Ilhéu das Rolas, São Tomé e Príncipe

Ilhéu das Rolas: São Tomé e Principe a Latitude Zero


Ponta da Baleia
Passageiros prestes a embarcarem no ancoradouro da Ponta da Baleia.
Canoas ex-troncos
Canoas artesanais a salvo das vagas junto ao ancoradouro da Ponta da Baleia.
Vista do Pico Cão Grande
Panorama do sul da ilha de São Tomé com o Pico Cão-Grande na distância.
A bordo da Balsa
Timoneiro e passageiros durante a viagem para o Ilhéu das Rolas.
Roça Porto Alegre
Palmeiras acima da roça de Porto Alegre, no sul da ilha de São Tomé.
Estranha navegação
Dois santomenses em barcos de diferentes "campeonatos".
Pelourinho II
Pelourinho em frente a principal fazenda colonial do Ilhéu das Rolas.
O Molhe
Barqueiro sobre o molhe do Ilhéu das Rolas.
capela de São Francisco de Xavier
Capela de São Francisco, um dos edifícios que os passageiros veem à chegada ao Ilhéu das Rolas.
O Barqueiro
Timoneiro da balsa que liga a Ponta da Baleia ao Ilhéu das Rolas.
O Trilho dos Coqueiros
Trilho do ilhéu das Rolas ladeado de grandes coqueiros.
Porcos porcos
Suínos deambulam na selva equatorial do Ilhéu das Rolas.
O Pelourinho
Pelourinho colonial português junto ao embarcadouro do Ilhéu das Rolas.
Duo à sombra
Casal passa sob uma árvore frondosa do Ilhéu das Rolas.
Coqueiro só
Palmeira acrobática numa enseada do Ilhéu das Rolas virada a leste.
Enseada Tropical
Enseada do sul do Ilhéu das Rolas abaixo de um floresta densa de coqueiros.
Pouso na Praia
Jovem moradora do Ilhéu das Rolas numa enseada rochosa.
Coqueiros Equilibristas
Coqueiros em equilíbrio a meio de uma vertente vulcânica.
A Ponta da Cabra
Coqueiros coroam a Ponta da Cabra, no sul do Ilhéu das Rolas.
Praia efémera
Litoral arenoso do sudeste do Ilhéu das Rolas.
Ponto mais austral de São Tomé e Príncipe, o Ilhéu das Rolas é luxuriante e vulcânico. A grande novidade e ponto de interesse desta extensão insular da segunda menor nação africana está na coincidência de a cruzar a Linha do Equador.

Um funcionário do Pestana Resort dá as boas-vindas aos passageiros.

Seguimos no seu encalço, por uma escadaria abaixo, debaixo de uma selva de encosta de que se destacavam um coqueiro já sem cocos, e uma vizinha palmeira, parecia-nos das que dão origem ao óleo de palma.

Rochedos escuros, de lava solidificada, serviam de base ao conjunto e de pouso a uma colónia prolífica de caranguejos demasiado curiosos para resistirem a espreitar.

 

Um mar tão verde como a vegetação afagava o magma. Subia e descia o cascalho que ali fazia de areal, até à popa de duas canoas tradicionais, cada qual escavada no seu próprio tronco.

No fundo da escadaria, subimos a bordo de um barco a remos desafogado e, com o céu a escurecer a olhos vistos, instantes depois, o anfitrião e barqueiro passa-nos para uma espécie de casca-de-noz metálica.

A balsa de destino destoava da embarcação em que pensávamos espairecer das duas horas que tínhamos passado no mini-bus, o tempo da viagem entre a capital São Tomé e a Ponta da Baleia.

Em vez, mal deixamos a baía profunda que também acolhe Vila Malanza e Porto Alegre, a balsa fica à mercê do Atlântico. Por umas meras centenas de metros, o do Norte.

