Bacolod, Filipinas

Um Festival para Rir da Tragédia


Tempo de MassKara
Coreografia garrida de um dos grupos participantes na competição de rua do MassKara.
A caminho
Jovens concorrentes a bordo de um jeepney, o veículo nacional das Filipinas.
Andro MassKara
Dois dos muitos dançarinos transgénero que, ano após ano, animam os festivais MassKara de Bacolod.
Em estilo veneziano
Máscara de um grupo interveniente. Em tempos artesanais, as máscaras acolheram influências do Carnaval de Veneza e até do Rio de Janeiro.
Dança & cor
Traje e máscara exuberante durante uma exibição do MassKara de rua.
Só um teste
Menina experimenta uma de muitas máscaras à venda durante o festival.
Um sério desmaio
Jovem participante do desfile de rua é assistido após entrar em convulsões devido ao calor e a humidade, ambos ainda mais elevados no interior das máscaras e fatos.
À espera
Mascaras e trajes de um dos barangays participantes da competição.
Outras Caras
Polícias motorizados tentam conter o entusiasmo do público que já havia afunilado o cortejo em demasia.
Lá no fundo
MassKarado em destaque no meio de uma trupe colorida de dançarinos felpudos.
Por volta de 1980, o valor do açúcar, uma importante fonte de riqueza da ilha filipina de Negros caia a pique e o ferry “Don Juan” que a servia afundou e tirou a vida a mais de 176 passageiros, grande parte negrenses. A comunidade local resolveu reagir à depressão gerada por estes dramas. Assim surgiu o MassKara, uma festa apostada em recuperar os sorrisos da população.

Chegam as duas e meia da tarde de um Domingo. Desde a aurora que o banho-turco usual da época das chuvas amornava e a atmosfera tropical se tornava mais opressiva. Não sabíamos porquê mas era àquela hora de estufa que o Festival MassKara, um dos mais recentes festivais das Filipinas estava para começar.

O MassKara tinha nascido do sofrimento. O sofrimento atravessava-o como em tantos outros rituais filipinos de purga espiritual. Bacolod, a capital secular de Negros permanecia no seu modo sedado. As ruas, por comparação com os dias de trabalho, quase desertas.Isto até que dobramos uma esquina e esbarramos com a bonança que antecedia a tempestade.

Um batalhão de MassKarados ocupa o asfalto. Cerca-o uma multidão de apoiantes familiares e amigos, de curiosos ávidos por se embrenharem nos bastidores expostos da parada. E por reforçarem a sua colecção de selfies.

Emulamos os movimentos errantes destes metediços. Avançamos rua fora, atentos às peculiaridades dos figurantes. Um elo comum, mais subtil do que poderíamos imaginar, chama-nos a atenção. Abundavam ali os ladyboys filipinos, os baklas como lhes chama a população, de forma algo pejorativa, participantes da comunidade transgénero local.

Dançarinos transgénero, festival Masskara, Bacolod, Filipinas

Dois dos muitos dançarinos transgénero que, ano após ano, animam os festivais MassKara de Bacolod.

A Bonança que Antecede a Tempestade

Enquanto caminhamos, perscrutamos os seus rostos andróginos e os corpos frágeis, moldados a preceitos femininos e o mais brancos que se conseguiam tornar. Em retorno, os visados contemplam as nossas objectivas com o olhar perdido entre a timidez e a sedução do protagonismo, beicinhos e sorrisos marotos, ajustes de ancas e outras poses de modelos de rua.

Durante todo este estranho preâmbulo, partilham uma óbvia boa-disposição conscientes de que, não tarda, se terão que submeter ao sufoco das suas máscaras e fatos.

O fim daquela rua passa-nos para uma bem mais larga, a Lizares. Bacolod encontrava-se ali em peso, dividida em duas frentes opostas por cordas esticadas que mantinham livre a passarela de asfalto.

