PN Henri Pittier, Venezuela

PN Henri Pittier: entre o Mar das Caraíbas e a Cordilheira da Costa


Árvore Massiva
Guia de natureza e clientes junto a uma das árvores enormes do PN Henri Pittier.
Rumo a Uricao
Barqueiro junto à proa de um barco acabado de zarpar de Puerto Colômbia, rumo a Uricao.
Coqueiro Busca o Mar
Um longo coqueiro quase a mergulhar no Mar das Caraíbas.
A grande Playa Grande
A montanha luxuriante da Cordillera de la Costa, uma floresta de coqueiros e o areal dourado da Playa Grande de Puerto Colombia.
Baía da Playa Grande
Banhistas partilham o longo areal da Playa Grande de Puerto Colombia.
Vale até ao Mar
Vista de um dos vales porque se estende o PN Henri Pittier.
Caribe Rosado
Ocaso rosa o Mar das Caraíbas ao largo de Puerto Colômbia.
Túnel de Bambu
Grande túnel de bambus sobre o rio Choroni, no PN Henri Pittier.
Trio na sombra
Três amigos percorrem uma rua da povoação colonial de Choroni.
Crista da Onda
Surfista surfa uma onda recém-formada ao largo de Puerto Colombia.
Caribe pedregoso
Litoral pedregoso da praia de Valle Seco, a leste de Puerto Colombia.
Uma Rede, muito descanso
Descanso garantido por dois coqueiros providenciais da praia de Uricao.
Irmãs Quedas d’água
Duas quedas d'água fluem pela floresta tropical e luxuriante do PN Henri Pittier.
Valle nada Seco
Banhistas partilham o Mar das Caraíbas suave que banha a praia de Valle Seco.
Em 1917, o botânico Henri Pittier afeiçoou-se à selva das montanhas marítimas da Venezuela. Os visitantes do parque nacional que este suíço ali criou são, hoje, mais do que alguma vez desejou

Uma viagem de autocarro leva-nos da atarefada Caracas ao principal interface rodoviário para o destino final.

Maracay tem pouco que descobrir. Mesmo com algum tempo antes da próxima ligação, pouco depois de o deixarmos, regressamos ao terminal em busca de um qualquer poiso refrescante.

Encontramo-lo na pequena casa de sumos do senhor Manuel que, saudoso das origens madeirenses, exibe no seu negócio vários pósteres da Pérola do Atlântico.

Bebemos misturas destemidas de frutos tropicais. Conversa puxa conversa, aprofundamos a origem do proprietário:

“pois eu venho de Porto Moniz, na ponta da costa norte da Madeira, não sei se conhecem? Se virmos bem as coisas, os cenários por lá, nem são assim tão diferentes de onde vocês vão agora. É o mesmo tipo de montanha íngreme coberta de vegetação e o mar logo ali por baixo. Quer dizer… para os lados de Puerto Colombia, as praias são praias a sério. Grandes areais, coqueiros, mar cristalino. É um pouco diferente. Vão adorar. Não tarda estão lá dentro de água.”

De Um Lado ao Outro da Cordilheira da Costa

Despedimo-nos. Metemo-nos no autocarro seguinte que nos havia de conduzir às povoações históricas no interior do Parque Henri Pittier.

Desde uma visita anterior à Guatemala que não víamos, nas Américas, um autocarro tão colorido e folclórico como aquele, pintado por fora em vários tons de azul e amarelo e decorado, no interior, com artigos decorativos, bibelôs e um sortido colorido de penduricalhos de pára-brisas.

Aproxima-se um fim-de-semana. O veículo enche-se de famílias veraneantes oriundas de Caracas de Maracay, até da Ilha Margarita.

Assim que a lotação se esgota, o motorista parte montanha a cima, com uma condução feroz que, apesar de entrarmos num santuário da natureza, contempla buzinadelas ensurdecedoras a cada curva do estreito percurso.

