Fort-de-France, Martinica

Liberdade, Bipolaridade e Tropicalidade


Biblioteca Schoelcher
A biblioteca elegante Schoelcher com muitos dos livros que pertenciam à colecção pessoal de Victor Shoelcher, um representante do movimento abolicionista da Martinica e Guadalupe.
Casario das Caraíbas
Panorâmica do litoral colorido de Fort-de-France.
Les San Chénn
Banda San Chénn toca numa rua de Fort-de-France.
França verde-e-amarela
Edifícios históricos coloridos numa rua da capital de Martinica.
Rua Tropical
Coqueiros verdejantes elevam-se sobre um casario colorido e quase térreo de Fort-de-France.
Banhos Fortificados
Crianças brincam no Mar das Caraíbas, em frente ao forte de Saint Louis.
Despedida
Momento de um funeral de um militar francês.
Trenelle-Citron
O bairro densamente habitado de Trenelle Citron, nos arredores da capital Fort-de-France.
Igreja em painel
A catedral de Saint Louis numa versão mosaico-reflectida.
Vendedoras
Duas vendedoras descarregam mercadoria dum camião.
Liberté, Equalité, Fraternité
Transeuntes atravessam a praça em frente à antiga câmara municipal de Fort-de-France.
Orgulho Martiniquenho
Jovem martiniquenha repousa junto ao forte de San Louis, na marginal de Fort-de-France.
Francofonia Fúnebre
Cortejo patriótico levado a cabo durante o funeral de um militar da Martinica.
Wall Street da Roupa
Loja de roupa com stock market de Fort-de-France.
Na capital da Martinica confirma-se uma fascinante extensão caribenha do território francês. Ali, as relações entre os colonos e os nativos descendentes de escravos ainda suscitam pequenas revoluções.

Em contactos online anteriores Philippe Lucien já nos tinha alertado que andava deprimido. Pouco depois de o encontrarmos numa das casas de férias que gere, acaba por desabafar o motivo: “Sabem, não é fácil a minha vida em Martinica.

Nasci cá mas mudei-me cedo para França, casei-me lá e tive filhos. Mas nunca me senti integrado. Perguntavam-me a toda a hora se era da Argélia ou de Marrocos, meio desconfiados com o meu visual. Depois, quando voltei para cá, também me senti sem identidade.

Estamos num paraíso oficialmente francês mas, aqui, há que escolher de que lado se vive, se do dos pretos ou do dos brancos… eu não pertenço a nenhuns.”

Conjunto San Chénn, Fort de France-Martinica, Antihas Francesas

Banda San Chénn toca numa rua de Fort-de-France.

Nos vários fins de dia que passamos à mesa com ele e com a namorada Severine, as contradições francófonas das Antilhas vêm à baila vezes sem conta, com os mais distintos desenvolvimentos. Depois, nas manhãs seguintes, saímos bem cedo para explorar Martinica e viver o tema no terreno.

Philippe Lucien é filho de um advogado abastado de Fort-de-France. Foi nestas duas gerações de Luciens que a capital da ilha mais mudou.

A rivalidade de Fort-de-France com a vizinha Saint Pierre pelo estatuto de capital prolongou-se até ao virar do século XX, quando as duas cidades tinham quase o mesmo número de habitantes e dividiam instituições administrativas e militares. Por essa altura, Saint Pierre estava na dianteira por a sua população ser mais concentrada e urbana.

Mas em 1902, o vulcão Monte Pelée entrou em erupção e devastou-a. Só dois dos seus quase 30.000 habitantes resistiram e os sobreviventes dos arredores tiveram que se mudar para Fort-de-France.

Desde então, a cidade assumiu-se como a verdadeira capital de Martinica e nunca mais parou de crescer.

Uma Incursão Curiosa no bairro Trenelle-Citron

Com os adventos da crise económica dos anos 30 e da 2ª Guerra Mundial, Fort-de-France entrou em descontrole à medida que a população se aproximou dos 100.000 habitantes, muitos instalados em bairros de lata.

Trenelle Citron, Fort de France-Martinica, Antihas Francesas2

O bairro densamente habitado de Trenelle Citron, nos arredores da capital Fort-de-France.

De 1945 a 2001, o maire Aimé Cesaire procurou restabelecer a ordem da sua cidade mas nem todos os problemas foram completamente resolvidos.

Encontramos num deles – o quartier de Trenelle-Citron – um inesperado apelo visual que acaba por originar uma das peripécias mais curiosas que vivemos em Martinica.

Biblioteca schoelcher, Fort-de-France-Martinica, Antihas Francesas

A biblioteca elegante Schoelcher, com muitos dos livros que pertenciam à colecção pessoal de Victor Shoelcher, um representante do movimento abolicionista da Martinica e Guadalupe.