Uma música com ritmo electrónico acelerado e convulso serve de separador a uma série de outras algo menos aflitas, cantadas em tagalog, o dialecto nacional filipino. Serve para compartimentar diferentes fases do desfile que, no entretanto, começara a umas dezenas de metros a montante de onde nos encontrávamos.

Festival MassKara, cidade de Bacolod, Filipinas

Coreografia garrida de um dos grupos participantes na competição de rua do MassKara.

Num ápice, sucessivas catadupas de dançarinos em distintos trajes excêntricos, garridos, felpudos ou de tantos outros tipos surgem a dançar estrada abaixo.

Orientam-nos um ou mais coreógrafos experientes de danças. Alguns, galardoados, são disputados. Ano após ano,  empenham-se em fazer os seus barangays (bairros), empresas ou escolas ganharem a competição de rua. De acordo, reagem furiosos, a cada interferência prejudicial do público ou dos fotógrafos.

Segundo Jesus Panoy Cabalcar: o Coreógrafo Rei do Festival MassKara

Segundo Jesus “Panoy” Cabalcar, um deles, mais conhecido como “Sir Panoy” detém o recorde de triunfos no Festival MassKara. São, nem mais nem menos que vinte e uma vitórias, repartidas entre distintos barangays e escolas: 29, Estefania, Pahanocoy, Villamonte, Alijis, Mandalagan, 17, 16. Esteve ainda por detrás do triunfo da escola elementar ETCS3.

Dançarino do festival MassKara, Bacolod, Filipinas

Traje e máscara exuberante durante uma exibição do MassKara de rua.

Toda a ilha tem os seus dançarinos e coreógrafos em grande conta. Presta-lhes tributo ano após ano, pela entrega incondicional que demonstram – muitos desde a estreia – e pelo mérito de terem tornado o festival o grande momento icónico de Bacolod.

O cortejo que acompanhávamos é apenas um de um conjunto de acontecimentos do Festival MassKara. Conta também com a competição irmã de arena.

E com concursos de Rainhas de Beleza MassKara e de dança, de tambores e de gastronomia, concertos de música, eventos desportivos e até com uma feira agrícola.

Um bando de fotógrafos e videógrafos filipinos antecedem o cortejo. Juntamo-nos ao clã. Como eles, dedicamo-nos a registar a acção o melhor possível sem prejudicarmos o seu fluxo.

Coreografia do Festival MassKara, Bacolod, Negros, Filipinas

MassKarado em destaque no meio de uma trupe colorida de dançarinos felpudos.

Durante quase duas horas, fizemo-lo de marcha atrás. Apreciamos as coreografias por diante, a evitarmos tropeçar na multidão que cruzava o cortejo ou o antecipava.

A Comoção e o Inevitável Sufoco Tropical do MassKara

Toda esta agitação e fricção humana parecia esquentar mais e mais o ar já de si saturado. Quem sofria eram os desfilantes. Ao fim de algum tempo, alguns deles apareceram a queixar-se e até a cambalear. Certos coreógrafos e auxiliares mais precavidos borrifavam-lhes as faces através das máscaras e ajudavam-nos a ventilar.

Nem todos os dançarinos recebiam esse cuidado. Um deles, andrógino como tantos outros, entra em convulsões mesmo à nossa frente.

Desmaio de participante no Festival MassKara, Bacolod, Filipinas

Jovem participante do desfile de rua é assistido após entrar em convulsões devido ao calor e a humidade, ambos ainda mais elevados no interior das máscaras e fatos

Socorrem-no familiares e elementos do seu grupo. Primeiro, dentro de uma carrinha de apoio do evento. Até que os socorristas percebem que o interior abafado da van só agravava a sua aflição e o transferem para o assento de um tricycle designado para recolher fatiotas e máscaras.

