Jaisalmer, Índia

Há Festa no Deserto do Thar


A galope
Jóqueis conduzem camelos numa eliminatória da corrida de camelos do festival, realizada nas Sam Sam Dunes, a 40km de Jaisalmer.
Festival dos sentidos
Uma dançarina transsexual hijra, dança atrás de um grupo de músicos rajputs.
ContraLuz
Público feminino tenta apreciar o cortejo que inaugura o Festival do Deserto, a ter lugar contra o sol da manhã.
Utsav Fashion
Jovens participantes montam camelos ao longo de uma ruela que liga o lago Gadisar na base da fortaleza de Jaisalmer.
Celebração rosada
Troupe de rajputs celebram o Festival do Deserto de forma efusiva.
Moda rajasthani
Um rajput com bigode e barba extravagantes, eventual participante no concurso de Mr. Desert.
Séquito barbudo
Um concorrente da prova de Mr. Desert chega ao estádio Sahid Poonam Singh sobre um camelo.
À sombra
Participante no cortejo inaugural do Festival do Deserto, já em pleno estádio Sahid Poonam Singh.
Banda do deserto
Músicos da banda a camelo, desmontados após o cortejo ter já terminado no estádio Sahid Poonam Singh de Jaisalmer.
Em caravana
Participantes num concurso de camelos desfilam em frente à bancada única do estádio Dedansar, nos arredores de Jaisalmer.
Pauliteiros do deserto
Pauliteiros exibem uma sua dança no intervalo das competições realizadas no estádio Dedansar.
Convívio nas areias
Donos de camelos aguardam o início da corrida de camelos à beira da estrada que atravessa as Sam Sam Dunes.
Fraternidade das areias
Gesto de afecto entre dois irmãos donos de camelos, nas Sam Sam Dunes.
Rei sobre rodas
Um dos motoqueiros que protagonizam a espécie de poço da Morte nas dunas de Sam Sam.
Bancada central
Bancada improvisada no cimo de uma haveli durante o cortejo inaugural do Festival do Deserto.
Montada decorada
Militar indiano sobre um camelo trajado à moda rajastani.
Uma assistência garrida
Bancada multicolor do estádio Sahid Poonam Singh repleta dos saris das mulheres rajastani.
Puro interesse
Espectadores do deserto seguem as corridas de camelos realizadas nas Sam Sam Dunes.
Trio do sol
Donos de camelos descem do cimo das Sam Sam Dunes, depois de uma tarde a venderem pequenos passeios no deserto ao público atraído pelo festival.
Mal o curto Inverno parte, Jaisalmer entrega-se a desfiles, a corridas de camelos e a competições de turbantes e de bigodes. As suas muralhas, ruelas e as dunas em redor ganham mais cor que nunca. Durante os três dias do evento, nativos e forasteiros assistem, deslumbrados, a como o vasto e inóspito Thar resplandece afinal de vida.

Dia 1 – O Desfile

O encanto da noite passada no cimo de outra fortaleza de Mil e Uma Noites do Rajastão e o cansaço acumulado durante a longa viagem desde Varanasi (26h seguidas a bordo do Howrah – Jodhpur Express mais 5h de autocarro) fazem-nos ignorar o despertador. Desperta-nos o receio de perdermos a inauguração do Festival do Deserto de Jaisalmer. Levantamo-nos, assim, em sobressalto, re-arranjamos as mochilas e saímos disparados.

Percorremos as ruelas cimeiras do forte. Descemos quase em corrida até à sua entrada onde, provavelmente por ali passar o cortejo, nenhum dos riquexós da habitual frota lá nos esperava. Prosseguimos por outras vielas sinuosas até darmos com o Satya Dev Park e com a Gadisar Rd. a avenida desafogada nas imediações do lago homónimo.

A comoção e a confusão geradas pelo evento concentram-se por ali e as iniciativas voluntariosas dos polícias e sinaleiros pouco ou nada as aliviam. Atravessamos a Gadisar Rd. Do lado de lá, distintos agrupamentos de músicos, dançarinos e de donzelas trajados à boa moda sedosa e exuberante do Rajastão, convivem e ensaiam os seus dotes.

Um grupo de pauliteiros exibe distintas coreografias, o carmesim dos angrakhas, dos dhotis e pyjamas e o laranja intenso dos pagaris, os turbantes simples ou elaborados usados pelos rajputs em geral e que, em muitos casos, definem a casta a que pertencem, a sua religião, e até o seu estatuto social e económico.

