Kolmanskop, Namíbia

Gerada pelos Diamantes do Namibe, Abandonada às suas Areias


T4 à moda do Namibe
Um dos lares mais coloridos de Kolmanskop, invadido pela areia do Namibe.
Acima da média
A vivenda do engenheiro de minas e gerente Leonard Kolle, destacada da pequena avenida que agrupou a maior parte das casas.
Num lento declínio
O domicílio do contabilista Wiese, visto da vivenda de Leonard Kolle.
Imersão de deserto
Pouco sobra de uma casa-de-banho de uma outra vivenda, com a banheira repleta de areia em vez de água.
Uma aventura no inóspito
Vista de Kolmanskop no ambiente nada acolhedor do deserto do Namibe.
Lares perdidos no tempo
Vivendas de Leonard Kolle e a do contabilista Wiese, perdidas na vastidão arenosa do deserto do Namibe.
Rua sem saída
Árvore reclama o seu lugar numa rua da antes prodigiosa Kolmanskop.
Kolmanskop versão colonial alemã
O antigo letreiro da povoação, escrito ainda em fonte e língua alemã.
A Pista do Bolingue
A pista de bólingue em que os moradores se entretinham.
BuchHalter
Casa de Wiese, o contabilista de Kolmanskop.
Gastos Irrisórios
Registos de gastos na cidade de Kolmanskop.
A Cidade no Namibe
Os edifícios de Kolmanskop perdidos na vastidão do Namibe.
Sombra & Duna
Duna apodera-se aos poucos de uma das casas em ruínas da cidade.
Duo Investigador
Duo de visitantes passeia-se entre as mansões de Kolmanskop.
Afluência
Visitantes entram no centro de recepção de Kolmanskop.
Explicações
Guia explica a história multimilionária de Kolmanskop.
Foto de História
Visitante concentra a sua objectiva numa das mansões de Kolmanskop
1909
Um frontão identifica a data de construção de uma das mansões da cidade
Emoldurada
Edifício em ruínas isolado sobre as areias do deserto do Namibe.
Planta da Vida
Um planta prolifera na secura quase absoluta do deserto do Namibe.
Foi a descoberta de um campo diamantífero farto, em 1908, que originou a fundação e a opulência surreal de Kolmanskop. Menos de 50 anos depois, as pedras preciosas esgotaram-se. Os habitantes deixaram a povoação ao deserto.

Repetidos sinais de trânsito na derradeira recta sem fim rumo a Lüderitz, tinham-nos alertado: o vento de sudoeste pode soprar brutal por aqueles lados.

O Inverno destas paragens ermas e inóspitas está, no entanto, por se instalar. As rajadas mantêm-se moderadas.

Permitem-nos acelerar e chegar num ápice ao destino da manhã. Já a tínhamos vislumbrado ao longe mas é pouco depois de passarmos a cancela de acesso que constatamos com olhos de ver como o tempo e o vento herdaram Kolmanskop e a continuam a sepultar.

Cidade no Deserto, Kolmanskop, Deserto do Namibe, Namíbia

Os edifícios de Kolmanskop perdidos na vastidão do Namibe.

Estacionamos. Subimos ao andar cimeiro de um edifício que se destaca dos demais.

Lá encontramos a recepção do complexo e o seu velho salão de baile e de espectáculos, de quando em quando adaptado a casino que coisa que nunca faltou aos moradores foi dinheiro para esbanjar.

Contabilidade, Kolmanskop, Deserto do Namibe, Namíbia

Registos de gastos na cidade de Kolmanskop.

Estamos em pleno Deserto do Namibe. Um deserto tão avassalador que se apoderou até da nomenclatura do país. Estamos na Namíbia.

Na mais preciosa e interdita das suas regiões, a que ficou para a história e surge actualmente nos mapas como Sperrgebiet, o termo germânico para “zona proibida”.

Zona Vedade, Kolmanskop, Deserto do Namibe, Namíbia

O velho SperrGebiet, ou a zona inacessível a estranhos do complexo.

Em 1908, a Namíbia era uma das poucas colónias alemãs em África, uma colónia à nascença, indesejada.

