Masai Mara, Quénia

Reserva Masai Mara: De Viagem pela Terra Masai


Convívio masai
Francis, o jovem chefe da aldeia de Mkama e amigos, conversam afavelmente.
Repouso real
Jovem leão descansa sobre uma pequena termiteira com vegetação no topo.
Perigo de Morte
Aviso decorativo e orgânico alerta para o perigo de aproximação às margens do rio Mara sem guias qualificados.
Reciprocidade listada
Zebras coçam-se mutuamente sobre a savana de Masai Mara.
Pastorícia audaz
Masai conduz uma manada de vacas em território sondado por vários dos predadores de Masai Mara.
Fúria felina
Jovem leão exibe o seu desagrado pela aproximação não autorizada de um outro.
Abetarda-gigante
Um espécime da ave voadora mais pesada de África assume uma estranha pose gráfica subsumida na erva alta da savana.
À fogueira, dentro de casa
Chefe da aldeia masai de Mkama, Francis Ole Timan observa uma das suas várias esposas a preparar chá sobre uma fogueira no interior da sua cabana.
Corrida nas alturas
Girafas avançam em manada para um charco no sopé de uma encosta ressequida.
Guardiães do rio
Babuínos à entrada de uma das pontes que cruzam o rio Mara.
Dança Masai Adomu
Jovens masai levam a cabo uma dança de boas-vindas à entrada da aldeia de Mkama.
Num alerta total
Impalas alarmadas com a possível aproximação de predadores.
Novidades da savana
Guias quenianos encontram-se num determinado ponto da reserva nacional de Masai Mara.
Sem fim à vista
Veículo percorre a savana vasta de Masai Mara por uma das suas estradas de terra batida.
Flora africana
Pequenas acácias disseminadas na savana semi-seca no limiar sudoeste de Masai-Mara.
Fogo à moda antiga
Jovens masai exibem a facilidade com que geram fogo com recurso apenas a uma das técnicas pré-históricas.
Prosperidade bovina
Masais no meio da manada de vacas da aldeia de Mkama. As vacas ainda são a forma de riqueza mais apreciada pelo povo masai.
Hora de Crepúsculo em Mara
Topis pastam junto a uma acácia solitária em mais um fim de dia da savana de Mara.
A savana de Mara tornou-se famosa pelo confronto entre os milhões de herbívoros e os seus predadores. Mas, numa comunhão temerária com a vida selvagem, são os humanos Masai que ali mais se destacam.

Quase trezentos quilómetros e sete horas depois de deixarmos Nairobi, chegamos, por fim, ao portal de Sekenani, uma de várias entradas do Masai Mara.

John Mulei deixa o jipe. Leva os papéis para verificação dos rangers.

Nós, saímos para desentorpecer as pernas. Vêmo-nos vítimas de um primeiro ataque. Um bando de mulheres masai cerca-nos. Tenta impingir-nos jóias e artefactos.

“Olhe aqui, olhe aqui! Muito bonitas, para a sua senhora!” atiram com óbvia mestria em marketing tribal.

Assim que podem, puxam pelo truque do romance e do cavalheirismo. “E que tal isto?” Indagam como solução de recurso, a exibirem-nos rungus, os bastões de madeira maciços que os guerreiros das suas tribos usam.

Não tínhamos sequer aterrado da viagem. Stressarmo-nos com compras era a última coisa que desejávamos. Confrontadas com esta óbvia relutância, as vendedoras reparam nas nossas máquinas fotográficas. Sugerem-nos as suas imagens. “Tirem-nos fotos. São só cinco dólares!”.

Por esta altura, já sabíamos de cor e salteado que registar qualquer imagem não furtiva dos Masai sem pagar era impossível.

E foi-nos bem mais difícil resistir ao exotismo das suas figuras esguias, das cabeças rapadas, dos trajes garridos e da panóplia de jóias que as enfeitam.