Salvas as devidas proporções, a agrura e a cena vivida por aquele jovem rapaz efeminado fez-nos lembrar o passado por Cristo durante a Via Crucis. E esse é um outro evento que os Filipinos – a única grande nação católica da Ásia –  fazem questão de reencenar um pouco por todo o país, semana santa após semana santa. Mas estávamos em Outubro. Neste mês, Negros empregava toda a sua crença nos efeitos terapêuticos do Festival MassKara.

Do Naufrágio do MV Don Juan  ao Penoso Contra-Pico do Açúcar

Decorridos trinta e sete anos da noite em que o ferry MV Don Juan colidiu com o petroleiro MT Tacloban City em pleno estreito de Tablas e se afundou, uma boa parte dos familiares das vitimas terá recuperado do desgosto.

Já as questões relacionadas com a venda do açúcar produzido na ilha vêm à tona de quando em quando. Porque a cotação da matéria-prima desce a níveis sofríveis e porque a população de Negros a considera difícil de engolir.

Teste de máscara durante o Festival MassKara, Bacolod, Filipinas

Menina experimenta uma de muitas máscaras à venda durante o festival.

Desde o início de 2017 que os produtores e trabalhadores da cana-de-açúcar se insurgiam contra o facto de a Coca-Cola da ilha de Negros ter começado a usar, nas suas bebidas, xarope de milho de alta frutose em vez do açúcar local. Cindy Rojas, conselheira da municipalidade levou essa insatisfação mais longe.

Repetiu uma medida já antes tomada em anteriores eventos culturais de Negros: fez aprovar um boicote aos produtos da multinacional.

A Coca-Cola e afins pouca falta faziam. O Festival MassKara prosseguia, adocicado e cafeínado pela excitação que por si só gerava. À medida que aquela fornalha popular e o entusiasmo se intensificavam, a organização do evento tinha dificuldade em controlar a multidão que as cordas já mal seguravam. Entram em acção polícias sobre motas e alguns militares.

Controle policial do público do Festival Masskara, Bacolod, Filipinas

Polícias motorizados tentam conter o entusiasmo do público que já havia afunilado o cortejo em demasia.

Os Arrastões Necessários e as Máscaras Parada MassKara

Os reforços garantem o recuo das gentes em zonas da rua mais apertadas. Guardiães de cada troupe participante passam a empurrar as cordas longitudinais que abriam caminho aos MassKarados com determinação redobrada. Esse controle apertado acaba por levar de arrastão alguns espectadores, fotógrafos e até elementos da organização.

A nós, acontece-nos e mais do que uma vez ficarmos a ver as máscaras de baixo para cima. E que mágicas e impressionantes assim se revelavam.

De início, as faces sorridentes que hoje continuam a ilustrar e a animar o festival tinham visuais filipinos nativos, pintados à mão e decorados com contas e penas típicas da região. Com o passar dos anos, sobrepuseram-se à tradição influências do Carnaval de Veneza e até do do Rio de Janeiro.

Máscara do Festival Masskara, Bacolod, Negros, Filipinas

Máscara de um grupo interveniente. Em tempos artesanais, as máscaras acolheram influências do Carnaval de Veneza e até do Rio de Janeiro.

Foram aceites máscaras modernas de plástico, contas brilhantes, com as penas maiores e mais exuberantes que os responsáveis pelo design e pelas coreografias podiam arranjar.

Sorrisos Rasgados na Cidade dos Sorrisos

O elemento fulcral do festival, o sorriso aberto, manteve-se o mesmo ao longo do tempo nas muitas faces que formam o Festival MassKara. O festival é feito de uma multidão de caras risonhas. O fio conceptual do evento condiz, aliás, com o mote anglófono de Bacolod: “The City of Smiles”.

Mais para o fim da artéria e da longa parada, reparamos em como diversas empresas emblemáticas das Filipinas aproveitavam o magote de gente e participavam na festa para se promover. A Jollybee – uma espécie de MacDonalds pinoy (equivalente filipino de Tuga) – fazia-se representar pela sua abelhinha amarela e vermelha.