A determinada altura, alinhados com Porto Alegre, vemos destacarem-se contra o céu carregado de gravana, as palmeiras excêntricas que delimitam a alameda de entrada na roça homónima.

Quase podíamos jurar que essas eram arecas-bambu, de tão peculiar é o seu tronco longo e fino, coroado por uma copa diminuta em jeito de espanador.

Vence-se o quarto de hora habitual da travessia. Continuam a agitar-nos as vagas vigorosas do Atlântico quase sul, algumas, de tal maneira atrevidas que se desfazem para dentro da embarcação.

Distanciamo-nos de São Tomé, entre golfinhos saltitantes, entretanto, no enfiamento do Cais Ilhéu das Rolas.

Da roça Porto Alegre, já só vemos a copa das palmeiras de areca e o cimo da velha mansão que lhe servia de sede logística e operacional.

Acima, insinuava-se a ponta aguçada do Pico Cão Grande (663m de altitude, 300m a partir do solo), o guardião de fonólito de Ôbo, a selva que reveste o sudoeste de São Tomé de mistério tropical.

Por fim, sobre as onze da manhã, desembarcamos para o domínio exógeno do resort Pestana Equador.

Os passos inaugurais no Ilhéu das Rolas confrontam-nos com a capela amarela e azul de São Francisco de Xavier, um templo impreterível, como tantas outras do arquipélago.

São Tomé e Príncipe foi colonizado, durante o século XVI sobretudo de cristãos-novos que a Inquisição expulsou de Portugal mas também de esclavagistas e dos escravos que asseguraram os cultivos pioneiros de cana-de-açúcar do arquipélago.

Com o tempo, o açúcar brasileiro, muito mais abundante e de melhor qualidade, tornou dispensável o de São Tomé.

Em simultâneo, à imagem da Cidade Velha da ilha de Santiago de Cabo Verde, São Tomé e Príncipe tornou-se uma plataforma de fornecimento de escravos para o Brasil.

Todas as tardes, dezenas de descendentes dos trabalhadores forçados trazidos das costas de África.

Ou, mais tarde, migrados de Cabo Verde, disputam partidas animadas de futebol em frente ao templo, nas imediações do pelourinho da ilha e da mansão colonial restaurada que o tem num pequeno jardim.

Mesmo murado, o átrio arenoso da capela falha em suster algumas bolas mal direccionadas ou ricocheteadas. Recuperá-las vem com a recompensa de um mergulho no mar esmeralda abaixo.

Também nos prendamos com alguns. Não tão breves, ainda assim, apressados pela ânsia de desvendarmos a ilha real para lá do hotel.

Em tempos, o Ilhéu das Rolas acolheu mais de 600 santomenses, sustidos pela escola local, por uma série de pequenos negócios, por alguma terra arável e pela pesca fácil e garantida.

A partir de 2004, no entanto, o Pestana Equador ocupou o norte do ilhéu.

É verdade que empregou uma parte dos moradores.

Mas também será que procurou cada vez mais a exclusividade insular, através de desalojamentos compensados por indemnizações que a comunidade local classificou de parcas e mal-intencionadas.

Hoje, de quase 700 santomenses, resta um décimo dos que continuam a resistir às ofertas do Grupo Pestana, o maior investidor de São Tomé e Príncipe, gerador de para cima de 600 empregos em todo o país.

Verdade seja dita que, empregados do resort à parte, durante a caminhada de descoberta do Ilhéu das Rolas, não encontramos um único morador.

A ajudar à festa, conseguimos a proeza de ler mal o mapa.

Em busca de umas alegadas ruínas do velho forte, perdermo-nos por trilhos desusados, com a vegetação em redor da cratera do vulcão mais próxima densa e alta.

Desorientamo-nos, aliás, por tanto tempo, que nos convencemos de que o termo ilhéu estaria desadequado. Cruzamo-nos com uma vara de porcos, enlameados e assustados pela nossa aparição numa terra por norma, só sua.