Ao contrário da maior parte dos governantes do Velho Mundo, o chanceler Otto von Bismarck era avesso à expansão africana que considerava uma ilusão dispendiosa. “O meu mapa de África é aqui, na Europa.” terá dito em frente a um mapa. “Aqui, é a Rússia e, aqui, é a França e nós estamos aqui no meio.”

Foi o interesse e o investimento comercial de Adolf Lüderitz – um mercador de Bremen – na zona que acabou por forçar a sua integração no Império Alemão.

E se Bismarck o teve que apoiar algo contrariado, a birra ainda faria menos sentido se protagonizada pelos governantes teutónicos seguintes.

O Achado que Levou à Fundação de Kolmanskop

A 14 de Abril de 1908, Zacharias Lewala, um operário negro que trabalhava na linha de caminho-de-ferro entre a povoação costeira de Lüderitz e a interior de Aus, encontrou uma pedra brilhante na areia.

Zacharias mostrou-a ao seu supervisor, August Stauch. Este, reconheceu-a como um diamante e apressou-se a obter uma licença de prospeção. A confirmação do veredicto, despoletou a corrida aos diamantes da zona. Pouco depois, o governo alemão expulsou todos os mineiros e forçou a exclusividade da sua prospecção.

Mesmo se a entidade monopolizadora é, hoje, outra, o Sperrgebiet pouco mudou. Detectamos a sua interdição oficial um pouco por todo o lado, à beira da estrada B4 e de várias das vias secundárias e de terra ou sal batido que dela ramificam.

Também junto a num dos últimos armazéns de Kolmanskop e da placa que a identifica em fonte germânica.

Kolmanskop, Deserto do Namibe, Namíbia

O antigo letreiro da povoação, escrito ainda em fonte e língua alemã.

Apesar da inacessibilidade da vastidão circundante, com o bilhete pago, podíamos explorar a maior parte de Kolmanskop.

Começamos pela vivenda do gerente Leonard Kolle, destacada da correnteza de edifícios que conferem a organização linear da cidade e pela elegância da escadaria que conduz à sua entrada, da varanda e do frontão que coroa o segundo piso.

Kolmanskop, Deserto do Namibe, Namíbia

A vivenda do engenheiro de minas e gerente Leonard Kolle, destacada da pequena avenida que agrupou a maior parte das casas.

Kolmanskop, em Tempos, a Cidade Mais Rica da Terra

A areia é pouca no interior deste lar abandonado. Já a casa do contabilista Wiese, mesmo erguida sobre estacas, surge semi-afundada numa das dunas residentes.

Enquanto lá morou, Wiese não teve mãos a medir. Apenas entre 1908 e o início da 1ª Guerra Mundial, foi extraída de Kolmanskop mais de uma tonelada de diamantes.

Sem surpresa, a povoação evoluiu para uma pequena cidade caprichosa.

Kolmanskop, Deserto do Namibe, Namíbia

Duo de visitantes passeia-se entre as mansões de Kolmanskop.

Os residentes gostavam de lhe chamar a Cidade Mais rica da Terra. Mesmo passado mais de um século, o fausto caprichoso de que se revestiu é-nos bem visível.

Passado o salão de entrada do edifício principal, damos com o enorme e elegante salão erguido para acolher festas, espectáculos de teatro e até projecção de cinema.

No piso inferior, encontramos o Clubhouse, em que os homens residentes se entretinham a jogar bólingue numa pista evoluída para a época.

Bólingue, Kolmanskop, Deserto do Namibe, Namíbia

A pista de bólingue em que os moradores se entretinham.

Os Luxos e Requintes de Diamante de Kolmanskop

A partir de 1911, a cidade recebeu electricidade e, não tardou, o único eléctrico de África. A electricidade era fornecida por uma estação geradora a carvão, construída nas imediações, em Lüderitz.

A água era importada da Cidade do Cabo por barco. Custava 5 pfennig por litro, metade do custo do litro de cerveja. Kolmanskop viu-se ainda prendada com uma fábrica de gelo operada com base em amónia.

Gerava, todos os dias e de forma gratuita, metade de uma barra de gelo para o frigorífico de cada lar.

