Malé, Maldivas

As Maldivas a Sério


MAL(E)divas
Casario colorido de Malé, a ocupar os quase 6km quadrados da ilha homónima.
Life…hope
A. Mackeen, senhora cingalesa (à direita) e duas amigas maldivianas repousam num pequeno parque da cidade com piso de relva sintética e pinturas que ilustram Malé e a nação em redor.
No âmago das Maldivas
Bandeira maldivana ondula do lado da Praça da República oposto à Musical Fountain.
À porta do Islão
Casal percorre um dos muitos passeio apertados da capital das Maldivas.
No centro da fé
Crentes muçulmanos cruzam-se à entrada da Grand Friday Mosque e do Centro Islâmico de Malé.
Moda
Mulheres de Malé com os seus incontornáveis hijabs impostos pela religião muçulmana.
Rua de Malé
Vida e muitas scooters fluem numa das ruas mais desafogadas da capital
Beyvafa
Mulher wahabita metida num niqab lidera uma caminhada pela cidade.
Futebol de cadeira
Parte da bancada do Rasmee Dhandu Stadium, em que decorre um encontro da President Cup.
Ahmed & Ahmed
Ahmed Younus e Ahmed Naisan, amigos bem-dispostos numa rua do leste da cidade.
Contemplada do ar, Malé, a capital das Maldivas, pouco mais parece que uma amostra de ilha atafulhada. Quem a visita, não encontra coqueiros deitados, praias de sonho, SPAs ou piscinas infinitas. Deslumbra-se com o dia-a-dia maldivano  genuíno que as brochuras turísticas omitem.

De tão raros que são, os três dias de descanso mimado e quase absoluto em resorts das ilhas de Huvahandhoo e Rangalifinolhu, nas Maldivas sabem-nos a coisa estranha.

E a pouco, temos que confessar.

Por volta das onze, o mar em redor da segunda já exibia os seus tons surreais de azul-turquesa e verde-esmeralda, dos mais intensos que alguma vez encontramos no oceano Índico.

É nesse gradiente aquático apelativo que o hidroavião amara. Dez minutos depois, já connosco a bordo, regressa aos céus.

À medida que sobe, perfura grandes nuvens brancas e, logo nos devolve a vista límpida dos sucessivos atóis coralíferos. Vários deles estão ocupados por resorts.

Alguns, acolhem pequenas povoações das Maldivas profundas.

Ainda estamos a minutos do destino final quando vislumbramos a capital.

A Visão Inverosímil da Grande Cidade das Maldivas

Aproximamo-nos. O seu casario com 6 km2, até então difuso, revela-se paralelepipédico, salpicado de prédios garridos.

MAL(E)divas

Polui a paisagem uma sequência de gruas e as estruturas embrionárias da ponte que ligará Malé à ilha vizinha de Hulhule, como seria de esperar, erguida pela China.

Amaramos ao largo dessa mesma ilha. Volvidos cinco minutos, entregam-nos a bagagem no lounge do resort. Atravessamos do aeroporto para a pequena doca ao lado e enfiamo-nos num ferry de fundo arredondado. O barco zarpa repleto de trabalhadores do aeroporto que, chegada a hora de almoço, vão até à cidade.

Outros passageiros são maldivanos acabados de chegar do estrangeiro ou de partes distintas das Maldivas. Os homens com mais idade e tradicionalistas cobrem o cimo das cabeças com distintas taqiyahs.

As mulheres, usam hijabs caídos sobre as costas e o tronco. Muitas, tomam conta dos seus rebentos pouco ou nada reguilas.

A embarcação aproxima-se do domínio urbano que havíamos avistado dos céus. Entra num molhe que o protege dos maus mares e atraca diante da linha avançada de prédios.

Não tardamos a subir para a a Boduthakurufaanu Magu, a rua marginal envolvente da ilha.

Jumhooree Maidhaan: o Fulcro Político das Maldivas

No cimo do molhe, apercebemo-nos da proximidade da Praça da República precedida pelo embarcadouro presidencial Izzudheen Faalan, com a sua arquitectura clonada da Ópera de Sydney.