Sondamos as ruelas abaixo de um viaduto do subúrbio de Shoelcher para encontrarmos um ponto para fotografarmos o casario de Trenelle quando damos com uma tal de Rue du Photographe. Em má hora, decidimos registar a sua placa.

De imediato, abre-se a porta de uma casa ao lado e um jovem morador de tronco nu e barba rija sai para o exterior a berrar de forma intimidante. “Que é que vocês querem? Desapareçam daqui! Não têm nada que se meter na nossa vida.”

Uma Compreensível Confusão e Rejeição

Reagimos com estupefacção e demoramos vários minutos a acalmar o residente, entretanto acompanhado por 5 amigos todos de boné, roupas desportivas e, felizmente bem mais cool.

Com a paciência necessária, explicamos e provamos-lhes que não temos nada a ver com a polícia. É o suficiente para nos contarem que são do Haiti e da República Dominicana, e o motivo de tanta inquietação: “Desde que abriram a esquadra ali para baixo, não param de nos controlar.

Já não temos paciência para os aturar e colocámos aquela câmara sobre a porta para percebermos quando aqui vêm. Foi assim que vos vimos. Aqui prendem-nos por tudo e por nada. Fazemos um cavalinho com a mota e vamos dentro. Fumamos uma ervinha e vamos outra vez dentro…”

Acabamos a conviver com os “gangsta” Rolando e António de Castilla e falamos de tudo um pouco.

Do desconhecido Portugal, do Carnaval e das mulheres brasileiras e as políticas económicas de Sarkozy e dos békés, os descendentes dos primeiros colonos da ilha, alguns deles de famílias ainda e sempre poderosas que a população responsabiliza pelo custo de vida cada vez mais incomportável da Martinica.

Loja, Fort de France, Martinica, Antihas Francesas

Loja de roupa com stock market de Fort-de-France.

Depois, despedimo-nos com respeito mútuo e continuamos para o coração da capital.

Fort-de-France: a Capital Caribenha da Martinica

Percorremos o passadiço de madeira que avança ao longo do mar das Caraíbas com vista para o jardim da Place de La Savane e até à muralha imponente do forte e base militar de Saint Louis, em que ondulam coqueiros e uma inevitável bandeira tricolor.

Forte de San Louis, Fort de France-Martinica, Antihas Francesas

Crianças brincam no Mar das Caraíbas, em frente ao forte de Saint Louis.

Durante o dia, Fort-de-France está entregue à actividade das suas inúmeras lojas térreas, na maioria, sapatarias e boutiques com exércitos de manequins.

Atravessamos o Grand Marché, repleto de fruta tropical, aromas de especiarias, de artesanato e garrafas de rum, ti-punch e outras especialidades licorosas vendidas por senhoras com grande porte e dotes promocionais ainda maiores que nos perguntam “De quel departement êtes-vous…” curiosas sobre de que recanto francês vimos.

Em redor, falamos ainda com dois egípcios que baptizaram a sua loja de Adham e engrossaram uma comunidade imigrante já significativa oriunda do Médio Oriente e arredores.

Fachadas sob coqueiros, Fort de France-Martinica, Antihas Francesas

Coqueiros verdejantes elevam-se sobre um casario colorido e quase térreo de Fort-de-France.

Também conhecemos a família Chen que resolveu mudar-se há três anos de Cayenne e abrir o seu bazar Mei Dieda por a Guiana Francesa se ter tornado demasiado perigosa.

De tempos a tempos, esta Fort-de-France mais terra-a-terra e multiétnica faz-nos esquecer a quem pertence. A sensação raramente perdura.

Quando chegamos às imediações da catedral de Saint Louis, tem lugar o funeral de um antigo veterano de guerra, uma cerimónia que decorre com pompa e circunstância militar.

Funeral Militar-Fort de France, Martinica, Antihas Francesas

Cortejo patriótico levado a cabo durante o funeral de um militar da Martinica.

O cortejo lento surge da zona da marginal decorado por mais bandeiras e insígnias francesas.

Oficiais, familiares e amigos de perfil gaulês saúdam e cumprimentam outros afro e, o momento, tão delicado, volta a baralhar os dados. Precisávamos de um ou dois anos de vida nestes confins francófonos para percebermos melhor os seus verdadeiros princípios universais.