Tínhamos acabado de entrar no seu domínio. Outras oportunidades apareceriam.

Veículo percorre a savana vasta de Masai Mara por uma das suas estradas de terra batida.

John volta ao jipe. As mulheres enfiam as mãos pelas janelas. Batem nos vidros.

Mais que habituado àquela pressão, o guia manda-lhes uma boca qualquer no dialecto masai que – à parte do seu nativo kamba, do swahili, do inglês e de outras línguas daquelas partes de África – também aprendeu a usar.

Um Lodge perdido no Masai Mara

Partimos na direcção do lodge.

Almoçamos atrasados e à pressa. Só após nos instalamos na tenda requintada e acolhedora mas algo distante que nos calhara.

“Mais um pouco, ficávamos na Tanzânia” atiramos na brincadeira a dois empregados que nos vêem chegar ao aposento. “Se lá chegassem vivos!” responde um deles, bem disposto, a apontar para a cerca electrificada que impedia os animais de frequentarem o hotel.

De novo de saída, cruzamo-nos com um casal de dik-diks, amostras fugidias de antílopes que mal conseguíamos perceber na penumbra da vegetação densa.

Seriam os primeiros de vários espécimes da família de antílopes que avistaríamos nos dias seguintes.

Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, impalas

Impalas alarmadas com a possível aproximação de predadores.

Nuvens escuras como breu cobrem o céu. Levanta-se um vento que augura tempestade.

A Chuva de Monção que Move a Grande Migração dos Gnus e das Zebras

Num ápice, cai a única chuva que, em mais de três semanas do término da época seca sentimos irrigar o Quénia e a Tanzânia.

Apesar de ainda distantes, nas terras mais baixas e meridionais do contíguo Serengeti, os gnus já tinham iniciado a sua migração anual para o Masai Mara.

Sem que o esperássemos, apenas uns dias depois, cruzámo-nos com as suas manadas hiperbólicas, poeirentas e atarantadas.

Conscientes de que a meteorologia mudava, os leões ansiavam pela captura dos bois-cavalos, mais fácil e garantida que a das outras espécies que predam. Que as letais zebras, por exemplo.

Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, zebras

Zebras coçam-se mutuamente sobre a savana de Masai Mara.

Por sua vez, os visitantes do Masai Mara ansiavam por localizar grupos de leões.

John tenta-o à sua maneira. Mete-se a descer uma vertente por rodados que a vegetação alta tornara quase imperceptíveis. Detemo-nos sem aviso.

O guia perscruta o prado em redor. “Ora, parece-me que os achámos”, diz-nos com calma inusitada. Olhem aqui mesmo ao nosso lado.” De facto, um casal dormitava subsumido na erva alta.

O leão macho levanta-se. Muda-se para o cimo de um montículo de termiteira.

Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, leão

Jovem leão descansa sobre uma pequena termiteira com vegetação no topo.

Dali, contempla manadas de búfalos, de girafas e de elefantes nas imediações, presas que, só por si, a dupla não tinha o poder de derrotar.

A luz não tarda a desvanecer-se. Os visitantes recolhem aos lodges. Os predadores entregam-se às suas caçadas nocturnas.

Visita à Aldeia Masai de Mkama

Despertamos ao nascer do sol, devoramos o pequeno-almoço e partimos em direcção a Mkama, uma das várias aldeias Masai em redor da reserva de Masai Mara.

Recebe-nos Francis Ole Timan – o seu jovem chefe – com um discurso eloquente em inglês.

A essa hora da manhã, anciãos agrupavam as vacas da aldeia – a sua riqueza obsessiva – para as conduzirem aos pastos. Acompanhamo-los por algumas centenas de metros, entre os animais.

De regresso ao núcleo vedado da aldeia, Francis convida-nos para um chá no interior escuro e espartano de uma palhota, feita de tojo e de fezes secas de vaca.

Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, fogueira Masai

Chefe da aldeia masai de Mkama, Francis Ole Timan observa uma das suas várias esposas a preparar chá sobre uma fogueira no interior da sua cabana.

Sentamo-nos na sua companhia, de uma das suas oito esposas e de dois bebés.

Francis ignora o choro de uma das crianças. Explica-nos o mais que pode do dia-a-dia naquelas cabanas construídas apenas pelas mulheres da aldeia.

Terminado o chá masala, retornamos ao exterior.

Adumu: a Deslumbrante Dança aos Saltos Masai

O chefe e os outros jovens agrupam-se. Prendam-nos com uma dança masai de boas-vindas.

Lado a lado, William, Moses, Ole Reya, Oloshurua, Moseka, Mancha, Luka e Francis inauguram um fascinante cântico gutural.

Embalados pela canção que se segue, sozinhos ou em pares, destacam-se à vez do alinhamento. Levam a cabo uma longa sequência de impressionantes saltos.

Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia

Jovens masai levam a cabo uma dança de boas-vindas à entrada da aldeia de Mkama.

Terminada a exibição, perguntamos-lhes qual deles saltava mais alto. “Ah, isso é sempre o Mancha”, confessam-nos quase em coro.

Analisamos o rapaz com mais atenção e reparamos no seu calçado singular. “Uhmm, vocês usam todos sandálias masai (com solas de pneu), o Mancha é o único a usar crocs. Isso não vos deixa desconfiados?“ provocamo-los.

Francis e William, que dominavam melhor o inglês, percebem a intriga e transmitem-na aos amigos. O repto gera uma gargalhada comunal de que todos desfrutamos.

Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, Convívio masai

Francis, o jovem chefe da aldeia de Mkama e amigos, conversam afavelmente.

Ainda damos a volta ao pequeno mercado artesanal da aldeia, incontornável fonte adicional de receita dos sempre mercantilistas masai.

Logo após, despedimo-nos e retomamos a exploração do Mara em redor.

De Volta à Vastidão Selvagem de Masai Mara

Pelo caminho, caravanas de girafas dirigem-se a um pequeno charco. Entregam-se a uma excêntrica ginástica para sorverem água.

Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, girafas

Girafas avançam em manada para um charco no sopé de uma encosta ressequida.

Impalas, gazelas e enormes elandes surgem disseminados na vastidão verdejante. também vasculhada por galinholas e avestruzes vorazes.

No imediato e à distância, zebras e um ou outro gnu tresmalhado salpicam a vasta savana até à linha do horizonte que, com o fim da tarde, se volta a avermelhar.

Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia

Topis pastam junto a uma acácia solitária em mais um fim de dia da savana de Mara.

E gera silhuetas graciosas das acácias espaçadas e de alguns animais mais volumosos, caso dos topis.

Detemo-nos a admirar uma chita que dormita, indiferente à nossa presença.

Alguns quilómetros para diante, pastores masai conduzem uma enorme manada de vacas.

Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, vacas

Masais no meio da manada de vacas da aldeia de Mkama. As vacas ainda são a forma de riqueza mais apreciada pelo povo masai.

Caminham embrulhados nos seus panos vermelhos e a empunharem lanças.

Mantêm-se atentos à ameaça dos predadores. Apesar de os masai conseguirem roubar presas recém-capturadas a bandos de leões, alguns masai, com tranquilas incursões pedestres.

Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, Pastorícia audaz

Masai conduz uma manada de vacas em território sondado por vários dos predadores de Masai Mara.

Ainda antes da alvorada seguinte, inauguramos a viagem para o Serengeti.

Atravessamos grande parte do Mara e deslumbrámo-nos com a beleza dos cenários africanos por que passamos, atentos à fauna profusa.

Observamos bandos enormes de fuinhas moverem-se como tormentas rasteiras, hienas a emboscarem antílopes-d’água e abetardas-gigantes – as aves voadoras mais pesadas de África – em estranhas poses vectoriais.

Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, Abetarda-gigante

Um espécime da ave voadora mais pesada de África assume uma estranha pose gráfica subsumida na erva alta da savana.

Pouco depois, ascendemos à colina de Loldopai.

Contemplamos a paisagem repleta das manchas formadas pela vegetação e pela sombra das nuvens, designada pelo termo masai “mara” que inspirou o nome da região.

Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, savana

Pequenas acácias disseminadas na savana semi-seca no limiar sudoeste de Masai-Mara.

Quando chegamos ao rio homónimo, um bando de leões patrulha o miradouro em que a estrada desemboca, pelo que não podemos sair para apreciar as vistas.

Dezenas de hipopótamos irascíveis disputam o meandro do rio em frente.

E, antes de cruzarmos a ponte sobre o Mara ainda nos deparamos com um bando de babuínos rufias.

Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, ponte

Babuínos à entrada de uma das pontes que cruzam o rio Mara.

Depois os afugentarmos, registamos a saída da reserva e migramos para o Serengeti.

Na mesma rota do vaivém interminável dos gnus e das zebras destas partes de África.

PN Gorongosa, Moçambique

O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
PN Hwange, Zimbabwé

O Legado do Saudoso Leão Cecil

No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
Miranda, Brasil

Maria dos Jacarés: o Pantanal abriga criaturas assim

Eurides Fátima de Barros nasceu no interior da região de Miranda. Há 38 anos, instalou-se e a um pequeno negócio à beira da BR262 que atravessa o Pantanal e ganhou afinidade com os jacarés que viviam à sua porta. Desgostosa por, em tempos, as criaturas ali serem abatidas, passou a tomar conta delas. Hoje conhecida por Maria dos Jacarés, deu nome de jogador ou treinador de futebol a cada um dos bichos. Também garante que reconhecem os seus chamamentos.
Santa Lucia, África do Sul

Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
PN Amboseli, Quénia

Uma Dádiva do Kilimanjaro

O primeiro europeu a aventurar-se nestas paragens masai ficou estupefacto com o que encontrou. E ainda hoje grandes manadas de elefantes e de outros herbívoros vagueiam ao sabor do pasto irrigado pela neve da maior montanha africana.
Esteros del Iberá, Argentina

O Pantanal das Pampas

No mapa mundo, para sul do famoso pantanal brasileiro, surge uma região alagada pouco conhecida mas quase tão vasta e rica em biodiversidade. A expressão guarani Y berá define-a como “águas brilhantes”. O adjectivo ajusta-se a mais que à sua forte luminância.
PN Serengeti, Tanzânia

A Grande Migração da Savana Sem Fim

Nestas pradarias que o povo Masai diz siringet (correrem para sempre), milhões de gnus e outros herbívoros perseguem as chuvas. Para os predadores, a sua chegada e a da monção são uma mesma salvação.
Savuti, Botswana

Os Leões Comedores de Elefantes de Savuti

Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
Delta do Okavango, Botswana

Nem Todos os Rios Chegam ao Mar

Terceiro rio mais longo do sul de África, o Okavango nasce no planalto angolano do Bié e percorre 1600km para sudeste. Perde-se no deserto do Kalahari onde irriga um pantanal deslumbrante repleto de vida selvagem.
PN Chobe, Botswana

Chobe: um rio na Fronteira da Vida com a Morte

O Chobe marca a divisão entre o Botswana e três dos países vizinhos, a Zâmbia, o Zimbabwé e a Namíbia. Mas o seu leito caprichoso tem uma função bem mais crucial que esta delimitação política.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Hipopótamo exibe as presas, entre outros
Safari
PN Mana Pools, Zimbabwé

O Zambeze no Cimo do Zimbabwé

Passada a época das chuvas, o minguar do grande rio na fronteira com a Zâmbia lega uma série de lagoas que hidratam a fauna durante a seca. O Parque Nacional Mana Pools denomina uma região fluviolacustre vasta, exuberante e disputada por incontáveis espécimes selvagens.
Rebanho em Manang, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 8º Manang, Nepal