Perdemo-nos ainda mais, até que decidimos ligar os dados do telefone e pagar um balúrdio em roaming, o preço de sabermos onde nos tínhamos metido e como dali sairíamos.

No regresso ao ponto de partida, damos connosco num outro trilho, litorâneo e fácil de seguir. Acompanhava os recortes da costa leste da ilha, quando nele entramos, entre o Miradouro do Amor e o sul rugoso, dramático, da Ponta Cabra.

Por ali, sucediam-se enseadas profundas com grandes falésias de lava solidificada em tons de negro e de ocre que faziam realçar o verde da floresta tropical.

Diferentes padrões e orientações, revelavam distintas camadas lávicas. Da terra e poeira acumulada entre algumas, despontavam coqueiros acrobáticos, libertos da competição acérrima que os congéneres viviam no cimo das falésias.

O Atlântico invade estas enseadas com uma fúria concentrada.

Investe com vagas de um branco-azulado que fazem rolar e troar grandes pedras de basalto polidas por uma fricção milenar. Indiferentes e atarefados, espécimes de rabos-de-palha-de-bico-laranja sobrevoavam a brusquidão dos elementos, em incansáveis idas-e-voltas de pesca e regresso aos ninhos.

O embalo das vagas fez desaparecer, quase por completo, os areais das prainhas Escada e Joana que, sob uma meteorologia mais favorável, resplandecem, como que encaixadas na selva, e são das mais pitorescas e sedutoras de São Tomé e Príncipe.

De acordo, inauguramos o regresso à ponta norte, com passagem pelo farol da ilha, erigido em 1929.

Sem sequer nisso pensarmos, já tínhamos cruzado a linha do Equador, uma vez para cima, outra, para baixo.

Nesta terceira passagem, vamos directos ao marco que o assinala, o monumento supremo do Ilhéu das Rolas, também conhecido como Centro do Mundo.

Na viragem para a segunda década do século XX, eram precárias as noções geográficas e topográficas do arquipélago.

Resumiam-se a medições com o objectivo de estabelecer os limites das roças que, em ilhas diminutas, a determinada altura, entravam em conflito.

Essas medições e levantamentos careciam de uma rede geodésica e do respectivo rigor.

Ora, por essa data, além de oficial da marinha, Carlos Viegas Gago Coutinho, era já um aviador, geógrafo cartógrafo e um piloto com todas as qualificações e mais alguma para levar a bom porto a recém-delineada missão geodésica de São Tomé, a concretizar entre 1915 e 1918.

Em 1916, Gago Coutinho desembarcou incumbido de realizar a triangulação geodésica de São Tomé, de maneira a viabilizar uma carta topográfica do arquipélago na escala 1/25.000.

As suas medições e estabelecimento de vinte e duas marcas principais e dezanove marcos secundários prolongaram-se por 1917 adentro.

Malgrado a existência de referências inconfundíveis que serviam de pontos dos vértices, casos do Charuto, o Cão Grande e do Cão Pequeno, entre outros, a nebulosidade quase residente que os envolvia obrigou Gago Coutinho e à sua equipa a acamparem nesses lugares por vários dias.

Onze, doze e até quinze, sempre embebidos em humidade, ou encharcados pelas chuvas frequentes, como aconteceu em redor do Pico Cantagalo (848m).

As contas decorrentes, essas, deram que fazer até 1919. Dois anos decorridos da sua chegada, Gago Coutinho forneceu a carta final e o Relatório da Missão Geodésica, tido como o primeiro trabalho de geodesia completo de uma das colónias portuguesas.

Dos vértices a que chegou, destacava-se o do Ilhéu das Rolas, medido a partir do Equador.

Com este vértice primordial, Gago Coutinho provou que a latitude zero atravessava o norte do Ilhéu das Rolas em vez de passar entre o ilhéu e São Tomé como, até então, se supunha.