PN Henri Pittier, Venezuela

Vista de um dos vales da Cordilheira da Costa porque se estende o PN Henri Pittier.

Não foi, por certo, o que cientista suíço Henri Pittier imaginou, em 1916, para a selva por que se apaixonou.Já nos seus anos de vida – principalmente a partir dos anos 30 do século XX – se sentia incomodado pelo crescente desrespeito humano pelo lugar.

A Luta Pelo Ecossistema da Cordilheira da Costa de Henri Pittier

Henri Pittier decidiu ficar e lutar pela causa. Fez de uma velha habitação de uma fazenda de café a sua moradia.

Após grande resistência aos infractores e persistência diplomática, obteve do presidente da altura, General Eleazar López Contreras, a criação oficial do primeiro parque nacional da Venezuela, então chamado Rancho Grande.

Hoje, o Parque Nacional Henri Pittier ocupa uma vasta área do estado de Áragua e do litoral venezuelano, ao longo das montanhas abruptas da Cordillera de la Costa.

Esta cordilheira foi levantada por movimentos tectónicos intensos.

Destacam-se do fundo do mar aos 1800 metros de altitude do Pico Paraíso e aos 1900 do Guacamaya. Nestas alturas, malgrado a latitude quase equatorial, a temperatura baixa aos 6º e caem algumas das chuvas mais diluvianas do país.

Quedas d'agua, PN Henri Pittier, Venezuela

Duas quedas d’água fluem pela floresta tropical e luxuriante do PN Henri Pittier.

Como na maior parte da Cordillera, a precipitação e a névoa residente mantêm a flora nativa luxuriante e diversificada, dominada, por árvores majestosas, com copas frondosas que roubam ao solo a luz solar.

A fauna não fica atrás.

O parque tem, em El Portachuelo, o principal desfiladeiro de passagem de cerca de 520 espécies de aves migratórias e muitos mais insectos (entre os quais dezenas de tipos de mariposas) na rota de voo que os leva da América do Norte para a do Sul

É algo que atrai, todos os anos, às estações biológicas locais, milhares de ornitólogos ávidos por estudarem os pássaros mais raros ou simplesmente mais belos, como o formigueiro ou o japu-preto.

Choroni, Puerto Colômbia: Entre a Cordilheira e o Mar das Caraíbas

Choroní e Puerto Colombia surgem abrigadas no sopé marinho da cordilheira. São as povoações mais importantes do parque. Deixamos o autocarro na última delas e lá procuramos hospedagem.

Trio, Rua de Choroni, Venezuela

Três amigos percorrem uma rua da povoação colonial de Choroni.

De origem colonial, meio perdidos no tempo, separam os dois pueblos meros 25 minutos a pé, sempre a subir ou 15 a descer. A distância continua a desempenhar um papel crucial nas suas distintas identidades.

Choroni preserva intacto o casario colonial castelhano térreo e colorido, construído, em 1616, logo após a sua fundação pelos ocupantes espanhóis.

Os colonos apressaram-se a dominar os índios homónimos locais e fizeram expandir a povoação serra abaixo. Mais tarde, dotaram-na de escravos trazidos de África.

Virgílio Espinal, em Modo de Discípulo de Pittier

Não nos atrevemos a considerar Virgílio Espinal um discípulo de Pittier, longe disso.

E, no entanto, o guia apresenta-se como um sério adepto da natureza da região e confessa que se sentia à vontade no meio daquela selva íngreme. Contratamos os seus serviços sem hesitar. Seguimo-lo horas a fio.

Quilómetro atrás de quilómetro, sempre de catana na mão, este aragueño quarentão abre-nos caminho pela vegetação densa com incrível fluidez.

Virgílio já tinha vivido e trabalhado no Brasil. Faz questão de connosco praticar o seu português hispânico-abrasucado: “Rapazes, estas raízes podem chegar aos dez metros e só à superfície.