A mascote começa por acenar aos fãs na beira da estrada com a promessa de alguns doces mas a coisa pouco dura. Quando damos por ela, uma turba de miúdos em êxtase corre para o boneco felpudo e disputa-os de forma selvática. Esta derradeira fase mais comercial e interesseira do cortejo não marcou, todavia, o encerrar da festa.

Dobramos a Lizares Street para a Avenida Araneta. Ali, na ausência de dançarinos oficiais e dos carros alegóricos ou corporativos que lhes sucedem e dos refrigerantes da Coca Cola, o povo diverte-se à sua maneira. Alguns músicos dotados de tambores e outros instrumentos básicos marcam o ritmo.

Participantes de Festival MassKara em jeepney, Bacolod, Filipinas

Jovens concorrentes a bordo de um jeepney, o veículo nacional das Filipinas.

Alguns espectadores entregam-se a um delicioso estímulo criativo alcoólico. Dançam sem cerimónias ou constrangimentos, para gáudio de outros que não resistem a juntar-se-lhes. O Festival MassKara estava longe do fim. Por essa altura e como sempre acontecia, já tinha mais que cumprida a promessa de devolver a felicidade a Negros.

Artigo criado com o apoio do Turismo das Filipinas e da Embaixada das Filipinas em Portugal.

Cape Coast, Gana

O Festival da Divina Purificação

Reza a história que, em tempos, uma praga devastou a população da Cape Coast do actual Gana. Só as preces dos sobreviventes e a limpeza do mal levada a cabo pelos deuses terão posto cobro ao flagelo. Desde então, os nativos retribuem a bênção das 77 divindades da região tradicional Oguaa com o frenético festival Fetu Afahye.
Jaisalmer, Índia

Há Festa no Deserto do Thar

Mal o curto Inverno parte, Jaisalmer entrega-se a desfiles, a corridas de camelos e a competições de turbantes e de bigodes. As suas muralhas, ruelas e as dunas em redor ganham mais cor que nunca. Durante os três dias do evento, nativos e forasteiros assistem, deslumbrados, a como o vasto e inóspito Thar resplandece afinal de vida.
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
Grande ZimbabuéZimbabué

Grande Zimbabwe, Pequena Dança Bira

Nativos de etnia Karanga da aldeia KwaNemamwa exibem as danças tradicionais Bira aos visitantes privilegiados das ruínas do Grande Zimbabwe. o lugar mais emblemático do Zimbabwe, aquele que, decretada a independência da Rodésia colonial, inspirou o nome da nova e problemática nação.  
Pueblos del Sur, Venezuela

Os Pauliteiros de Mérida, Suas Danças e Cia

A partir do início do século XVII, com os colonos hispânicos e, mais recentemente, com os emigrantes portugueses consolidaram-se nos Pueblos del Sur, costumes e tradições bem conhecidas na Península Ibérica e, em particular, no norte de Portugal.
Pueblos del Sur, Venezuela

Por uns Trás-os-Montes da Venezuela em Fiesta

Em 1619, as autoridades de Mérida ditaram a povoação do território em redor. Da encomenda, resultaram 19 aldeias remotas que encontramos entregues a comemorações com caretos e pauliteiros locais.
São Petersburgo, Rússia

A Rússia Vai Contra a Maré. Siga a Marinha

A Rússia dedica o último Domingo de Julho às suas forças navais. Nesse dia, uma multidão visita grandes embarcações ancoradas no rio Neva enquanto marinheiros afogados em álcool se apoderam da cidade.
Suzdal, Rússia

Em Suzdal, é de Pequenino que se Celebra o Pepino

Com o Verão e o tempo quente, a cidade russa de Suzdal descontrai da sua ortodoxia religiosa milenar. A velha cidade também é famosa por ter os melhores pepinos da nação. Quando Julho chega, faz dos recém-colhidos um verdadeiro festival.
El Nido, Filipinas