Em 1936, foi erguido o monumento que celebra a passagem da Linha do Equador e o trabalho de Gago Coutinho, com uma esfera armilar branca assente num mapa-mundo gráfico e garrido, como, entretanto, o encontramos, envolto de coqueiros, de bananeiras, com vista para o Atlântico Norte e um vislumbre de São Tomé.

Bem admirado o monumento e o panorama, sentamo-nos na pequena bancada, a recuperarmos das horas de caminhada que levávamos nas pernas.

De novo compostos, fazemos as nossas fotos. Algumas já esperadas, com um pé em cada um dos hemisférios da Terra. Outras, segundo outros vértices fotográficos que nos vêm à cabeça.

Sobre a Latitude Zero e o Ilhéu das Rolas, todos os dias duram o mesmo. Aquele ia longo, com o ocaso e a hora de todas as picadas iminente.

Abreviámos o regresso ao refúgio do resort, já em terras do Hemisfério Norte.

São Tomé e Príncipe

Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate

No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
Príncipe, São Tomé e Príncipe

Viagem ao Retiro Nobre da Ilha do Príncipe

A 150 km de solidão para norte da matriarca São Tomé, a ilha do Príncipe eleva-se do Atlântico profundo num cenário abrupto e vulcânico de montanha coberta de selva. Há muito encerrada na sua natureza tropical arrebatadora e num passado luso-colonial contido mas comovente, esta pequena ilha africana ainda abriga mais estórias para contar que visitantes para as escutar.
São Tomé, São Tomé & Príncipe

Viagem até onde São Tomé Aponta o Equador

Fazemo-nos à estrada que liga a capital homónima ao fundo afiado da ilha. Quando chegamos à Roça Porto Alegre, com o ilhéu das Rolas e o Equador pela frente, tínhamo-nos perdido vezes sem conta no dramatismo histórico e tropical de São Tomé.
São Nicolau, Cabo Verde

Fotografia dess Nha Terra São Nicolau

A voz da saudosa Cesária Verde cristalizou o sentimento dos cabo-verdianos que se viram forçados a deixar a sua ilha. Quem visita São Nicolau ou, vá lá que seja, admira imagens que a bem ilustrem, percebe porque os seus lhe chamam, para sempre e com orgulho, nha terra.
Chã das Caldeiras, Ilha do Fogo Cabo Verde

Um Clã "Francês" à Mercê do Fogo

Em 1870, um conde nascido em Grenoble a caminho de um exílio brasileiro, fez escala em Cabo Verde onde as beldades nativas o prenderam à ilha do Fogo. Dois dos seus filhos instalaram-se em plena cratera do vulcão e lá continuaram a criar descendência. Nem a destruição causada pelas recentes erupções demove os prolíficos Montrond do “condado” que fundaram na Chã das Caldeiras.    
Cidade Velha, Cabo Verde

Cidade Velha: a anciã das Cidades Tropico-Coloniais

Foi a primeira povoação fundada por europeus abaixo do Trópico de Câncer. Em tempos determinante para expansão portuguesa para África e para a América do Sul e para o tráfico negreiro que a acompanhou, a Cidade Velha tornou-se uma herança pungente mas incontornável da génese cabo-verdiana.

Ilha do Sal, Cabo Verde

O Sal da Ilha do Sal

Na iminência do século XIX, Sal mantinha-se carente de água potável e praticamente inabitada. Até que a extracção e exportação do sal lá abundante incentivou uma progressiva povoação. Hoje, o sal e as salinas dão outro sabor à ilha mais visitada de Cabo Verde.
Ilha da Boa Vista, Cabo Verde

Ilha da Boa Vista: Vagas do Atlântico, Dunas do Sara

Boa Vista não é apenas a ilha cabo-verdiana mais próxima do litoral africano e do seu grande deserto. Após umas horas de descoberta, convence-nos de que é um retalho do Sara à deriva no Atlântico do Norte.
Santa Maria, Sal, Cabo Verde