Arvore gigante, PN Henri Pittier, Venezuela

Guia de natureza e clientes junto a uma das árvores enormes do PN Henri Pittier.

Percebem porque as árvores de cá passam facilmente os 50, 60 metros de altura, mesmo a crescerem sobre uma superfície inclinada? Está húmido não está? Vá, não se queixem.

No fim levo-vos a comer as melhores empanadas aqui da zona.

Entretanto, regressamos às terras baixas e rumo à fiesta que se disseminava como um vírus entre os nativos, os caraqueños e alguns expatriados de Puerto Colombia.

O Litoral Rumbero de Puerto Colombia

Música latina para rumbar e cerveza são tudo o que qualquer venezuelano anseia depois de um dia de cartas ou à conversa na acolhedora Playa Grande.

Playa Grande, Puerto Colombia, PN Henri Pittier, Venezuela

A montanha luxuriante da Cordillera de la Costa, uma floresta de coqueiros e o areal dourado da Playa Grande de Puerto Colombia.

Os forasteiros, esses, ajustam-se à onda e exploram a sua faceta caribenho-reggae desconhecida. Passados alguns dias, muitos já se comportam como qualquer indígena e dançam ao longo do malecon ao ritmo dos tambores e das maracas.

Antes de nos juntarmos à celebração. Ainda temos tempo de subir à colina do Mirador del Cristo de Choroni.

Dali, admiramos o Mar do Caribe entrecortado pelos promontórios mais avançados da cordilheira, onde em tempos se abrigavam os piratas.

Admiramos o céu acima a rosar-se e arroxear-se, percorrido por fragatas velozes e bandos alinhados de pelicanos.

Surfista, Mar das caraibas, Venezuela

Surfista surfa uma onda recém-formada ao largo de Puerto Colombia.

Na descida, uma vendedora tropicaliente de bebidas sugere uma recompensa merecida pelo esforço da subida, nos modos ternurentos próprios das mulheres venezuelanas: “si mi amor? Te sirvo un refresco?”

Na manhã seguinte, as primeiras horas pertencem aos pais e às crianças que, carregados de geleiras, rumam aos areais brancos do parque até então, entregues à floresta de coqueiros.

Os mais preguiçosos ficam-se pela tal Playa Grande.

Outros clãs de exploradores veraneantes encontram ponto de partida no molhe situado ao lado do malecon, de onde saem em permanência peñeros em direcção a Chuao, Valle Seco e a Uricao, pequenas povoações e praias acessíveis apenas por mar. Juntamo-nos a estes últimos.

Rede em Palmeiras, Praia de Uricao-Mar das caraibas, Venezuela

Descanso garantido por dois coqueiros providenciais da praia de Uricao.

Chuao, Valle Seco, Uricao: Enseadas de Sonho na Base da Cordilheira

Doca, lota e molhe partilham a enseada que se prova-se demasiado apertada e proporciona um embarque caótico.

Ali, enquanto os pescadores descarregam e negoceiam os peixes recém-capturados, os pelicanos oportunistas tentam apreendê-los.

Numa área de negócio distinta, os donos das embarcações apregoam os seus destinos aos gritos, regateiam preços e apressam grupos de passageiros impingidos uns aos outros para optimizar o fluxo das saídas e os lucros.

Barco, Puerto Colombia, Mar das Caraibas, Venezuela

Barqueiro junto à proa de um barco acabado de zarpar de Puerto Colômbia, rumo a Uricao.

Apesar de costeiros, os percursos feitos pelos peñeros são batidos por grandes ondas e férteis em emoções.

Para compensar, Valle Seco e Uricao prendam-nos com retiros balneares exóticos e relaxantes, perdidos entre cactos e pouco ou nada povoados.

Seixos da Praia Valle Seco, Mar das Caraibas, Venezuela

Litoral pedregoso da praia de Valle Seco, a leste de Puerto Colombia.