El Nido, Palawan: A Última Fronteira Filipina

Um dos cenários marítimos mais fascinantes do Mundo, a vastidão de ilhéus escarpados de Bacuit esconde recifes de coral garridos, pequenas praias e lagoas idílicas. Para a descobrir, basta uma bangka.
Hungduan, Filipinas

Filipinas em Estilo Country

Os GI's partiram com o fim da 2ª Guerra Mundial mas a música do interior dos EUA que ouviam ainda anima a Cordillera de Luzon. É de tricycle e ao seu ritmo que visitamos os terraços de arroz de Hungduan.
Filipinas

Os Donos da Estrada Filipina

Com o fim da 2ª Guerra Mundial, os filipinos transformaram milhares de jipes norte-americanos abandonados e criaram o sistema de transporte nacional. Hoje, os exuberantes jeepneys estão para as curvas.
Vigan, Filipinas

Vigan, a Mais Hispânica das Ásias

Os colonos espanhóis partiram mas as suas mansões estão intactas e as kalesas circulam. Quando Oliver Stone buscava cenários mexicanos para "Nascido a 4 de Julho" encontrou-os nesta ciudad fernandina
Camiguin, Filipinas

Uma Ilha de Fogo Rendida à Água

Com mais de vinte cones acima dos 100 metros, a abrupta e luxuriante, Camiguin tem a maior concentração de vulcões que qualquer outra das 7641 ilhas filipinas ou do planeta. Mas, nos últimos tempos, nem o facto de um destes vulcões estar activo tem perturbado a paz da sua vida rural, piscatória e, para gáudio dos forasteiros, fortemente balnear.
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
Mactan, Cebu, Filipinas

O Atoleiro de Magalhães

Tinham decorrido quase 19 meses de navegação pioneira e atribulada em redor do mundo quando o explorador português cometeu o erro da sua vida. Nas Filipinas, o carrasco Datu Lapu Lapu preserva honras de herói. Em Mactan, uma sua estátua bronzeada com visual de super-herói tribal sobrepõe-se ao mangal da tragédia.
Boracay, Filipinas

A Praia Filipina de Todos os Sonhos

Foi revelada por mochileiros ocidentais e pela equipa de filmagem de “Assim Nascem os Heróis”. Seguiram-se centenas de resorts e milhares de veraneantes orientais mais alvos que o areal de giz.
Marinduque, Filipinas

Quando os Romanos Invadem as Filipinas

Nem o Império do Oriente chegou tão longe. Na Semana Santa, milhares de centuriões apoderam-se de Marinduque. Ali, se reencenam os últimos dias de Longinus, um legionário convertido ao Cristianismo.
Marinduque, Filipinas

A Paixão Filipina de Cristo

Nenhuma nação em redor é católica mas muitos filipinos não se deixam intimidar. Na Semana Santa, entregam-se à crença herdada dos colonos espanhóis.A auto-flagelação torna-se uma prova sangrenta de fé
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Coron, Busuanga, Filipinas

A Armada Japonesa Secreta mas Pouco

Na 2ª Guerra Mundial, uma frota nipónica falhou em ocultar-se ao largo de Busuanga e foi afundada pelos aviões norte-americanos. Hoje, os seus destroços subaquáticos atraem milhares de mergulhadores.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Leão, elefantes, PN Hwange, Zimbabwe
Safari
PN Hwange, Zimbabwé

O Legado do Saudoso Leão Cecil

No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
Circuito Annapurna, Manang a Yak-kharka
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 10º: Manang a Yak Kharka, Nepal

A Caminho das Terras (Mais) Altas dos Annapurnas

Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
planicie sagrada, Bagan, Myanmar
Arquitectura & Design
Bagan, Myanmar