Confirma a praça a bandeira esvoaçante da nação, com o seu crescente islâmico centrado num rectângulo verde contido por um segundo, vermelho.

É aqui que se concentram as frequentes manifestações anti-governamentais, algumas delas mais extremadas, como as de 2003, 2004 e 2005 que descambaram em revoltas brutalmente controladas.

Desde as eleições e a transição pacífica para o multipartidarismo de 2005, que a situação se tem, todavia, mantido tranquila.

A essa hora, no extremo oposto desta área que os nativos tratam de Jumhooree Maidhaan, a Musical Fountain está seca e silenciosa.

No âmago das Maldivas

Aos poucos, mais e mais homens se aglomeram na praça.

Chegam das embarcações ao largo e sobre incontáveis motoretas que estacionaram nas imediações.

Curiosos com o que estaria a gerar tal migração, metemo-nos por uma ruela arborizada perpendicular ao mar.

Não tardamos a dar com o Centro Islâmico da cidade e com a sua Grand Friday Mosque, a maior mesquita da nação, coroada por cúpulas douradas que, vistas do mar, se projectam acima das copas verdejantes do arvoredo.

A Azáfama Islâmica em redor da Grand Friday Mosque

O muezzin entoa o seu adhan, o chamamento magnético de fé. Os devotos aglomeram-se dentro e em redor do templo sobrelotado. Quando damos por nós, somos intrusos da oração.

De início atrapalhados, depressa percebemos que ninguém contesta a presença infiel e mal trajada dos forasteiros.

No centro da fé

Encostamo-nos a um muro. Acompanhamos e fotografamos o decorrer da cerimónia. Só um ou outro crente se preocupam em verificar o que fazemos e nos espreita após a sua mais pronunciada prostração sujud.

Terminada a oração, enrolam os pequenos tapetes da reza, recupera os seus chinelos e desmobiliza. Durante um bom tempo, homens e só homens descem a escadaria de mármore da mesquita.

Alguns ficam a conviver antes de voltarem aos afazeres. Nenhum nos aborda. Além de uma ténue intriga pela nossa inesperada presença, ninguém se mostra sequer incomodado.

Pelo menos para connosco, o âmago maldivano de Malé que receávamos hermético e rígido, revela-se paciente e tolerante.

Aproveitamos o surpreendente à vontade e desvendamo-lo o mais que podemos, até a exaustão.

Ahmed & Ahmed

À Deriva pela Intrincada Malé

Regressamos à avenida marginal. Contornamos o mercado ainda a meio gás devido à pausa para a oração e chegamos à doca piscatória.

Ali, uma frota folclórica de barcos com conveses rasos, serve de base para incontáveis caixas e contentores plásticos, como para a vida de quase tantos pescadores.

Predominam os bangladeshianos, a força de trabalho preferida dos maldivanos com posses e negócios que lhes delegam, a baixo custo, os afazeres mais ingratos.

Alguns pescadores, tinham acabado de chegar do mar. Entregavam-se a duches remediados irrigados a balde. Já prontos para o descanso, outros, saltitavam de barco em barco, ansiosos por sentir a firmeza da terra a liberdade e o merecido ócio.

Entretanto, a azáfama habitual regressa ao mercado. Banca atrás de banca, repetem-se os empregados também do Bangladesh e as frutas tropicais de lá provenientes, vegetais, especiarias, entre uma panóplia de víveres que alimentam a capital.

Desviamos uma vez mais para o interior, por ruelas pavimentadas com bloquinhos de cimento, estreitadas por filas intermináveis de motoretas parqueadas e disputadas, metro a metro, por muitas em movimento.

Rua de Malé

Nas lojas mais próximas da Praça da República, abundam o artesanato e as recordações. Angariadores profissionais tudo fazem para atrair os turistas aos seus covis do lucro.

Mal dali nos afastamos, os negócios maldivanos contam só com os seus compatriotas. As Maldivas pouco ou nada produzem.