Músico e dançarina hijra durante o Festival do Deserto de Jaisalmer, Rajastão, Índia

Uma dançarina transsexual hijra, dança atrás de um grupo de músicos rajputs

Para cima na rua, centenas de damas rajastanis envoltas em ghagras (espécie de saris) garridos, enfeitadas com a prolífica bijuteria da região e com as mãos adornadas por intrincadas pinturas mahendis, portam, cada qual, uma vasilha de metal à cabeça.

Aguardam aquém de uma fila paralela de músicos de uma banda montada em camelos e dromedários. Na dianteira da parada, uma dançarina transexual hijra em vestes tão ou mais exóticas que as demais damas concentra as atenções do público com a subtileza e a sensualidade de um complexo rodopio.

De um Lado ao Outro de Jaisalmer

Por fim, os músicos recebem indicação para tocarem em marcha e inauguram o cortejo Shoba Yatra. Corremos para os anteciparmos. Não tardamos a perceber que o desfile subiria a rua por que havíamos chegado.

Jaisalmer tinha adiado por algumas horas a azáfama habitual do seu dia-a-dia para assistir ao cortejo.

Na expectativa, milhares de espectadores entusiasmados disputavam ambos os lados das ruela, ora sobre o asfalto, ora um nível acima, sobre os passeios elevados na extensão das fachadas das havelis, os edifícios seculares de arenito, rendilhados e encantadores, da cidade.

Espectadores do Festival do Deserto de Jaisalmer, Rajastão, Índia

Bancada improvisada no cimo de uma haveli durante o cortejo inaugural do Festival do Deserto.

Passam por nós os músicos. Seguem-se os pauliteiros e as dançarinas. E, logo, uma comitiva de foliões, distinguidos por vestimentas brancas coroadas por turbantes cor-de-rosa.

Participantes animam o Festival do Deserto de Jaisalmer, Rajastão, Índia

Troupe de rajputs celebram o Festival do Deserto de forma efusiva

Livre de qualquer exibição artística, a sua troupe celebra o dia e o festival como nenhuma outra, entregue a cânticos populares e a pregões que entoam, uns virados para os outros de mãos apontadas ao céu.

Sucedem-se os músicos da banda montada a camelo e outros participantes, com direito a tal montada por ostentarem alguns dos bigodes e/ou barbas mais longos e deslumbrantes do Rajastão.

Cortejo a camelo, durante o Festival do Deserto de Jaisalmer, Rajastão, Índia

Jovens participantes montam camelos ao longo de uma ruela que liga o lago Gadisar na base da fortaleza de Jaisalmer

 Festival do Deserto: o destino final

O desfile contorna o sopé da encosta que acolheu o forte de Jaisalmer e a rotunda de Hanuman. Corta para a avenida homónima e desvia para o interior do estádio Sahid Poonam Singh. Como seria de esperar nestas partes áridas da Índia, o recinto é de terra batida.

De acordo, à sua passagem, os camelos levantam uma poeira que o vento atira sobre a bancada do recinto, repleta de crianças e de mulheres que, enfiadas em saris vermelhos, laranja e rosa formam a assistência mais garrida que alguma vez pudemos apreciar.

Bancada feminina do Festival do Deserto de Jaisalmer, Rajastão, Índia

Bancada multicolor do estádio Sahid Poonam Singh repleta dos saris das mulheres rajastani.

A parada encerra-se diante deste público folclórico, mas também do mais altivo e formal da bancada VIP, preenchida com políticos e altos dignitários vindos de diferentes partes da India e do estrangeiro para, com a sua presença, honrarem e louvarem Jaisalmer e o festival.

Trajes e Bigodes Excêntricos

Então, os camelos são conduzidos para fora do estádio.  Os restantes desfilantes debandam para a aridez do campo de futebol onde se deixam fotografar com o público ansioso.

Concorrente à competição de Mr. Bigode, Festival do Deserto, Jaisalmer, Rajastão, Índia

Um concorrente da prova de Mr. Desert chega ao estádio Sahid Poonam Singh sobre um camelo.

Pouco depois, removem parte dos trajes da cerimónia que, debaixo do calor do meio-dia, os oprimem e fundem-se com a multidão, já dividida em sectores estabelecidos por cordas.

Seguem-se diversas competições de que se destacam as provas de Mr. Desert – em que competem os bigodes mais longos e felpudos do Rajastão – e uma outra de colocação de turbantes.

