New Orleans, Luisiana, E.U.A.

A Musa do Grande Sul Americano


French Quarter vs Canal Street
Rua do French Quarter de New Orleans
Tujague’s
Empregado no bar do "Tujague's" um restaurante-bar emblemático de New Orleans.
A Vapor
Um dos barcos a vapor que percorrem o rio Mississipi que cruza New Orleans
Ronnel Johnson
O músico Ronnel Johnson após uma actuação no incontornável Preservation Hall
Barely Legal
Neones de um dos bares da Bourbon Street.
Jazz It Up
"Jazz it Up" um de muitos murais de âmbito musical de New Orleans
1st Line
Banda de rua actua por ocasião do aniversário de uma visitante de New Orleans
Catedral de Saint Louis
a Catedral de Saint Louis
Maison Jazz
Actuação da banda Maison, num bar da Frenchmen Street
Madison Street
A Madison street, ao anoitecer
Streetcar na Canal St.
Um eléctrico percorre a Canal Street
Lafitte Bar
O Lafitte Bar, um dos lugares incontornáveis da Bourbon Street.
Richard Piano Scott Band
Richard Piano Scott e sua banda animam o Fritzels Bar, Bourbon Street.
Muriels
Transeuntes passam em frente ao "Muriels", um dos restaurantes mais antigos e conceituados de New Orleans.
General e ex-Presidente Jackson
Estátua do ex-Presidente dos EUA, Andrew Jackson
Creole Queen
O barco a vapor Creole Queen zarpa para o Mississipi.
Bourbon Street
Multidão preenche a noctívaga e boémia Bourbon Street
Lares Seculares
Casas antigas do French Quarter de New Orleans
Quase noite, Jackson Square
A Jackson square ao anoitecer
Puro Burlesco
Uma das frequentes exibições de burlesco da Jazz House de New Orleans
New Orleans destoa dos fundos conservadores dos E.U.A. como a defensora de todos os direitos, talentos e irreverências. Em tempos francesa, para sempre afrancesada, a cidade do jazz inspira, a novos ritmos contagiantes, a fusão de etnias, culturas, estilos e sabores.

Dariam voltas nos túmulos, os membros da Casa de Bourbon, se lhes chegassem ao outro mundo relatos do que se tornou a rua baptizada em seu nome, na recém-fundada Nouvelle Orleans.

Crepúsculo após crepúsculo, à medida que o céu escurece acima dos arranha-céus e eléctricos pioneiros da Canal St., acentuam-se as luzes e os néones exuberantes da Bourbon Street.

Um eléctrico percorre a Canal Street

Invade-a uma horda de foliões apostados em descomprimir e celebrar a vida, mesmo que isso passe por danar a saúde. Aos poucos, dissemina-se um aroma a cannabis.

Os bares servem bebidas atrás de bebidas, de simples cervejas aos cocktails mais famosos de New Orleans: o Sazerac, bebida oficial da cidade.

Os daiquiris locais, o Ramos Gin Fizz e os seculares Absynthe Frappes, inventados na Old Absynthe House, um dos “bebedouros” incontornáveis da cidade.

Neones de um dos bares da Bourbon Street, o “Barely Legal Club”

Bourbon Street: a New Orleans da Noite sem Fim

Na Bourbon Street, nem todas as bebidas se popularizaram pela elegância e subtileza.

Cruzamo-nos com transeuntes que bebem Hurricanes. Outros, sorvem de Hand Grenades.

Multidão preenche a boémia Bourbon Street

Legalmente servida em meros cinco bares do French Quarter, esta mistura de vodka, rum, gin e licor de melão gera uma euforia adequada à atmosfera circundante.

Em dias de jogos dos Saints – a equipa local de futebol-americano – a cidade veste-se de dourado. Como pudemos testemunhar no festivo “Upper Quarter Bar”, bebe, brinda e festeja pela cadência de cada touchdown conseguido.

Taylor prestes a servir mais dois cocktails, em honra dos New Orleans Saints

De bar em bar, dezenas de bandas e músicos embalam uma crescente ebriedade comunal.

Encontramos de tudo um pouco. Duetos em pianos, hard-rock perfurante, música Country, exibições de drag queens em bares arco-íris.

Uma das frequentes exibições de burlesco da Jazz House de New Orleans

E, a pouca distância, na The Jazz Playhouse, um burlesco ainda mais despido e atrevido.

