Real de Catorce, San Luís Potosi, México

A Depreciação da Prata que Levou à do Pueblo (Parte II)


A Capela de Guadalupe
Capela de Guadalupe entre arbustos do deserto.
O Casario
Edifícios de Real de Catorce disseminados entre encostas.
Cavalgada de Josué
Dono de cavalos passa sob uma grande árvore de Josué.
A Capela de Guadalupe
Capela de Guadalupe acima do cemitério de Real de Catorce.
Sepultura abençoada
Cristo de barro abençoa o cemitério de Real de Catorce
O Olhar do Coiote
Coiote detém-se num caminho acima de Real de Catorce.
Venda do Índio
Indígena trajado a rigor vende artesanato no centro de Real de Catorce.
O Letreiro do Pueblo
Visitantes passam por um letreiro comemorativo de Real de Catorce.
Hacienda de Benefício Abandonada
Ruína da Hacienda de Benefício, uma das explorações mineiras de Real de Catorce.
Casario do Deserto
O casario de Real de Catorce, de um ponto de vista pejado de cactos.
Pueblo Fantasma
Outra perspectiva das ruínas da Hacienda de Benefício, uma das explorações mineiras de Real de Catorce.
Kimberly, a Quinceñera
Uma quincenera (jovem que cumpre 15 anos) numa sessão fotográfica próximo do cemitério da povoação.
Ogarrio
Luz artificial ilumina a saída do túnel de Ogarrio.
Com a viragem para o século XX, o valor do metal precioso bateu no fundo. De povoação prodigiosa, Real de Catorce passou a fantasma. Ainda à descoberta, exploramos as ruínas das minas na sua origem e o encanto do Pueblo ressuscitado.

Entrámos em Real de Catorce pelo seu túnel. Ao túnel decidimos regressar.

A travessia pioneira tinha-se provado, afinal, demasiado rápida e insípida. Um túnel com o passado e a história do Ogarrio merecia outro tipo de atenção.

Ao chegarmos à boca do lado do povoado, a fila de veículos em espera para o deixarem é curta.

De walkie-talkie na mão, vigia-a Norma Martinéz, uma das seis raparigas encarregues de regerem as entradas e saídas, de evitarem travessias simultâneas em sentidos opostos e, consequentes colisões.

Norma começa por estranhar o facto por ali cirandarmos. Quando metemos conversa, percebe que podia falar connosco em castelhano e à vontade.

Tranquiliza-se. Responde-nos, sem cerimónias, às sucessivas questões. “Porque é somos todas raparigas? Pois, isso não sei, acho que a ideia também foi contribuirmos para um acolhimento mais simpático de Real.

Agora somos seis. Umas trabalham no turno da manhã. As outras, no da tarde, até às onze da noite. A partir dessa hora, as pessoas atravessam por sua conta.”

O último dos carros chega do outro lado da montanha. Norma, interrompe. Dá o OK para a fila próxima prosseguir. Pouco interessados em percorrermos os 2300m do túnel a pé, com os carros a passarem à razia, abordamos uma família prestes a arrancar.

À boa maneira mexicana, anuem, de imediato, a levar-nos até ao lado de lá.

Fazemo-lo numa cavaqueira bem-disposta. Interessava-nos, para começar, aquele extremo do túnel, devido à capela que o abençoa e que, antes, abençoava os trabalhos nas minas.

A Obra Monumental mas Tardia do Túnel de Ogarrio

O túnel de Ogarrio foi mandado escavar por Vicente Irizar Aróstegui, natural de Ogarrio, a oeste de Bilbau, Cantábria.

Anos antes, em 1895, o presidente mexicano Porfírio Diaz marcou presença em Real de Catorce, para a inauguração de maquinaria encomendada em São Francisco, Estados Unidos, que potenciaria a extração de prata das minas de Santa Ana, umas das mais lucrativas.

Ao chegar, Porfírio Diaz viu-se obrigado a montar a cavalo acima e abaixo da serra de Catorce que esconde a povoação.

Desta pena a que obrigaram o líder da jovem nação, terá tido origem a ideia de abrirem o túnel, a partir do socavão já existente da mina e hacienda Dolores Trompeta.

A obra durou de 1897 a 1901.

Na sua extensão, o túnel contava com ligações às minas que facilitavam o despacho de rejeito de minério e o escoamento da prata para as chamadas haciendas de benefício que as autoridades definiam para transformar a prata em bruto, para dela extraírem chumbo e outros metais não preciosos.