Rajput com bigode exuberante, Festival do Deserto de Jaisalmer, Rajastão, Índia

Um rajput com bigode e barba extravagantes, eventual participante no concurso de Mr. Desert

Esta, tem início com uma disputa mais séria levada a cabo pelos concorrentes nativos. E continua com outra que envolve participantes forasteiros, entre os quais, um ou dois portugueses.

Os eventos do dia são encerrados uma hora depois, a tempo de evitar que a fornalha verspertina causasse baixas.

Regressa à noite, de novo num modo de palco, com música ao vivo, acrobacias dos ginastas locais Kalabazes, espectáculos de encantadores de cobras, de marionetas e fogo de artifício.

Dia 2 – Esplendor a Camelo

Na manhã seguinte, acordamos a horas. Com tempo inclusive para o pequeno-almoço que o atraso nos forçara a saltar na anterior. Às nove, já dividimos um riquexó com outros passageiros, também eles a caminho do estádio Dedansar, à imagem do do dia anterior, um mero pelado dotado de uma bancada solitária.

Quando chegamos, encontramos dezenas de rajputs altivos, cada qual sobre o seu camelo, qualquer um dos animais trajado com um casaco multicolor pitoresco de pompons de lã e de berloques que pendem e oscilam abaixo do dorso dos animais, alguns com miniaturas de bandeiras indianas projectadas das cabeças.

Exibição de rajputs, Festival do Deserto de Jaisalmer, Rajastão, Índia

Participantes num concurso de camelos desfilam em frente à bancada única do estádio Dedansar, nos arredores de Jaisalmer.

Os rajputs sentados entre as suas bossas, por sua vez, estão vestidos de branco, coroados por turbantes especiais com faixas de várias cores.

Folclore e Moda do Rajastão, a Pé e a Camelo

Quando a competição é inaugurada, desfilam bem hirtos sobre as montadas e empunham distintos tipos de espadas e sabres característicos dos seus clãs ou batalhões. Outros, sem filiação militar, seguram guarda-sóis vermelhos e amarelos tradicionais.

Os júris nas bancadas analisam os sucessivos participantes ao pormenor enquanto, para cá e para lá, estes se tentam impingir aos seus votos. Não tarda, os pauliteiros da manhã anterior e outros músicos entram em cena para animar as hostes até o anúncio dos resultados.

Exibição de Pauliteiros, durante o Festival do Deserto de Jaisalmer, Rajastão, Índia

Pauliteiros exibem uma sua dança no intervalo das competições realizadas no estádio Dedansar.

A que se segue um cabo-de-guerra entre uma equipa local e uma composta por estrangeiros. O programa continua com uma longa partida de polo a camelo, disputada, claro está, entre duas dotadas equipas indianas.

Mais ou menos a metade do jogo, decidimos regressar à cidade. Fugimos a uma vaca enlouquecida que dissemina a confusão à saída do estádio e metemo-nos num riquexó já recrutado por dois polícias. É a conversa com este inesperado duo da autoridade que regressamos à nossa base no cimo do forte de Jaisalmer.

Dia 3 – Por fim, as dunas Sam Sam do Thar

No seu derradeiro dia, o festival muda-se em peso para as dunas Sam Sam, situadas a pouco mais de 40km a oeste de Jaisalmer, e a uns poucos do Paquistão. Nós, seguimo-lo. Descemos do forte até à rotunda de Hanuman. Lá regateamos lugares num dos jipes que asseguravam transporte para o deserto.

Acabamos por o partilhar com Adil, um turista gujarati à descoberta do Rajastão. Chegamos às dunas bem antes do início das hostilidades. A tempo de negarmos centenas de vezes os passeios a camelo que nos propõem os proprietários dos animais disseminados por quase um quilómetro, em ambos os lados da estrada.

Faz um calor ainda mais atroz que o de Jaisalmer. De acordo, refugiamo-nos os três num pasquim ali próximo. Salvos pela sombra do humilde café, bebemos refrigerantes e partilhamos batatas fritas.

Entregamo-nos a uma cavaqueira animada sobre as peculiaridades do Rajastão, a riqueza cultural da Índia e a da história colonial indiana de Portugal. “Sei que a nossa Diu foi até algum tempo portuguesa. Goa, também, certo? A Diu já fui mais que uma vez, a Goa ainda não. Tenho que tratar disso.”