Santa Maria e a Bênção Atlântica do Sal

Santa Maria foi fundada ainda na primeira metade do século XIX, como entreposto de exportação de sal. Hoje, muito graças à providência de Santa Maria, o Sal ilha vale muito que a matéria-prima.
Santo Antão, Cabo Verde

Pela Estrada da Corda Toda

Santo Antão é a mais ocidental das ilhas de Cabo Verde. Lá se situa um limiar Atlântico e rugoso de África, um domínio insular majestoso que começamos por desvendar de uma ponta à outra da sua deslumbrante Estrada da Corda.
Ilha do Fogo, Cabo Verde

À Volta do Fogo

Ditaram o tempo e as leis da geomorfologia que a ilha-vulcão do Fogo se arredondasse como nenhuma outra em Cabo Verde. À descoberta deste arquipélago exuberante da Macaronésia, circundamo-la contra os ponteiros do relógio. Deslumbramo-nos no mesmo sentido.
São Nicolau, Cabo Verde

São Nicolau: Romaria à Terra di Sodade

Partidas forçadas como as que inspiraram a famosa morna “Sodade” deixaram bem vincada a dor de ter que deixar as ilhas de Cabo Verde. À descoberta de Saninclau, entre o encanto e o deslumbre, perseguimos a génese da canção e da melancolia.
São Tomé, São Tomé e Príncipe

Pelo Cocuruto Tropical de São Tomé

Com a capital homónima para trás, rumamos à descoberta da realidade da roça Agostinho Neto. Daí, tomamos a estrada marginal da ilha. Quando o asfalto se rende, por fim, à selva, São Tomé tinha-se confirmado no top das mais deslumbrantes ilhas africanas.
São Tomé (cidade), São Tomé e Príncipe

A Capital dos Trópicos Santomenses

Fundada pelos portugueses, em 1485, São Tomé prosperou séculos a fio, como a cidade porque passavam as mercadorias de entrada e de saída na ilha homónima. A independência do arquipélago confirmou-a a capital atarefada que calcorreamos, sempre a suar.
Saudade, São Tomé, São Tomé e Príncipe

Almada Negreiros: da Saudade à Eternidade

Almada Negreiros nasceu, em Abril de 1893, numa roça do interior de São Tomé. À descoberta das suas origens, estimamos que a exuberância luxuriante em que começou a crescer lhe tenha oxigenado a profícua criatividade.
Centro de São Tomé, São Tomé e Príncipe

De Roça em Roça, Rumo ao Coração Tropical de São Tomé

No caminho entre Trindade e Santa Clara confrontamo-nos com o passado colonial terrífico de Batepá. À passagem pelas roças Bombaim e Monte Café, a história da ilha parece ter-se diluído no tempo e na atmosfera clorofilina da selva santomense.
Roça Sundy, Ilha do Príncipe, São Tomé e Príncipe

A Certeza da Teoria da Relatividade

Em 1919, Arthur Eddington, um astrofísico britânico, escolheu a roça Sundy para comprovar a famosa teoria de Albert Einstein. Decorrido mais de um século, o norte da ilha do Príncipe que o acolheu continua entre os lugares mais deslumbrantes do Universo.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Duo de girafas cruzadas acima da savana, com os montes Libombo em fundo
Safari
Reserva de KaMsholo, eSwatini

Entre as Girafas de KaMsholo e Cia

Situada a leste da cordilheira de Libombo, a fronteira natural entre eSwatini, Moçambique e a África do Sul, KaMsholo conta com 700 hectares de savana pejada de acácias e um lago, habitats de uma fauna prolífica. Entre outras explorações e incursões, lá interagimos com a mais alta das espécies.
Monte Lamjung Kailas Himal, Nepal, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Arquitectura & Design
Napier, Nova Zelândia