De um Lado para o Outro do Túnel

Caminhamos até à capela próxima da entrada no túnel.

Posicionamo-nos num ponto mais largo, propício a fazermos as nossas fotos daquela espécie de gruta escavada à mão a que, para destoar, a iluminação artificial conferia um tom dourado.

real de Catorce, San Luís Potosi, México, túnel Ogarrio

Uma vez satisfeitos, regressamos ao ponto de partida também ele bendito por uma imagem da Señora de las Dolores.

Com outra fila de veículos à mercê, voltamos a conseguir boleia em três tempos. Na caixa da carrinha pick up de Sebastian e família, que viajavam apontados a uns dias de evasão em Real de Catorce.

Filmamos todo o trajecto. Os jogos de luz gerados pelas luzes no tecto em interacção com as dos carros. Quando espreitamos a cabine da pick up, reparamos que Sebastian e os seus faziam o mesmo, cada passageiro com o seu telefone.

De volta ao céu aberto, descemos e agradecemos a gentileza. Despedimo-nos de Sebastian. E de Norma Martínez, que resistia no seu plantão.

Da boca do túnel, orientamo-nos para o caminho de montanha quase contíguo que conduz às minas abandonadas.

Hoje, cavalgam-no os milhares de visitantes que cedem às sugestões dos vaqueros de Real, em permanente promoção dos seus passeios guiados.

Em Busca do Pueblo Fantasma Acima de Real de Catorce

A nós, tinha-nos parecido mais adequado subirmos a pé. Depressa colhemos recompensas da decisão.

Logo no início, conseguimos fotografar um desses vaqueros que rebocava cavalos, no momento em que passava por uma das maiores árvores de Josué que até hoje vimos.

A pouco e pouco, a ladeira revela-nos o casario, vasto, mas compacto de Real de Catorce, coroado pela Parróquia de la Purísima Concepción.

Aqui e ali, visto entre cactos, outras árvores de Josué e arbustos do deserto afins.

Umas primeiras ruínas deixam-nos confusos. Decididos a que não podia ser só aquilo, internamo-nos pelo cimo da serrania.

Uma rampa empedrada desponta do caminho. Quando a seguimos com os olhos, detectamos um coiote.

Deambulante, a criatura detém-se. Examina-nos.

Logo, retoma os seus passos. Volta a parar sobre a ladeira, a apreciar-nos.

Só se afasta de vez quando esboçamos uma aproximação que nos permitiria melhores imagens.

As ruínas de uma das haciendas mineiras não tardam, ainda conspurcadas por manchas de mercúrio e outros desperdícios e detritos de que se projectam cactos e velhas chaminés.

Todo um pueblo abandonado e fantasma, assim o tratam os nativos de Real de Catorce, também conscientes de que a terminologia incita os visitantes a pagar os passeios a cavalo.

O tratamento parece ter-se alastrado a Real de Catorce, em geral. Com os seus quase 1400 habitantes actuais e 570 mil visitantes registados, durante 2021 – um recorde absoluto em ano de pandemia – pueblo fantasma fará, agora, pouco sentido.

Nem sempre assim foi.

Real de Catorce: o Trambolhão do Valor da Prata que Ditou o Abandono

Em 1900, o governo dos Estados Unidos decretou o término do chamado bimetalismo e decretou que o dólar americano ficaria indexado ao valor do ouro.

De um momento para o outro, a cotação do ouro disparou. A da prata colapsou para números nunca antes contemplados.

Como se não bastasse, a mineração dos filões mais acessíveis de Real de Catorce tinha-se já esgotado. A sua continuação provava-se complexa e custosa.

Confrontados com esta liga condenadora de factores, os proprietários das haciendas decidiram deixar a povoação e a região.

Os seus empregados e mineiros seguiram-lhes o exemplo.

Uns poucos anos depois, só sobrava um punhado de habitantes resistentes à mudança, que subsistiam de alguma prata que conseguiam extrair e – em vez de, como antes, ceder aos patrões – vender.

Foi essa a altura do verdadeiro pueblo fantasma de Real de Catorce.

Retornamos à orla da encosta, com vista sobre a povoação. Vemos o sol prestes a esparramar-se para lá do casario e do Deserto de Chihuahua.

Como o grande astro, também a temperatura descia a pique.