Tempo de Enfrentar as Sam Sam Dunes

A meio da conversa, reparamos numa pequena manada de vacas que deambulava estrada fora. No cenário em que estávamos, aquela visão tinha o seu quê de surreal pelo que pedimos umas desculpas aceleradas, nos despedimos e perseguimos os animais até se desviarem da via para um descampado cheio de lixo.

Donos de camelos nas dunas Sam Sam, deserto do Thar, Rajastão, Índia

Donos de camelos aguardam o início da corrida de camelos à beira da estrada que atravessa as Sam Sam Dunes.

Entretanto, boa parte dos visitantes instalados em Jaisalmer deram entrada nas Sam Sam dunes e aquele reduto híper-turístico do Thar ficou a entregue a uma multidão desejosa de evasão e de diversão.

Malgrado o braseiro que ainda se fazia sentir, passeamos a pé pelas dunas, entre grandes clãs de homens de etnias Bhil, Bishnoi e outras e os seus camelos, sempre a resistimos às repetidas ofertas de passeios.

Irmãos donos de camelos, Sam Sam Dunes, Rajastão, Índia

Gesto de afecto entre dois irmãos donos de camelos, nas Sam Sam Dunes.

Por volta das 17h30, uns enquanto espectadores, outros como participantes, todos eles atravessam a estrada e tomam posição para a corrida de camelos prestes a começar.

Os polícias presentes forçam o publico a alinhar-se ao longo de duas cordas estendidas nas extremidades do descampado poeirento que servia de pista.

Espectadores das corridas de Camelos, Festival do Deserto, Sam Sam Dunes, Rajastão, Índia

Espectadores do deserto seguem as corridas de camelos realizadas nas Sam Sam Dunes.

A Grande Competição Camelídea

Após um longo compasso de espera, os camelos e os jóqueis lá saem disparados do sopé de umas dunas distantes, galopam na nossa direcção e na da tenda de campanha que servia o certame.

A competição realizava-se por eliminatórias. Aquela correria repetiu-se, assim, várias vezes até que um duelo final apurou o vencedor.

Corrida de camelos, Festival do Deserto, Sam Sam Dunes, Rajastão, Índia

Joquéis conduzem camelos numa eliminatória da corrida de camelos do festival, realizada nas Sam Sam Dunes, a 40km de Jaisalmer

Excitada com a aura da entrega dos prémios, a multidão ignora o espartilho da cordas. Engole os participantes e venera o vencedor como o herói do deserto a que, triunfo após triunfo, se havia promovido. Mas, como declarara aquele semideus das areias, a corrida também designou o mais dramático perdedor.

Um dos camelos tinha partido uma perna. Debatia-se com um enorme sofrimento. Para desgosto do dono, o veterinário de apoio examinou-o. Sem vislumbrar esperança de cura, injectou-lhe uma qualquer substância e pôs-lhe cobro à vida.

A multidão em êxtase pouco ou nada se deixa afectar pelo revês. Finda a cerimónia, volta a cruzar a estrada e invade as dunas que ali, para sul e rumo ao Paquistão, ascendem a alturas majestosas.

Os donos dos camelos puderam por fim facturar com os incontáveis passeios camelídeos que proporcionaram. Num vale arenoso ali próximo, outra atracção espontânea e gratuita competia com a sua oferta.

Vários motoqueiros locais circundavam as dunas a grande velocidade, numa espécie de Poço da Morte do deserto que reuniu e manteve absortos umas boas centenas de curiosos.

Acrobacias motorizadas sobre as dunas do Deserto do Thar, Rajastão, Índia

Um dos motoqueiros que protagonizam a espécie de poço da Morte nas dunas de Sam Sam.

O sol não tardou a mergulhar para trás do vasto Thar amarelado. Inspirou incontáveis fotografias de grupo e ainda mais selfies. Quando o deixámos de volta a Jaisalmer, o concurso de papagaios de papel tinha já terminado.

Vários resistentes faziam os seus cirandar naquele céu seco e quase-escuro do Rajastão prestes a acolher o Universo.

Camelos sobre as Sam Sam Dunes do Deserto do Thar, Rajastão, Índia

Donos de camelos descem do cimo das Sam Sam Dunes, depois de uma tarde a venderem pequenos passeios no deserto ao público atraído pelo festival.

