Vale de Ezulwini, eSwatini

Em Redor do Vale Real e Celestial de Eswatini


A Execution Rock
A Execution Rock, no cimo da montanha de Nyonyane.
Arte em Mbabane, a capital
Mural em Mbabane, a capital de eSwatini
Mantenga Lodge
O Mantenga Lodge, acima do vale de Ezulwini
Igreja de Lobamba
Igreja em Lobamba, a capital real de eSwatini
Piscina na Floresta
Piscina do Mantenga Lodge
O Parlamento de Lobamba
O Parlamento nacional de Lobamba
Símio na Reserva de Mantenga
Macaco na reserva de Mantenga.
Danças Vigorosas
Exibição de Dança na Mantenga Cultural Village
Em redor do Almoço
Homens da Mantenga Cultural Village
Em Honra da Rainha-Mãe
Estátua da rainha-mãe de eSwatini
Anfitrião Mbuluzi
Anfitrião Mbuluzi, na aldeia cultural de Mantenga
Memorial de Sobhuza II, 2º
Explicações de um guia, no memorial de Sobhuza II
Memorial do Rei Sobhuza II
Estátua do rei Sobhuza II, no seu Memorial
Quedas d’Água de Mantenga
Quedas d'água de Mantenga
A Rocha de Sibebe
A grande rocha de Sibebe
Gado Real
Manada de vacas do rei de eSwatini
O Vale de Ezulwini
O vale de Ezulwini visto da Execution Rock.
Mantenga Cultural Village
A Mantenga Cultural Village, no Vale de Ezulwini
Estendido por quase 30km, o vale de Ezulwini é o coração e a alma da velha Suazilândia. Lá se situa Lobamba, a capital tradicional e assento da monarquia, a pouca distância da capital de facto, Mbabane. Verdejante e panorâmico, profundamente histórico e cultural, o vale mantém-se ainda o cerne turístico do reino de eSwatini.

Estamos no fim de Fevereiro e a mais de mil metros de altitude.

Pela altura do ano, o Estio destas paragens já devia ter começado a baquear. Em vez, o Domingo desperta morno.

Numas poucas horas, devolve Mantenga, o vale de Ezulwini e a maior parte de eSwatini à estufa meteorológica que, assim nos afiançam distintos anfitriões, já se arrasta há uns dias.

Subimos até à varanda de madeira e estação de refeições desafogada do Mantenga Lodge.

O Mantenga Lodge, acima do vale de Ezulwini.

Envolve-a uma floresta tropical que as chuvas fulminantes do fim de tarde e o rio Lusushwana irrigam quase em permanência.

Oposto àquela meia-encosta luxuriante, destaca-se um cabeço granítico que umas poucas nuvens solitárias parecem desafiar.

Ezulwini, a Montanha de Nyonyane e a Execution Rock

De visual dramático, conhecido como Execution Rock, é um dos picos que coroam Nyonyane, uma montanha há muito associada à realeza suazi e, por motivos díspares, à vida e ao seu fim.

A Execution Rock, no cimo da montanha de Nyonyane.

Nos primórdios da região, os bosquímanos usaram grutas e reentrâncias de Nyonyane como abrigos. A sabedoria popular de eSwatini, reiterada, amiúde pelos guias locais, explica o nome do pico.

Noutros tempos de justiça inclemente, os perpetradores de crimes graves, incluindo bruxaria e afins, eram conduzidos ao topo do rochedo e de lá atirados sem apelo.

Em redor, Nyonyane acolhe ainda a realeza suazi falecida. Durante a sua vigência, os membros da família real Dlamini têm aposentos em Ngabezweni.

Uma vez defuntos, são sepultados em grutas das vertentes rochosas de Nyonyane, em áreas consideradas sagradas.