O Regresso Nocturno à Povoação

Resistimos a admirar Real de Catorce a responder ao breu, com uma miríade de luzinhas geradoras de dourado nas fachadas e paredes.

real de Catorce, San Luís Potosi, México, natal

Quando a abóbada celeste se estrelava já quase em todo o seu esplendor, inauguramos um regresso atabalhoado à vila, na cauda de uma comitiva de cavaleiros, aos tropeções e repelões.

Na esquina da Calle Lanzagorta com a Morelos, o logotipo do RealBucks Café, emulado do famoso Starbucks, brilhava como nunca.

A postos nas suas bancas, vendedores ofereciam champurrado e atoles bem quentes, alternativas aconchegantes, populares por todo o México.

Partilhamos um de cada, indecisos quanto a qual era afinal a bebida tradicional que preferíamos.

Extenuados dos 12km íngremes do dia, abrigamo-nos e recuperamos energias no quarto do hotel Ruínas del Real.

Real de Catorce: o Palenque, o Cemitério e a Capela de Guadalupe

A alvorada traz novo dia solarengo. Dedicamo-lo a explorar uma outra ala do pueblo de que pouco ou nada conhecíamos. De início, numa demanda desesperante do palenque de galos local.

Ergueu-o, num pretenso estilo romano, sem par no país, um aficionado de combates de galos de nome Diego González Lavin, de maneira a lucrar com um dos passatempos que, a par das touradas, melhor entretinha os mineiros.

Recuperado em 1977, o palenque permanece escondido e protegido atrás de portas enormes que, por fim, nos abriram os responsáveis do turismo de Real de Catorce.

Do palenque, apontamos ao cemitério de Real.

A Morte e a Celebração da Juventude Quiceñera

Quando lá chegamos, decorre um funeral.

É celebrado e tocado com guitarras, trompetes e outros instrumentos de sopro, uns temas metálicos e estridentes a seguir aos outros, com pausas que pensávamos serem o fim da cerimónia, mas que davam sempre lugar a uns quantos mais.

Há muito que os moradores de Real de Catorce são sepultados em redor da capela de Guadalupe. O piso do templo conta, inclusive, com pedras de campas que identificam alguns dos espanhóis pioneiros destas partes.

A comitiva lutuosa comemorava assim a morte, entre estatuetas de Cristo e flores de plástico garridas.

Ao mesmo tempo, logo abaixo, com vista para outra encosta pejada de árvores de Josué, Paris Kimberly, visitante da povoação vizinha de Cedral celebrava a juventude da sua vida.

Posava, enfiada num vestido escarlate, para uma roda-viva de fotografias familiares.

À beira do fim-de-semana, a nova multidão traria muitas mais quinceñeras e seus séquitos prospectores de diversão.

ONDE FICAR EM REAL DE CATORCE

hotelruinasdelreal.com

hotelpalaciodelgambusino.com

Real de Catorce, San Luís Potosi, México

De Filão da Nova Espanha a Pueblo Mágico Mexicano

No início do século XIX, era uma das povoações mineiras que mais prata garantia à Coroa Espanhola. Um século depois, a prata tinha-se desvalorizado de tal maneira que Real de Catorce se viu abandonada. A sua história e os cenários peculiares filmados por Hollywood, cotaram-na uma das aldeias preciosas do México.
Goiás Velho, Brasil

Um Legado da Febre do Ouro

Dois séculos após o apogeu da prospecção, perdida no tempo e na vastidão do Planalto Central, Goiás estima a sua admirável arquitectura colonial, a riqueza supreendente que ali continua por descobrir.
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
San Cristobal de las Casas a Campeche, México

Uma Estafeta de Fé

Equivalente católica da Nª Sra. de Fátima, a Nossa Senhora de Guadalupe move e comove o México. Os seus fiéis cruzam-se nas estradas do país, determinados em levar a prova da sua fé à patrona das Américas.
Campeche, México

Há 200 Anos a Brincar com a Sorte

No fim do século XVIII, os campechanos renderam-se a um jogo introduzido para esfriar a febre das cartas a dinheiro. Hoje, jogada quase só por abuelitas, a loteria local pouco passa de uma diversão.
Cobá a Pac Chen, México

Das Ruínas aos Lares Maias

Na Península de Iucatão, a história do segundo maior povo indígena mexicano confunde-se com o seu dia-a-dia e funde-se com a modernidade. Em Cobá, passámos do cimo de uma das suas pirâmides milenares para o coração de uma povoação dos nossos tempos.
Champotón, México

