Militares sul-coreanos de visita à DMZ de Dore fotografam-se.
Ao volante
Motorista de autocarro no complexo militar de Dore.
História recente de Dorasan
Painel electrónico descreve o passado recente da estação de Dorasan.
Betão camuflado
Edifício camuflado junto à zona militar desmilitarizada coreana, em Dore.
Torre de observação
Militares controlam os movimentos do exército norte-coreano do lado de lá da zona desmilitarizada que separa as duas Coreias
Comboio pintado
Um quadro exposto na estação ferroviária de Dorasan exibe uma composição que percorre uma linha ferroviária que liga Seul a PyongYang.
Linha binocular
Binóculos colocados para permitir aos visitantes observar a Zona Desmilitarizada e a Coreia do Norte.
Militares de visita
Militares sul-coreanos prescrutam a linha de fronteira da Coreia do Norte.
Visita Militar
Mulher abandona uma plataforma de observação de Dore que fica entregue aos militares.
Photo line
Soldados sul-coreanos atravessam a linha até onde os visitantes podem fotografar em Dore, Coreia do Sul.
Linha de comboio de sonho
Um painel na estação de comboio de Dorasan, que em tempos ligou as duas Coreias mas permanece sem ligação à Coreia do Norte
George Bush Jr
Fotografia exposta em Dorasan, mostra a presença do ex-presidente Bush nesta estação de comboio.
Memorial e Museu da Guerra da Coreia
Silhuetas militares no Memorial e Museu da Guerra da Coreia, em Seul.
Memórias da Guerra
Militar observa uma reconstituição do Memorial e Museu da Guerra da Coreia.
Uma nação e milhares de famílias foram divididas pelo armistício na Guerra da Coreia. Hoje, enquanto turistas curiosos visitam a DMZ, várias das fugas dos oprimidos norte-coreanos terminam em tragédia
Texto: Marco C. Pereira
Imagens: Marco C. Pereira-Sara Wong
À margem da descontracção coreana, da vida nocturna animada e da crescente sofisticação da capital, há uma atmosfera militar em Seul a que é complicado escapar.
Mal camuflados no ambiente urbano, os soldados sul-coreanos e norte-americanos surgem um pouco por toda a parte e concentram-se no vasto Memorial de Guerra Coreano, onde descobrem o passado do conflito a que foram entregues e se fotografam entre aviões, helicópteros e tanques desactivados.
Silhuetas militares no Memorial e Museu da Guerra da Coreia, em Seul.
Mesmo se sintomática, esta actividade ligeira pouco diz do velho confronto entre as Coreias que dilacerou o país original e se prolonga e ameaça aniquilar as nações artificiais que dele sobraram.
Sheung Lee e Alex. Os Anfitrões Providenciais de Seul
Sheung Lee, a nossa anfitriã em Seul trabalha numa editora até tarde. Chega a casa de rastos e sem tempo ou paciência para grandes dicas.
Já Alex, um seu amigo singapurense polido visita-a com frequência. Num quarto repleto de autocolantes de Winnie The Pooh, disserta sobre os temas sul-coreanos mais fortes – da “milagrosa” couve kimchi às populares cirurgias a que as coreanas recorrem para aumentar e ocidentalizar as suas pálpebras.
Faz também questão de nos explicar ao pormenor o que não podemos perder na cidade. Sheung Lee ouve da sala e não resiste a participar, malgrado as olheiras e outros sinais de exaustão: “E a DMZ, Alex, estás-te a esquecer da DMZ. Eles que vão já amanhã bem cedo. Tem ainda mais piada a seguir ao Memorial da Guerra.”
Militar observa uma reconstituição do Memorial e Museu da Guerra da Coreia.
É assim que muitos jovens sul-coreanos acabam por falar do lugar. Como uma atracção aberrante. Uma espécie de parque temático militar que, apesar de poder ditar as suas vidas para o bem e para o mal, nem por isso deve ser levado demasiado a sério.
Não havia porque desconfiar do conselho espontâneo de uma nativa. Assim sendo, na madrugada seguinte entramos, ainda ensonados, no autocarro que conduzia a visita. Em três tempos, saímos do centro de Seul em direcção a norte e ao famoso paralelo 38.
A Génese da DMZ nos Confins da Guerra Fria
Pouco antes do fim da 2ª Guerra Mundial, a Coreia continuava ocupada pelo invasor nipónico que aumentava o poderio do exército imperial com recurso ao recrutamento forçado de coreanos.