De acordo com Nsesi, um dos nativos que nos guia, o estádio em que se realizam os maiores eventos da nação pode receber quinze mil espectadores. Ficou, no entanto, desprovido de metade da sua estrutura de bancadas. Isto, para que, durante os eventos, os súbditos não virassem as costas à realeza ancestral.

Está longe de ser tudo. Segundo o mesmo guia, quando os súbditos têm necessidade de apontar a montanha de Nyonyane, devem fazê-lo com o dedo dobrado.

eSwatini, ex-Suazilândia:  a Derradeira Monarquia Absoluta de África

eSwatini preserva uma realeza secular e o derradeiro monarca absoluto (leia-se não constitucional) de África. Como, em Tonga, subsiste o da vasta Polinésia.

Fundou-a um tal de chefe Mtalatala que conduziu o povo suazi através da actual Tanzânia e de Moçambique até aos domínios em que se radicaram.

O vale de Ezulwini visto da Execution Rock.

A sua antiguidade justifica um sem número de protocolos e mesuras, algumas, à luz dos nossos dias, consideradas excêntricas e que conferem ao reino boa parte do fascínio que desperta.

A Realeza de eSwatini e uma Histórica Poligamia

É, por exemplo, expectável que o rei suazi seja polígamo. Mswati III, tem, nem mais nem menos, que catorze mulheres. E, destas, mais de vinte cinco filhos.

A poligamia está de tal maneira implantada na história de eSwatini que, em 2019, o próprio Mswati III se viu obrigado a desmentir uma acusação tornada viral de que tinha decretado que todos os homens seus súbditos deveriam manter, pelo menos, duas mulheres, ou seriam presos.

Dias depois, cumprimos todo um périplo pela capital real de Lobamba.

Inteiramo-nos de muitas outras particularidades.

Eswatini, Ezulwini Valley, Mantenga Cultural Village

A Mantenga Cultural Village, no Vale de Ezulwini

Mantenga e a sua Mantenga Cultural Village

Esse dia inaugural e calorento, começamos por dedicá-lo à Mantenga Cultural Village.

Trata-se de uma povoação instalada às margens do rio Lusushwana.

Cumpre a finalidade de exibir aos visitantes os modos de vida tradicionais do povo suazi.

Anfitrião Mbuluzi, na aldeia cultural de Mantenga

Lá nos serve de anfitrião Paul, assim se apresenta com a sua graça cristã e o cuidado de informar o verdadeiro nome:

Mbuluzi, o mesmo de um rio que flui mais para noroeste da nação, na iminência da fronteira com a África do Sul.

A aldeia agrupa cabanas elementares, protegidas por uma paliçada.

Antes de a percorrermos, Mbuluzi convoca-nos para uma apresentação de danças.

Ia ter lugar no interior de uma cabana comunal bem mais ampla, à sombra e a salvo da fornalha que, entretanto, se tinha intensificado.

Exibição de Dança na Mantenga Cultural Village

As Danças que Espelham o Espírito Aguerrido do Povo Suáti

Lá se apresentam homens e mulheres suazis, os homens de tronco nu, acima de saiotes de pele, adornados ainda por caneleiras e pulseiras felpudas.

As mulheres, trajam as túnicas vermelhas, brancas e negras tradicionais de eSwatini, que vimos, noutras partes e ocasiões, decoradas com a imagem do rei.

Ambos os géneros brandem bastões de madeira e impressionam-nos e aos restantes espectadores com movimentos ora graciosos, ora bélicos e vigorosos que emulam a histórica aptidão suázi para as batalhas e a submissão dos inimigos.

Decorrida mais de meia-hora, comprovado em exibições de dias posteriores, concluímos que, entre uma panóplia de movimentos, se distinguem, nas danças suázis, as sucessivas elevações das pernas acima da cabeça.

Enquanto os dançarinos recuperam do esforço e limpam o suor, Mbuluzi conduz-nos ao interior da paliçada.

Instantes depois, guia-nos de cabana em cabana, cada qual meritória da sua narrativa, algumas, já com a presença dos dançarinos, convertidos em figurantes.