Casa de banho, Kolmanskop, Deserto do Namibe, Namíbia

Pouco sobra de uma casa-de-banho de uma outra vivenda, com a banheira repleta de areia em vez de água.

Era igualmente produzida água com gás.

Da Alemanha, por barco, chegavam todos os luxos e não luxos de que os moradores se conseguiam lembrar de champanhe a bombons e caviar.

Relíquias, Kolmanskop, Deserto do Namibe, Namíbia

Antigo regador e velha lata de Weet-Bix.

No fim dos anos 20, viviam na cidade cerca de 300 adultos e 44 crianças. Kolmanskop tinha a sua própria escola, uma padaria e um talho.

Quando demasiado bebidos, acontecia os homens entretidos com o bólingue entrarem no talho e roubarem salsichas para prolongarem a farra. Como seria de esperar, nenhuma conta ficou por pagar.

O talhante estimava o prejuízo e a dívida era saldada sem qualquer problema.

Vivenda de Kolmanskop, Deserto do Namibe, Namíbia

O domicílio do contabilista Wiese, visto da vivenda de Leonard Kolle.

Kolmanskop também tinha um hospital com o único equipamento de raio-x do Hemisfério Sul. O motivo, esse, não era tão filantropo como se poderia esperar.

Cientes de que uma única pedra os poderia tornar milionários, os trabalhadores ao serviço da prospecção tentavam com frequência engoli-las.

Além do raio-x, o hospital estava dotado das melhores técnicas médicas para fazer os trabalhadores devolverem as fortunas roubadas.

O Fim dos Diamantes, o Abandono e a Invasão das Areias

Ao contrário dos diamantes, o Deserto do Namibe continua a fazer parte da povoação. Investigamos os edifícios e encontramos vários deles repletos da sua areia, acumulada na base das paredes pintadas ou com papel de parede clássico e gasto.

Kolmanskop, Deserto do Namibe, Namíbia

Um dos lares mais coloridos de Kolmanskop, invadido pela areia do Namibe.

Ou, em certos outros casos, de tal forma acumulada que barra o acesso a diversas divisões. Contadores de electricidade e tomadas resistem, bem como banheiras de ferro em que nos enfiamos para compormos os melhores momentos auto-fotográficos da manhã.

À imagem dos anteriores, o dia mantém-se radioso.

Uma guia encarregue de um grupo de alemães fascinados elucida-nos a todos: “isto é só uma frágil bonança. A qualquer hora, o Inverno entra ao serviço e ventos de 100 a 150km varrem toneladas de nova areia para cima da cidade.

Guia, Kolmanskop, Deserto do Namibe, Namíbia

Guia explica a história multimilionária de Kolmanskop.

Foi o que aconteceu quando Johny Coleman, um condutor de carroças, se viu apanhado por uma terrível tempestade e foi obrigado a abandonar uma delas, com os seus bois junto à povoação.

O nome de Coleman foi germanizado, mais tarde, afrikaansnizado. Assim deu origem a Kolmanskuppe ou a Kolmanskop.

Da West Africa Germânica à Kolmanskop da Namíbia Independente

Chegada a 1ª Guerra Mundial, os ventos da história levaram os alemães para fora da Namíbia e, por arrasto, da posse de Kolmanskop.

Como primeira consequência directa do conflito, os germânicos, isolados em África entre territórios de inimigos anglófonos, francófonos ou portugueses, viram-se impotentes para proteger as suas colónias.

Em 1914, a Grã-Bretanha pressionou a África do Sul a invadir a Namíbia. No ano seguinte, a nova administração sul-africana de Windhoek encarregou-se de expulsar os colonos alemães das terras que antes tinham conquistado aos nativos daquelas partes.

Complexo de Kolmanskop, Deserto do Namibe, Namíbia

Vista de Kolmanskop no ambiente nada acolhedor do deserto do Namibe.

Já Kolmanskop, passou para as mãos de Sir Ernest Oppenheimer, um industrial nascido na Alemanha mas que trabalhara desde os 17 anos em Londres, numa empresa de diamantes.

