Ogimashi, Japão

Uma Aldeia Fiel ao A


Luzes de Ogimachi
A aldeia de Ogimachi ilumina-se aos poucos à medida que a escuridão toma conta da região de Shirakawa-go.
Atalho rizícola
Visitantes e moradores percorrem um caminho entre arrozais secos e em frente a uma casa típica da aldeia.
“A” abrigado
Casa imponente de Ogimachi por detrás do arvoredo que envolve a aldeia, poucos dias antes dos primeiros nevões.
Tons de Outono
Cores outonais enfeitam a orla da floresta em redor da aldeia, junto a um abrigo agrícola.
Japão bucólico
Campos agrícolas com os primeiros tons de Outono, por detrás dos cedros típicos de Shirakawa-go.
Getas Baixas
Sandálias tradicionais nipónicas expostas para uso à entrada de uma pequena casa da povoação.
Água dos Deuses
Colheres colocadas numa fonte à entrada do templo xintoísta Hachiman-jinja.
Reverência xintoísta
Fiel ora em frente ao templo Hachiman-jinja, nas imediações de Ogimachi.
Coração de Ogimachi
Núcleo de edifícios centrais de Ogimachi, todos erguidos segundo os mesmos critérios arquitectónicos de resistência ao Inverno.
Sinal dos tempos
Letreiro nipónico com caracteres kanji em grande destaque na velha aldeia de Ogimachi.
No interior de Ogimachi
Morador e guia exemplifica a forma de vida tradicional dos habitantes de Ogimachi a um grupo de visitantes.
Aldeia com “A” grande
Casario em forma de A disperso no sopé das montanhas verdejantes de Ogimachi.
Estendal Picante
Malaguetas secam ao ar livre e dão mais cor a uma das casas típicas da aldeia.
Sem Pressas
Casal aguarda junto a um estendal de malaguetas no alpendre de madeira de uma das casas tradicionais de Ogimachi.
Tábuas Xintoístas
Mensagens em nipónico expostas num painel de madeira do templo Hachiman-jinja.
Ponte para lado nenhum
Velha ponte de ferro sobre um meandro do rio Shogawa, nas imediações de Ogimachi.
Requinte histórico
Recanto arquitectónico de um dos edifícios históricos de Ogimachi com a madeira esculpida em detalhes incríveis.
Rio de Outono
Meandro rochoso de um rio nas imediações de Shirakawa go, colorido pela folhagem outonal.
Alameda de todas as cores
Visitantes nipónicos cruzam-se na alameda principal de Ogimachi, sob as árvores coloridas pelo Outono.
Fogo Controlado
Casa gassho liberta fumo ao início da noite, provavelmente porque os moradores haviam começado a tratar do jantar.
Ogimashi revela uma herança fascinante da adaptabilidade nipónica. Situada num dos locais mais nevosos à face da Terra, esta povoação aperfeiçoou casas com verdadeiras estruturas anti-colapso.

Shirakawa-Go é, desde há muito, uma região eleita.

Começámos a descobri-la num documentário francês. Um comboio vencia o declive do percurso verdejante e solarengo da montanha. Logo, entrava num túnel, a meia-encosta.

Durante algum tempo, a imagem mantinha-se negra. A música que acompanhava o som do comboio parecia querer anunciar algo mas o narrador antecipa-se: “… et voilá … la vallée magique de Shirakawa-Go…”.

Saída do escuro, no outro lado da montanha, a composição revelava, então, o cenário encantador do vale do rio Sho-gawa, com as suas casitas longínquas em forma de A, semi-afundadas na neve.

O documentário manipulava a realidade. Apesar do crescimento inexorável das vias de comunicação japonesas, nenhum comboio dá ou alguma vez deu directamente para o vale mostrado a seguir ao túnel.

Aldeia com "A" grande, Shirakawa-go, Ogimachi, Japao, Aldeia das Casas em Gassho

Casas em forma de A gassho disperso no sopé das montanhas verdejantes de Ogimachi.

Ogimashi, Shirakawa-Go: um Refúgio Castigado pela Neve

Foi a inacessibilidade desta zona remota que atraiu os seus primeiros colonos, membros deslocados do clã Taira – praticamente aniquilado, em 1185, pelo clã rival Minamoto – que apostaram tudo em evitar novos confrontos mas tiveram que se defender do clima austero da região.