Mural num bar da Frenchmen Street

A amálgama musical renova-se. Volta a baralhar-se nos bares e palcos da nova coqueluche da noite orleaniana, a Frenchmen Street.

Situada na orla do French Quarter, das suas vivendas coloridas elegantes, dotadas de varandas e terraços de ferro fundido, de pátios interiores ajustados entre paredes.

Rua do French Quarter de New Orleans

O Berço e a Casa Americana do Jazz

Se nos mantivermos pela Bourbon, podemos ainda viajar pelo jazz do século XX de New Orleans.

É esse o estilo “vencido” que assistimos Richard Piano Scott e a sua banda tocarem no bar Fritzels Jazz, inspirado em muitas das bandas reputadas que passaram pelo Preservation Hall durante o século XX.

Richard Piano Scott e sua banda animam o Fritzels Bar, Bourbon Street.

Numa era em que vigorava a segregação racial legalizada após a Guerra Civil Americana, esta sala emblemática acolheu as actuações de pioneiros como Louis Armstrong, Buddy Bolden, de bandas, algumas multirraciais, que se exibiam a um público misto entusiasta.

Louva-os, ainda, o Parque Nacional Histórico de Jazz, criado lado a lado com a Congo Square.

É este último o espaço aberto e verdejante em que, durante o século XIX, os habitantes de cor, escravos ou já livres, se encontravam, comerciavam entre si, dançavam e tocavam tambores considerados percussores do jazz.

Portal para o Louis Armstrong Park

Lá levavam também a cabo rituais africanos mais tarde conotados com o vudu, outro dos esoterismos culturais em que New Orleans se tornou prolífica e que os novos agentes turísticos integraram numa panóplia de tours temáticos:

os da New Orleans assombrada, os gastronómicos, de história, de arquitectura e tantos mais.

New Orleans, Musician Loading Zone

Música até nos sinais de trânsito de New Orleans

Mas, regressemos ao Preservation Hall.

Este salão dos sopros e da percussão subsistiu à segregação e ao tempo. Tornou-se um templo jazzístico de integração e multiculturalidade.

Isto, no mesmo contexto em que, na segunda metade do século XX, milhares de músicos de outras partes dos E.U.A., começaram a ver New Orleans como um porto-seguro dos seus talentos.

O músico Ronnel Johnson após uma actuação no incontornável Preservation Hall

Uma das teorias para a alcunha “The Big Easy” da cidade defende, aliás, que adveio da facilidade com que os músicos encontravam empregos.

A outra, ainda actual, terá resultado da sensação de descontração, hedonismo e criatividade transmitida pelos residentes.

Flagboy Giz e a Música Nova de New Orleans

Eternizam a velha New Orleans talentos emergentes como o de Flagboy Giz que faz de todas as suas músicas celebrações da sua ancestralidade indígena, da vida genuína da cidade, da espectacularidade do Mardi Gras

Flagboy Giz após a sua actuação com os Wild Tchoupitoulas no Beignet Festival de New Orleans

e dos músicos em movimento das First Lines, animadores de eventos e acontecimentos, dos aniversários e casamentos aos funerais.

Como canta Flagboy Giz “I fell in Love at the Second Line“.

O mais famoso dos Flagboys apaixonou-se num cortejo que seguia uma destas bandas andantes.

Banda de rua actua por ocasião do aniversário de uma visitante de New Orleans

Os Artistas de Rua de New Orleans

Para todos os efeitos, incluem-se, na categoria, os “empresários”, artistas e oportunistas da Bourbon Street.

O mascarado de Darth Vader que interpreta Céline Dion.

O homem do pino vestido de pirata, acompanhado de um esqueleto, que massacra o pescoço a posar de cabeça para baixo.

Artista de rua cumpre uma acrobacia, na Bourbon Street.

O casal dono de pitons birmanesas que as cede para selfies e carícias.

Crianças que tocam percussão sobre sets de baldes. Um grupo de breakdancers que, entre as actuações, pratica passes de futebol americano.

Um outro talento por reconhecer que, à entrada da terceira idade, pede 20 dólares para contar anedotas porcas.

São exemplos.

Em qualquer noite, a Bourbon Street e vizinhança, acolhem inúmeras actuações dos mais distintos estilos.

New Orleans, Bourbon Street, Dueto Piano

Dueto em piano num bar da Bourbon Street

Como o faz a Jackson Square, o cerne ribeirinho de New Orleans.