Ernest Oppenheimer acabou por fundar, em 1919, a Consolidated Diamond Mines (CDM). Esta sua empresa tornou-se poderosa.

De tal maneira que se apoderou da De Beers Consolidated Mines, de Cecil Rhodes, antes dominadora do mercado mundial de diamantes.

A Cidade Fantasma do Namibe

Não terá sido alheia ao facto de ter permitido que os anteriores gerentes e funcionários se mantivessem nos postos a origem de Oppenheimer.

Essa inesperada decisão, permitiu a Kolmanskop preservar até aos dias de hoje o carácter germânico que encontramos igualmente na bem maior vizinha Lüderitz.

BuchHalter, Deserto do Namibe, Namíbia

Casa de Wiese, o contabilista de Kolmanskop.

O fim do tempo dado aos visitantes para explorarem a cidade das areias aproxima-se do fim.

Aproveitamos para espreitar o museu que preserva inúmeras fotografias, mapas e artefactos da época, muito de antes de Kolmanskop começar a ser chamada de cidade-fantasma e a constar em tops mundiais deste tipo de lugares.

Alameda, Kolmanskop, Deserto do Namibe, Namíbia

Árvore reclama o seu lugar numa rua da antes prodigiosa Kolmanskop.

O seu último suspiro ocorreu em 1936. Dez anos antes, geólogos tinham descoberto um novo campo de diamantes 250 km para sul, a norte da foz do rio Orange que marca, hoje, a fronteira entre a Namíbia e a África do Sul.

Os diamantes ali descobertos eram bastante maiores.

Por volta de 1936, findos os anos da Grande Depressão, a mina de Oranjemund inaugurou a sua operação e atraiu muitos dos habitantes de Kolmanskop que não tardou a encerrar a sua actividade. Os escritórios passaram para Oranjemund.

Quando o hospital e a estrutura de transporte foram encerrados, os derradeiros habitantes de Kolmanskop abandonaram-na aos caprichos do Namibe.

Sossusvlei, Namíbia

O Namibe Sem Saída de Sossusvlei

Quando flui, o rio efémero Tsauchab serpenteia 150km, desde as montanhas de Naukluft. Chegado a Sossusvlei, perde-se num mar de montanhas de areia que disputam o céu. Os nativos e os colonos chamaram-lhe pântano sem retorno. Quem descobre estas paragens inverosímeis da Namíbia, pensa sempre em voltar.
Fish River Canyon, Namíbia

As Entranhas Namibianas de África

Quando nada o faz prever, uma vasta ravina fluvial esventra o extremo meridional da Namíbia. Com 160km de comprimento, 27km de largura e, a espaços, 550 metros de profundidade, o Fish River Canyon é o Grand Canyon de África. E um dos maiores desfiladeiros à face da Terra.
Damaraland, Namíbia

Namíbia On the Rocks

Centenas de quilómetros para norte de Swakopmund, muitos mais das dunas emblemáticas de Sossuvlei, Damaraland acolhe desertos entrecortados por colinas de rochas avermelhadas, a maior montanha e a arte rupestre decana da jovem nação. Os colonos sul-africanos baptizaram esta região em função dos Damara, uma das etnias da Namíbia. Só estes e outros habitantes comprovam que fica na Terra.
Graaf-Reinet, África do Sul

Uma Lança Bóer na África do Sul

Nos primeiros tempos coloniais, os exploradores e colonos holandeses tinham pavor do Karoo, uma região de grande calor, grande frio, grandes inundações e grandes secas. Até que a Companhia Holandesa das Índias Orientais lá fundou Graaf-Reinet. De então para cá, a quarta cidade mais antiga da nação arco-íris prosperou numa encruzilhada fascinante da sua história.
Dunhuang, China

Um Oásis na China das Areias

A milhares de quilómetros para oeste de Pequim, a Grande Muralha tem o seu extremo ocidental e a China é outra. Um inesperado salpicado de verde vegetal quebra a vastidão árida em redor. Anuncia Dunhuang, antigo entreposto crucial da Rota da Seda, hoje, uma cidade intrigante na base das maiores dunas da Ásia.
Cape Cross, Namíbia