Isto, quase meio milénio antes da unificação do Japão conseguida pelo grande xógum do Japão, Ieyasu Tokugawa.

Shirakawa-Go continua a registar uma das maiores quedas anuais de neve do mundo. Com frequência, entre Dezembro e Abril, a intensidade e duração das tempestades isola-a do exterior do vale.

O clima impiedoso, a acumulação excessiva de neve que terá provocado o desabamento de várias das primeiras casas erguidas foram a inspiração forçada do estilo arquitectónico gassho-zukuri (mãos em oração).

Pintor, Shirakawa-go, Ogimachi, Japao, Aldeia das Casas em Gassho

Pintor aplica-se a retratar casas em A gassho de Ogimachi na sua tela.

As Casas Gassho-Zukuri que se Adaptaram aos Nevões

A construção gassho-zukuri foi aperfeiçoada com o passar dos séculos. Suporta, sobre estruturas fortes feitas de troncos de cedros, enormes telhados em V invertido e três ou quatro andares desenhados para alojar famílias extensas (às vezes de quase 30 pessoas).

Como é visível no maior de todos os gasshos de Shirakawa-Go, Wadanake – agora declarado Tesouro Nacional – as casas reservam ainda espaço para diversos tipos de armazenamentos e indústrias: sericultura no topo, produção de nitrato, (essencial para a produção de pólvora) abaixo do primeiro piso.

No interior de Ogimachi, Shirakawa-go, Ogimachi, Japao, Aldeia das Casas em Gassho

Morador e guia exemplifica a forma de vida tradicional dos habitantes nas casas A, em gassho, de Ogimachi a um grupo de visitantes.

Fazemos aqui um aparte para referir que a pólvora alterou uma balança de poder que era secular no Japão e se tornou vital para a sobrevivência dos xóguns (senhores feudais).

Começou a ser produzida em grande quantidade em Shirakawa-Go e restante província de Hida, pouco depois de as armas de fogo terem sido introduzidas no Japão, pelos mercadores portugueses, a partir de 1543.

Passado meio milénio, a história do país do sol nascente deu voltas e mais voltas. A mais importante de todas – também ela militar – acabou em tragédia. Melhor do que proclamou o ex-primeiro ministro Yoshida Shigeru, o Japão perdeu a 2ª Guerra Mundial mas ganhou a paz.

Por extensão, uma combinação entre prosperidade económica e equilíbrio social que é única à face da Terra.

Japão bucólico, Shirakawa-go, Ogimachi, Japao, Aldeia das Casas em Gassho

Campos agrícolas com os primeiros tons de Outono, por detrás dos cedros típicos de Shirakawa-go

A Invasão Nipónica e Fotográfica da Pitoresca Ogimashi

Não espanta, portanto, que, como os vemos, os senhores japoneses continuem bem armados.Na multidão que, aos fins de semana, flui entre os cento e dez gasshõs de Ogimachi, cruzam-se inúmeros de chefes de família abastados (muitos octogenários e nonagenários), munidos de modelos SLR Canon ou Nikon topo de gama.

Isto, apesar de os seus conhecimentos de fotografia pouco passarem da função On/Off.

Até nas mais paragens mais remotas deste bastião do consumismo se percebe que o dinheiro é abundante. Mesmo assim, a forma algo desalmada com que o Japão e os japoneses se habituaram a gerá-lo causou e continua a causar sérios revezes ambientalistas e paisagísticos.

A abrigado, Shirakawa-go, Ogimachi, Japao, Aldeia das Casas em Gassho

Casa imponente de Ogimachi por detrás do arvoredo que envolve a aldeia, poucos dias antes dos primeiros nevões

Nem Shirakawa-Go nem Hida, em geral, parecem estar a salvo.

Shirakawa já era um importante destino turístico antes de a UNESCO ter aceite Ogimachi e Ainokura na lista do Património Mundial. A partir da classificação, no entanto, a fama da região e o número de visitantes aumentaram de forma exponencial.

Contribuiu para o processo a conhecida predisposição social japonesa para os comportamentos de grupo.

Multidão, Shirakawa-go, Ogimachi, Japao, Aldeia das Casas em Gassho

Visitantes nipónicos cruzam-se na alameda principal de Ogimachi, sob as árvores coloridas pelo Outono.

À medida que os autocarros de excursão descarregavam mais e mais pessoas, aliciados pelo lucro, muitos dos proprietários de gasshos transformaram-nos em lojas de recordações. E, aos terrenos em redor, em pequenos parques de estacionamento pagos.