Rodeo Debaixo de Sombreros

Champoton, em Campeche, acolhe uma feira honra da Virgén de La Concepción. O rodeo mexicano sob sombreros local revela a elegância e perícia dos vaqueiros da região.
Tulum, México

A Mais Caribenha das Ruínas Maias

Erguida à beira-mar como entreposto excepcional decisivo para a prosperidade da nação Maia, Tulum foi uma das suas últimas cidades a sucumbir à ocupação hispânica. No final do século XVI, os seus habitantes abandonaram-na ao tempo e a um litoral irrepreensível da península do Iucatão.
Campeche, México

Campeche Sobre Can Pech

Como aconteceu por todo o México, os conquistadores chegaram, viram e venceram. Can Pech, a povoação maia, contava com quase 40 mil habitantes, palácios, pirâmides e uma arquitetura urbana exuberante, mas, em 1540, subsistiam menos de 6 mil nativos. Sobre as ruínas, os espanhóis ergueram Campeche, uma das mais imponentes cidades coloniais das Américas.
Izamal, México

A Cidade Mexicana, Santa, Bela e Amarela

Até à chegada dos conquistadores espanhóis, Izamal era um polo de adoração do deus Maia supremo Itzamná e Kinich Kakmó, o do sol. Aos poucos, os invasores arrasaram as várias pirâmides dos nativos. No seu lugar, ergueram um grande convento franciscano e um prolífico casario colonial, com o mesmo tom solar em que a cidade hoje católica resplandece.
Iucatão, México

A Lei de Murphy Sideral que Condenou os Dinossauros

Cientistas que estudam a cratera provocada pelo impacto de um meteorito há 66 milhões de anos chegaram a uma conclusão arrebatadora: deu-se exatamente sobre uma secção dos 13% da superfície terrestre suscetíveis a tal devastação. Trata-se de uma zona limiar da península mexicana de Iucatão que um capricho da evolução das espécies nos permitiu visitar.
Uxmal, Iucatão, México

A Capital Maia que Se Empilhou Até ao Colapso

O termo Uxmal significa construída três vezes. Na longa era pré-Hispânica de disputa do mundo Maia, a cidade teve o seu apogeu, correspondente ao cimo da Pirâmide do Adivinho no seu âmago. Terá sido abandonada antes da Conquista Espanhola do Iucatão. As suas ruínas são das mais intactas da Península do Iucatão.
Mérida, México

A Mais Exuberante das Méridas

Em 25 a.C, os romanos fundaram Emerita Augusta, capital da Lusitânia. A expansão espanhola gerou três outras Méridas no mundo. Das quatro, a capital do Iucatão é a mais colorida e animada, resplandecente de herança colonial hispânica e vida multiétnica.
San Cristóbal de Las Casas, México

O Lar Doce Lar da Consciência Social Mexicana

Maia, mestiça e hispânica, zapatista e turística, campestre e cosmopolita, San Cristobal não tem mãos a medir. Nela, visitantes mochileiros e activistas políticos mexicanos e expatriados partilham uma mesma demanda ideológica.
Campeche, México

Um Bingo tão lúdico que se joga com bonecos

Nas noites de sextas um grupo de senhoras ocupam mesas do Parque Independencia e apostam ninharias. Os prémios ínfimos saem-lhes em combinações de gatos, corações, cometas, maracas e outros ícones.

Cidade do México, México

Alma Mexicana

Com mais de 20 milhões de habitantes numa vasta área metropolitana, esta megalópole marca, a partir do seu cerne de zócalo, o pulsar espiritual de uma nação desde sempre vulnerável e dramática.

Iucatão, México

O Fim do Fim do Mundo

O dia anunciado passou mas o Fim do Mundo teimou em não chegar. Na América Central, os Maias da actualidade observaram e aturaram, incrédulos, toda a histeria em redor do seu calendário.
Barrancas del Cobre, Chihuahua, México

O México Profundo das Barrancas del Cobre

Sem aviso, as terras altas de Chihuahua dão lugar a ravinas sem fim. Sessenta milhões de anos geológicos sulcaram-nas e tornaram-nas inóspitas. Os indígenas Rarámuri continuam a chamar-lhes casa.
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Chihuahua, México

¡ Ay Chihuahua !