Uma Miríade de Lojas e de Estranhos Negócios

Proliferam, assim, estranhos distribuidores de tudo um pouco, de bombas e motores para embarcações a amaciadores e detergentes, todos eles com montras carentes de bons vitrinistas.

Avançamos para leste pela rua Medhuziyaarai Magu, via que provem do Islamic Center e da sua Grand Friday Mosque. Não será coincidência esta mesquita nos conduza à que a antecedeu no tempo, a Old Friday Mosque.

Se a primeira se tornou a recordista maldivana em dimensão, esta última é a mais antiga da nação.

Foi erguida em 1656, em pedra coral e madeira que artesãos prodigiosos esculpiram para assim a dotarem de uma decoração intrincada repleta de motivos e escritos corânicos.

Um longo painel trabalhado no século XIII e mais importante que os demais, celebra a introdução do Islão nas Maldivas.

Old Friday Mosque e palácio Muleaage & Medhu Ziyaarath

Espreitamos a Old Friday Mosque e o velho cemitério contíguo mesmo antes de sermos avisados que só o podíamos fazer com um guia e, alegadamente, após autorização do Ministério dos Assuntos Islâmicos.

Sem surpresa, quem nos informa dessa exigência é um guia.

Um edifício azul e branco insinuante, antecedido por portões ainda mais coloridos impõe-se diante da velha mesquita. Na origem, este que é o palácio Muleaage & Medhu Ziyaarath foi erguido no início do século XX para acolher o derradeiro sultão reinante das Maldivas, deposto mesmo antes de se mudar.

Durante 40 anos, os departamentos governamentais ocuparam os edifícios. Em 1953, após a implantação da Primeira República, tornou-se residência presidencial. Até 1994, quando um tal de Presidente Gayoom decidiu mudar-se para uma nova residência oficial.

Dentro do complexo, está ainda o túmulo de Abu Al Barakaath, o homem que, em 1153, levou o Islão até Malé e fez das Maldivas um arquipélago de Alá, tradicionalista, mas não tanto como isso.

À porta do Islão

A Inesperada Fotogenia das Mulheres de Malé

De regresso às ruas, cruzamo-nos com mulheres – familiares ou amigas – cada qual com o hijab da cor mais adequada à sua condição ou à preferência do dia.

Sejam quais forem as razões – mas demasiadas vezes por pressão religiosa – é frequente as mulheres muçulmanas terem receio de ser fotografadas.

Em Malé, como nos acontecera já na pequena cidade de Maamigili do South Ari atol, a maior parte das senhoras que abordamos reage com reticência, ao que se seguem quase sempre posturas de dignidade, autoconfiança e de ainda mais paciência e benevolência.

Moda

Decidimos esticar a corda.

Passa por nós uma mãe vestida com um longo niqab negro, acompanhada por quatro crianças.

Em jeito de brincadeira inocente e por relação ao imaginário da personagem esquiva e sombria dos livros do patinhas que o rato Mickey combatia, habituámo-nos a chamar Manchas Negras às senhoras metidas nestes trajes.

Beyvafa

Piada puxa piada, mesmo conscientes que pertenciam a famílias seguidoras do islamismo salafista ou wahabita mais ortodoxo, não nos intimidamos e metemos conversa.

Aproveitamos a embalagem e pedimos para lhe tirar uma foto. Tal como esperávamos, a senhora responde que só às crianças.

Puxamos pela ficção. Dizemos-lhe que precisamos de imagens de maldivanos em distintas vestes.

Também a lembramos que só lhe conseguimos ver os olhos e que não temos como a identificar. “Pronto, vá lá, vamos a isso.” cede para nosso alívio. “Primeiro, todos juntos. Aproveitem e tirem-me só a mim. Mas, por favor, despachem-se!”

Seguimos as instruções à risca, com excepção para o tempo que fazemos arrastar. A senhora dá o caso por perdido. Assume o atraso e retoma a conversa. “Mas, afinal, vocês são de onde? De Portugal?

Ai que o meu filho é louco pelo Cristiano Ronaldo! Agora peço-vos eu para tirarem umas com ele!”

