Reserva Natural de Malolotja, eSwatini

Malolotja: o Rio, as quedas d’água e a Reserva Natural Grandiosa


Rochas Ancestrais
Concentração de rochas com milhares de milhões de anos
Outeiros
Vista das colinas que antecedem a montanhas de Ngwenya
Uma Vista Apaixonante
Visitantes no banco panorâmico de Malolotja.
Botemboques
Trio de botenboques de olho nos visitantes da reserva
Uma obra de Arte lítica
Rochas com milhares de milhões de anos, despontam dos prados de Malolotja
Crentes de Jericó
Crentes da igreja de Jericó, nos seus uniformes coloridos
Manada de bonteboques
Manada de bonteboques, o antílope predominante da reserva.
Lírios-tocha
Uma das plantas exuberantes da Reserva, o lírio-tocha
Arte Litica II
Árvore desponta de uma formação rochosa
Caminhantes à vista
Caminhantes sul-africanos na subida que leva às quedas d'água de Malolotja.
No caminho certo
Indicador de um dos muitos trilhos que sulcam a Reserva de Malolotja
Queda d’Água de Malolotja
Vislumbre das quedas d'água de Malolotja.
Vista aérea da queda d’água
Vista aérea das quedas de água de Malolotja.
Elandes II
Manada de elandes junto ao limiar sul da reserva de Malolotja
Elandes
Elandes alinhados ao longo de uma encosta suave.
Javalis-Africanos em Alerta
Fachocheros sobre a estrada da reserva
Morro Polvilhado
Morro pejado de rochas ancestrais
Trio Riscado
Trio de zebras, que têm como predadores, em Malolotja, apenas os leopardos
Lírio Candelabro
Outra planta vistosa, o lírio-candelabro
Rochas Ancestrais
Concentração de rochas com milhares de milhões de anos
Outeiros
Vista das colinas que antecedem a montanhas de Ngwenya
Uma Vista Apaixonante
Visitantes no banco panorâmico de Malolotja.
Botemboques
Trio de botenboques de olho nos visitantes da reserva
Meros 32km a nordeste da capital Mbabane, sobre a fronteira com a África do Sul, ascendemos a terras altas, rugosas e vistosas de eSwatini. Por lá flui o rio Malolotja e se despenham as cascatas homónimas, as mais altas do Reino. Manadas de zebras e de antílopes percorrem os pastos e florestas em redor, numa das reservas com maior biodiversidade do sul de África.  

Estamos num Domingo do início de Março.

No caminho entre um entroncamento acima de Mbabane e a zona de Ngwenya voltamos a cruzar-nos com crentes de uma das fés coloridas da velha Suazilândia. São eles Dino Dlamini, Mpendulo Masuku e Muzi Mahluza.

Trajam túnicas amarela, vermelha e verde, na sua ordem, fitas nas testas, correntes e fios nos pescoços.

Integram a igreja Sião de Jericó. Dizem-nos que partilham uma crença animista, num Deus que emana da água, do vento, dos elementos, dos seres à face da Terra.

Crentes da igreja de Jericó, nos seus uniformes coloridos

Crentes da igreja de Jericó, nos seus uniformes coloridos

Contamos-lhes que estamos a caminho de Malolotja. Afiançam-nos, quase em uníssono, que esse era, ele próprio, um Éden da Suazilândia, como o é o do Vale de Ezulwini, que nos iria deslumbrar.

Chegamos a Nduma.

De Nduma à Entrada da Reserva Natural de Malolotja

A estrada que percorríamos seguia para Ngwenya, a povoação. Daí, para a fronteira com a África do Sul homónima. Nós, deixamo-la, apontados a norte, por vales ervados, salpicados de árvores e de casas, por norma, vivendas de campo alvas.

A via encosta-se às vertentes sul do maciço de Ngwenya (1862m), a segunda elevação do país, que os suazis tratam por Inkangala, o seu termo para um lugar frio, desprovido de árvores, o equivalente ao highveld dos vizinhos bóeres sul-africanos.

As edificações diminuem a olhos vistos. Subimos para uma crista com vista desafogada. A recepção da Reserva Natural de Malolotja está por ali, com a companhia de um clássico tractor John Deere.

Registamo-nos num caderno de entradas e saídas amplo.

Cumpridas as formalidades, avançamos, ainda de carro, conduzidos por um motorista que se faz acompanhar da namorada, por uma via que sulcava o solo ervado.

Aos poucos, desvendamos parte do que tornava Malolotja especial.

Rochas com milhares de milhões de anos, despontam dos prados de Malolotja

Rochas com milhares de milhões de anos, despontam dos prados de Malolotja

Outeiros Ervados e Rochas Ancestrais pontiagudas: os cenários contrastantes de Malolotja

A via progride entre formações de grandes calhaus acinzentados, quase prateados, alguns, destacados contra o céu azul-claro tingido por nuvens brancas.

