Circuito Annapurna: 13º - High Camp a Thorong La a Muktinath, Nepal

No Auge do Circuito dos Annapurnas


Amanhecer sobre o High Camp
Don, o Carregador
Trilho acima
Sol sobre a Crista
Caravana a Caminho
Trilho Nevado
Tabuleiro Dal Baht
Conquista para a Posteridade
Bênção da Estupa
Em Fila
Pequeno Glaciar
Mais uma Ladeira Nevada
Nepal Communist Party
Benção de Bandeira Lungta
Povoado Nepalês
Quase em Muktinath
Muktinath
O Bob Marley Hotel
Aos 5416m de altitude, o desfiladeiro de Thorong La é o grande desafio e o principal causador de ansiedade do itinerário. Depois de, em Outubro de 2014, ter vitimado 29 montanhistas, cruzá-lo em segurança gera um alívio digno de dupla celebração.

O cansaço era já tal que, nem o vendaval sibilante da noite nem o conforto espartano do quarto, nos levou o sono.

Das 22h às 4h, mesmo com o oxigénio da atmosfera reduzido, renovamos energias para o percurso extremo que nos esperava.

Despertamos algo titubeantes. Recompomos as mochilas e certificamo-nos que o carregador, Don, acordava e se preparava.

Nestes preparos, chegamos às cinco da manhã.

Com recurso à luz dos frontais, mudamo-nos da ala dos quartos para o edifício principal do High Camp, lugar da cozinha e dos sempre ansiados pequenos-almoços.

Quando entramos, damos de caras com Josh, o parceiro de caminhada que tinha ficado para trás em Yak Karka, a tentar perceber se os restantes membros do grupo estariam ou não em condições de prosseguir. Nem todos estiveram.

Rejubilamos por o voltarmos a ver. Era dos parceiros de circuito com quem melhor nos dávamos, ao ponto de juntos, nos termos metido em caminhadas de aclimatização e em apuros mas deles termos saído rejuvenescidos e ainda mais unidos.

Também Josh nos pareceu feliz pelo reencontro.

Não conhecia mais ninguém naquela levada de caminhantes. Sentia algumas dores de cabeça típicas do Mal de Montanha. Poder fazer-se ao temido Thorong La, na companhia de amigos, sempre suavizava o repto.

Momentos depois, Sara e Manel, juntam-se a nós. Sara “receita” um Diamox a Josh.

Conscientes da sua debilidade e de que, para o habitual, Don só teria que transportar um quinto do peso a que os carregadores nativos estão habituados, passamos-lhe alguns itens.

Era um peso adicional que não lhe faria diferença, mas que poderia salvar a travessia de Josh.

Com o sol a aparecer acima do horizonte, o vento deu de si. Não deixou nem vestígio da nebulosidade que, na noite anterior, tinha gerado um súbito nevão.

Ascensão do High Camp ao Desfiladeiro de Thorong La

Partimos do High Camp pouco antes das seis da manhã. Sob uma meteorologia abençoada e desejada que contribuiu e muito para nos tranquilizar.

O peso da atmosfera dos 4880 metros do High Camp para cima, depressa nos começou a desgastar. Quase todo o caminho rumo ao zénite de Thorong La se provou a subir, nalgumas partes, com inclinação acentuada.

Dávamos cada novo passo, em câmara lenta de homem na Lua.

Todos, sem excepção, nos requeriam respirações profundas, com os pulmões na senda do oxigénio rarefeito em volta, precioso no sangue que nos mantinha quentes e em movimento.

Aos poucos, ascendemos.

Ao contrário de até então, sulcamos uma paisagem toda ela nevada. Subimos por um trilho estreito, com frequência coberto de neve endurecida.

Boa parte do trilho, cortava pelo quase cimo de encostas por que, ao mínimo descuido, rolaríamos sem sabermos onde iríamos parar, ou onde acabaríamos por nos despenhar.

Por essa altura, damos graças pelos crampons ajustáveis às botas que, à última hora, apostámos em comprar.

Conquistamos um primeiro alto panorâmico em que recuperamos o fôlego por mais tempo.

Nesse cimo, ao nos virarmos para trás, percebemos que tínhamos sido dos primeiros a deixarmos o High Camp.

Atrás de nós, com o sol a impor-se às montanhas nas suas costas, os vultos alinhados ao longo do trilho aumentavam.

Junto ao alto em que apreciávamos a sua evolução, surgiam já em fila indiana, caminhantes atrás, retidos pela lentidão dos que seguiam na dianteira, impedidos de os contornarem por fora do trilho, pela aceleração requerida, por a neve poder esconder buracos e, nem que fosse só esse o motivo, pelo precioso bom-senso da montanha.

Na caravana que se adensava, seguiam uns poucos cavalos.