A Mais Tumultuosa das Colónias Africanas

Diogo Cão desembarcou neste cabo de África em 1486, instalou um padrão e fez meia-volta. O litoral imediato a norte e a sul, foi alemão, sul-africano e, por fim, namibiano. Indiferente às sucessivas transferências de nacionalidade, uma das maiores colónias de focas do mundo manteve ali o seu domínio e anima-o com latidos marinhos ensurdecedores e intermináveis embirrações.
Lüderitz, Namibia

Wilkommen in Afrika

O chanceler Bismarck sempre desdenhou as possessões ultramarinas. Contra a sua vontade e todas as probabilidades, em plena Corrida a África, o mercador Adolf Lüderitz forçou a Alemanha assumir um recanto inóspito do continente. A cidade homónima prosperou e preserva uma das heranças mais excêntricas do império germânico.
Goiás Velho, Brasil

Um Legado da Febre do Ouro

Dois séculos após o apogeu da prospecção, perdida no tempo e na vastidão do Planalto Central, Goiás estima a sua admirável arquitectura colonial, a riqueza supreendente que ali continua por descobrir.
Lençois da Bahia, Brasil

Lençois da Bahia: nem os Diamantes São Eternos

No século XIX, Lençóis tornou-se na maior fornecedora mundial de diamantes. Mas o comércio das gemas não durou o que se esperava. Hoje, a arquitectura colonial que herdou é o seu bem mais precioso.
Chapada Diamantina, Brasil

Bahia de Gema

Até ao final do séc. XIX, a Chapada Diamantina foi uma terra de prospecção e ambições desmedidas.Agora que os diamantes rareiam os forasteiros anseiam descobrir as suas mesetas e galerias subterrâneas
Twyfelfontein - Ui Aes, Namíbia

À Descoberta da Namíbia Rupestre

Durante a Idade da Pedra, o vale hoje coberto de feno do rio Aba-Huab, concentrava uma fauna diversificada que ali atraía caçadores. Em tempos mais recentes, peripécias da era colonial coloriram esta zona da Namíbia. Não tanto como os mais de 5000 petróglifos que subsistem em Ui Aes / Twyfelfontein.
Walvis Bay, Namíbia

O Litoral Descomunal de Walvis Bay

Da maior cidade costeira da Namíbia ao limiar do deserto do Namibe de Sandwich Harbour, vai um domínio de oceano, dunas, nevoeiro e vida selvagem sem igual. Desde 1790, que a profícua Walvis Bay lhe serve de portal.
PN Bwabwata, Namíbia

Um Parque Namibiano que Vale por Três

Consolidada a independência da Namíbia, em 1990, para simplificarem a sua gestão, as autoridades agruparam um trio de parques e reservas da faixa de Caprivi. O PN Bwabwata resultante acolhe uma imensidão deslumbrante de ecossistemas e vida selvagem, às margens dos rios Cubango (Okavango) e Cuando.
Spitzkoppe, Damaraland, Namíbia

A Montanha Afiada da Namíbia

Com 1728 metros, o “Matterhorn Namibiano” ergue-se abaixo das dez maiores elevações da Namíbia. Nenhuma delas se compara com a escultura granítica, dramática e emblemática de Spitzkoppe.
PN Etosha, Namíbia

A Vida Exuberante da Namíbia Branca

Um salar vasto rasga o norte namibiano. O Parque Nacional Etosha que o envolve revela-se um habitat árido, mas providencial, de incontáveis espécies selvagens africanas.
Palmwag, Namíbia

Em Busca de Rinocerontes

Partimos do âmago do oásis gerado pelo rio Uniab, habitat do maior número de rinocerontes negros do sudoeste africano. Nos passos de um pisteiro bosquímano, seguimos um espécime furtivo, deslumbrados por um cenário com o seu quê de marciano.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Fogueira ilumina e aquece a noite, junto ao Reilly's Rock Hilltop Lodge,
Safari
Santuário de Vida Selvagem Mlilwane, eSwatini