A Vida de Fim de Dia de Malé

Aos poucos, tínhamos chegado às imediações do limite leste da ilha. Em vez de ruelas, percorríamos agora ruas mais desafogadas onde a vida nos parecia orgânica e familiar como nunca.

Entramos num pequeno jardim-parque.

Alguns pais conversam e repousam sentados em bancos de rede, contra um mural que ilustra a insularidade da nação enquanto os seus miúdos correm e gritam para cá e para lá.

Life...hope

No estádio Rasmee Dhandu Stadium próximo – provavelmente o único da ilha de Malé – acompanhamos os últimos minutos de uma tal de President Cup.

Assistem ao encontro por umas centenas de espectadores, todos homens, todos sentados numa bancada que, em vez dos tradicionais banquinhos em L, é composta de cadeiras plásticas altas.

Futebol de cadeira

A partida termina 2-1. Com o soar do apito final, a pequena multidão debanda. Logo após, a luz solar segue-lhe o exemplo.

Tínhamos um avião para apanhar daí a umas horas pelo que, aos poucos, regressamos à Praça da República e ao ferry para o aeroporto.

Pelo caminho, uma chuvada torrencial obriga-nos a tomar refúgio num restaurante.

Lá devoramos nans e lassis. Nunca nos ocorrera que a vida da desdenhada Malé, tivesse, afinal, tanto sabor.

Mais informações sobre as Maldivas em Visit Maldives

Zanzibar, Tanzânia

As Ilhas Africanas das Especiarias

Vasco da Gama abriu o Índico ao império luso. No século XVIII, o arquipélago de Zanzibar tornou-se o maior produtor de cravinho e as especiarias disponíveis diversificaram-se, tal como os povos que as disputaram.
Morondava, Avenida dos Baobás, Madagáscar

O Caminho Malgaxe para o Deslumbre

Saída do nada, uma colónia de embondeiros com 30 metros de altura e 800 anos ladeia uma secção da estrada argilosa e ocre paralela ao Canal de Moçambique e ao litoral piscatório de Morondava. Os nativos consideram estas árvores colossais as mães da sua floresta. Os viajantes veneram-nas como uma espécie de corredor iniciático.
Galle, Sri Lanka

Nem Além, Nem Aquém da Lendária Taprobana

Camões eternizou o Ceilão como um marco indelével das Descobertas onde Galle foi das primeiras fortalezas que os portugueses controlaram e cederam. Passaram-se cinco séculos e o Ceilão deu lugar ao Sri Lanka. Galle resiste e continua a seduzir exploradores dos quatro cantos da Terra.
La Digue, Seicheles

Monumental Granito Tropical

Praias escondidas por selva luxuriante, feitas de areia coralífera banhada por um mar turquesa-esmeralda são tudo menos raras no oceano Índico. La Digue recriou-se. Em redor do seu litoral, brotam rochedos massivos que a erosão esculpiu como uma homenagem excêntrica e sólida do tempo à Natureza.
Maldivas

Cruzeiro pelas Maldivas, entre Ilhas e Atóis

Trazido de Fiji para navegar nas Maldivas, o Princess Yasawa adaptou-se bem aos novos mares. Por norma, bastam um ou dois dias de itinerário, para a genuinidade e o deleite da vida a bordo virem à tona.
Cilaos, Reunião

Refúgio sob o tecto do Índico

Cilaos surge numa das velhas caldeiras verdejantes da ilha de Reunião. Foi inicialmente habitada por escravos foragidos que acreditavam ficar a salvo naquele fim do mundo. Uma vez tornada acessível, nem a localização remota da cratera impediu o abrigo de uma vila hoje peculiar e adulada.
Maurícias

Uma Míni Índia nos Fundos do Índico

No século XIX, franceses e britânicos disputaram um arquipélago a leste de Madagáscar antes descoberto pelos portugueses. Os britânicos triunfaram, re-colonizaram as ilhas com cortadores de cana-de-açúcar do subcontinente e ambos admitiram a língua, lei e modos francófonos precedentes. Desta mixagem, surgiu a exótica Maurícia.