Alguns, carregavam os primeiros desistentes do dia, os que o cansaço e o mal de montanha já tinham derrotado e a quem, de bom grado, os proprietários dos animais cobravam 100 dólares, ou mais, para os carregar até ao lado de lá do desfiladeiro.

Outros donos de equídeos, tal qual rapinas dos Annapurnas, seguiam junto dos caminhantes que lhes pareciam mais exauridos a tentarem convencê-los a recorrerem aos seus serviços.

Desde os primeiros passos que o Circuito Annapurna nos corria de feição. Também não seria ali que soçobraríamos.

Claro está que nos sentíamos ofegantes. Com o coração a querer sair pela boca, as coxas a arderem, cegos pela intensidade da luz directa em altitude e pela sua reflexão ofuscante na neve que nem os óculos de sol pareciam resolver.

Não voltámos a sentir as dores de cabeça e indisposição que demasiada papa de aveia tinha gerado no trecho entre Yak Kharka e Thorong Phedi.

Devagar, devagarinho, derreados, mas a recuperarmos bem sempre que nos detínhamos, atingimos as terras planas do desfiladeiro de Thorong.

Conquista do Thorong La (5416 m) e Celebração a Condizer

A determinado ponto do seu vale, uma profusão enrodilhada de bandeiras budistas de oração lungta quebrava a alvura do cenário.

Parte delas estavam atadas a uma estupa.

Outras, esticadas de uma placa comemorativa do lugar e da conquista respectiva.

Letras douradas sobre um fundo negro versavam: “Thorang La Pass – 5416 mtr. Congratulation for the Success! Hope you enjoy the trekk in Manang. Hope to see you again.

A mensagem tinha erros que, desde então, foram corrigidos.

Quando todos ali nos reunimos, com o céu ainda limpo e o dia soleado, celebramos e fotografamo-nos por conta de cada um, em casal e em grupo.

Até o guia de Sara e Manel que, pelos vistos, também era estreante no circuito e no desfiladeiro, revelou um êxtase que nos divertiu.

Abraçamo-nos, gritamos. Voltamos a fotografar-nos e abraçar-nos, numa celebração que só a visão da casa de chá local a servir bebidas quentes, teve o poder de abreviar.

Mudamo-nos para junto da tea house. Conscientes de que tínhamos conquistado o Thorong La no tempo previsto, sentamo-nos à conversa, a bebermos chá, devorarmos barritas e chocolates.

Brindamos. Voltamos a comemorar.

A quem agora o lê, pode parecer festa em excesso. Tendo em conta a história recente daquele mesmo desfiladeiro, talvez devêssemos ter celebrado a dobrar.

A Tragédia de Outubro de 2014

Recuemos até 14 de Outubro de 2014. Nesse dia, tal como nós havíamos feito, dezenas de caminhantes tinham deixado Thorong Pedi e o High Camp, apostados em cruzar o desfiladeiro de Thorong La.

A época do ano era uma das melhores para a travessia. No entanto, a acção do ciclone Hudhud, que se intensificou Baía de Bengala acima e evoluiu para o coração da Índia, gerou tempestades inesperadas e avassaladoras nas montanhas do Nepal.

Nessa manhã, as temperaturas desceram a pique. Nevões intensos e vendavais apanharam caminhantes no trilho exíguo e instável que vai do High Camp a Thorong Pedi.

Muitos conseguiram refugiar-se naquela mesma tea house em que comprámos os chás.

A determinada altura, o edifício diminuto ficou à pinha.

Mesmo aí, o frio, a iminente hipotermia e o pânico tornaram-se tais que se propagou a noção de que, se ali ficassem, todos os caminhantes pereceriam.

Nesta aflição, muitos apostaram em chegar à segurança do povoado de Muktinath, no fundo das montanhas a norte do desfiladeiro.

Os sobreviventes relataram que o dono da Tea House cobrou dinheiro para guiar o grupo decidido em deixar o abrigo. E, que, logo depois, desapareceu.

Os que optaram por ficar, aninharam-se o melhor que conseguiram e sofreram nas mais de 20 horas em que a tempestade fustigou o desfiladeiro.

Às oito da manhã do dia seguinte, a tempestade amainou.

Quando os caminhantes abrigados decidiram buscar socorro, perceberam que o trilho tinha desaparecido.

Pouco depois, começaram a encontrar dezenas de corpos semienterrados e congelados de outros caminhantes e guias.

Nesses dois dias, a tempestade fez 43 vítimas mortais na região e muitos mais com queimaduras por frio graves.

Boa parte dos mortos e feridos foram encontrados entre o High Camp e Muktinath, o trecho em que já rejubilávamos, apesar de ainda só estarmos a meio, ou nem isso.