Mais informações sobre Jaisalmer e o Festival do Deserto em Incredible India – Jaisalmer

Dawki, Índia

Dawki, Dawki, Bangladesh à Vista

Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
Cape Coast, Gana

O Festival da Divina Purificação

Reza a história que, em tempos, uma praga devastou a população da Cape Coast do actual Gana. Só as preces dos sobreviventes e a limpeza do mal levada a cabo pelos deuses terão posto cobro ao flagelo. Desde então, os nativos retribuem a bênção das 77 divindades da região tradicional Oguaa com o frenético festival Fetu Afahye.
Goa, Índia

O Último Estertor da Portugalidade Goesa

A proeminente cidade de Goa já justificava o título de “Roma do Oriente” quando, a meio do século XVI, epidemias de malária e de cólera a votaram ao abandono. A Nova Goa (Pangim) por que foi trocada chegou a sede administrativa da Índia Portuguesa mas viu-se anexada pela União Indiana do pós-independência. Em ambas, o tempo e a negligência são maleitas que agora fazem definhar o legado colonial luso.
Tawang, Índia

O Vale Místico da Profunda Discórdia

No limiar norte da província indiana de Arunachal Pradesh, Tawang abriga cenários dramáticos de montanha, aldeias de etnia Mompa e mosteiros budistas majestosos. Mesmo se desde 1962 os rivais chineses não o trespassam, Pequim olha para este domínio como parte do seu Tibete. De acordo, há muito que a religiosidade e o espiritualismo ali comungam com um forte militarismo.
Guwahati, India

A Cidade que Venera Kamakhya e a Fertilidade

Guwahati é a maior cidade do estado de Assam e do Nordeste indiano. Também é uma das que mais se desenvolve do mundo. Para os hindus e crentes devotos do Tantra, não será coincidência lá ser venerada Kamakhya, a deusa-mãe da criação.
Dooars, Índia

Às Portas dos Himalaias

Chegamos ao limiar norte de Bengala Ocidental. O subcontinente entrega-se a uma vasta planície aluvial preenchida por plantações de chá, selva, rios que a monção faz transbordar sobre arrozais sem fim e povoações a rebentar pelas costuras. Na iminência da maior das cordilheiras e do reino montanhoso do Butão, por óbvia influência colonial britânica, a Índia trata esta região deslumbrante por Dooars.
Gangtok, Índia

Uma Vida a Meia-Encosta

Gangtok é a capital de Sikkim, um antigo reino da secção dos Himalaias da Rota da Seda tornado província indiana em 1975. A cidade surge equilibrada numa vertente, de frente para a Kanchenjunga, a terceira maior elevação do mundo que muitos nativos crêem abrigar um Vale paradisíaco da Imortalidade. A sua íngreme e esforçada existência budista visa, ali, ou noutra parte, o alcançarem.
Meghalaya, Índia

Pontes de Povos que Criam Raízes

A imprevisibilidade dos rios na região mais chuvosa à face da Terra nunca demoveu os Khasi e os Jaintia. Confrontadas com a abundância de árvores ficus elastica nos seus vales, estas etnias habituaram-se a moldar-lhes os ramos e estirpes. Da sua tradição perdida no tempo, legaram centenas de pontes de raízes deslumbrantes às futuras gerações.
Bacolod, Filipinas

Um Festival para Rir da Tragédia

Por volta de 1980, o valor do açúcar, uma importante fonte de riqueza da ilha filipina de Negros caia a pique e o ferry “Don Juan” que a servia afundou e tirou a vida a mais de 176 passageiros, grande parte negrenses. A comunidade local resolveu reagir à depressão gerada por estes dramas. Assim surgiu o MassKara, uma festa apostada em recuperar os sorrisos da população.
Pueblos del Sur, Venezuela

Os Pauliteiros de Mérida, Suas Danças e Cia

A partir do início do século XVII, com os colonos hispânicos e, mais recentemente, com os emigrantes portugueses consolidaram-se nos Pueblos del Sur, costumes e tradições bem conhecidas na Península Ibérica e, em particular, no norte de Portugal.
Ooty, Índia

No Cenário Quase Ideal de Bollywood

O conflito com o Paquistão e a ameaça do terrorismo tornaram as filmagens em Caxemira e Uttar Pradesh um drama. Em Ooty, constatamos como esta antiga estação colonial britânica assumia o protagonismo.

Hampi, India

À Descoberta do Antigo Reino de Bisnaga

Em 1565, o império hindu de Vijayanagar sucumbiu a ataques inimigos. 45 anos antes, já tinha sido vítima da aportuguesação do seu nome por dois aventureiros portugueses que o revelaram ao Ocidente.