Estas e outras atrocidades culturais fizeram com que a UNESCO ameaçasse com a desclassificação que, à data da criação deste texto, estava em julgamento.

Tábuas Xintoístas, Shirakawa-go, Ogimachi, Japao, Aldeia das Casas em Gassho

Mensagens em nipónico expostas num painel de madeira do templo Hachiman-jinja.

O Encanto Outonal Alternativo de Ogimashi, em Dias Menos Populares

Apesar do revês, a região de Shirakawa-Go e, sobretudo, Ogimachi têm o seu indiscutível encanto. Esse encanto só aumenta se forem visitados de Segunda a Sexta enquanto os japoneses trabalham.

Se o quiser confirmar, experimente observar Ogimachi do alto do ponto de observação do casario de Ogimashi, o Shiroyama Tenbodai.

De preferência, bem cedo ou ao fim do dia quando as excursões estão ausentes e o cenário bucólico dos campos cultivados e da floresta em redor – possivelmente envolto numa névoa suavizante – exibe todo o seu esplendor.

Luzes de Ogimachi, Shirakawa-go, Ogimachi, Japao, Aldeia das Casas em Gassho

A aldeia de Ogimachi ilumina-se aos poucos à medida que a escuridão toma conta da região de Shirakawa-go.

Durante o Outono, parte da área entre Gokayama e Tokayama, destaca-se pelo exotismo vermelho-amarelado das suas montanhas arborizadas, exuberantes quando os raios de sol nelas incidem, ou empasteladas quando está enevoado ou chove.

A paisagem só não é divinal porque foi vitima da mesma falta de sensibilidade que prejudicou Shirakawa Go, desta feita, a um nível governamental.

A Modernidade Estrutural que Afecta a Beleza do Japão Rural

Como explica Alex Kerr no seu livro “Lost Japan”, a determinação nacional de fazer o país “funcionar” e facturar, em conjunto com a grande densidade populacional – são 130 milhões de habitantes num país de montanhas –  tem causado a sua destruição.

Ao volante, ao longo da estrada 158 e entre incontáveis e intermináveis túneis, essa mácula surge-nos sob a forma de uma floresta de postes de alta tensão e cabos, sopés de encostas e margens de rios cimentadas, sequências surreais de barragens, plantações introduzidas de cedros etc. etc.

Rio de Outono, Shirakawa-go, Ogimachi, Japao, Aldeia das Casas em Gassho

Meandro rochoso de um rio nas imediações de Shirakawa go, colorido pela folhagem outonal.

Com o tempo, habituamo-nos a apreciar os cenários com uma espécie de filtro visual. No templo Hachiman Jinja, para cúmulo do inesperado, convivemos com os Kigurumis (personagens vivas) da saga vídeo-animé Higurashi No Naku Koro Ni

Quando partimos de volta a Takayama, os gasshos soltam fumo branco com cheiro a lenha.

Fogo Controlado, Shirakawa-go, Ogimachi, Japao, Aldeia das Casas em Gassho

Casa gassho liberta fumo ao início da noite, provavelmente porque os moradores haviam começado a tratar do jantar.

A noite cai de vez sobre o vale e os telhados em A de Shirakawa-go.

Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Casario

Lares Doces Lares

Poucas espécies são mais sociais e gregárias que a humana. O Homem tende emular outros lares doces lares do mundo. Alguns desses casarios revelam-se impressionantes.
Takayama, Japão

Takayama do Japão Antigo e da Hida Medieval

Em três das suas ruas, Takayama retém uma arquitectura tradicional de madeira e concentra velhas lojas e produtoras de saquê. Em redor, aproxima-se dos 100.000 habitantes e rende-se à modernidade.
Quioto, Japão

Um Japão Milenar Quase Perdido

Quioto esteve na lista de alvos das bombas atómicas dos E.U.A. e foi mais que um capricho do destino que a preservou. Salva por um Secretário de Guerra norte-americano apaixonado pela sua riqueza histórico-cultural e sumptuosidade oriental, a cidade foi substituída à última da hora por Nagasaki no sacrifício atroz do segundo cataclismo nuclear.
Magome-Tsumago, Japão

Magome a Tsumago: o Caminho Sobrelotado Para o Japão Medieval

Em 1603, o xogum Tokugawa ditou a renovação de um sistema de estradas já milenar. Hoje, o trecho mais famoso da via que unia Edo a Quioto é percorrido por uma turba ansiosa por evasão.
Ogimashi, Japão

Um Japão Histórico-Virtual

Higurashi no Naku Koro ni” foi uma série de animação nipónica e jogo de computador com enorme sucesso. Em Ogimashi, aldeia de Shirakawa-Go, convivemos com um grupo de kigurumis das suas personagens.
Okinawa, Japão

Danças de Ryukyu: têm séculos. Não têm grandes pressas.