Saint-Pierre, Martinica

A Cidade que Renasceu das Cinzas

Em 1900, a capital económica das Antilhas era invejada pela sua sofisticação parisiense, até que o vulcão Pelée a carbonizou e soterrou. Passado mais de um século, Saint-Pierre ainda se regenera.
Martinica, Antilhas Francesas

Caraíbas de Baguete debaixo do Braço

Circulamos pela Martinica tão livremente como o Euro e as bandeiras tricolores esvoaçam supremas. Mas este pedaço de França é vulcânico e luxuriante. Surge no coração insular das Américas e tem um delicioso sabor a África.
Guadalupe, Antilhas Francesas

Guadalupe: Um Caribe Delicioso, em Contra-Efeito Borboleta

Guadalupe tem a forma de uma mariposa. Basta uma volta por esta Antilha para perceber porque a população se rege pelo mote Pas Ni Problem e levanta o mínimo de ondas, apesar das muitas contrariedades.
Cilaos, Reunião

Refúgio sob o tecto do Índico

Cilaos surge numa das velhas caldeiras verdejantes da ilha de Reunião. Foi inicialmente habitada por escravos foragidos que acreditavam ficar a salvo naquele fim do mundo. Uma vez tornada acessível, nem a localização remota da cratera impediu o abrigo de uma vila hoje peculiar e adulada.

Ilha de Goreia, Senegal

Uma Ilha Escrava da Escravatura

Foram vários milhões ou apenas milhares os escravos a passar por Goreia a caminho das Américas? Seja qual for a verdade, esta pequena ilha senegalesa nunca se libertará do jugo do seu simbolismo.​

Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
Lençois da Bahia, Brasil

A Liberdade Pantanosa do Quilombo do Remanso

Escravos foragidos subsistiram séculos em redor de um pantanal da Chapada Diamantina. Hoje, o quilombo do Remanso é um símbolo da sua união e resistência mas também da exclusão a que foram votados.
Soufrière, Saint Lucia

As Grandes Pirâmides das Antilhas

Destacados acima de um litoral exuberante, os picos irmãos Pitons são a imagem de marca de Saint Lucia. Tornaram-se de tal maneira emblemáticos que têm lugar reservado nas notas mais altas de East Caribbean Dollars. Logo ao lado, os moradores da ex-capital Soufrière sabem o quão preciosa é a sua vista.
Soufriére e Scotts Head, Dominica

A Vida que Pende da Ilha Caribenha da Natureza

Tem a fama da ilha mais selvagem das Caraíbas e, chegados ao seu fundo, continuamos a confirmá-lo. De Soufriére ao limiar habitado sul de Scotts Head, a Dominica mantém-se extrema e difícil de domar.
Maho Beach, Sint Maarten

A Praia Caribenha Movida a Jacto

À primeira vista, o Princess Juliana International Airport parece ser apenas mais um nas vastas Caraíbas. Sucessivas aterragens a rasar a praia Maho que antecede a sua pista, as descolagens a jacto que distorcem as faces dos banhistas e os projectam para o mar, fazem dele um caso à parte.
English Harbour, Antigua

Docas de Nelson: a Antiga Base Naval e Morada do Almirante

No século XVII, já os ingleses disputavam o controle das Caraíbas e do comércio do açúcar com os seus rivais coloniais, apoderaram-se da ilha de Antígua. Lá se depararam com uma enseada recortada a que chamaram English Harbour. Tornaram-na um porto estratégico que também abrigou o idolatrado oficial da marinha.
Saint George, Granada

Uma Detonação de História Caribenha

A peculiar Saint George dispersa-se pela encosta de um vulcão inactivo e em redor de uma enseada em U. O seu casario abundante e ondulante comprova a riqueza gerada ao longo dos séculos na ilha de Granada de que é capital.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Jabula Beach, Kwazulu Natal, Africa do Sul
Safari
Santa Lucia, África do Sul

Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
Yak Kharka a Thorong Phedi, Circuito Annapurna, Nepal, iaques
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 11º: Yak Karkha a Thorong Phedi, Nepal

A Chegada ao Sopé do Desfiladeiro

Num pouco mais de 6km, subimos dos 4018m aos 4450m, na base do desfiladeiro de Thorong La. Pelo caminho, questionamos se o que sentíamos seriam os primeiros problemas de Mal de Altitude. Nunca passou de falso alarme.
Uma Cidade Perdida e Achada
Arquitectura & Design
Machu Picchu, Peru

A Cidade Perdida em Mistério dos Incas

Ao deambularmos por Machu Picchu, encontramos sentido nas explicações mais aceites para a sua fundação e abandono. Mas, sempre que o complexo é encerrado, as ruínas ficam entregues aos seus enigmas.
O pequeno farol de Kallur, destacado no relevo caprichoso do norte da ilha de Kalsoy.
Aventura
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
Queima de preces, Festival de Ohitaki, templo de fushimi, quioto, japao
Cerimónias e Festividades
Quioto, Japão