Os mexicanos adaptaram a expressão como uma das suas preferidas manifestações de surpresa. À descoberta da capital do estado homónimo do Noroeste, exclamamo-la amiúde.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Hipopótamo exibe as presas, entre outros
Safari
PN Mana Pools, Zimbabwé

O Zambeze no Cimo do Zimbabwé

Passada a época das chuvas, o minguar do grande rio na fronteira com a Zâmbia lega uma série de lagoas que hidratam a fauna durante a seca. O Parque Nacional Mana Pools denomina uma região fluviolacustre vasta, exuberante e disputada por incontáveis espécimes selvagens.
Jovens percorrem a rua principal de Chame, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
hacienda mucuyche, Iucatão, México, canal
Arquitectura & Design
Iucatão, México

Entre Haciendas e Cenotes, pela História do Iucatão

Em redor da capital Mérida, para cada velha hacienda henequenera colonial há pelo menos um cenote. Com frequência, coexistem e, como aconteceu com a semi-recuperada Hacienda Mucuyché, em duo, resultam nalguns dos lugares mais sublimes do sudeste mexicano.

Salto Angel, Rio que cai do ceu, Angel Falls, PN Canaima, Venezuela
Aventura
PN Canaima, Venezuela

Kerepakupai, Salto Angel: O Rio Que Cai do Céu

Em 1937, Jimmy Angel aterrou uma avioneta sobre uma meseta perdida na selva venezuelana. O aventureiro americano não encontrou ouro mas conquistou o baptismo da queda d'água mais longa à face da Terra
Salto para a frente, Naghol de Pentecostes, Bungee Jumping, Vanuatu
Cerimónias e Festividades
Pentecostes, Vanuatu

Naghol de Pentecostes: Bungee Jumping para Homens a Sério

Em 1995, o povo de Pentecostes ameaçou processar as empresas de desportos radicais por lhes terem roubado o ritual Naghol. Em termos de audácia, a imitação elástica fica muito aquém do original.
Nissan, Moda, Toquio, Japao
Cidades
Tóquio, Japão

À Moda de Tóquio

No ultra-populoso e hiper-codificado Japão, há sempre espaço para mais sofisticação e criatividade. Sejam nacionais ou importados, é na capital que começam por desfilar os novos visuais nipónicos.
Cacau, Chocolate, Sao Tome Principe, roça Água Izé
Comida
São Tomé e Príncipe

Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate

No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
Garranos galopam pelo planalto acima de Castro Laboreiro, PN Peneda-Gerês, Portugal
Cultura
Castro Laboreiro, Portugal  

Do Castro de Laboreiro à Raia da Serra Peneda – Gerês

Chegamos à (i) eminência da Galiza, a 1000m de altitude e até mais. Castro Laboreiro e as aldeias em redor impõem-se à monumentalidade granítica das serras e do Planalto da Peneda e de Laboreiro. Como o fazem as suas gentes resilientes que, entregues ora a Brandas ora a Inverneiras, ainda chamam casa a estas paragens deslumbrantes.
arbitro de combate, luta de galos, filipinas
Desporto
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Caiaquer no lago Sinclair, Cradle Mountain - Lake Sinclair National Park, Tasmania, Austrália
Em Viagem
À Descoberta de Tassie, Parte 4 -  Devonport a Strahan, Austrália

Pelo Oeste Selvagem da Tasmânia

Se a quase antípoda Tazzie já é um mundo australiano à parte, o que dizer então da sua inóspita região ocidental. Entre Devonport e Strahan, florestas densas, rios esquivos e um litoral rude batido por um oceano Índico quase Antárctico geram enigma e respeito.
Lifou, Ilhas Lealdade, Nova Caledónia, Mme Moline popinée
Étnico
Lifou, Ilhas Lealdade

A Maior das Lealdades

Lifou é a ilha do meio das três que formam o arquipélago semi-francófono ao largo da Nova Caledónia. Dentro de algum tempo, os nativos kanak decidirão se querem o seu paraíso independente da longínqua metrópole.
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

A Vida Lá Fora

Hiroxima, cidade rendida à paz, Japão
História
Hiroxima, Japão

Hiroxima: uma Cidade Rendida à Paz

Em 6 de Agosto de 1945, Hiroxima sucumbiu à explosão da primeira bomba atómica usada em guerra. Volvidos 70 anos, a cidade luta pela memória da tragédia e para que as armas nucleares sejam erradicadas até 2020.
Orangozinho, Rio Canecapane, Parque Naciona Orango, Bijagós, Guiné Bissau
Ilhas
Cruzeiro Africa Princess, 2º Orangozinho, Bijagós, Guiné Bissau