De forma tal que, em Janeiro de 1945, os Coreanos representavam 32% da força laboral japonesa. Em Agosto desse ano, as duas bombas atómicas lançadas pelos E.U.A. sobre Hiroxima e Nagasaki apressaram a capitulação dos agressores e o fim do conflito.
Na Conferência de Potsdam, sob pressão da nova ameaça soviética, os Aliados deliberaram a divisão da península. Contra o que havia sido estabelecido na Conferência do Cairo, fizeram-no sem consultarem os coreanos.
No fim de 1945, após vários episódios político-militares, os EUA e União Soviética partilhavam já a administração da Coreia. Esta intrusão levou a frequentes revoltas dos coreanos.
O processo terminou com a divisão política do país em duas zonas rivais separadas pelo Paralelo 38. Uma, a norte, comunista, validada pelos soviéticos e pela China. E outra, a sul, nacionalista, defendida pelos E.U.A.
Os planos de invasão do sul do líder norte-coreano Kim Il-sung obrigaram os Estados Unidos a mobilizar de novo as forças aliadas pan-mundiais para suster o alastramento da esfera comunista. A Guerra da Coreia precipitou-se.
Binóculos colocados para permitir aos visitantes observar a Zona Desmilitarizada e a Coreia do Norte.
O Avanço e Recuo que Dividiu as Coreias sobre o Paralelo 38
De Junho de 1950 até 1953, ambos os lados avançaram e recuaram acima e abaixo do Paralelo 38. E, ironia das ironias, após o longo e destrutivo conflito, uma vez decretado o armistício, estavam muito próximos das posições originais.
Renovaram-se, então a Coreia do Norte (RDPC) e a Coreia do SUL (RC) separadas por uma DMZ coreana, um território de ninguém entre duas fronteiras fortemente militarizadas.
Paramos pela primeira vez junto ao terceiro de quatro túneis de infiltração escavados pela Coreia do Norte que, quando confrontada com a sua descoberta pelo sul, afirmou servirem para extracção de carvão, apesar de ali não existir carvão.
À medida que avançamos na semi-penumbra do interior, diverte-nos a explicação da guia excêntrica de que as manchas de negro que vemos nas paredes foram também elas obra dos norte-coreanos que tingiram o granito escavado de forma a ilustrar a teoria.
Dorasan. A Estação Ferroviária de Que Nem o Sonho Partiu
Segue-se uma passagem pela estação de comboio de Dorasan que em tempos ligou o norte ao sul mas que foi desactivada quando os norte-coreanos fecharam aquela fronteira, após acusarem o sul de alimentarem uma política confrontacional.
Fotografia exposta em Dorasan, mostra a presença do ex-presidente Bush nesta estação de comboio.
Entre as imagens expostas, destacam-se, ali, as da visita de um Presidente Bush filho visivelmente intrigado. E, sobretudo, a de um painel gráfico e colorido que expõe linhas ferroviárias asiáticas e europeias com partida daquela estação e da Península Coreana.
É um sonho que a Coreia do Sul ainda alimenta, apesar de o orgulho do regime comunista continuar a barrar as suas ligações terrestres.
Um painel na estação de comboio de Dorasan, que em tempos ligou as duas Coreias mas permanece sem ligação à Coreia do Norte
Dora e o Vislumbre Nevoento da Coreia do Norte
A derradeira paragem da visita à DMZ fazemo-la junto ao observatório de Dora, um dos inúmeros pontos de que o exército sul-coreano controla os acontecimentos a norte.
Os militares dominam o lugar. Os militares e civis presentes dedicam-se a espreitar a Coreia do Norte pelos monóculos instalados. Por essa altura, uma forte névoa deixa perceber apenas o poste gigantesco (terceiro maior do mundo com 160m) de que esvoaça uma bandeira norte-coreana que nos afiançam pesar cerca de 270 kg.
Militares sul-coreanos prescrutam a linha de fronteira da Coreia do Norte.
Percebem-se também gradeamentos e muros longínquos. E edifícios perdidos numa vastidão de tom castanho, seca e inóspita.
São os fantasmas arquitectónicos de Kijong-do, uma aldeia norte-coreana de paz ou de propaganda, como lhe prefere chamar o Sul.
Militares controlam os movimentos do exército norte-coreano do lado de lá da zona desmilitarizada que separa as duas Coreias
A Misteriosa Miragem de Kijong-do
O regime norte-coreano assegura que a aldeia aloja uma quinta comunal explorada por duzentas famílias. E que é servida por um infantário, escola primária e secundária e um hospital.