Thorong La a Muktinath: de Volta ao Caminho

O que faltava, era a longa descida para Muktinath.

Íngreme, a começar pouco abaixo de glaciares diminutos.

Com mais secções em que o trilho se sumia na neve, no cimo ou a meio de encostas em que, não fossem os crampons, voltávamos a arriscar quedas para fundos indefinidos.

Deixamos para trás a zona em que a neve perdurava. Sobre uma ilha de branco, um grande calhau rosado servia os propósitos propagandísticos de outro dos resistentes do Nepal e dos Annapurnas, entre Manang e Muktinath:

Long Live C.P.N. (Maoist)” versava a inscrição, a vermelho, as cores do Communist Party of Nepal.

Daí, para baixo, o caminho serpenteou sobre um solo cada vez mais pedregoso, danoso para os joelhos.

Foi com enorme alívio que avistámos as primeiras casas de chá e restaurantes, ainda bem acima dos 3800 metros a que se situa Muktinath, a uma hora da aldeia.

O dia continuava luminoso e sem vento. Fazia um calor quase veraneante que há muito não sentíamos.

Sentamo-nos numa mesa cá fora.

Pedimos sumos de frutas, pão tibetano e arroz com vegetais. Livramo-nos do vestuário sintético opressor necessário à passagem por Thorong La.

De troncos nus ou quase nus, deixamo-nos afagar pela aragem, pelos raios solares e pela aura de conquista.

Por volta das 15 horas, nove decorridas desde a partida do High Camp, damos entrada no Bob Marley Hotel de Muktinath. Instantes depois, voltamos a sentir água quente a correr-nos sobre o corpo.

Tínhamos passado pelo apogeu do Circuito Annapurna. A partir daí foi (quase) sempre a descer.

Circuito Annapurna: 12º - Thorong Phedi a High Camp

O Prelúdio da Travessia Suprema

Este trecho do Circuito Annapurna só dista 1km mas, em menos de duas horas, leva dos 4450m aos 4850m e à entrada do grande desfiladeiro. Dormir no High Camp é uma prova de resistência ao Mal de Montanha que nem todos passam.
Circuito Annapurna 11º: Yak Karkha a Thorong Phedi, Nepal

A Chegada ao Sopé do Desfiladeiro

Num pouco mais de 6km, subimos dos 4018m aos 4450m, na base do desfiladeiro de Thorong La. Pelo caminho, questionamos se o que sentíamos seriam os primeiros problemas de Mal de Altitude. Nunca passou de falso alarme.
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
Circuito Annapurna: 8º Manang, Nepal

Manang: a Derradeira Aclimatização em Civilização

Seis dias após a partida de Besisahar chegamos por fim a Manang (3519m). Situada no sopé das montanhas Annapurna III e Gangapurna, Manang é a civilização que mima e prepara os caminhantes para a travessia sempre temida do desfiladeiro de Thorong La (5416 m).
Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
Circuito Annapurna: 5º - Ngawal a BragaNepal

Rumo a Braga. A Nepalesa.

Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
Circuito Annapurna 10º: Manang a Yak Kharka, Nepal

A Caminho das Terras (Mais) Altas dos Annapurnas

Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
Circuito Annapurna: 4º – Upper Pisang a Ngawal, Nepal

Do Pesadelo ao Deslumbre

Sem que estivéssemos avisados, confrontamo-nos com uma subida que nos leva ao desespero. Puxamos ao máximo pelas forças e alcançamos Ghyaru onde nos sentimos mais próximos que nunca dos Annapurnas. O resto do caminho para Ngawal soube como uma espécie de extensão da recompensa.
Circuito Annapurna: 3º- Upper Pisang, Nepal

Uma Inesperada Aurora Nevada

Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
Circuito Annapurna: 7º - Braga - Ice Lake, Nepal

Circuito Annapurna - A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
Circuito Annapurna 14º - Muktinath a Kagbeni, Nepal

Do Lado de Lá do Desfiladeiro

Após a travessia exigente de Thorong La, recuperamos na aldeia acolhedora de Muktinath. Na manhã seguinte, voltamos a descer. A caminho do antigo reino do Alto Mustang e da aldeia de Kagbeni que lhe serve de entrada.
Circuito Annapurna 15º - Kagbeni, Nepal

Às Portas do ex-Reino do Alto Mustang

Antes do século XII, Kagbeni já era uma encruzilhada de rotas comerciais na confluência de dois rios e duas cordilheiras em que os reis medievais cobravam impostos. Hoje, integra o famoso Circuito dos Annapurnas. Quando lá chegam, os caminhantes sabem que, mais acima, se esconde um domínio que, até 1992, proibia a entrada de forasteiros.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
savuti, botswana, leões comedores de elefantes
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Os Leões Comedores de Elefantes de Savuti

Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
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No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
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