Francesa, por breve tempo, Espanhola: a Génese Colonial de New Orleans

Sobretudo, diante do seu Cabildo, o mais exuberante edifício hispânico, erguido entre 1763 e 1803.

Neste período, fruto de uma negociação inusitada, os Espanhóis governaram o Luisiana. Os britânicos tinham acabado de cobrar a colónia aos franceses, após os terem derrotado na Guerra dos Sete anos.

Logo, em jeito de compensação da integração da Florida no Império Britânico, cederam-na ao Império Espanhol.

Além do Cabildo, os espanhóis reergueram a igreja francesa de St. Louis, arrasada pelo Grande Incêndio de 1788. Decorrida meia década, a igreja foi promovida a catedral diocese de New Orleans.

É uma das mais antigas igrejas em uso contínuo dos E.U.A.

A Jackson square ao anoitecer

A desafiar a catolicidade do lugar, uma comunidade de quiromantes, tarólogas e congéneres instala-se ali diante.

Em dias de excessiva concorrência, estendem mesmo as suas profecias convenientes a trechos da Bourbon Street.

Andrew Jackson, a Jackson Square e o Magnetismo Adocicado do Café du Monde

Num plano histórico, em vez de futurologista, destaca-se do jardim contíguo a estátua equestre do general Andrew Jackson.

Jackson conquistou o estatuto de herói americano controverso, louvado pelos admiradores, pelo seu papel na expansão territorial e consolidação dos Estados Unidos.

Estátua do ex-Presidente dos EUA, Andrew Jackson

Foi eleito o sétimo presidente dos E.U.A. Ocupou o cargo de 1829 a 1837. Faleceu em 1845.

Menos de duas décadas depois, a umas dezenas de metros do monumento que o homenageia, na iminência do Mississípi, nascia o “Café du Monde”, outra das imagens de marca afrancesadas do Vieux Carré de New Orleans.

Pela conveniência dos seus “beignets” acompanhados de café-chicória, adaptamo-lo como pouso predilecto na recuperação das várias dezenas de quilómetros que caminhamos na cidade. À margem do lanche tradicional, o “Café du Monde” prenda-nos com deliciosas expressões de harmonia social.

Por norma, um artista de rua lá entretém os clientes com interpretações de canções norte-americanas famosas. O inesperado, advém das participações especiais.

Quando menos ocupados, os empregados oferecem-se para o substituir e cantam um ou dois dos seus temas favoritos, às tantas, acompanhados por clientes.

Mas o beignet também é uma expressão, com sabor e textura de fartura açucarada, da prolífica gastronomia de New Orleans.

A Gastronomia e os Restaurantes Prodigiosos de “The Big Easy”

Ao contrário de tantos outros domínios de comida insípida, demasiado rápida, dos E.U.A., a Cidade do Crescente do Mississípi assimilou sucessivas receitas trazidas pelos franceses, pelos espanhóis, pelos escravos africanos, pelas gentes crioulas e cajun – descendente de franceses-canadianos instalados nas zonas alagadas (bayous) – de italianos e de tantos outros mais tarde para lá migrados.

Aprimoraram-se, assim, o gumbo, a jambalaya, os lagostins estufados e sandwiches bem guarnecidas como os Po-Boys e as “sicilianas” muffalletas.

Transeuntes passam em frente ao “Muriels”, um dos restaurantes mais antigos e conceituados de New Orleans.

Se é verdade que dezenas de estabelecimentos os anunciam, só uns poucos, com uma antiguidade e espaços condizentes com a riqueza histórica de New Orleans, os servem perfeitos ou quase-perfeitos.

Incluem-se, nesses, os anciãos da restauração Muriel’s, instalado num edifício do meio do século XVIII e o Tujague’s, restaurante estabelecido em 1856 e há muito conceituado.

Empregado no bar do “Tujague’s” um restaurante-bar emblemático de New Orleans.

A Cidade do Crescente do Mississípi

Como tudo o mais, os colonos, os comerciantes, os atacantes e os imigrantes chegaram à cidade pelo Mississípi sinuoso.

Admiramo-lo do topo panorâmico Vue Orleans, da beira-rio e a bordo do navio a vapor “Creole Queen”, um dos três que prendam os forasteiros com a experiência de navegar o Mississípi à moda antiga.