Em Chuao, voltamos a retroceder no tempo. Caminhamos entre as plantações de cacau históricas para ali trazidas pelos colonos hispânicos.

No regresso, confraternizamos com os descendentes dos seus escravos enquanto estes peneiram a última das colheitas no pátio da igreja que a aldeia usa como eira.

Santa Marta e PN Tayrona, Colômbia

O Paraíso de que Partiu Simón Bolívar

Às portas do PN Tayrona, Santa Marta é a cidade hispânica habitada em contínuo mais antiga da Colômbia.  Nela, Simón Bolívar, começou a tornar-se a única figura do continente quase tão reverenciada como Jesus Cristo e a Virgem Maria.

Gran Sabana, Venezuela

Um Verdadeiro Parque Jurássico

Apenas a solitária estrada EN-10 se aventura pelo extremo sul selvagem da Venezuela. A partir dela, desvendamos cenários de outro mundo, como o da savana repleta de dinossauros da saga de Spielberg.

Pueblos del Sur, Venezuela

Por uns Trás-os-Montes da Venezuela em Fiesta

Em 1619, as autoridades de Mérida ditaram a povoação do território em redor. Da encomenda, resultaram 19 aldeias remotas que encontramos entregues a comemorações com caretos e pauliteiros locais.
Cahuita, Costa Rica

Uma Costa Rica de Rastas

Em viagem pela América Central, exploramos um litoral da Costa Rica tão afro quanto das Caraíbas. Em Cahuita, a Pura Vida inspira-se numa fé excêntrica em Jah e numa devoção alucinante pela cannabis.
Monte Roraima, Venezuela

Viagem No Tempo ao Mundo Perdido do Monte Roraima

Perduram no cimo do Monte Roraima cenários extraterrestres que resistiram a milhões de anos de erosão. Conan Doyle criou, em "O Mundo Perdido", uma ficção inspirada no lugar mas nunca o chegou a pisar.
Mérida, Venezuela

Mérida a Los Nevados: nos Confins Andinos da Venezuela

Nos anos 40 e 50, a Venezuela atraiu 400 mil portugueses mas só metade ficou em Caracas. Em Mérida, encontramos lugares mais semelhantes às origens e a geladaria excêntrica dum portista imigrado.
PN Canaima, Venezuela

Kerepakupai, Salto Angel: O Rio Que Cai do Céu

Em 1937, Jimmy Angel aterrou uma avioneta sobre uma meseta perdida na selva venezuelana. O aventureiro americano não encontrou ouro mas conquistou o baptismo da queda d'água mais longa à face da Terra
Ilha Margarita ao PN Mochima, Venezuela

Ilha Margarita ao Parque Nacional Mochima: um Caribe bem Caribenho

A exploração do litoral venezuelano justifica uma festa náutica de arromba. Mas, estas paragens também nos revelam a vida em florestas de cactos e águas tão verdes como a selva tropical de Mochima.
Corn Islands-Ilhas do Milho, Nicarágua

Puro Caribe

Cenários tropicais perfeitos e a vida genuína dos habitantes são os únicos luxos disponíveis nas também chamadas Corn Islands ou Ilhas do Milho, um arquipélago perdido nos confins centro-americanos do Mar das Caraíbas.
Pueblos del Sur, Venezuela

Os Pauliteiros de Mérida, Suas Danças e Cia

A partir do início do século XVII, com os colonos hispânicos e, mais recentemente, com os emigrantes portugueses consolidaram-se nos Pueblos del Sur, costumes e tradições bem conhecidas na Península Ibérica e, em particular, no norte de Portugal.
Mérida, Venezuela

A Renovação Vertiginosa do Teleférico mais Alto do Mundo

Em execução a partir de 2010, a reconstrução do teleférico de Mérida foi levada a cabo na Sierra Nevada por operários intrépidos que sofreram na pele a grandeza da obra.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Esteros del Iberá, Pantanal Argentina, Jacaré
Safari
Esteros del Iberá, Argentina