Praslin, Seychelles

 

O Éden dos Enigmáticos Cocos-do-Mar

Durante séculos, os marinheiros árabes e europeus acreditaram que a maior semente do mundo, que encontravam nos litorais do Índico com forma de quadris voluptuosos de mulher, provinha de uma árvore mítica no fundo dos oceanos.  A ilha sensual que sempre os gerou deixou-nos extasiados.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Parque Nacional Gorongosa, Moçambique, Vida Selvagem, leões
Safari
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Thorong La, Circuito Annapurna, Nepal, foto para a posteridade
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 13º - High Camp a Thorong La a Muktinath, Nepal

No Auge do Circuito dos Annapurnas

Aos 5416m de altitude, o desfiladeiro de Thorong La é o grande desafio e o principal causador de ansiedade do itinerário. Depois de, em Outubro de 2014, ter vitimado 29 montanhistas, cruzá-lo em segurança gera um alívio digno de dupla celebração.
Sombra vs Luz
Arquitectura & Design
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Alturas Tibetanas, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Aventura

Mal de Altitude: não é mau. É péssimo!

Em viagem, acontece vermo-nos confrontados com a falta de tempo para explorar um lugar tão imperdível como elevado. Ditam a medicina e as experiências prévias com o Mal de Altitude que não devemos arriscar subir à pressa.
Parada e Pompa
Cerimónias e Festividades
São Petersburgo, Rússia

A Rússia Vai Contra a Maré. Siga a Marinha

A Rússia dedica o último Domingo de Julho às suas forças navais. Nesse dia, uma multidão visita grandes embarcações ancoradas no rio Neva enquanto marinheiros afogados em álcool se apoderam da cidade.
Baleias caçada com Bolhas, Juneau a Pequena Capital do Grande alasca
Cidades
Juneau, Alasca

A Pequena Capital do Grande Alasca

De Junho a Agosto, Juneau desaparece por detrás dos navios de cruzeiro que atracam na sua doca-marginal. Ainda assim, é nesta pequena capital que se decidem os destinos do 49º estado norte-americano.
Comida
Mercados

Uma Economia de Mercado

A lei da oferta e da procura dita a sua proliferação. Genéricos ou específicos, cobertos ou a céu aberto, estes espaços dedicados à compra, à venda e à troca são expressões de vida e saúde financeira.
Ilha do Norte, Nova Zelândia, Maori, Tempo de surf
Cultura
Ilha do Norte, Nova Zelândia

Viagem pelo Caminho da Maoridade

A Nova Zelândia é um dos países em que descendentes de colonos e nativos mais se respeitam. Ao explorarmos a sua lha do Norte, inteirámo-nos do amadurecimento interétnico desta nação tão da Commonwealth como maori e polinésia.
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
Desporto
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
Namibe, Angola, Gruta, Parque Iona
Em Viagem
Namibe, Angola

Incursão ao Namibe Angolano

À descoberta do sul de Angola, deixamos Moçâmedes para o interior da província desértica. Ao longo de milhares de quilómetros sobre terra e areia, a rudeza dos cenários só reforça o assombro da sua vastidão.
Maksim, povo Sami, Inari, Finlandia-2
Étnico
Inari, Finlândia

Os Guardiães da Europa Boreal

Há muito discriminado pelos colonos escandinavos, finlandeses e russos, o povo Sami recupera a sua autonomia e orgulha-se da sua nacionalidade.
luz solar fotografia, sol, luzes
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
Parque Nacional Amboseli, Monte Kilimanjaro, colina Normatior
História
PN Amboseli, Quénia

Uma Dádiva do Kilimanjaro

O primeiro europeu a aventurar-se nestas paragens masai ficou estupefacto com o que encontrou. E ainda hoje grandes manadas de elefantes e de outros herbívoros vagueiam ao sabor do pasto irrigado pela neve da maior montanha africana.
Champagne Beach, Espiritu Santo, Vanuatu
Ilhas
Espiritu Santo, Vanuatu