Homens da Mantenga Cultural Village

A Casa da Avó e as Cascatas do rio Lusushwana

Mbuluzi despende tempo adicional na denominada casa da avó, presente em todas as aldeias tradicionais de eSwatini e até mesmo nas já erguidas em pedra e materiais modernos.

“Onde quer que seja, em eSwatini, a casa da avó continua a ser vista como o “porto de abrigo” comunal, o lugar onde os membros da família se inteiram das novidades e onde procuram conselhos para momentos de indecisão e dificuldade.

Muitas coisas mudaram e mudam neste reino. Acreditem que o respeito pela casa da avó se mantém na base da nossa forma de ser.”

Mbuluzi preocupa-se ainda em, para lá da aldeia e da componente cultural, nos revelar paisagens incontornáveis que não a Execution Rock.

Cumprida uma viagem de jipe e a pé até à beira do rio, damos com as cascatas de Mantenga e com um bando de javalis-africanos sedentos, ansiosos por se meterem na água.

Quedas d’água de Mantenga

Por essa altura, o calor atingia o seu ápice. Gerava cumulus nimbus impressionantes que auguravam o dilúvio breve do dia.

Durante todo aquele périplo, tinha-se insinuado, acima, a Execution Rock. Haveríamos de a conquistar, dias mais tarde, a partir de uma vertente oposta de Mlilwane.

Nessa tarde, ainda nos rendemos a uma outra elevação emblemática da nação.

Cruzamos Mbabane, a capital executiva de eSwatini, morada de quase cem mil dos quase 1.3 milhões de súbditos, na sua grande maioria de etnia suázi, sendo que cerca de 15% são Zulus e de outras etnias.

Mural em Mbabane, a capital de eSwatini

 

A Monumental Sibebe Rock

De Mbabane, prosseguimos para norte, por um vale comparável ao de Ezulwini, aprofundado pelo tal rio Mbuluzi.

Às tantas, uma enorme falésia de pedra cinzenta-listada destaca-se da planura e das encostas verdejantes.

A grande rocha de Sibebe

Por alguma razão, consta nos rótulos da cerveja mais popular do país.

Impressionante como a víamos, com os seus 800 metros de altura, a Sibebe rock define um dos monólitos superlativos de África, promovido, amiúde, como um dos maiores à face da Terra.

Lá tem lugar a competição Sibebe Survivor que envolve a escalada extenuante e, em boa parte, rastejante até ao cimo.

Uma lesão inesperada e o calor abrasivo impedem-nos de a tentarmos. Em vez, dedicamo-nos à cerveja, se bem que não a de Sibebe, a de marula.

Em eSwatini, era, naquela altura do ano, confeccionada e consumida em enormes quantidades. Justificava, até mesmo, todo um festival nacional, celebrado numa exuberante ebriedade.

Por sua culpa, um número substancial de súbditos ziguezagueava, em euforia, por caminhos rectos.

O Parlamento nacional de Lobamba

Lobamba: a Capital Real de eSwatini

A nossa introdução à cerveja de marula começou, com relativa pompa e circunstância, por uma visita a Lobamba.

Lobamba é a capital legislativa do Reino de eSwatini, sede do Parlamento, da Aldeia Real de Ludzidzini, a residência da Rainha-Mãe de eSwatini.

E ainda do King Sobhuza II Memorial Park, erguido em honra do rei que conduziu a então Suazilândia à independência do Reino Unido.

Estátua do rei Sobhuza II, no seu Memorial

Sobhuza II orgulhou-se de ter conseguido a emancipação suazi dos colonos sem conflitos e sem gerar inimigos para a sua nação, a famosa citação “I Have no Enemies”.

Provou-se também o verdadeiro peso-pesado suázi da poligamia, chefe de uma família que se estimava contar com cerca de seiscentos descendentes crianças, supostamente todos de apelido Dlamini.