O Pantanal das Pampas

No mapa mundo, para sul do famoso pantanal brasileiro, surge uma região alagada pouco conhecida mas quase tão vasta e rica em biodiversidade. A expressão guarani Y berá define-a como “águas brilhantes”. O adjectivo ajusta-se a mais que à sua forte luminância.
Yak Kharka a Thorong Phedi, Circuito Annapurna, Nepal, iaques
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 11º: Yak Karkha a Thorong Phedi, Nepal

A Chegada ao Sopé do Desfiladeiro

Num pouco mais de 6km, subimos dos 4018m aos 4450m, na base do desfiladeiro de Thorong La. Pelo caminho, questionamos se o que sentíamos seriam os primeiros problemas de Mal de Altitude. Nunca passou de falso alarme.
Lençóis da Bahia, Diamantes Eternos, Brasil
Arquitectura & Design
Lençois da Bahia, Brasil

Lençois da Bahia: nem os Diamantes São Eternos

No século XIX, Lençóis tornou-se na maior fornecedora mundial de diamantes. Mas o comércio das gemas não durou o que se esperava. Hoje, a arquitectura colonial que herdou é o seu bem mais precioso.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Aventura
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Verificação da correspondência
Cerimónias e Festividades
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Singapura, ilha Sucesso e Monotonia
Cidades
Singapura

A Ilha do Sucesso e da Monotonia

Habituada a planear e a vencer, Singapura seduz e recruta gente ambiciosa de todo o mundo. Ao mesmo tempo, parece aborrecer de morte alguns dos seus habitantes mais criativos.
Comida
Comida do Mundo

Gastronomia Sem Fronteiras nem Preconceitos

Cada povo, suas receitas e iguarias. Em certos casos, as mesmas que deliciam nações inteiras repugnam muitas outras. Para quem viaja pelo mundo, o ingrediente mais importante é uma mente bem aberta.
Cansaço em tons de verde
Cultura
Suzdal, Rússia

Em Suzdal, é de Pequenino que se Celebra o Pepino

Com o Verão e o tempo quente, a cidade russa de Suzdal descontrai da sua ortodoxia religiosa milenar. A velha cidade também é famosa por ter os melhores pepinos da nação. Quando Julho chega, faz dos recém-colhidos um verdadeiro festival.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Desporto
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Caminhantes no trilho do Ice Lake, Circuito Annapurna, Nepal
Em Viagem
Circuito Annapurna: 7º - Braga - Ice Lake, Nepal

Circuito Annapurna – A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
Tabatô, Guiné Bissau, tabanca músicos mandingas. Baidi
Étnico
Tabatô, Guiné Bissau

A Tabanca dos Músicos Poetas Mandingas

Em 1870, uma comunidade de músicos mandingas em itinerância, instalou-se junto à actual cidade de Bafatá. A partir da Tabatô que fundaram, a sua cultura e, em particular, os seus balafonistas prodigiosos, deslumbram o Mundo.
Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Portfólio Fotográfico Got2Globe

Dias Como Tantos Outros

Almada Negreiros, Roça Saudade, São Tomé
História
Saudade, São Tomé, São Tomé e Príncipe

Almada Negreiros: da Saudade à Eternidade

Almada Negreiros nasceu, em Abril de 1893, numa roça do interior de São Tomé. À descoberta das suas origens, estimamos que a exuberância luxuriante em que começou a crescer lhe tenha oxigenado a profícua criatividade.
MAL(E)divas
Ilhas
Malé, Maldivas

As Maldivas a Sério

Contemplada do ar, Malé, a capital das Maldivas, pouco mais parece que uma amostra de ilha atafulhada. Quem a visita, não encontra coqueiros deitados, praias de sonho, SPAs ou piscinas infinitas. Deslumbra-se com o dia-a-dia maldivano  genuíno que as brochuras turísticas omitem.
Auroras Boreais, Laponia, Rovaniemi, Finlandia, Raposa de Fogo
Inverno Branco
Lapónia, Finlândia