Umas poucas árvores entre as rochas quase quebram o protagonismo lítico.

Num verde bem mais denso que o do prado de que despontam.

Árvore desponta de uma formação rochosa

Árvore desponta de uma formação rochosa

Ficam-se pelo quase.

Apesar de naturais, as rochas de xisto e quartzito surgem em formas e configurações que aparentam obras de arte divinais. Afiançam as autoridades do parque que são das mais antigas à face e sob a superfície da Terra.

Integram um denominado supergrupo da Suazilândia e estima-se que tiveram origem, há mais de 3.5 mil milhões de anos, em sedimento oceânico compactado pela pressão e calor gerados por movimentos tectónicos intensos.

Vemo-las sucederem-se ao longo de outeiros que ondulam nos cerca de 18 mil hectares de parque nacional. Só por si, provavam-se um motivo de admiração.

Trio de zebras, que têm como predadores, em Malolotja, apenas os leopardos

Trio de zebras, que têm como predadores, em Malolotja, apenas os leopardos

Manadas de Zebras, Distintos Antílopes e Outros Animais

E, no entanto, ao longo dos outeiros, entre as formações rochosas, pastavam sucessivas manadas de distintos herbívoros de grande porte, sobretudo antílopes, habituados às incursões humanas no seu território, menos fugidios que o que seria expectável.

À medida que avançamos, dezenas de zebras pouco ou nada apreensivas desocupam a via e dão-nos passagem.

Trio de botenboques de olho nos visitantes da reserva

Trio de botenboques de olho nos visitantes da reserva

Bonteboques e topis observam-nos os movimentos, a maior distância, com os seus focinhos brancos a sarapintarem a imensidão do prado.

Adiante, uma família de javalis-africanos que escava raízes do solo retira-se da trajectória que seguíamos, na senda da cauda de uma matriarca.

De olho bem aberto para a eventualidade de algum dos seus predadores do parque, leia-se leopardos, os almejarem.

Fachocheros sobre a estrada da reserva

Fachocheros sobre a estrada da reserva

Os restantes, os chacais e os cervais não chegam a representar uma ameaça. Muito menos os protelos ou lobos-da-terra que se alimentam de enormes quantidades de térmitas.

Malolotja: De Propriedade Privada a Reserva Natural e Parque Nacional

Há meio século atrás, tais animais eram raros nestes confins da Suazilândia. Por volta de 1970, a maior parte da área desta reserva mantinha-se propriedade privada. Servia para criação de gado.

Aqui e ali, acolhia umas poucas plantações.

Mais tarde, a Swaziland National Trust Comission concluiu o desperdício ambiental e turístico que aquele uso representava, até porque o solo da zona, além de avermelhado, é fortemente acídico.

Os camponeses que lá se haviam instalado pouco ou nada dele produziam. De acordo, as autoridades mudaram-nos para terras adjacentes mais férteis.

Manada de bonteboques, o antílope predominante da reserva.

Manada de bonteboques, o antílope predominante da reserva.

Aquelas em redor do rio Malolotja foram declaradas protegidas, como a sua flora e a fauna, recuperada com a reintrodução de dezenas de espécies ali proeminentes antes de a caça excessiva quase os ter erradicado.

Para baixo, sobre esse mesmo solo acídico, as rochas multiplicam-se.

Concentração de rochas com milhares de milhões de anos

Concentração de rochas com milhares de milhões de anos

Tornam-se mais pontiagudas, apontam uma mesma direcção.

A estrada do parque volta a subir, num ocre de terra batida, em vez do sulco ervado anterior.

Morro pejado de rochas ancestrais

Morro pejado de rochas ancestrais

Aproxima-se de uma colina sobranceira, de um verde polvilhado por incontáveis pedras e rochas.

Algumas plantas que despontam do prado, contribuem para colorir a paisagem.

Aqui e ali, sobressaem lírios-tocha com espigas que evoluem, de baixo a cima, de um verde pálido até um cor-de-laranja denso.

Uma das plantas exuberantes da Reserva, o lírio-tocha

Uma das plantas exuberantes da Reserva, o lírio-tocha

Disputam a exuberância, lírios-candelabro volumosos, de um cor-de-rosa escuro de que desabrocham flores de um mesmo tom resplandecente.

Detectamo-las em abundância. Outras existem, na vastidão circundante, numa relativa sobriedade: orquídeas, capins, cicadáceas e afins.

Em redor, mais interessados na comum erva, damos com manadas concorrentes das já descritas.