Manang: a Derradeira Aclimatização em Civilização

Seis dias após a partida de Besisahar chegamos por fim a Manang (3519m). Situada no sopé das montanhas Annapurna III e Gangapurna, Manang é a civilização que mima e prepara os caminhantes para a travessia sempre temida do desfiladeiro de Thorong La (5416 m).
Casario tradicional, Bergen, Noruega
Arquitectura & Design
Bergen, Noruega

O Grande Porto Hanseático da Noruega

Já povoada no início do século XI, Bergen chegou a capital, monopolizou o comércio do norte norueguês e, até 1830, manteve-se uma das maiores cidades da Escandinávia. Hoje, Oslo lidera a nação. Bergen continua a destacar-se pela sua exuberância arquitectónica, urbanística e histórica.
Totems, aldeia de Botko, Malekula,Vanuatu
Aventura
Malekula, Vanuatu

Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
cavaleiros do divino, fe no divino espirito santo, Pirenopolis, Brasil
Cerimónias e Festividades
Pirenópolis, Brasil

Cavalgada de Fé

Introduzida, em 1819, por padres portugueses, a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis agrega uma complexa rede de celebrações religiosas e pagãs. Dura mais de 20 dias, passados, em grande parte, sobre a sela.
Homer, Alasca, baía Kachemak
Cidades
Anchorage a Homer, E.U.A.

Viagem ao Fim da Estrada Alasquense

Se Anchorage se tornou a grande cidade do 49º estado dos E.U.A., Homer, a 350km, é a sua mais famosa estrada sem saída. Os veteranos destas paragens consideram esta estranha língua de terra solo sagrado. Também veneram o facto de, dali, não poderem continuar para lado nenhum.
Moradora obesa de Tupola Tapaau, uma pequena ilha de Samoa Ocidental.
Comida
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Indígena Coroado
Cultura
Pueblos del Sur, Venezuela

Por uns Trás-os-Montes da Venezuela em Fiesta

Em 1619, as autoridades de Mérida ditaram a povoação do território em redor. Da encomenda, resultaram 19 aldeias remotas que encontramos entregues a comemorações com caretos e pauliteiros locais.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Erika Mae
Em Viagem
Filipinas

Os Donos da Estrada Filipina

Com o fim da 2ª Guerra Mundial, os filipinos transformaram milhares de jipes norte-americanos abandonados e criaram o sistema de transporte nacional. Hoje, os exuberantes jeepneys estão para as curvas.
Fila Vietnamita
Étnico

Nha Trang-Doc Let, Vietname

O Sal da Terra Vietnamita

Em busca de litorais atraentes na velha Indochina, desiludimo-nos com a rudeza balnear de Nha Trang. E é no labor feminino e exótico das salinas de Hon Khoi que encontramos um Vietname mais a gosto.

arco-íris no Grand Canyon, um exemplo de luz fotográfica prodigiosa
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 1)

E Fez-se Luz na Terra. Saiba usá-la.

O tema da luz na fotografia é inesgotável. Neste artigo, transmitimos-lhe algumas noções basilares sobre o seu comportamento, para começar, apenas e só face à geolocalização, a altura do dia e do ano.
Nacionalismo Colorido
História
Cartagena de Índias, Colômbia

A Cidade Apetecida

Muitos tesouros passaram por Cartagena antes da entrega à Coroa espanhola - mais que os piratas que os tentaram saquear. Hoje, as muralhas protegem uma cidade majestosa sempre pronta a "rumbear".
Tobago, Pigeon Point, Scarborough, pontão
Ilhas
Scarborough a Pigeon Point, Tobago

À Descoberta da Tobago Capital

Das alturas amuralhadas do Forte King George, ao limiar de Pigeon Point, o sudoeste de Tobago em redor da capital Scarborough, revela-nos uns trópicos controversos sem igual.
Verificação da correspondência
Inverno Branco
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Na pista de Crime e Castigo, Sao Petersburgo, Russia, Vladimirskaya
Literatura
São Petersburgo, Rússia