Goa, Índia

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Uma súbita ânsia por herança tropical indo-portuguesa faz-nos viajar em vários transportes mas quase sem paragens, de Lisboa à famosa praia de Anjuna. Só ali, a muito custo, conseguimos descansar.
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Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
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Um Pantanal nos Confins do Nordeste Indiano

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Jaisalmer, Índia

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Sob o Encanto Gélido do Árctico

Estamos a 66º Norte e às portas da Lapónia. Por estes lados, a paisagem branca é de todos e de ninguém como as árvores cobertas de neve, o frio atroz e a noite sem fim.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Literatura
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
Tombolo e Punta Catedral, Parque Nacional Manuel António, Costa Rica
Natureza
PN Manuel António, Costa Rica

O Pequeno-Grande Parque Nacional da Costa Rica

São bem conhecidas as razões para o menor dos 28 parques nacionais costarriquenhos se ter tornado o mais popular. A fauna e flora do PN Manuel António proliferam num retalho ínfimo e excêntrico de selva. Como se não bastasse, limitam-no quatro das melhores praias ticas.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Ribeiro Frio, Madeira, Vereda dos Balcões,
Parques Naturais
Parque Florestal Ribeiro Frio, Madeira

Ribeiro Frio Acima, na Senda dos Balcões

Há muito que esta região do interior elevado da Madeira tem a cargo a repopulação das trutas arco-íris da ilha. Entre os vários trilhos e levadas que confluem nos seus viveiros, o Parque Florestal Ribeiro Frio oculta panoramas grandiosos sobre o Pico Arieiro, o Pico Ruivo e o vale da Ribeira da Metade que se estende à costa norte.
Catedral São Paulo, Vigan, Asia Hispanica, Filipinas
Património Mundial UNESCO
Vigan, Filipinas

Vigan, a Mais Hispânica das Ásias

Os colonos espanhóis partiram mas as suas mansões estão intactas e as kalesas circulam. Quando Oliver Stone buscava cenários mexicanos para "Nascido a 4 de Julho" encontrou-os nesta ciudad fernandina
Verificação da correspondência
Personagens
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Dunas da ilha de Bazaruto, Moçambique
Praias
Bazaruto, Moçambique

A Miragem Invertida de Moçambique

A apenas 30km da costa leste africana, um erg improvável mas imponente desponta do mar translúcido. Bazaruto abriga paisagens e gentes que há muito vivem à parte. Quem desembarca nesta ilha arenosa exuberante depressa se vê numa tempestade de espanto.
Mtshketa, Cidade Santa da Geórgia, Cáucaso, Catedral de Svetitskhoveli
Religião
Mtskheta, Geórgia

A Cidade Santa da Geórgia

Se Tbilissi é a capital contemporânea, Mtskheta foi a cidade que oficializou o Cristianismo no reino da Ibéria predecessor da Geórgia, e uma das que difundiu a religião pelo Cáucaso. Quem a visita, constata como, decorridos quase dois milénios, é o Cristianismo que lá rege a vida.
Comboio Kuranda train, Cairns, Queensland, Australia
Sobre Carris
Cairns-Kuranda, Austrália

Comboio para o Meio da Selva

Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
aggie grey, Samoa, pacífico do Sul, Marlon Brando Fale
Sociedade
Apia, Samoa Ocidental

A Anfitriã do Pacífico do Sul

Vendeu burgers aos GI’s na 2ª Guerra Mundial e abriu um hotel que recebeu Marlon Brando e Gary Cooper. Aggie Grey faleceu em 1988 mas o seu legado de acolhimento perdura no Pacífico do Sul.
manada, febre aftosa, carne fraca, colonia pellegrini, argentina
Vida Quotidiana
Colónia Pellegrini, Argentina

Quando a Carne é Fraca

É conhecido o sabor inconfundível da carne argentina. Mas esta riqueza é mais vulnerável do que se imagina. A ameaça da febre aftosa, em particular, mantém as autoridades e os produtores sobre brasas.
Jipe cruza Damaraland, Namíbia
Vida Selvagem
Damaraland, Namíbia

Namíbia On the Rocks

Centenas de quilómetros para norte de Swakopmund, muitos mais das dunas emblemáticas de Sossuvlei, Damaraland acolhe desertos entrecortados por colinas de rochas avermelhadas, a maior montanha e a arte rupestre decana da jovem nação. Os colonos sul-africanos baptizaram esta região em função dos Damara, uma das etnias da Namíbia. Só estes e outros habitantes comprovam que fica na Terra.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.