Finda essa incursão, em jeito de contraponto, Bongani Motsa (grato, no dialecto suáti), o guia designado, propõe-nos visitarmos o bairro em que tinha nascido, Txuluga.

Txuluga e a Prova da Cerveja de Marula

Descobrimo-lo feito de lares e outros edifícios pobres, numa discrepância polémica com o fausto esbanjador, inevitavelmente, gerador de frustração e protesto em que vive a Realeza.

Ironia das ironias: Bongani esclarece-nos que Txuluga também é o bairro de que provinha Sobhuza II, pai falecido da nação e do actual rei Mswati III.

Cirandamos entre casas abarracadas. Saudados com júbilo por sucessivos moradores alcoolizados. “Bom, com tanta pergunta sobre a marula e a cerveja, está na altura de a provarem!”

Seguimos o guia por duas ou três ruelas sinuosas. No fundo de uma delas, um grupo de nativos convive animado pela bebida. Vende-a, ao copo de plástico, uma fornecedora inesperada, Busi Mthembu, uma viúva idosa que se limita a cobrar, mas se mantém à margem da festa.

Provamos a cerveja, sob o esgar gozão dos convivas. Sabe-nos na mesma linha de bebidas artesanais que provámos noutras partes de África, por exemplo, os vinhos de palma e de caju.

Bebericamos um pouco mais, de maneira a justificarmos a aprovação e a atenção de Bongani Motsa. Após o que nos despedimos dos moradores e deixamos Txuluga, antes que a marula fermentada nos vitimasse.

Regressamos a Mantenga só ligeiramente zonzos,

Pelo caminho, uma manada de vacas detém-nos e ao restante trânsito.

Dizem-nos que o gado pertence ao rei Mswati III.

Manada de vacas do rei de eSwatini

A bátega do dia não tardou a apoderar-se do vale e a refrear os ânimos no reino de eSwatini.

 

Como Ir

Voe para Mbabane via Maputo, com a TAP Air Portugal: flytap.com/ e a FlyAirlink.

Onde Ficar

Mantenga Lodge: mantengalodge.com; +268 2416 1049

Mais Informação e Apoio na Preparação da Sua Viagem

The Kingdom of Eswatini: www.thekingdomofeswatini.com

Tongatapu, Tonga

A Última Monarquia da Polinésia

Da Nova Zelândia à Ilha da Páscoa e ao Havai nenhuma outra monarquia resistiu à chegada dos descobridores europeus e da modernidade. Para Tonga, durante várias décadas, o desafio foi resistir à monarquia.
Cabo da Boa Esperança - Cape of Good Hope NP, África do Sul

À Beira do Velho Fim do Mundo

Chegamos onde a grande África cedia aos domínios do “Mostrengo” Adamastor e os navegadores portugueses tremiam como varas. Ali, onde a Terra estava, afinal, longe de acabar, a esperança dos marinheiros em dobrar o tenebroso Cabo era desafiada pelas mesmas tormentas que lá continuam a grassar.
Graaf-Reinet, África do Sul

Uma Lança Bóer na África do Sul

Nos primeiros tempos coloniais, os exploradores e colonos holandeses tinham pavor do Karoo, uma região de grande calor, grande frio, grandes inundações e grandes secas. Até que a Companhia Holandesa das Índias Orientais lá fundou Graaf-Reinet. De então para cá, a quarta cidade mais antiga da nação arco-íris prosperou numa encruzilhada fascinante da sua história.
Table Mountain, África do Sul

À Mesa do Adamastor

Dos tempos primordiais das Descobertas à actualidade, a Montanha da Mesa sempre se destacou acima da imensidão sul-africana e dos oceanos em redor. Os séculos passaram e a Cidade do Cabo expandiu-se a seus pés. Tanto os capetonians como os forasteiros de visita se habituaram a contemplar, a ascender e a venerar esta meseta imponente e mítica.
Robben Island, África do Sul