Na Pista de “Crime e Castigo”

Em São Petersburgo, não resistimos a investigar a inspiração para as personagens vis do romance mais famoso de Fiódor Dostoiévski: as suas próprias lástimas e as misérias de certos concidadãos.
Aurora ilumina o vale de Pisang, Nepal.
Natureza
Circuito Annapurna: 3º- Upper Pisang, Nepal

Uma Inesperada Aurora Nevada

Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Comboio Kuranda train, Cairns, Queensland, Australia
Parques Naturais
Cairns-Kuranda, Austrália

Comboio para o Meio da Selva

Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
Kirkjubour, Streymoy, Ilhas Faroé
Património Mundial UNESCO
Kirkjubour, Streymoy, Ilhas Faroé

Onde o Cristianismo Faroense deu à Costa

A um mero ano do primeiro milénio, um missionário viquingue de nome Sigmundur Brestisson levou a fé cristã às ilhas Faroé. Kirkjubour, tornou-se o porto de abrigo e sede episcopal da nova religião.
Visitantes da casa de Ernest Hemingway, Key West, Florida, Estados Unidos
Personagens
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Praia Balandra, México, Baja Califórnia, vista aérea
Praias
Playas Balandra e El Tecolote, Baja California Sur, México

Tesouros Balneares do Mar de Cortés

Proclamada, amiúde, a praia mais bonita do México, encontramos na enseada recortada de playa Balandra um caso sério de exotismo paisagístico. Em duo com a vizinha playa Tecolote, revela-se uma das beira-mares realmente imperdíveis da vasta Baixa Califórnia.
Cândia, Dente de Buda, Ceilão, lago
Religião
Cândia, Sri Lanka

Incursão à Raíz Dental do Budismo Cingalês

Situada no âmago montanhoso do Sri Lanka, no final do século XV, Cândia assumiu-se a capital do reino do velho Ceilão que resistiu às sucessivas tentativas coloniais de conquista. Tornou-se ainda o seu âmago budista, para o que continua a contribuir o facto de a cidade preservar e exibir um dente sagrado de Buda.
Comboio do Fim do Mundo, Terra do Fogo, Argentina
Sobre Carris
Ushuaia, Argentina

Ultima Estação: Fim do Mundo

Até 1947, o Tren del Fin del Mundo fez incontáveis viagens para que os condenados do presídio de Ushuaia cortassem lenha. Hoje, os passageiros são outros mas nenhuma outra composição passa mais a Sul.
Em quimono de elevador, Osaka, Japão
Sociedade
Osaka, Japão

Na Companhia de Mayu

A noite japonesa é um negócio bilionário e multifacetado. Em Osaka, acolhe-nos uma anfitriã de couchsurfing enigmática, algures entre a gueixa e a acompanhante de luxo.
manada, febre aftosa, carne fraca, colonia pellegrini, argentina
Vida Quotidiana
Colónia Pellegrini, Argentina

Quando a Carne é Fraca

É conhecido o sabor inconfundível da carne argentina. Mas esta riqueza é mais vulnerável do que se imagina. A ameaça da febre aftosa, em particular, mantém as autoridades e os produtores sobre brasas.
Rottnest Island, Wadjemup, Australia, Quokkas
Vida Selvagem
Wadjemup, Rottnest Island, Austrália

Entre Quokkas e outros Espíritos Aborígenes

No século XVII, um capitão holandês apelidou esta ilha envolta de um oceano Índico turquesa, de “Rottnest, um ninho de ratos”. Os quokkas que o iludiram sempre foram, todavia, marsupiais, considerados sagrados pelos aborígenes Whadjuk Noongar da Austrália Ocidental. Como a ilha edénica em que os colonos britânicos os martirizaram.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.