Orangozinho e os Confins do PN Orango

Após uma primeira incursão à ilha Roxa, zarpamos de Canhambaque para um fim de dia à descoberta do litoral no fundo vasto e inabitado de Orangozinho. Na manhã seguinte, navegamos rio Canecapane acima, em busca da grande tabanca da ilha, Uite.
lago ala juumajarvi, parque nacional oulanka, finlandia
Inverno Branco
Kuusamo ao PN Oulanka, Finlândia

Sob o Encanto Gélido do Árctico

Estamos a 66º Norte e às portas da Lapónia. Por estes lados, a paisagem branca é de todos e de ninguém como as árvores cobertas de neve, o frio atroz e a noite sem fim.
Visitantes da casa de Ernest Hemingway, Key West, Florida, Estados Unidos
Literatura
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Rede em Palmeiras, Praia de Uricao-Mar das caraibas, Venezuela
Natureza
PN Henri Pittier, Venezuela

PN Henri Pittier: entre o Mar das Caraíbas e a Cordilheira da Costa

Em 1917, o botânico Henri Pittier afeiçoou-se à selva das montanhas marítimas da Venezuela. Os visitantes do parque nacional que este suíço ali criou são, hoje, mais do que alguma vez desejou
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Terraços de Sistelo, Serra do Soajo, Arcos de Valdevez, Minho, Portugal
Parques Naturais
Sistelo, Peneda-Gerês, Portugal

Do “Pequeno Tibete Português” às Fortalezas do Milho

Deixamos as fragas da Srª da Peneda, rumo a Arcos de ValdeVez e às povoações que um imaginário erróneo apelidou de Pequeno Tibete Português. Dessas aldeias socalcadas, passamos por outras famosas por guardarem, como tesouros dourados e sagrados, as espigas que colhem. Caprichoso, o percurso revela-nos a natureza resplandecente e a fertilidade verdejante destas terras da Peneda-Gerês.
Ao fim da tarde
Património Mundial UNESCO
Ilha de Moçambique, Moçambique  

A Ilha de Ali Musa Bin Bique. Perdão, de Moçambique

Com a chegada de Vasco da Gama ao extremo sudeste de África, os portugueses tomaram uma ilha antes governada por um emir árabe a quem acabaram por adulterar o nome. O emir perdeu o território e o cargo. Moçambique - o nome moldado - perdura na ilha resplandecente em que tudo começou e também baptizou a nação que a colonização lusa acabou por formar.
aggie grey, Samoa, pacífico do Sul, Marlon Brando Fale
Personagens
Apia, Samoa Ocidental

A Anfitriã do Pacífico do Sul

Vendeu burgers aos GI’s na 2ª Guerra Mundial e abriu um hotel que recebeu Marlon Brando e Gary Cooper. Aggie Grey faleceu em 1988 mas o seu legado de acolhimento perdura no Pacífico do Sul.
Cahuita, Costa Rica, Caribe, praia
Praias
Cahuita, Costa Rica

Um Regresso Adulto a Cahuita

Durante um périplo mochileiro pela Costa Rica, de 2003, deliciamo-nos com o aconchego caribenho de Cahuita. Em 2021, decorridos 18 anos, voltamos. Além de uma esperada, mas comedida modernização e hispanização do pueblo, pouco mais tinha mudado.
Monte Lamjung Kailas Himal, Nepal, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Religião
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Executivos dormem assento metro, sono, dormir, metro, comboio, Toquio, Japao
Sobre Carris
Tóquio, Japão

Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
Salão de Pachinko, video vício, Japão
Sociedade
Tóquio, Japão

Pachinko: o Vídeo – Vício Que Deprime o Japão

Começou como um brinquedo mas a apetência nipónica pelo lucro depressa transformou o pachinko numa obsessão nacional. Hoje, são 30 milhões os japoneses rendidos a estas máquinas de jogo alienantes.
Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Vida Quotidiana
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Tombolo e Punta Catedral, Parque Nacional Manuel António, Costa Rica
Vida Selvagem
PN Manuel António, Costa Rica

O Pequeno-Grande Parque Nacional da Costa Rica

São bem conhecidas as razões para o menor dos 28 parques nacionais costarriquenhos se ter tornado o mais popular. A fauna e flora do PN Manuel António proliferam num retalho ínfimo e excêntrico de selva. Como se não bastasse, limitam-no quatro das melhores praias ticas.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.