De volta aos Anos 30 – Calhambeque Tour

Numa cidade reerguida em Art Deco e com atmosfera dos "anos loucos" e seguintes, o meio de locomoção adequado são os elegantes automóveis clássicos dessa era. Em Napier, estão por toda a parte.
lagoas e fumarolas, vulcoes, PN tongariro, nova zelandia
Aventura
Tongariro, Nova Zelândia

Os Vulcões de Todas as Discórdias

No final do século XIX, um chefe indígena cedeu os vulcões do PN Tongariro à coroa britânica. Hoje, parte significativa do povo maori reclama aos colonos europeus as suas montanhas de fogo.
Cansaço em tons de verde
Cerimónias e Festividades
Suzdal, Rússia

Em Suzdal, é de Pequenino que se Celebra o Pepino

Com o Verão e o tempo quente, a cidade russa de Suzdal descontrai da sua ortodoxia religiosa milenar. A velha cidade também é famosa por ter os melhores pepinos da nação. Quando Julho chega, faz dos recém-colhidos um verdadeiro festival.
Basseterre, São Cristóvão e Neves, St. Kitts, Berkeley Memorial
Cidades
Basseterre, São Cristóvão e Neves

Uma Capital ao Nível do Mar das Caraíbas

Instalada entre o sopé da montanha Olivees e o oceano, a diminuta Basseterre é a maior cidade de São Cristóvão e Neves. Com origem colonial francesa, há muito anglófona, mantém-se pitoresca. Desvirtuam-na, apenas, os gigantescos cruzeiros que a inundam de visitantes de toca-e-foge.
jovem vendedora, nacao, pao, uzbequistao
Comida
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
Parada e Pompa
Cultura
São Petersburgo, Rússia

A Rússia Vai Contra a Maré. Siga a Marinha

A Rússia dedica o último Domingo de Julho às suas forças navais. Nesse dia, uma multidão visita grandes embarcações ancoradas no rio Neva enquanto marinheiros afogados em álcool se apoderam da cidade.
arbitro de combate, luta de galos, filipinas
Desporto
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Passageira agasalhada-ferry M:S Viking Tor, Aurlandfjord, Noruega
Em Viagem
Flam a Balestrand, Noruega

Onde as Montanhas Cedem aos Fiordes

A estação final do Flam Railway, marca o término da descida ferroviária vertiginosa das terras altas de Hallingskarvet às planas de Flam. Nesta povoação demasiado pequena para a sua fama, deixamos o comboio e navegamos pelo fiorde de Aurland abaixo rumo à prodigiosa Balestrand.
Cenário marciano do Deserto Branco, Egipto
Étnico
Deserto Branco, Egipto

O Atalho Egípcio para Marte

Numa altura em que a conquista do vizinho do sistema solar se tornou uma obsessão, uma secção do leste do Deserto do Sahara abriga um vasto cenário afim. Em vez dos 150 a 300 dias que se calculam necessários para atingir Marte, descolamos do Cairo e, em pouco mais de três horas, damos os primeiros passos no Oásis de Bahariya. Em redor, quase tudo nos faz sentir sobre o ansiado Planeta Vermelho.
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

A Vida Lá Fora

Outra casa senhorial na linha de muitas outras erguidas por proprietários de plantações de cana-de-açúcar.
História
Franklin, Luisiana, Estados Unidos

No Interior Pioneiro e Açucarado do Luisiana

Um colono francês estabeleceu-se nas margens alagadas do rio Atchafalaya, quando ainda alternavam entre posse francesa e espanhola. Em Franklin, impressionamo-nos com o património histórico e arquitectónico gerado pelos donos de plantações de cana-de-açúcar e dos escravos que as trabalhavam.
Savai'i, Samoa, ilha Polinésia. Pacífico do Sul, igreja de Safotu
Ilhas
Savai'i, Samoa

