), entre outros.

Intuímos que o que levava toda aquela gente a ali se reunir, era o facto de conviverem e se refrescarem sobre a emblemática fronteira, à laia do que foram (serão ainda?) as incursões de Elvas a Badajoz, de Vila Real de Santo António a Ayamonte e tantas outras por essa raia luso-espanhola fora.

O Magnetismo rochoso do Zero Point de Jaflong

O lugar que as acolhia ficou conhecido como o Zero Point de Jaflong. Jaflong popularizou-se no imaginário dos bengalis como uma hill station idílica cercada por floresta tropical e  plantações de chá e pela predominância da etnia khasi, a mesma que encontrámos em Shillong e restante estado de Meghalaya. Isto, até a ganância se instalar.

A planície aluvial dos rios Dawki e Goyain escondia um filão pedras. Não as pedras preciosas que seria normal supormos, meras pedras comuns.

Por aqueles lados em que os rendimentos são tão parcos, os nativos aperceberam-se que se as extraíssem e esmagassem de sol a sol e as vendessem para transformação em cimento, lucrariam bem mais que com os seus anteriores afazeres.

Extracção de pedras do rio Dawki, Bangladesh

Mineiros de pedra caminham sobre um banco aluvial do rio Dawki

Este estímulo financeiro atraiu milhares de mineiros espontâneos que ocuparam terras do estado e até parte de uma reserva natural. Abriram valas e esventraram a paisagem ao ponto de forçar o governo de Daca a intervir e a forçar a reflorestação de vários sectores da área destruída, longe de a recuperar na íntegra.

Tudo isto se passara e continuava a passar umas centenas de metros para jusante. Ali, no tal de Zero Point, só o sabão usado por algumas lavadeiras instaladas em ilhotas de seixos manchava o Dawki.

Lavadeira no rio Dawki, Bangladesh

Adolescente nativa da zona fronteiriça lava a roupa sobre seixos do rio Dawki.

A inundação de visitantes chegados da Índia e do Bangladesh enchia-o sobretudo de cor, de boa-disposição e de selfies e fotos de família, parte tiradas com simples smartphones, muitas, a cargo de fotógrafos profissionais que palmilhavam a zona a impingir os seus serviços.

Com o objectivo de atrair mais clientes, um destes empresários mantém, sobre a água, um cadeirão cénico amarelo-torrado, junto a vendedores de postais, de amendoins, de saladas chaat de grão, de paani puri e afins.

Longe de convidar ou poder proporcionar banhos, o Dawki molha apenas os pés aos visitantes. Alguns, ficam-se pelos metros inaugurais. Outros, aventuram-se quase até meio do caudal raso. A movimentação lateral dos veraneantes continuava, todavia, limitada, o que nos remete para o militar de bastão em riste e para as suas intrigantes funções.

Singh & Kumar, o duo militar com a missão da ordem

Enquanto linha fronteiriça, o Zero Point de Jaflong era guardado. Reparamos mais tarde num posto de controle camuflado, elevado sobre uma plataforma feita de seixos.

Dois militares indianos, Man Mohan Singh e S. Saj Kumar – revezavam-se entre de lá controlarem os acontecimentos e, a partir da beira-rio, as deambulações da populaça. Tanto um como o outro pareciam identificar sem dificuldade quem vinha da Índia e do Bangladesh

S. Kumar, militar de serviço na linha fronteiriça de Jaflong Zero Point

Militar S. Kumar controla as trangressões de indianos e bangladeshianos sobre a linha de fronteira do Jaflong Zero Point.

Metemos conversa com S. Kumar. Este, incha ao ver o seu protagonismo redobrado. Ignora os esperados bom-senso e recato militares e autoriza que o fotografemos tanto connosco como só. Perguntamos-lhe o que controlava, afinal, com o seu apito e o bastão.

Kumar, um soldado de etnia tamil, deslocado do sul da Índia, explica-nos tudo ao pormenor: “Estão a ver ali a casinhola? E aquela rocha grande? Então, a fronteira é uma linha imaginária que vem de lá de cima, passa pela rocha e segue caudal adentro até à outra margem. O que eu tenho que fazer é impedir que os indianos passem para o lado do Bangladesh e os bengalis para o lado da Índia.”

Tanto ele como Singh levavam a missão a sério. Mal um popular trespassava a fronteira intangível, os militares apitavam, erguiam o bastão e descompunham-no. Se a infracção se repetia, agravavam a reprimenda com ameaças de expulsão. Também connosco assim começou por ser.