O reino Ryukyu prosperou até ao século XIX como entreposto comercial da China e do Japão. Da estética cultural desenvolvida pela sua aristocracia cortesã contaram-se vários estilos de dança vagarosa.
Miyajima, Japão

Xintoísmo e Budismo ao Sabor das Marés

Quem visita o tori de Itsukushima admira um dos três cenários mais reverenciados do Japão. Na ilha de Miyajima, a religiosidade nipónica confunde-se com a Natureza e renova-se com o fluir do Mar interior de Seto.
Iriomote, Japão

Iriomote, uma Pequena Amazónia do Japão Tropical

Florestas tropicais e manguezais impenetráveis preenchem Iriomote sob um clima de panela de pressão. Aqui, os visitantes estrangeiros são tão raros como o yamaneko, um lince endémico esquivo.
Nikko, Japão

O Derradeiro Cortejo do Xogum Tokugawa

Em 1600, Ieyasu Tokugawa inaugurou um xogunato que uniu o Japão por 250 anos. Em sua homenagem, Nikko re-encena, todos os anos, a transladação medieval do general para o mausoléu faustoso de Toshogu.
Nara, Japão

O Berço Colossal do Budismo Nipónico

Nara deixou, há muito, de ser capital e o seu templo Todai-ji foi despromovido. Mas o Grande Salão mantém-se o maior edifício antigo de madeira do Mundo. E alberga o maior buda vairocana de bronze.
Okinawa, Japão

O Pequeno Império do Sol

Reerguida da devastação causada pela 2ª Guerra Mundial, Okinawa recuperou a herança da sua civilização secular ryukyu. Hoje, este arquipélago a sul de Kyushu abriga um Japão à margem, prendado por um oceano Pacífico turquesa e bafejado por um peculiar tropicalismo nipónico.
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
Tóquio, Japão

Pachinko: o Vídeo - Vício Que Deprime o Japão

Começou como um brinquedo mas a apetência nipónica pelo lucro depressa transformou o pachinko numa obsessão nacional. Hoje, são 30 milhões os japoneses rendidos a estas máquinas de jogo alienantes.
Hiroxima, Japão

Hiroxima: uma Cidade Rendida à Paz

Em 6 de Agosto de 1945, Hiroxima sucumbiu à explosão da primeira bomba atómica usada em guerra. Volvidos 70 anos, a cidade luta pela memória da tragédia e para que as armas nucleares sejam erradicadas até 2020.
Tóquio, Japão

Ronronares Descartáveis

Tóquio é a maior das metrópoles mas, nos seus apartamentos exíguos, não há lugar para mascotes. Empresários nipónicos detectaram a lacuna e lançaram "gatis" em que os afectos felinos se pagam à hora.
Tóquio, Japão

O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
Tóquio, Japão

O Imperador sem Império

Após a capitulação na 2ª Guerra Mundial, o Japão submeteu-se a uma constituição que encerrou um dos mais longos impérios da História. O imperador japonês é, hoje, o único monarca a reinar sem império.
Tóquio, Japão

À Moda de Tóquio

No ultra-populoso e hiper-codificado Japão, há sempre espaço para mais sofisticação e criatividade. Sejam nacionais ou importados, é na capital que começam por desfilar os novos visuais nipónicos.
Quioto, Japão

Uma Fé Combustível

Durante a celebração xintoísta de Ohitaki são reunidas no templo de Fushimi preces inscritas em tabuínhas pelos fiéis nipónicos. Ali, enquanto é consumida por enormes fogueiras, a sua crença renova-se.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
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Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
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No mapa mundo, para sul do famoso pantanal brasileiro, surge uma região alagada pouco conhecida mas quase tão vasta e rica em biodiversidade. A expressão guarani Y berá define-a como “águas brilhantes”. O adjectivo ajusta-se a mais que à sua forte luminância.
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Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

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Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
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No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.