O barco a vapor “Creole Queen” zarpa para o Mississipi.

Situada pouco acima da foz da principal artéria fluvial dos Estados Unidos, New Orleans ocupa a mesma posição fulcral.

Razão de ser de dezenas de batalhas e conflitos, anteriores e posteriores à Guerra Civil Americana cujo desfecho veio viabilizar o fim da Escravatura, como o progressismo libertário que continua a favorecer The Big Easy.

Artista drag anima um bar da Bourbon Street

FICHA DE DESTINO

1 – Miami

2 – New Orleans

COMO IR

Reserve o voo Lisboa – Miami (Flórida), Estados Unidos, com a TAP: flytap.com por a partir de 820€.

De Miami, poderá cumprir a ligação para New Orleans (1h30) por, a partir de 150€, ida-e-volta.

Onde Ficar:

The Mercantile Hotel:

themercantilehotelneworleans.com

Tel.: +1 504 558 1914-1914

Miami, Flórida, E.U.A.

A Porta de Entrada da América Latina

Não é só a localização privilegiada, entre um oceano exuberante e o verde dos Everglades, com a vastidão caribenha logo ali a sul. É o afago tropical, o do clima e o cultural e uma modernidade urbana exemplar. Cada vez mais em castelhano, num contexto latino-americano.
Kennedy Space Center, Florida, Estados Unidos

A Rampa de Lançamento do Programa Espacial Americano

De viagem pela Flórida, desviamos da órbita programada. Apontamos ao litoral atlântico de Merrit Island e do Cabo Canaveral. Lá exploramos o Kennedy Space Center e acompanhamos um dos lançamentos com que a empresa Space X e os Estados Unidos agora almejam o Espaço.
Parque Nacional Everglades, Flórida, E.U.A.

O Grande Rio Ervado da Flórida

Quem sobrevoa o sul do 27º estado espanta-se com a vastidão verde, lisa e ensopada que contrasta com os tons oceânicos em redor. Este ecossistema de pântano-pradaria único nos EUA abriga uma fauna prolífica dominada por 200 mil dos 1.25 milhões de jacarés da Flórida.
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Saint Augustine, Florida, E.U.A.

De Regresso aos Primórdios da Florida Hispânica

A disseminação de atracções turísticas de gosto questionável, torna-se superficial se tivermos em conta a profundidade histórica em questão. Estamos perante a cidade dos E.U.A. contíguos há mais tempo habitada. Desde que os exploradores espanhóis a fundaram, em 1565, que St. Augustine resiste a quase tudo.
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
Key West, E.U.A.

O Faroeste Tropical dos E.U.A.

Chegamos ao fim da Overseas Highway e ao derradeiro reduto das propagadas Florida Keys. Os Estados Unidos continentais entregam-se, aqui, a uma deslumbrante vastidão marinha esmeralda-turquesa. E a um devaneio meridional alentado por uma espécie de feitiço caribenho.
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
São Francisco, E.U.A.

Cidade do Nevoeiro

Inspirada pelo passado hippie e embalada pelas viagens de cable car acima e abaixo das suas colinas, a população de São Francisco tornou-se numa das mais criativas e artísticas dos Estados Unidos. Debaixo da neblina, esta metrópole californiana amadureceu livre de preconceitos e resiste como a grande musa da inovação sócio-cultural norte-americana.
Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Las Vegas, E.U.A.

Capital Mundial dos Casamentos vs Cidade do Pecado

A ganância do jogo, a luxúria da prostituição e a ostentação generalizada fazem parte de Las Vegas. Como as capelas que não têm olhos nem ouvidos e promovem matrimónios excêntricos, rápidos e baratos.
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Grand Canyon, E.U.A.

Viagem pela América do Norte Abismal

O rio Colorado e tributários começaram a fluir no planalto homónimo há 17 milhões de anos e expuseram metade do passado geológico da Terra. Também esculpiram uma das suas mais deslumbrantes entranhas.
Monte Denali, Alasca

O Tecto Sagrado da América do Norte

Os indígenas Athabascan chamaram-no Denali, ou o Grande e reverenciam a sua altivez. Esta montanha deslumbrante suscitou a cobiça dos montanhistas e uma longa sucessão de ascensões recordistas.
Juneau, Alasca

A Pequena Capital do Grande Alasca

De Junho a Agosto, Juneau desaparece por detrás dos navios de cruzeiro que atracam na sua doca-marginal. Ainda assim, é nesta pequena capital que se decidem os destinos do 49º estado norte-americano.
Monument Valley, E.U.A.