Uma Fé Combustível

Durante a celebração xintoísta de Ohitaki são reunidas no templo de Fushimi preces inscritas em tabuínhas pelos fiéis nipónicos. Ali, enquanto é consumida por enormes fogueiras, a sua crença renova-se.
Casario de Ushuaia, ultima das cidades, Terra do Fogo, Argentina
Cidades
Ushuaia, Argentina

A Última das Cidades Austrais

A capital da Terra do Fogo marca o limiar austral da civilização. De Ushuaia partem inúmeras incursões ao continente gelado. Nenhuma destas aventuras de toca e foge se compara à da vida na cidade final.
Singapura Capital Asiática Comida, Basmati Bismi
Comida
Singapura

A Capital Asiática da Comida

Eram 4 as etnias condóminas de Singapura, cada qual com a sua tradição culinária. Adicionou-se a influência de milhares de imigrados e expatriados numa ilha com metade da área de Londres. Apurou-se a nação com a maior diversidade gastronómica do Oriente.
Casal mascarado para a convenção Kitacon.
Cultura
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Uma Finlândia Pouco Convencional

As próprias autoridades definem Kemi como ”uma pequena cidade ligeiramente aloucada do norte finlandês”. Quando a visitamos, damos connosco numa Lapónia inconformada com os modos tradicionais da região.
Espectador, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, Australia
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O Futebol em que os Australianos Ditam as Regras

Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.
Manatee Creek, Florida, Estados Unidos da América
Em Viagem
Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Remadores Intha num canal do Lago Inlé
Étnico
Lago Inle, Myanmar

A Deslumbrante Birmânia Lacustre

Com uma área de 116km2, o Lago Inle é o segundo maior lago do Myanmar. É muito mais que isso. A diversidade étnica da sua população, a profusão de templos budistas e o exotismo da vida local, tornam-no um reduto incontornável do Sudeste Asiático.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
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Sensações vs Impressões

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História
Kirkjubour, Streymoy, Ilhas Faroé

Onde o Cristianismo Faroense deu à Costa

A um mero ano do primeiro milénio, um missionário viquingue de nome Sigmundur Brestisson levou a fé cristã às ilhas Faroé. Kirkjubour, tornou-se o porto de abrigo e sede episcopal da nova religião.
Fontainhas, Santo Antão, Cabo Verde, casario equilibrista
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Atingimos o limiar norte de Santo Antão e de Cabo Verde. Em nova tarde de luz radiosa, acompanhamos a azáfama atlântica dos pescadores e o dia-a-dia menos litoral da vila. Com o ocaso iminente, inauguramos uma demanda sombria e intimidante do povoado das Fontainhas.
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Inverno Branco
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Da Arte da Pesca à Pesca da Arte

Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.
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Vida e Obra de uma Escritora à Margem

Nascida em Goiás, Ana Lins Bretas passou a maior parte da vida longe da família castradora e da cidade. Regressada às origens, continuou a retratar a mentalidade preconceituosa do interior brasileiro
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(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
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Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
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Os romanos conheciam as Canárias como as ilhas afortunadas. Fuerteventura, preserva vários dos atributos de então. As suas praias perfeitas para o windsurf e o kite-surf ou só para banhos justificam sucessivas “invasões” dos povos do norte ávidos de sol. No interior vulcânico e rugoso resiste o bastião das culturas indígenas e coloniais da ilha. Começamos a desvendá-la pelo seu longilíneo sul.
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Decorridos três milénios e meio, Atenas resiste e prospera. De cidade-estado belicista, tornou-se a capital da vasta nação helénica. Modernizada e sofisticada, preserva, num âmago rochoso, o legado da sua gloriosa Era Clássica.
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O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
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Contra todas as probabilidades, um dos litorais dominicanos mais intocados também é dos mais remotos. À descoberta da província de Pedernales, deslumbramo-nos com o semi-desértico Parque Nacional Jaragua e com a pureza caribenha da Bahia de las Águilas.
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Circuito Annapurna: 3º- Upper Pisang, Nepal

Uma Inesperada Aurora Nevada

Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
white pass yukon train, Skagway, Rota do ouro, Alasca, EUA
Sobre Carris
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
Mulheres com cabelos longos de Huang Luo, Guangxi, China
Sociedade
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
Vendedores de fruta, Enxame, Moçambique
Vida Quotidiana
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Penhascos acima do Valley of Desolation, junto a Graaf Reinet, África do Sul
Vida Selvagem
Graaf-Reinet, África do Sul

Uma Lança Bóer na África do Sul

Nos primeiros tempos coloniais, os exploradores e colonos holandeses tinham pavor do Karoo, uma região de grande calor, grande frio, grandes inundações e grandes secas. Até que a Companhia Holandesa das Índias Orientais lá fundou Graaf-Reinet. De então para cá, a quarta cidade mais antiga da nação arco-íris prosperou numa encruzilhada fascinante da sua história.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.