Divina Melanésia

Pedro Fernandes de Queirós pensava ter descoberto a Terra Australis. A colónia que propôs nunca se chegou a concretizar. Hoje, Espiritu Santo, a maior ilha de Vanuatu, é uma espécie de Éden.
Geotermia, Calor da Islândia, Terra do Gelo, Geotérmico, Lagoa Azul
Inverno Branco
Islândia

O Aconchego Geotérmico da Ilha do Gelo

A maior parte dos visitantes valoriza os cenários vulcânicos da Islândia pela sua beleza. Os islandeses também deles retiram calor e energia cruciais para a vida que levam às portas do Árctico.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Literatura
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
Camiguin, Filipinas, manguezal de Katungan.
Natureza
Camiguin, Filipinas

Uma Ilha de Fogo Rendida à Água

Com mais de vinte cones acima dos 100 metros, a abrupta e luxuriante, Camiguin tem a maior concentração de vulcões que qualquer outra das 7641 ilhas filipinas ou do planeta. Mas, nos últimos tempos, nem o facto de um destes vulcões estar activo tem perturbado a paz da sua vida rural, piscatória e, para gáudio dos forasteiros, fortemente balnear.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Rebanho em Manang, Circuito Annapurna, Nepal
Parques Naturais
Circuito Annapurna: 8º Manang, Nepal

Manang: a Derradeira Aclimatização em Civilização

Seis dias após a partida de Besisahar chegamos por fim a Manang (3519m). Situada no sopé das montanhas Annapurna III e Gangapurna, Manang é a civilização que mima e prepara os caminhantes para a travessia sempre temida do desfiladeiro de Thorong La (5416 m).
Rinoceronte, PN Kaziranga, Assam, Índia
Património Mundial UNESCO
PN Kaziranga, Índia

O Baluarte dos Monocerontes Indianos

Situado no estado de Assam, a sul do grande rio Bramaputra, o PN Kaziranga ocupa uma vasta área de pântano aluvial. Lá se concentram dois terços dos rhinocerus unicornis do mundo, entre em redor de 100 tigres, 1200 elefantes e muitos outros animais. Pressionado pela proximidade humana e pela inevitável caça furtiva, este parque precioso só não se tem conseguido proteger das cheias hiperbólicas das monções e de algumas polémicas.
Personagens
Sósias, actores e figurantes

Estrelas do Faz de Conta

Protagonizam eventos ou são empresários de rua. Encarnam personagens incontornáveis, representam classes sociais ou épocas. Mesmo a milhas de Hollywood, sem eles, o Mundo seria mais aborrecido.
Jabula Beach, Kwazulu Natal, Africa do Sul
Praias
Santa Lucia, África do Sul

Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
Mtshketa, Cidade Santa da Geórgia, Cáucaso, Catedral de Svetitskhoveli
Religião
Mtskheta, Geórgia

A Cidade Santa da Geórgia

Se Tbilissi é a capital contemporânea, Mtskheta foi a cidade que oficializou o Cristianismo no reino da Ibéria predecessor da Geórgia, e uma das que difundiu a religião pelo Cáucaso. Quem a visita, constata como, decorridos quase dois milénios, é o Cristianismo que lá rege a vida.
white pass yukon train, Skagway, Rota do ouro, Alasca, EUA
Sobre Carris
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
Sociedade
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Amaragem, Vida à Moda Alasca, Talkeetna
Vida Quotidiana
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Vista aérea das quedas de água de Malolotja.
Vida Selvagem
Reserva Natural de Malolotja, eSwatini

Malolotja: o Rio, as quedas d’água e a Reserva Natural Grandiosa

Meros 32km a nordeste da capital Mbabane, sobre a fronteira com a África do Sul, ascendemos a terras altas, rugosas e vistosas de eSwatini. Por lá flui o rio Malolotja e se despenham as cascatas homónimas, as mais altas do Reino. Manadas de zebras e de antílopes percorrem os pastos e florestas em redor, numa das reservas com maior biodiversidade do sul de África.  
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.