O Fogo que Reavivou a Vida Selvagem de eSwatini

A meio do século passado, a caça excessiva extinguia boa parte da fauna do reino da Suazilândia. Ted Reilly, filho do colono pioneiro proprietário de Mlilwane entrou em acção. Em 1961, lá criou a primeira área protegida dos Big Game Parks que mais tarde fundou. Também conservou o termo suazi para os pequenos fogos que os relâmpagos há muito geram.
Muktinath a Kagbeni, Circuito Annapurna, Nepal, Kagbeni
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 14º - Muktinath a Kagbeni, Nepal

Do Lado de Lá do Desfiladeiro

Após a travessia exigente de Thorong La, recuperamos na aldeia acolhedora de Muktinath. Na manhã seguinte, voltamos a descer. A caminho do antigo reino do Alto Mustang e da aldeia de Kagbeni que lhe serve de entrada.
hacienda mucuyche, Iucatão, México, canal
Arquitectura & Design
Iucatão, México

Entre Haciendas e Cenotes, pela História do Iucatão

Em redor da capital Mérida, para cada velha hacienda henequenera colonial há pelo menos um cenote. Com frequência, coexistem e, como aconteceu com a semi-recuperada Hacienda Mucuyché, em duo, resultam nalguns dos lugares mais sublimes do sudeste mexicano.

Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Aventura
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Cerimónias e Festividades
Apia, Samoa Ocidental

Fia Fia – Folclore Polinésio de Alta Rotação

Da Nova Zelândia à Ilha da Páscoa e daqui ao Havai, contam-se muitas variações de danças polinésias. As noites samoanas de Fia Fia, em particular, são animadas por um dos estilos mais acelerados.
St. Augustine, Cidade da Flórida, EUA, a ponte dos Leões
Cidades
Saint Augustine, Florida, E.U.A.

De Regresso aos Primórdios da Florida Hispânica

A disseminação de atracções turísticas de gosto questionável, torna-se superficial se tivermos em conta a profundidade histórica em questão. Estamos perante a cidade dos E.U.A. contíguos há mais tempo habitada. Desde que os exploradores espanhóis a fundaram, em 1565, que St. Augustine resiste a quase tudo.
Cacau, Chocolate, Sao Tome Principe, roça Água Izé
Comida
São Tomé e Príncipe

Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate

No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
Aldeia da Cuada, Ilha das Flores, Açores, quarto de arco-íris
Cultura
Aldeia da Cuada, Ilha das Flores, Açores

O Éden Açoriano Traído pelo outro Lado do Mar

A Cuada foi fundada, estima-se que em 1676, junto ao limiar oeste das Flores. Já em pleno século XX, os seus moradores juntaram-se à grande debandada açoriana para as Américas. Deixaram para trás uma aldeia tão deslumbrante como a ilha e os Açores.
Espectador, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, Australia
Desporto
Melbourne, Austrália

O Futebol em que os Australianos Ditam as Regras

Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.
ilha Streymoy, Ilhas Faroe, Tjornuvik, Gigante e Bruxa
Em Viagem
Streymoy, Ilhas Faroé

Streymoy Acima, ao Sabor da Ilha das Correntes

Deixamos a capital Torshavn rumo a norte. Cruzamos de Vestmanna para a costa leste de Streymoy. Até chegarmos ao extremo setentrional de Tjornuvík, deslumbramo-nos vezes sem conta com a excentricidade verdejante da maior ilha faroesa.
Étnico
Nelson a Wharariki, PN Abel Tasman, Nova Zelândia

O Litoral Maori em que os Europeus Deram à Costa

Abel Janszoon Tasman explorava mais da recém-mapeada e mítica "Terra Australis" quando um equívoco azedou o contacto com nativos de uma ilha desconhecida. O episódio inaugurou a história colonial da Nova Zelândia. Hoje, tanto a costa divinal em que o episódio se sucedeu como os mares em redor evocam o navegador holandês.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

Acre, Fortaleza dos Templários, Israel, Doces crocantes
História
São João de Acre, Israel

A Fortaleza que Resistiu a Tudo

Foi alvo frequente das Cruzadas e tomada e retomada vezes sem conta. Hoje, israelita, Acre é partilhada por árabes e judeus. Vive tempos bem mais pacíficos e estáveis que aqueles por que passou.
Africa Princess, Canhambaque, Bijagós, Guiné Bissau,
Ilhas
Cruzeiro Africa Princess, 1º Bijagós, Guiné Bissau