Mas, quando se inteiraram do que éramos e do que fazíamos, os guardas passaram a ignorar as incursões que forçámos, cada vez mais transgressoras, ali sim, já a terras de Bangladesh.

Adereço de fotógrafo sobre o rio Dawki, Bangladesh

Fotógrafo promove o seu trono cénico instalado sobre a água do Dawki

Uma Terra em tempos Única

Na origem, território da província indiana de Bengala Oriental, o Bangladesh surgiu da dolorosa Partição da Índia de Agosto de 1947. Foi uma das duas novas nações (sendo a outra o Paquistão) criadas à pressa para acomodar os muitos milhões de muçulmanos sem lugar na Índia, fruto da crescente incompatibilidade com a maioria hindu.

Os anos sucederam-se. Segundo nos afiançam os militares,  “salvo o problema da emigração ilegal de bangladeshianos para norte que a Índia falha em controlar, temos uma relação se não for cordial, pelo menos aceitável.”

Casal bangladeshiano no Jeflong Zero Point

Casal bangladeshiano, em trajes elegantes sobre a beira de seixos do rio Dawki.

Era, de facto assim, que a escolheríamos classificar após boa parte da tarde passada entre “vizinhos” hindus, cristãos de Meghalaya e muçulmanos do Bangladesh.

Abalados pelas várias horas sob o sol tropical e por toda àquela comoção balnear, damos connosco extasiados, esfomeados e com sede. Regressamos à estrada onde Sharma nos esperava. Pelos nossos ares, o motorista intui de imediato o que queríamos.

Encosta repleta de "betelnut" no lado indiano

Casario de um lugarejo a montante do Jaflong Zero Point, perdido numa floresta de palmeiras-de-areca.

Minutos depois, estamos sentados à mesa de um restaurante à sombra de uma plantação de palmeiras-de-areca. Mesmo explosivo de picante, devoramos o menu thali de peixe que, àquela hora tardia ainda nos serviram. Voltamos ao carro. Acabamos o dia a explorar mais dos domínios rugosos, verdejantes e indianos para montante do Dawki.

Mais informação sobre Meghalaya em Mesmerizing Megalaya e no site do turismo Indiano Incredible India.

Jaisalmer, Índia

Há Festa no Deserto do Thar

Mal o curto Inverno parte, Jaisalmer entrega-se a desfiles, a corridas de camelos e a competições de turbantes e de bigodes. As suas muralhas, ruelas e as dunas em redor ganham mais cor que nunca. Durante os três dias do evento, nativos e forasteiros assistem, deslumbrados, a como o vasto e inóspito Thar resplandece afinal de vida.
Goa, Índia

O Último Estertor da Portugalidade Goesa

A proeminente cidade de Goa já justificava o título de “Roma do Oriente” quando, a meio do século XVI, epidemias de malária e de cólera a votaram ao abandono. A Nova Goa (Pangim) por que foi trocada chegou a sede administrativa da Índia Portuguesa mas viu-se anexada pela União Indiana do pós-independência. Em ambas, o tempo e a negligência são maleitas que agora fazem definhar o legado colonial luso.
Tawang, Índia

O Vale Místico da Profunda Discórdia

No limiar norte da província indiana de Arunachal Pradesh, Tawang abriga cenários dramáticos de montanha, aldeias de etnia Mompa e mosteiros budistas majestosos. Mesmo se desde 1962 os rivais chineses não o trespassam, Pequim olha para este domínio como parte do seu Tibete. De acordo, há muito que a religiosidade e o espiritualismo ali comungam com um forte militarismo.
Guwahati, India

A Cidade que Venera Kamakhya e a Fertilidade

Guwahati é a maior cidade do estado de Assam e do Nordeste indiano. Também é uma das que mais se desenvolve do mundo. Para os hindus e crentes devotos do Tantra, não será coincidência lá ser venerada Kamakhya, a deusa-mãe da criação.
Dooars, Índia

Às Portas dos Himalaias

Chegamos ao limiar norte de Bengala Ocidental. O subcontinente entrega-se a uma vasta planície aluvial preenchida por plantações de chá, selva, rios que a monção faz transbordar sobre arrozais sem fim e povoações a rebentar pelas costuras. Na iminência da maior das cordilheiras e do reino montanhoso do Butão, por óbvia influência colonial britânica, a Índia trata esta região deslumbrante por Dooars.
Gangtok, Índia