A Ilha ao Largo do Apartheid

Bartolomeu Dias foi o primeiro europeu a vislumbrar a Robben Island, aquando da sua travessia do Cabo das Tormentas. Com os séculos, os colonos transformaram-na em asilo e prisão. Nelson Mandela deixou-a em 1982, após dezoito anos de pena. Decorridos outros doze, tornou-se o primeiro presidente negro da África do Sul.
Cidade do Cabo, África do Sul

Ao Fim e ao Cabo

A dobragem do Cabo das Tormentas, liderada por Bartolomeu Dias, transformou esse quase extremo sul de África numa escala incontornável. E, com o tempo, na Cidade do Cabo, um dos pontos de encontro civilizacionais e urbes monumentais à face da Terra.
Garden Route, África do Sul

O Litoral Jardim da África do Sul

Estendida por mais de 200km de costa natural, a Garden Route ziguezagueia por florestas, praias, lagos, desfiladeiros e parques naturais esplendorosos. Percorremo-la de leste para oeste, ao longo dos fundos dramáticos do continente africano.
Santa Lucia, África do Sul

Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
Grande ZimbabuéZimbabué

Grande Zimbabwe, Pequena Dança Bira

Nativos de etnia Karanga da aldeia KwaNemamwa exibem as danças tradicionais Bira aos visitantes privilegiados das ruínas do Grande Zimbabwe. o lugar mais emblemático do Zimbabwe, aquele que, decretada a independência da Rodésia colonial, inspirou o nome da nova e problemática nação.  
Grande Zimbabwe

Grande Zimbabué, Mistério sem Fim

Entre os séculos XI e XIV, povos Bantu ergueram aquela que se tornou a maior cidade medieval da África sub-saariana. De 1500 em diante, à passagem dos primeiros exploradores portugueses chegados de Moçambique, a cidade estava já em declínio. As suas ruínas que inspiraram o nome da actual nação zimbabweana encerram inúmeras questões por responder.  
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Santuário de Vida Selvagem Mlilwane, eSwatini

O Fogo que Reavivou a Vida Selvagem de eSwatini

A meio do século passado, a caça excessiva extinguia boa parte da fauna do reino da Suazilândia. Ted Reilly, filho do colono pioneiro proprietário de Mlilwane entrou em acção. Em 1961, lá criou a primeira área protegida dos Big Game Parks que mais tarde fundou. Também conservou o termo suazi para os pequenos fogos que os relâmpagos há muito geram.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
O rio Zambeze, PN Mana Poools
Safari
Kanga Pan, Mana Pools NP, Zimbabwe

Um Manancial Perene de Vida Selvagem

Uma depressão situada a 15km para sudeste do rio Zambeze retém água e minerais durante toda a época seca do Zimbabué. A Kanga Pan, como é conhecida, nutre um dos ecossistemas mais prolíficos do imenso e deslumbrante Parque Nacional Mana Pools.
Braga ou Braka ou Brakra, no Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
planicie sagrada, Bagan, Myanmar
Arquitectura & Design
Bagan, Myanmar

A Planície dos Pagodes, Templos e Redenções Celestiais

A religiosidade birmanesa sempre assentou num compromisso de redenção. Em Bagan, os crentes endinheirados e receosos continuam a erguer pagodes na esperança de conquistarem a benevolência dos deuses.
lagoas e fumarolas, vulcoes, PN tongariro, nova zelandia
Aventura
Tongariro, Nova Zelândia

Os Vulcões de Todas as Discórdias

No final do século XIX, um chefe indígena cedeu os vulcões do PN Tongariro à coroa britânica. Hoje, parte significativa do povo maori reclama aos colonos europeus as suas montanhas de fogo.
Cansaço em tons de verde
Cerimónias e Festividades
Suzdal, Rússia