Índios ou cowboys?

Realizadores de Westerns emblemáticos como John Ford imortalizaram aquele que é o maior território indígena dos Estados Unidos. Hoje, na Nação Navajo, os navajo também vivem na pele dos velhos inimigos.
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Navajo Nation, E.U.A.

Por Terras da Nação Navajo

De Kayenta a Page, com passagem pelo Marble Canyon, exploramos o sul do Planalto do Colorado. Dramáticos e desérticos, os cenários deste domínio indígena recortado no Arizona revelam-se esplendorosos.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Serengeti, Grande Migração Savana, Tanzania, gnus no rio
Safari
PN Serengeti, Tanzânia

A Grande Migração da Savana Sem Fim

Nestas pradarias que o povo Masai diz siringet (correrem para sempre), milhões de gnus e outros herbívoros perseguem as chuvas. Para os predadores, a sua chegada e a da monção são uma mesma salvação.
Circuito Annapurna, Manang a Yak-kharka
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 10º: Manang a Yak Kharka, Nepal

A Caminho das Terras (Mais) Altas dos Annapurnas

Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
Jardin Escultórico, Edward James, Xilitla, Huasteca Potosina, San Luis Potosi, México, Cobra dos Pecados
Arquitectura & Design
Xilitla, San Luís Potosi, México

O Delírio Mexicano de Edward James

Na floresta tropical de Xilitla, a mente inquieta do poeta Edward James fez geminar um jardim-lar excêntrico. Hoje, Xilitla é louvada como um Éden do surreal.
Aventura
Vulcões

Montanhas de Fogo

Rupturas mais ou menos proeminentes da crosta terrestre, os vulcões podem revelar-se tão exuberantes quanto caprichosos. Algumas das suas erupções são gentis, outras provam-se aniquiladoras.
Parada e Pompa
Cerimónias e Festividades
São Petersburgo, Rússia

A Rússia Vai Contra a Maré. Siga a Marinha

A Rússia dedica o último Domingo de Julho às suas forças navais. Nesse dia, uma multidão visita grandes embarcações ancoradas no rio Neva enquanto marinheiros afogados em álcool se apoderam da cidade.
Ribeira Grande, Santo Antão
Cidades
Ribeira Grande, Santo AntãoCabo Verde

Santo Antão, Ribeira Grande Acima

Na origem, uma Povoação diminuta, a Ribeira Grande seguiu o curso da sua história. Passou a vila, mais tarde, a cidade. Tornou-se um entroncamento excêntrico e incontornável da  ilha de Santo Antão.
Máquinas Bebidas, Japão
Comida
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
arbitro de combate, luta de galos, filipinas
Cultura
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Desporto
Competições

Homem, uma Espécie Sempre à Prova

Está-nos nos genes. Pelo prazer de participar, por títulos, honra ou dinheiro, as competições dão sentido ao Mundo. Umas são mais excêntricas que outras.
Enseada, Big Sur, Califórnia, Estados Unidos
Em Viagem
Big Sur, E.U.A.

A Costa de Todos os Refúgios

Ao longo de 150km, o litoral californiano submete-se a uma vastidão de montanha, oceano e nevoeiro. Neste cenário épico, centenas de almas atormentadas seguem os passos de Jack Kerouac e Henri Miller.
Desfile de nativos-mericanos, Pow Pow, Albuquerque, Novo México, Estados Unidos
Étnico
Albuquerque, E.U.A.

Soam os Tambores, Resistem os Índios

Com mais de 500 tribos presentes, o pow wow "Gathering of the Nations" celebra o que de sagrado subsiste das culturas nativo-americanas. Mas também revela os danos infligidos pela civilização colonizadora.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

Garranos galopam pelo planalto acima de Castro Laboreiro, PN Peneda-Gerês, Portugal
História
Castro Laboreiro, Portugal  

Do Castro de Laboreiro à Raia da Serra Peneda – Gerês

Chegamos à (i) eminência da Galiza, a 1000m de altitude e até mais. Castro Laboreiro e as aldeias em redor impõem-se à monumentalidade granítica das serras e do Planalto da Peneda e de Laboreiro. Como o fazem as suas gentes resilientes que, entregues ora a Brandas ora a Inverneiras, ainda chamam casa a estas paragens deslumbrantes.
Bonaire, ilha, Antilhas Holandesas, ABC, Caraíbas, Rincon
Ilhas
Rincon, Bonaire