De elandes comuns, uma das maiores espécies de antílopes, suplantados apenas pela sua subespécie elande-gigante, de gnus e de uns poucos changos.

Elandes alinhados ao longo de uma encosta suave.

Elandes alinhados ao longo de uma encosta suave.

Em Busca do Trilho que Leva ao Rio

Passamos para lá do outeiro pedregoso. Renovam-se as vistas, feitas, agora, de vertentes imediatas que descem para um vale profundo e, do lado de lá, de verdadeiras montanhas subsumidas na névoa gerada pelo calor estival.

Progredimos um pouco mais nesse declive.

O condutor detém-nos numa área de estacionamento, junto a um banco panorâmico que se tornou atributo fotográfico e instagrâmico.

Indicador de um dos muitos trilhos que sulcam a Reserva de Malolotja

Indicador de um dos muitos trilhos que sulcam a Reserva de Malolotja

Indica-nos o início do trilho que nos tínhamos proposto percorrer, dissimulado pelo declive.

Cerca de 200km de trilhos ziguezagueiam na Reserva de Malolotja. Íamos seguir os que descem às funduras do rio e cascatas epónimas.

O Rio Malolotja, o Afluente Epónimo da Reserva

Abaixo, fluía o rio Malolotja, um dos maiores afluentes do Komati, este, um rio principal e internacional que nasce em Mpumalanga, África do Sul.

Cruza eSwatini e o sul de Moçambique, até que desagua no oceano Índico, no norte da Baía de Maputo.

Vista das colinas que antecedem a montanhas de Ngwenya

Vista das colinas que antecedem a montanhas de Ngwenya

O trilho apontava-nos ao afluente Malolotja. Descia, aos “esses” por uma vegetação que aumentava quando nos aproximávamos de vértices irrigados pelas chuvas, mais frequentes de Dezembro a Abril.

Nestes meses estivais em que cai como parte de tempestades fulminantes de fim de tarde e noite.

Do quase fundo de uma encosta, subimos para nova crista, já num modo ofegante que o calor abrasivo e húmido da manhã tornava inevitável. Esse cimo intermédio concede-nos vista sobre o norte e o sul atrás.

E as Quedas d’Água Furtivas de Malolotja

A norte, a vegetação elevada e umas poucas árvores em equilíbrio barravam-nos a visão de parte da ravina. Descemos até as deixarmos para trás.

Por fim, percebemos fios de água branca que deslizavam sobre um leito de rocha. A determinada altura da sua viagem, precipitavam-se sobre a sombra.

Vislumbre das quedas d'água de Malolotja.

Vislumbre das quedas d’água de Malolotja.

Descemos um pouco mais.

Até que conquistamos uma perspectiva quase integral das cascatas de Malolotja, as mais altas de eSwatini, com 89 metros.

E com o seu quê de monumentalidade, mesmo se ínfimas, nas profundezas das montanhas majestosas de Ngwenya.

Vista aérea das quedas de água de Malolotja.

Vista aérea das quedas de água de Malolotja.

Já algo batidos pelo calor de forno, exaustos, até algo desidratados, obrigamo-nos a sucessivas pausas forçadas.

Numa delas passam por nós caminhantes sul-africanos, já em apuros com o calor, e ainda só estavam na ida.

Caminhantes sul-africanos na subida que leva às quedas d'água de Malolotja.

Caminhantes sul-africanos na subida que leva às quedas d’água de Malolotja.

Regressamos, exaustos, ao ponto de partida.

Encontramos o motorista e a namorada sentados no banco panorâmico, abraçados.

Visitantes no banco panorâmico de Malolotja.

Visitantes no banco panorâmico de Malolotja.

Cinco quilómetros mais dolorosos do que contávamos, quase quatro horas depois, podíamos orgulhar-nos de ter desbravado o âmago da Reserva de Malolotja.

Diminuto como o é o Reino de eSwatini, tínhamos vinte dias por diante. Muitas mais reservas e parques naturais por explorar.

 

Como Ir

Voe para Mbabane via Maputo, com a TAP Air Portugal: flytap.com/ e a FlyAirlink.