A Planície dos Pagodes, Templos e Redenções Celestiais

A religiosidade birmanesa sempre assentou num compromisso de redenção. Em Bagan, os crentes endinheirados e receosos continuam a erguer pagodes na esperança de conquistarem a benevolência dos deuses.
Pleno Dog Mushing
Aventura
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.
bebe entre reis, cavalhadas de pirenopolis, cruzadas, brasil
Cerimónias e Festividades
Pirenópolis, Brasil

Cruzadas à Brasileira

Os exércitos cristãos expulsaram as forças muçulmanas da Península Ibérica no séc. XV mas, em Pirenópolis, estado brasileiro de Goiás, os súbditos sul-americanos de Carlos Magno continuam a triunfar.
Moradora de Dali, Yunnan, China
Cidades
Dali, China

A China Surrealista de Dali

Encaixada num cenário lacustre mágico, a antiga capital do povo Bai manteve-se, até há algum tempo, um refúgio da comunidade mochileira de viajantes. As mudanças sociais e económicas da China fomentaram a invasão de chineses à descoberta do recanto sudoeste da nação.
Comida
Mercados

Uma Economia de Mercado

A lei da oferta e da procura dita a sua proliferação. Genéricos ou específicos, cobertos ou a céu aberto, estes espaços dedicados à compra, à venda e à troca são expressões de vida e saúde financeira.
Cabine Saphire, Purikura, Tóquio, Japão
Cultura
Tóquio, Japão

Fotografia Tipo-Passe à Japonesa

No fim da década de 80, duas multinacionais nipónicas já viam as fotocabines convencionais como peças de museu. Transformaram-nas em máquinas revolucionárias e o Japão rendeu-se ao fenómeno Purikura.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Desporto
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
ilha Streymoy, Ilhas Faroe, Tjornuvik, Gigante e Bruxa
Em Viagem
Streymoy, Ilhas Faroé

Streymoy Acima, ao Sabor da Ilha das Correntes

Deixamos a capital Torshavn rumo a norte. Cruzamos de Vestmanna para a costa leste de Streymoy. Até chegarmos ao extremo setentrional de Tjornuvík, deslumbramo-nos vezes sem conta com a excentricidade verdejante da maior ilha faroesa.
Étnico
Viti Levu, Fiji

A Partilha Improvável da ilha Viti Levu

Em pleno Pacífico Sul, uma comunidade numerosa de descendentes de indianos recrutados pelos ex-colonos britânicos e a população indígena melanésia repartem há muito a ilha chefe de Fiji.
portfólio, Got2Globe, fotografia de Viagem, imagens, melhores fotografias, fotos de viagem, mundo, Terra
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Porfólio Got2Globe

O Melhor do Mundo – Portfólio Got2Globe

Chichen Itza, Iucatão, História Maia, cabeças de Kukulkan, El Castillo
História
Chichen Itza, Iucatão, México

À Beira do Cenote, no Âmago da Civilização Maia

Entre os séculos IX a XIII d.C., Chichen Itza destacou-se como a cidade mais importante da Península do Iucatão e do vasto Império Maia. Se a Conquista Espanhola veio precipitar o seu declínio e abandono, a história moderna consagrou as suas ruínas Património da Humanidade e Maravilha do Mundo.
Albreda, Gâmbia, Fila
Ilhas
Barra a Kunta Kinteh, Gâmbia

Viagem às Origens do Tráfico Transatlântico de Escravos

Uma das principais artérias comerciais da África Ocidental, a meio do século XV, o rio Gâmbia era já navegado pelos exploradores portugueses. Até ao XIX, fluiu pelas suas águas e margens, boa parte da escravatura perpetrada pelas potências coloniais do Velho Mundo.
Maksim, povo Sami, Inari, Finlandia-2
Inverno Branco
Inari, Finlândia