Uma Vida a Meia-Encosta

Gangtok é a capital de Sikkim, um antigo reino da secção dos Himalaias da Rota da Seda tornado província indiana em 1975. A cidade surge equilibrada numa vertente, de frente para a Kanchenjunga, a terceira maior elevação do mundo que muitos nativos crêem abrigar um Vale paradisíaco da Imortalidade. A sua íngreme e esforçada existência budista visa, ali, ou noutra parte, o alcançarem.
Meghalaya, Índia

Pontes de Povos que Criam Raízes

A imprevisibilidade dos rios na região mais chuvosa à face da Terra nunca demoveu os Khasi e os Jaintia. Confrontadas com a abundância de árvores ficus elastica nos seus vales, estas etnias habituaram-se a moldar-lhes os ramos e estirpes. Da sua tradição perdida no tempo, legaram centenas de pontes de raízes deslumbrantes às futuras gerações.
Ooty, Índia

No Cenário Quase Ideal de Bollywood

O conflito com o Paquistão e a ameaça do terrorismo tornaram as filmagens em Caxemira e Uttar Pradesh um drama. Em Ooty, constatamos como esta antiga estação colonial britânica assumia o protagonismo.

Hampi, India

À Descoberta do Antigo Reino de Bisnaga

Em 1565, o império hindu de Vijayanagar sucumbiu a ataques inimigos. 45 anos antes, já tinha sido vítima da aportuguesação do seu nome por dois aventureiros portugueses que o revelaram ao Ocidente.

Goa, Índia

Para Goa, Rapidamente e em Força

Uma súbita ânsia por herança tropical indo-portuguesa faz-nos viajar em vários transportes mas quase sem paragens, de Lisboa à famosa praia de Anjuna. Só ali, a muito custo, conseguimos descansar.
Shillong, India

Selfiestão de Natal num Baluarte Cristão da Índia

Chega Dezembro. Com uma população em larga medida cristã, o estado de Meghalaya sincroniza a sua Natividade com a do Ocidente e destoa do sobrelotado subcontinente hindu e muçulmano. Shillong, a capital, resplandece de fé, felicidade, jingle bells e iluminações garridas. Para deslumbre dos veraneantes indianos de outras partes e credos.
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

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Maguri Bill, Índia

Um Pantanal nos Confins do Nordeste Indiano

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Jaisalmer, Índia

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Guwahati a Sela Pass, Índia

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Sósias, actores e figurantes

Estrelas do Faz de Conta

Protagonizam eventos ou são empresários de rua. Encarnam personagens incontornáveis, representam classes sociais ou épocas. Mesmo a milhas de Hollywood, sem eles, o Mundo seria mais aborrecido.
Barcos fundo de vidro, Kabira Bay, Ishigaki
Praias
Ishigaki, Japão

Inusitados Trópicos Nipónicos

Ishigaki é uma das últimas ilhas da alpondra que se estende entre Honshu e Taiwan. Ishigakijima abriga algumas das mais incríveis praias e paisagens litorais destas partes do oceano Pacífico. Os cada vez mais japoneses que as visitam desfrutam-nas de uma forma pouco ou nada balnear.
Santo Sepulcro, Jerusalém, igrejas cristãs, sacerdote com insensário
Religião
Basílica Santo Sepúlcro, Jerusalém, Israel

O Templo Supremo das Velhas Igrejas Cristãs

Foi mandada construir pelo imperador Constantino, no lugar da Crucificação e Ressurreição de Jesus e de um antigo templo de Vénus. Na génese, uma obra Bizantina, a Basílica do Santo Sepúlcro é, hoje, partilhada e disputada por várias denominações cristãs como o grande edifício unificador do Cristianismo.
Chepe Express, Ferrovia Chihuahua Al Pacifico
Sobre Carris
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Sociedade
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Vida Quotidiana
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Rottnest Island, Wadjemup, Australia, Quokkas
Vida Selvagem
Wadjemup, Rottnest Island, Austrália

Entre Quokkas e outros Espíritos Aborígenes

No século XVII, um capitão holandês apelidou esta ilha envolta de um oceano Índico turquesa, de “Rottnest, um ninho de ratos”. Os quokkas que o iludiram sempre foram, todavia, marsupiais, considerados sagrados pelos aborígenes Whadjuk Noongar da Austrália Ocidental. Como a ilha edénica em que os colonos britânicos os martirizaram.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.