Onde Ficar

Forresters Arms Hotel: forestersarms.co.za/; Tel.: +268 2467 4177

Mais informação:

www.thekingdomofeswatini.com

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Até ao século XVI, os nativos da Ilha da Páscoa esculpiram e idolatraram enormes deuses de pedra. De um momento para o outro, começaram a derrubar os seus moais. Sucedeu-se a veneração de tangatu manu, um líder meio humano meio sagrado, decretado após uma competição dramática pela conquista de um ovo.
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El Tatio, Chile

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Em 1870, um conde nascido em Grenoble a caminho de um exílio brasileiro, fez escala em Cabo Verde onde as beldades nativas o prenderam à ilha do Fogo. Dois dos seus filhos instalaram-se em plena cratera do vulcão e lá continuaram a criar descendência. Nem a destruição causada pelas recentes erupções demove os prolíficos Montrond do “condado” que fundaram na Chã das Caldeiras.    
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Do Castro de Laboreiro à Raia da Serra Peneda - Gerês

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Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
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A meio do século passado, a caça excessiva extinguia boa parte da fauna do reino da Suazilândia. Ted Reilly, filho do colono pioneiro proprietário de Mlilwane entrou em acção. Em 1961, lá criou a primeira área protegida dos Big Game Parks que mais tarde fundou. Também conservou o termo suazi para os pequenos fogos que os relâmpagos há muito geram.
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Inari, Finlândia

Os Guardiães da Europa Boreal

Há muito discriminado pelos colonos escandinavos, finlandeses e russos, o povo Sami recupera a sua autonomia e orgulha-se da sua nacionalidade.
Baie d'Oro, Île des Pins, Nova Caledonia
Literatura
Île-des-Pins, Nova Caledónia

A Ilha que se Encostou ao Paraíso

Em 1964, Katsura Morimura deliciou o Japão com um romance-turquesa passado em Ouvéa. Mas a vizinha Île-des-Pins apoderou-se do título "A Ilha mais próxima do Paraíso" e extasia os seus visitantes.
Cruzeiro Celestyal Crystal, Santorini, Grécia
Natureza
Nea Kameni, Santorini, Grécia

O Cerne Vulcânico de Santorini

Tinham decorrido cerca de três milénios desde a erupção minóica que desintegrou a maior ilha-vulcão do Egeu. Os habitantes do cimo das falésias observaram terra emergir no centro da caldeira inundada. Nascia Nea Kameni, o coração fumegante de Santorini.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
República Dominicana, Praia Bahia de Las Águilas, Pedernales. Parque Nacional Jaragua, Praia
Parques Naturais
Laguna Oviedo a Bahia de las Águilas, República Dominicana

Em Busca da Praia Dominicana Imaculada

Contra todas as probabilidades, um dos litorais dominicanos mais intocados também é dos mais remotos. À descoberta da província de Pedernales, deslumbramo-nos com o semi-desértico Parque Nacional Jaragua e com a pureza caribenha da Bahia de las Águilas.
Casal de visita a Mikhaylovskoe, povoação em que o escritor Alexander Pushkin tinha casa
Património Mundial UNESCO
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
Em quimono de elevador, Osaka, Japão
Personagens
Osaka, Japão

Na Companhia de Mayu

A noite japonesa é um negócio bilionário e multifacetado. Em Osaka, acolhe-nos uma anfitriã de couchsurfing enigmática, algures entre a gueixa e a acompanhante de luxo.
Praias
Gizo, Ilhas Salomão

Gala dos Pequenos Cantores de Saeraghi

Em Gizo, ainda são bem visíveis os estragos provocados pelo tsunami que assolou as ilhas Salomão. No litoral de Saeraghi, a felicidade balnear das crianças contrasta com a sua herança de desolação.
Sombra vs Luz
Religião
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Sobre Carris
Sobre Carris

Viagens de Comboio: O Melhor do Mundo Sobre Carris

Nenhuma forma de viajar é tão repetitiva e enriquecedora como seguir sobre carris. Suba a bordo destas carruagens e composições díspares e aprecie os melhores cenários do Mundo sobre Carris.
Mini-snorkeling
Sociedade
Ilhas Phi Phi, Tailândia

De regresso à Praia de Danny Boyle

Passaram 15 anos desde a estreia do clássico mochileiro baseado no romance de Alex Garland. O filme popularizou os lugares em que foi rodado. Pouco depois, alguns desapareceram temporária mas literalmente do mapa mas, hoje, a sua fama controversa permanece intacta.
manada, febre aftosa, carne fraca, colonia pellegrini, argentina
Vida Quotidiana
Colónia Pellegrini, Argentina

Quando a Carne é Fraca

É conhecido o sabor inconfundível da carne argentina. Mas esta riqueza é mais vulnerável do que se imagina. A ameaça da febre aftosa, em particular, mantém as autoridades e os produtores sobre brasas.
Hipopótamo exibe as presas, entre outros
Vida Selvagem
PN Mana Pools, Zimbabwé

O Zambeze no Cimo do Zimbabwé

Passada a época das chuvas, o minguar do grande rio na fronteira com a Zâmbia lega uma série de lagoas que hidratam a fauna durante a seca. O Parque Nacional Mana Pools denomina uma região fluviolacustre vasta, exuberante e disputada por incontáveis espécimes selvagens.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.