Os Guardiães da Europa Boreal

Há muito discriminado pelos colonos escandinavos, finlandeses e russos, o povo Sami recupera a sua autonomia e orgulha-se da sua nacionalidade.
Visitantes da casa de Ernest Hemingway, Key West, Florida, Estados Unidos
Literatura
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Enriquillo, Grande lago das Antilhas, República Dominicana, vista da Cueva das Caritas de Taínos
Natureza
Lago Enriquillo, República Dominicana

Enriquillo: o Grande Lago das Antilhas

Com entre 300 e 400km2, situado a 44 metros abaixo do nível do mar, o Enriquillo é o lago supremo das Antilhas. Mesmo hipersalino e abafado por temperaturas atrozes, não pára de aumentar. Os cientistas têm dificuldade em explicar porquê.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Iguana em Tulum, Quintana Roo, México
Parques Naturais
Iucatão, México

A Lei de Murphy Sideral que Condenou os Dinossauros

Cientistas que estudam a cratera provocada pelo impacto de um meteorito há 66 milhões de anos chegaram a uma conclusão arrebatadora: deu-se exatamente sobre uma secção dos 13% da superfície terrestre suscetíveis a tal devastação. Trata-se de uma zona limiar da península mexicana de Iucatão que um capricho da evolução das espécies nos permitiu visitar.
Ponte u bein, Amarapura, Myanmar
Património Mundial UNESCO
Ponte u-BeinMyanmar

O Crepúsculo da Ponte da Vida

Com 1.2 km, a ponte de madeira mais antiga e mais longa do mundo permite aos birmaneses de Amarapura viver o lago Taungthaman. Mas 160 anos após a sua construção, U Bein está no seu crepúsculo.
ora de cima escadote, feiticeiro da nova zelandia, Christchurch, Nova Zelandia
Personagens
Christchurch, Nova Zelândia

O Feiticeiro Amaldiçoado da Nova Zelândia

Apesar da sua notoriedade nos antípodas, Ian Channell, o feiticeiro da Nova Zelândia não conseguiu prever ou evitar vários sismos que assolaram Christchurch. Com 88 anos de idade, após 23 anos de contrato com a cidade, fez afirmações demasiado polémicas e acabou despedido.
Cabo Ledo Angola, moxixeiros
Praias
Cabo Ledo, Angola

O Cabo Ledo e a Baía do Regozijo

A apenas a 120km a sul de Luanda, vagas do Atlântico caprichosas e falésias coroadas de moxixeiros disputam a terra de musseque. Partilham a grande enseada forasteiros rendidos ao cenário e os angolanos residentes que o mar generoso há muito sustenta.
Queima de preces, Festival de Ohitaki, templo de fushimi, quioto, japao
Religião
Quioto, Japão

Uma Fé Combustível

Durante a celebração xintoísta de Ohitaki são reunidas no templo de Fushimi preces inscritas em tabuínhas pelos fiéis nipónicos. Ali, enquanto é consumida por enormes fogueiras, a sua crença renova-se.
white pass yukon train, Skagway, Rota do ouro, Alasca, EUA
Sobre Carris
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
Mini-snorkeling
Sociedade
Ilhas Phi Phi, Tailândia

De regresso à Praia de Danny Boyle

Passaram 15 anos desde a estreia do clássico mochileiro baseado no romance de Alex Garland. O filme popularizou os lugares em que foi rodado. Pouco depois, alguns desapareceram temporária mas literalmente do mapa mas, hoje, a sua fama controversa permanece intacta.
O projeccionista
Vida Quotidiana
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
Transpantaneira pantanal do Mato Grosso, capivara
Vida Selvagem
Pantanal do Mato Grosso, Brasil

Transpantaneira, Pantanal e Confins do Mato Grosso

Partimos do coração sul-americano de Cuiabá para sudoeste e na direcção da Bolívia. A determinada altura, a asfaltada MT060 passa sob um portal pitoresco e a Transpantaneira. Num ápice, o estado brasileiro de Mato Grosso alaga-se. Torna-se um Pantanal descomunal.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.