Em Suzdal, é de Pequenino que se Celebra o Pepino

Com o Verão e o tempo quente, a cidade russa de Suzdal descontrai da sua ortodoxia religiosa milenar. A velha cidade também é famosa por ter os melhores pepinos da nação. Quando Julho chega, faz dos recém-colhidos um verdadeiro festival.
Perth Cidade Solitária Austrália, CBD
Cidades
Perth, Austrália

A Cidade Solitária

A mais 2000km de uma congénere digna desse nome, Perth é considerada a urbe mais remota à face da Terra. Apesar de isolados entre o Índico e o vasto Outback, são poucos os habitantes que se queixam.
Cacau, Chocolate, Sao Tome Principe, roça Água Izé
Comida
São Tomé e Príncipe

Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate

No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
Tombola, bingo de rua-Campeche, Mexico
Cultura
Campeche, México

Há 200 Anos a Brincar com a Sorte

No fim do século XVIII, os campechanos renderam-se a um jogo introduzido para esfriar a febre das cartas a dinheiro. Hoje, jogada quase só por abuelitas, a loteria local pouco passa de uma diversão.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Avião em aterragem, Maho beach, Sint Maarten
Em Viagem
Maho Beach, Sint Maarten

A Praia Caribenha Movida a Jacto

À primeira vista, o Princess Juliana International Airport parece ser apenas mais um nas vastas Caraíbas. Sucessivas aterragens a rasar a praia Maho que antecede a sua pista, as descolagens a jacto que distorcem as faces dos banhistas e os projectam para o mar, fazem dele um caso à parte.
Desfile de nativos-mericanos, Pow Pow, Albuquerque, Novo México, Estados Unidos
Étnico
Albuquerque, E.U.A.

Soam os Tambores, Resistem os Índios

Com mais de 500 tribos presentes, o pow wow "Gathering of the Nations" celebra o que de sagrado subsiste das culturas nativo-americanas. Mas também revela os danos infligidos pela civilização colonizadora.
Portfólio, Got2Globe, melhores imagens, fotografia, imagens, Cleopatra, Dioscorides, Delos, Grécia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

O Terreno e o Celestial

Nelson Dockyards, Docas de Antigua,
História
English Harbour, Antigua

Docas de Nelson: a Antiga Base Naval e Morada do Almirante

No século XVII, já os ingleses disputavam o controle das Caraíbas e do comércio do açúcar com os seus rivais coloniais, apoderaram-se da ilha de Antígua. Lá se depararam com uma enseada recortada a que chamaram English Harbour. Tornaram-na um porto estratégico que também abrigou o idolatrado oficial da marinha.
Cargueiro Cabo Santa Maria, Ilha da Boa Vista, Cabo Verde, Sal, a Evocar o Sara
Ilhas
Ilha da Boa Vista, Cabo Verde

Ilha da Boa Vista: Vagas do Atlântico, Dunas do Sara

Boa Vista não é apenas a ilha cabo-verdiana mais próxima do litoral africano e do seu grande deserto. Após umas horas de descoberta, convence-nos de que é um retalho do Sara à deriva no Atlântico do Norte.
Igreja Sta Trindade, Kazbegi, Geórgia, Cáucaso
Inverno Branco
Kazbegi, Geórgia

Deus nas Alturas do Cáucaso

No século XIV, religiosos ortodoxos inspiraram-se numa ermida que um monge havia erguido a 4000 m de altitude e empoleiraram uma igreja entre o cume do Monte Kazbek (5047m) e a povoação no sopé. Cada vez mais visitantes acorrem a estas paragens místicas na iminência da Rússia. Como eles, para lá chegarmos, submetemo-nos aos caprichos da temerária Estrada Militar da Geórgia.
Casal de visita a Mikhaylovskoe, povoação em que o escritor Alexander Pushkin tinha casa
Literatura
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
Monte Denali, McKinley, Tecto Sagrado Alasca, América do Norte, cume, Mal de Altitude, Mal de Montanha, Prevenir, Tratar
Natureza
Monte Denali, Alasca