Rumo a Canhambaque, pela História da Guiné Bissau

O Africa Princess zarpa do porto de Bissau, estuário do rio Geba abaixo. Cumprimos uma primeira escala na ilha de Bolama. Da antiga capital, prosseguimos para o âmago do arquipélago das Bijagós.
Barcos sobre o gelo, ilha de Hailuoto, Finlândia
Inverno Branco
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
Sombra vs Luz
Literatura
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Eternal Spring Shrine
Natureza

Garganta de Taroko, Taiwan

Nas Profundezas de Taiwan

Em 1956, taiwaneses cépticos duvidavam que os 20km iniciais da Central Cross-Island Hwy fossem possíveis. O desfiladeiro de mármore que a desafiou é, hoje, o cenário natural mais notável da Formosa.

Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Vai-e-vem fluvial
Parques Naturais
Iriomote, Japão

Iriomote, uma Pequena Amazónia do Japão Tropical

Florestas tropicais e manguezais impenetráveis preenchem Iriomote sob um clima de panela de pressão. Aqui, os visitantes estrangeiros são tão raros como o yamaneko, um lince endémico esquivo.
Casario de Gangtok, Sikkim, Índia
Património Mundial UNESCO
Gangtok, Índia

Uma Vida a Meia-Encosta

Gangtok é a capital de Sikkim, um antigo reino da secção dos Himalaias da Rota da Seda tornado província indiana em 1975. A cidade surge equilibrada numa vertente, de frente para a Kanchenjunga, a terceira maior elevação do mundo que muitos nativos crêem abrigar um Vale paradisíaco da Imortalidade. A sua íngreme e esforçada existência budista visa, ali, ou noutra parte, o alcançarem.
aggie grey, Samoa, pacífico do Sul, Marlon Brando Fale
Personagens
Apia, Samoa Ocidental

A Anfitriã do Pacífico do Sul

Vendeu burgers aos GI’s na 2ª Guerra Mundial e abriu um hotel que recebeu Marlon Brando e Gary Cooper. Aggie Grey faleceu em 1988 mas o seu legado de acolhimento perdura no Pacífico do Sul.
Jabula Beach, Kwazulu Natal, Africa do Sul
Praias
Santa Lucia, África do Sul

Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
Ulugh Beg, Astrónomo, Samarcanda, Uzbequistão, Um matrimónio espacial
Religião
Samarcanda, Usbequistão

O Sultão Astrónomo

Neto de um dos grandes conquistadores da Ásia Central, Ulugh Beg preferiu as ciências. Em 1428, construiu um observatório espacial em Samarcanda. Os seus estudos dos astros levaram-lhe o nome a uma cratera da Lua.
white pass yukon train, Skagway, Rota do ouro, Alasca, EUA
Sobre Carris
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
Sociedade
Cemitérios

A Última Morada

Dos sepulcros grandiosos de Novodevichy, em Moscovo, às ossadas maias encaixotadas de Pomuch, na província mexicana de Campeche, cada povo ostenta a sua forma de vida. Até na morte.
manada, febre aftosa, carne fraca, colonia pellegrini, argentina
Vida Quotidiana
Colónia Pellegrini, Argentina

Quando a Carne é Fraca

É conhecido o sabor inconfundível da carne argentina. Mas esta riqueza é mais vulnerável do que se imagina. A ameaça da febre aftosa, em particular, mantém as autoridades e os produtores sobre brasas.
Vista aérea das quedas de água de Malolotja.
Vida Selvagem
Reserva Natural de Malolotja, eSwatini

Malolotja: o Rio, as quedas d’água e a Reserva Natural Grandiosa

Meros 32km a nordeste da capital Mbabane, sobre a fronteira com a África do Sul, ascendemos a terras altas, rugosas e vistosas de eSwatini. Por lá flui o rio Malolotja e se despenham as cascatas homónimas, as mais altas do Reino. Manadas de zebras e de antílopes percorrem os pastos e florestas em redor, numa das reservas com maior biodiversidade do sul de África.  
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.