O Recanto Pioneiro das Antilhas Holandesas

Pouco depois da chegada de Colombo às Américas, os castelhanos descobriram uma ilha caribenha a que chamaram Brasil. Receosos da ameaça pirata, esconderam a primeira povoação num vale. Decorrido um século, os holandeses apoderaram-se dessa ilha e rebaptizaram-na de Bonaire. Não apagaram o nome despretensioso da colónia precursora: Rincon.
Quebra-Gelo Sampo, Kemi, Finlândia
Inverno Branco
Kemi, Finlândia

Não é Nenhum “Barco do Amor”. Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
José Saramago em Lanzarote, Canárias, Espanha, Glorieta de Saramago
Literatura
Lanzarote, Canárias, Espanha

A Jangada de Basalto de José Saramago

Em 1993, frustrado pela desconsideração do governo português da sua obra “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, Saramago mudou-se com a esposa Pilar del Río para Lanzarote. De regresso a esta ilha canária algo extraterrestre, reencontramos o seu lar. E o refúgio da censura a que o escritor se viu votado.
Cabo da Cruz, colónia focas, cape cross focas, Namíbia
Natureza
Cape Cross, Namíbia

A Mais Tumultuosa das Colónias Africanas

Diogo Cão desembarcou neste cabo de África em 1486, instalou um padrão e fez meia-volta. O litoral imediato a norte e a sul, foi alemão, sul-africano e, por fim, namibiano. Indiferente às sucessivas transferências de nacionalidade, uma das maiores colónias de focas do mundo manteve ali o seu domínio e anima-o com latidos marinhos ensurdecedores e intermináveis embirrações.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Parques Naturais
Circuito Annapurna: 5º - Ngawal a BragaNepal

Rumo a Braga. A Nepalesa.

Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
Ilha do Principe, São Tomé e Principe
Património Mundial UNESCO
Príncipe, São Tomé e Príncipe

Viagem ao Retiro Nobre da Ilha do Príncipe

A 150 km de solidão para norte da matriarca São Tomé, a ilha do Príncipe eleva-se do Atlântico profundo num cenário abrupto e vulcânico de montanha coberta de selva. Há muito encerrada na sua natureza tropical arrebatadora e num passado luso-colonial contido mas comovente, esta pequena ilha africana ainda abriga mais estórias para contar que visitantes para as escutar.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Personagens
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Tambores e tatoos
Praias
Taiti, Polinésia Francesa

Taiti Para lá do Clichê

As vizinhas Bora Bora e Maupiti têm cenários superiores mas o Taiti é há muito conotado com paraíso e há mais vida na maior e mais populosa ilha da Polinésia Francesa, o seu milenar coração cultural.
Hinduismo Balinês, Lombok, Indonésia, templo Batu Bolong, vulcão Agung em fundo
Religião
Lombok, Indonésia

Lombok: Hinduísmo Balinês Numa Ilha do Islão

A fundação da Indonésia assentou na crença num Deus único. Este princípio ambíguo sempre gerou polémica entre nacionalistas e islamistas mas, em Lombok, os balineses levam a liberdade de culto a peito
Train Fianarantsoa a Manakara, TGV Malgaxe, locomotiva
Sobre Carris
Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
Ponte u bein, Amarapura, Myanmar
Sociedade
Ponte u-BeinMyanmar

O Crepúsculo da Ponte da Vida

Com 1.2 km, a ponte de madeira mais antiga e mais longa do mundo permite aos birmaneses de Amarapura viver o lago Taungthaman. Mas 160 anos após a sua construção, U Bein está no seu crepúsculo.
Vendedores de fruta, Enxame, Moçambique
Vida Quotidiana
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Ovelhas e caminhantes em Mykines, ilhas Faroé
Vida Selvagem
Mykines, Ilhas Faroé

No Faroeste das Faroé

Mykines estabelece o limiar ocidental do arquipélago Faroé. Chegou a albergar 179 pessoas mas a dureza do retiro levou a melhor. Hoje, só lá resistem nove almas. Quando a visitamos, encontramos a ilha entregue aos seus mil ovinos e às colónias irrequietas de papagaios-do-mar.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.