A Grande Samoa

Upolu acolhe a capital e boa parte das atenções turísticas. Do outro lado do estreito de Apolima, a também vulcânica Savai’i é a maior e mais elevada ilha do arquipélago de Samoa e a sexta da imensa Polinésia. Os samoanos louvam de tal maneira a sua genuinidade que a consideram a alma da nação.
Geotermia, Calor da Islândia, Terra do Gelo, Geotérmico, Lagoa Azul
Inverno Branco
Islândia

O Aconchego Geotérmico da Ilha do Gelo

A maior parte dos visitantes valoriza os cenários vulcânicos da Islândia pela sua beleza. Os islandeses também deles retiram calor e energia cruciais para a vida que levam às portas do Árctico.
Almada Negreiros, Roça Saudade, São Tomé
Literatura
Saudade, São Tomé, São Tomé e Príncipe

Almada Negreiros: da Saudade à Eternidade

Almada Negreiros nasceu, em Abril de 1893, numa roça do interior de São Tomé. À descoberta das suas origens, estimamos que a exuberância luxuriante em que começou a crescer lhe tenha oxigenado a profícua criatividade.
Ocaso no Flat Lake, Luisiana
Natureza
Atchafalaya Basin, Luisiana, E.U.A.  

O Grande Pântano do Sul Americano Profundo

Por alguma razão os indígenas o tratavam por “rio longo”. A determinado ponto, o Atchafalaya espraia-se num pântano feito de lagoas ligadas por canais, salpicadas de ciprestes, carvalhos e tupelos. Exploramo-lo, entre Lafayette e Morgan, Luisiana, no caminho para a sua foz do Golfo do México.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
PN Timanfaya, Montanhas de Fogo, Lanzarote, Caldera del Corazoncillo
Parques Naturais
PN Timanfaya, Lanzarote, Canárias

PN Timanfaya e as Montanhas de Fogo de Lanzarote

Entre 1730 e 1736, do nada, dezenas de vulcões de Lanzarote entraram em sucessivas erupções. A quantidade massiva de lava que libertaram soterrou várias povoações e forçou quase metade dos habitantes a emigrar. O legado deste cataclismo é o cenário marciano actual do exuberante PN Timanfaya.
Jipe cruza Damaraland, Namíbia
Património Mundial UNESCO
Damaraland, Namíbia

Namíbia On the Rocks

Centenas de quilómetros para norte de Swakopmund, muitos mais das dunas emblemáticas de Sossuvlei, Damaraland acolhe desertos entrecortados por colinas de rochas avermelhadas, a maior montanha e a arte rupestre decana da jovem nação. Os colonos sul-africanos baptizaram esta região em função dos Damara, uma das etnias da Namíbia. Só estes e outros habitantes comprovam que fica na Terra.
Visitantes da casa de Ernest Hemingway, Key West, Florida, Estados Unidos
Personagens
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
Praias
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
Motociclista no desfiladeiro de Sela, Arunachal Pradesh, Índia
Religião
Guwahati a Sela Pass, Índia

Viagem Mundana ao Desfiladeiro Sagrado de Sela

Durante 25 horas, percorremos a NH13, uma das mais elevadas e perigosas estradas indianas. Viajamos da bacia do rio Bramaputra aos Himalaias disputados da província de Arunachal Pradesh. Neste artigo, descrevemos-lhe o trecho até aos 4170 m de altitude do Sela Pass que nos apontou à cidade budista-tibetana de Tawang.
Train Fianarantsoa a Manakara, TGV Malgaxe, locomotiva
Sobre Carris
Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
Em quimono de elevador, Osaka, Japão
Sociedade
Osaka, Japão

Na Companhia de Mayu

A noite japonesa é um negócio bilionário e multifacetado. Em Osaka, acolhe-nos uma anfitriã de couchsurfing enigmática, algures entre a gueixa e a acompanhante de luxo.
O projeccionista
Vida Quotidiana
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Vida Selvagem
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.