A observação cuidada a partir da fronteira sul-coreana permitiu concluir tratar-se, na realidade, de uma aldeia Potemkin construída em 1950 com grandes custos com o verdadeiro propósito de incentivar a deserção dos sul-coreanos para o norte.
E de abrigar os soldados que asseguram a vasta rede de artilharia defensiva de fortificações e bunkers ao longo da fronteira. É, aliás, a única povoação norte-coreana detectável a partir do sul da DMZ.
Como se não bastasse a fraca visibilidade, é proibido fotografar ou filmar para diante de uma Photo Line bastante recuada face ao limiar da plataforma, pintada a amarelo sobre o solo.
Essa limitação impede os visitantes de fazerem qualquer registo do que está para o outro lado.
Soldados sul-coreanos atravessam a linha até onde os visitantes podem fotografar em Dora, Coreia do Sul.
Por aparente ausência de alternativas, submetemo-nos aos regulamentos mas um jovem casal resolve improvisar. Ela trepa para as cavalitas do namorado. Posicionada bem mais acima face ao muro, aponta uma máquina compacta ao norte e começa a disparar.
Por momentos, o atrevimento diverte os soldados sul-coreanos de guarda que, por certo, já o presenciaram antes. Não tarda, cumprem as suas instruções e obrigam o casal primeiro a desfazer a acrobacia, depois, a apagar as fotos.
Dali, qualquer passagem para norte seria definitiva. Ou, no mínimo, muitíssimo problemática.
Assim o provaram duas jornalistas norte-americanas capturadas pela Coreia do Norte e salvas apenas devido à admiração do ditador King Jong Il pelo ex-presidente Bill Clinton.
Sofreu as piores agruras da Guerra do Vietname e foi desprezada pelos vietcong devido ao passado feudal. As bandeiras nacional-comunistas esvoaçam sobre as suas muralhas mas Hué recupera o esplendor.
Os navegadores portugueses não podiam imaginar o imbróglio reservado a Formosa. Passados quase 500 anos, mesmo insegura do seu futuro, Taiwan prospera. Algures entre a independência e a integração na grande China.
Foi alvo frequente das Cruzadas e tomada e retomada vezes sem conta. Hoje, israelita, Acre é partilhada por árabes e judeus. Vive tempos bem mais pacíficos e estáveis que aqueles por que passou.
Chegamos ao limiar norte de Bengala Ocidental. O subcontinente entrega-se a uma vasta planície aluvial preenchida por plantações de chá, selva, rios que a monção faz transbordar sobre arrozais sem fim e povoações a rebentar pelas costuras. Na iminência da maior das cordilheiras e do reino montanhoso do Butão, por óbvia influência colonial britânica, a Índia trata esta região deslumbrante por Dooars.
Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
Em 2015, a primeira-dama do Zimbabué Grace Mugabe afirmou que o presidente, então com 91 anos, governaria até aos 100, numa cadeira-de-rodas especial. Pouco depois, começou a insinuar-se à sua sucessão. Mas, nos últimos dias, os generais precipitaram, por fim, a remoção de Robert Mugabe que substituiram pelo antigo vice-presidente Emmerson Mnangagwa.
O Palácio de Gyeongbokgung resiste protegido por guardiães em trajes sedosos. Em conjunto, formam um símbolo da identidade sul-coreana. Sem o esperarmos, acabamos por nos ver na era imperial destas paragens asiáticas.
No limiar norte da província indiana de Arunachal Pradesh, Tawang abriga cenários dramáticos de montanha, aldeias de etnia Mompa e mosteiros budistas majestosos. Mesmo se desde 1962 os rivais chineses não o trespassam, Pequim olha para este domínio como parte do seu Tibete. De acordo, há muito que a religiosidade e o espiritualismo ali comungam com um forte militarismo.
Em 6 de Agosto de 1945, Hiroxima sucumbiu à explosão da primeira bomba atómica usada em guerra. Volvidos 70 anos, a cidade luta pela memória da tragédia e para que as armas nucleares sejam erradicadas até 2020.
Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
A meio do século passado, a caça excessiva extinguia boa parte da fauna do reino da Suazilândia. Ted Reilly, filho do colono pioneiro proprietário de Mlilwane entrou em acção. Em 1961, lá criou a primeira área protegida dos Big Game Parks que mais tarde fundou. Também conservou o termo suazi para os pequenos fogos que os relâmpagos há muito geram.