O Tecto Sagrado da América do Norte

Os indígenas Athabascan chamaram-no Denali, ou o Grande e reverenciam a sua altivez. Esta montanha deslumbrante suscitou a cobiça dos montanhistas e uma longa sucessão de ascensões recordistas.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Bandeiras de oração em Ghyaru, Nepal
Parques Naturais
Circuito Annapurna: 4º – Upper Pisang a Ngawal, Nepal

Do Pesadelo ao Deslumbre

Sem que estivéssemos avisados, confrontamo-nos com uma subida que nos leva ao desespero. Puxamos ao máximo pelas forças e alcançamos Ghyaru onde nos sentimos mais próximos que nunca dos Annapurnas. O resto do caminho para Ngawal soube como uma espécie de extensão da recompensa.
Willemstad, Curaçao, Punda, Handelskade
Património Mundial UNESCO
Willemstad, Curaçao

O Coração Multicultural de Curaçao

Uma colónia holandesa das Caraíbas tornou-se um grande polo esclavagista. Acolheu judeus sefarditas que se haviam refugiado da Inquisição em Amesterdão e Recife e assimilou influências das povoações portuguesas e espanholas com que comerciava. No âmago desta fusão cultural secular esteve sempre a sua velha capital: Willemstad.
aggie grey, Samoa, pacífico do Sul, Marlon Brando Fale
Personagens
Apia, Samoa Ocidental

A Anfitriã do Pacífico do Sul

Vendeu burgers aos GI’s na 2ª Guerra Mundial e abriu um hotel que recebeu Marlon Brando e Gary Cooper. Aggie Grey faleceu em 1988 mas o seu legado de acolhimento perdura no Pacífico do Sul.
Barco e timoneiro, Cayo Los Pájaros, Los Haitises, República Dominicana
Praias
Península de Samaná, PN Los Haitises, República Dominicana

Da Península de Samaná aos Haitises Dominicanos

No recanto nordeste da República Dominicana, onde a natureza caribenha ainda triunfa, enfrentamos um Atlântico bem mais vigoroso que o esperado nestas paragens. Lá cavalgamos em regime comunitário até à famosa cascata Limón, cruzamos a baía de Samaná e nos embrenhamos na “terra das montanhas” remota e exuberante que a encerra.
Forte de São Filipe, Cidade Velha, ilha de Santiago, Cabo Verde
Religião
Cidade Velha, Cabo Verde

Cidade Velha: a anciã das Cidades Tropico-Coloniais

Foi a primeira povoação fundada por europeus abaixo do Trópico de Câncer. Em tempos determinante para expansão portuguesa para África e para a América do Sul e para o tráfico negreiro que a acompanhou, a Cidade Velha tornou-se uma herança pungente mas incontornável da génese cabo-verdiana.

Train Fianarantsoa a Manakara, TGV Malgaxe, locomotiva
Sobre Carris
Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
Gatis de Tóquio, Japão, clientes e gato sphynx
Sociedade
Tóquio, Japão

Ronronares Descartáveis

Tóquio é a maior das metrópoles mas, nos seus apartamentos exíguos, não há lugar para mascotes. Empresários nipónicos detectaram a lacuna e lançaram "gatis" em que os afectos felinos se pagam à hora.
Retorno na mesma moeda
Vida Quotidiana
Dawki, Índia

Dawki, Dawki, Bangladesh à Vista

Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
Macaco-uivador, PN Tortuguero, Costa Rica
Vida Selvagem
PN Tortuguero, Costa Rica

Tortuguero: da Selva Inundada ao Mar das Caraíbas

Após dois dias de impasse devido a chuva torrencial, saímos à descoberta do Parque Nacional Tortuguero. Canal após canal, deslumbramo-nos com a riqueza natural e exuberância deste ecossistema flúviomarinho da Costa Rica.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.