Em Busca da Raposa de Fogo

São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Literatura
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
Vai-e-vem fluvial
Natureza
Iriomote, Japão

Iriomote, uma Pequena Amazónia do Japão Tropical

Florestas tropicais e manguezais impenetráveis preenchem Iriomote sob um clima de panela de pressão. Aqui, os visitantes estrangeiros são tão raros como o yamaneko, um lince endémico esquivo.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Rio Celeste, Parque Nacional Volcan Tenório, Costa Rica
Parques Naturais
PN Volcán Tenório, Costa Rica

O Rio que Espelha o Céu da Costa Rica

Até 2018, boa parte das encostas do vulcão Tenório (1916m) mantinham-se inacessíveis e desconhecidas. Nesse ano, a concretização de uma estrada íngreme abriu caminho à estação ranger de El Pilón. A partir da actual entrada, cumprimos quase 9km luxuriantes ao longo do rio Celeste, suas quedas d’água, lagoas e nascentes termais.
Património Mundial UNESCO
Nikko, Japão

Nikko, Toshogu: o Santuário e Mausoléu do Xogum Tokugawa

Um tesouro histórico e arquitectónico incontornável do Japão, o santuário Toshogu de Nikko homenageia o mais importante dos xoguns nipónicos, mentor da nação japonesa: Tokugawa Ieyasu.
Em quimono de elevador, Osaka, Japão
Personagens
Osaka, Japão

Na Companhia de Mayu

A noite japonesa é um negócio bilionário e multifacetado. Em Osaka, acolhe-nos uma anfitriã de couchsurfing enigmática, algures entre a gueixa e a acompanhante de luxo.
El Nido, Palawan a Ultima Fronteira Filipina
Praias
El Nido, Filipinas

El Nido, Palawan: A Última Fronteira Filipina

Um dos cenários marítimos mais fascinantes do Mundo, a vastidão de ilhéus escarpados de Bacuit esconde recifes de coral garridos, pequenas praias e lagoas idílicas. Para a descobrir, basta uma bangka.
Ilha de Miyajima, Xintoismo e Budismo, Japão, Portal para uma ilha sagrada
Religião
Miyajima, Japão

Xintoísmo e Budismo ao Sabor das Marés

Quem visita o tori de Itsukushima admira um dos três cenários mais reverenciados do Japão. Na ilha de Miyajima, a religiosidade nipónica confunde-se com a Natureza e renova-se com o fluir do Mar interior de Seto.
De volta ao sol. Cable Cars de São Francisco, Vida Altos e baixos
Sobre Carris
São Francisco, E.U.A.

Cable Cars de São Francisco: uma Vida aos Altos e Baixos

Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
Erika Mae
Sociedade
Filipinas

Os Donos da Estrada Filipina

Com o fim da 2ª Guerra Mundial, os filipinos transformaram milhares de jipes norte-americanos abandonados e criaram o sistema de transporte nacional. Hoje, os exuberantes jeepneys estão para as curvas.
Vida Quotidiana
Profissões Árduas

O Pão que o Diabo Amassou

O trabalho é essencial à maior parte das vidas. Mas, certos trabalhos impõem um grau de esforço, monotonia ou perigosidade de que só alguns eleitos estão à altura.
Bando de flamingos, Laguna Oviedo, República Dominicana
Vida Selvagem
Laguna de Oviedo, República Dominicana

O Mar (nada) Morto da República Dominicana

A hipersalinidade da Laguna de Oviedo oscila consoante a evaporação e da água abastecida pela chuva e pelos caudais vindos da serra vizinha de Bahoruco. Os nativos da região estimam que, por norma, tem três vezes o nível de sal do mar. Lá desvendamos colónias prolíficas de flamingos e de iguanas entre tantas outras espécies que integram este que é um dos ecossistemas mais exuberantes da ilha de Hispaniola.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.