Seis dias após a partida de Besisahar chegamos por fim a Manang (3519m). Situada no sopé das montanhas Annapurna III e Gangapurna, Manang é a civilização que mima e prepara os caminhantes para a travessia sempre temida do desfiladeiro de Thorong La (5416 m).
Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
Os tailandeses chamam a cada templo budista wat e a sua capital do norte tem-nos em óbvia abundância. Entregue a sucessivos eventos realizados entre santuários, Chiang Mai nunca se chega a desligar.
De viagem, de cima a baixo, pelas Pequenas Antilhas, o período natalício apanha-nos em Barbados e em Granada. Com as famílias do outro lado do oceano, ajustamo-nos ao calor e aos festejos balneares das Caraíbas.
Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Nativos de etnia Karanga da aldeia KwaNemamwa exibem as danças tradicionais Bira aos visitantes privilegiados das ruínas do Grande Zimbabwe. o lugar mais emblemático do Zimbabwe, aquele que, decretada a independência da Rodésia colonial, inspirou o nome da nova e problemática nação.
Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.
Ao longo de 150km, o litoral californiano submete-se a uma vastidão de montanha, oceano e nevoeiro. Neste cenário épico, centenas de almas atormentadas seguem os passos de Jack Kerouac e Henri Miller.
Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
O tema da luz na fotografia é inesgotável. Neste artigo, transmitimos-lhe algumas noções basilares sobre o seu comportamento, para começar, apenas e só face à geolocalização, a altura do dia e do ano.
Com mais de 20 milhões de habitantes numa vasta área metropolitana, esta megalópole marca, a partir do seu cerne de zócalo, o pulsar espiritual de uma nação desde sempre vulnerável e dramática.
Atingimos o limiar norte de Santo Antão e de Cabo Verde. Em nova tarde de luz radiosa, acompanhamos a azáfama atlântica dos pescadores e o dia-a-dia menos litoral da vila. Com o ocaso iminente, inauguramos uma demanda sombria e intimidante do povoado das Fontainhas.
Estamos a 66º Norte e às portas da Lapónia. Por estes lados, a paisagem branca é de todos e de ninguém como as árvores cobertas de neve, o frio atroz e a noite sem fim.
Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
Rupturas mais ou menos proeminentes da crosta terrestre, os vulcões podem revelar-se tão exuberantes quanto caprichosos. Algumas das suas erupções são gentis, outras provam-se aniquiladoras.
Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Em redor de El Calafate, em vez dos habituais pastores a cavalo, cruzamo-nos com gaúchos criadores equestres e com outros que exibem para gáudio dos visitantes, a vida tradicional das pampas douradas.
Entre os séculos IX a XIII d.C., Chichen Itza destacou-se como a cidade mais importante da Península do Iucatão e do vasto Império Maia. Se a Conquista Espanhola veio precipitar o seu declínio e abandono, a história moderna consagrou as suas ruínas Património da Humanidade e Maravilha do Mundo.
Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
À primeira vista, o Princess Juliana International Airport parece ser apenas mais um nas vastas Caraíbas. Sucessivas aterragens a rasar a praia Maho que antecede a sua pista, as descolagens a jacto que distorcem as faces dos banhistas e os projectam para o mar, fazem dele um caso à parte.
Em Jerusalém, enquanto percorrem a Via Dolorosa, os crentes mais sensíveis apercebem-se de como a paz do Senhor é difícil de alcançar nas ruelas mais disputadas à face da Terra.
A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
Começou como um brinquedo mas a apetência nipónica pelo lucro depressa transformou o pachinko numa obsessão nacional. Hoje, são 30 milhões os japoneses rendidos a estas máquinas de jogo alienantes.
Saksun é uma de várias pequenas povoações deslumbrantes das Ilhas Faroé, que cada vez mais forasteiros visitam. Diferencia-a a aversão aos turistas do seu principal proprietário rural, autor de repetidas antipatias e atentados contra os invasores da sua terra.
No recanto nordeste da República Dominicana, onde a natureza caribenha ainda triunfa, enfrentamos um Atlântico bem mais vigoroso que o esperado nestas paragens. Lá cavalgamos em regime comunitário até à famosa cascata Limón, cruzamos a baía de Samaná e nos embrenhamos na “terra das montanhas” remota e exuberante que a encerra.
Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.