São Vicente, Cabo Verde

O Deslumbre Árido-Vulcânico de Soncente


Atlântico vs Costa Leste
Enseadas da Praia Grande, entre a Baía das Gatas e os vulcões acima da aldeia do Calhau.
Clube Beira-Mar à beira mar
Sede do F.C. Beira-Mar do Calhau, o clube da aldeia do Calhau servido por um campo pelado e áspero.
Céus secos, terra inóspita
Vislumbre de São Vicente sob uma névoa que só muito raramente produz chuva.
Incursão na Praia Grande
Caminhantes caminham na extremidade da Praia Grande mais próxima da aldeia do Calhau.
Uma inesperada relação
Arbusto invade a estrada moderna que passa junto à aldeia do Calhau.
Cidade milagrosa
O casario do Mindelo disposto em redor da Baía do Porto Grande, com o Monte Cara em fundo.
Pesca a cores
Barcos de pesca dão mais vida à Baía das Gatas.
Dunas e algum Asfalto
Dunas Atlânticas no leste de São Vicente
Litoral rude
Mesetas e picos escarpados rasgam a costa oriental de São Vicente mesmo até à beira do Atlântico.
Recortes geológicos
A península em que se situa a Baía das Gatas, vista do cimo do Monte Verde
Fim de mais um dia
Sol põe-se detrás do Monte Cara e alaranja a Baía do Porto Grande e a sua marina.
Uma volta a São Vicente revela uma aridez tão deslumbrante como inóspita. Quem a visita, surpreende-se com a grandiosidade e excentricidade geológica da quarta menor ilha de Cabo Verde.

O “Mar d’Canal” aproxima-se do ancoradouro.

As vagas amansam-se à medida que o ilhéu do Farol ganha volume.

Destaca-se das falésias entre o ocre e o castanho, imponentes, que ladeiam a baía do Porto Grande, quase no limiar noroeste de Cabo Verde.

De tal maneira que nos revela a escadaria branca que o trepa até ao topo. O casario acrobático do Mindelo desvenda-se espraiado pela base extensa do Monte Verde como que a querer também conquistar-lhe o cume.

À hora a que o barco aporta, o sol cai para trás do Monte Cara. Ilumina e amarela a cidade com uma morabeza astral que tem tanto de suave como de efémera.

Mindelo, São Vicente, Cabo Verde, Marina do Porto Grande

Sol põe-se detrás do Monte Cara e alaranja a Baía do Porto Grande e a sua marina.

Já em terra, com a noite a insinuar-se, damos connosco ansiosos por desvendar o que havia para lá dos enormes paredões ferrosos que pareciam conter a capital.

Decidimos descobri-lo antes de nos dedicarmos ao Mindelo.

O novo dia amanheceu solarengo e algo ventoso como é suposto na época mais fresca e enxuta de Cabo Verde.

Apanhamos o carro alugado na Avenida Marginal e, logo, a estrada Mindelo-Calhau, um longo calçadão irregular, feito de pedras basálticas, tão vulcânico como seu destino final.

Seguimos para montante da ribeira seca de Julião, através de uma savana com feno raso ressequido, salpicada de arbustos espinhosos.

Uma Deslumbrante Volta a São Vicente

Aos poucos, internamo-nos no coração da ilha e apontamos para a caprichosa costa leste.

O Calhau não tarda. Admirarmos o seu casario multicolor no sopé dos dois vulcões negros que reforçam a pequenez dos lares.

Os arredores descampados surgem-nos em estilo Western, como uns nenhures fantasmas varridos pela areia e pela poeira, repletos de edifícios térreos abandonados à cacimba e aos Alísios.

Clube Beira-Mar, ilha de São Vicente, Cabo Verde

Sede do F.C. Beira-Mar do Calhau, o clube da aldeia do Calhau servido por um campo pelado e áspero.

Uma destas estruturas tem a companhia de uma baliza tombada e todo um campo de futebol áspero por diante. Identifica-os um letreiro: F.C. Beira Mar do Calhau.

A sede é preta e amarela, as cores precisas do Sport Clube Beira-Mar de Aveiro. Ao longe, na direcção do restante barlavento cabo-verdiano e do continente africano, vislumbramos ainda a ilha de Santa Luzia, em óbvio fora-de-jogo.

Retomamos a estrada que ali ganha o nome de Baía das Gatas-Calhau.

O Calhau fica já para trás quando reparamos que um arbusto feito árvore abraça o rail de aço.

Invade a berma e balança-se ao vento sobre o asfalto, como que a reclamar a supremacia do aventuroso mundo vegetal.

São Vicente, Cabo Verde, arbusto na estrada

Arbusto invade a estrada moderna que passa junto à aldeia do Calhau.

Da Praia Grande à Baía das Gatas

Ainda sem avistarmos vivalma, entramos no domínio desafogado da Praia Grande.

Uma sucessão de mesetas altivas de lava há muito esfriada dão ali à costa.

Sucessivos areais prolongam-se do limite das marés do Atlântico, vertentes acima.

Praia Grande, leste de São Vicente, Cabo Verde

Caminhantes caminham na extremidade da Praia Grande mais próxima da aldeia do Calhau.

A estrada que ondula entre essas mesmas vertentes e o oceano cruza os areais e as dunas.

Conduz-nos a uma derradeira enseada fechada por novo casario linear.

Consultamos o mapa. Confirmamos tratar-se da Baía das Gatas de que já tanto ouvíramos falar. Foi o pretexto de que não precisávamos para a visitar e nos refrescarmos com Strelas geladas.

Longe da data do famoso festival local e sem a multidão mindelense e de outras partes de Cabo Verde, faltava vida àquelas paragens. A cor abundava. Sobretudo nos barcos sortidos dos pescadores.

São Vicente, Baía das Gatas, Cabo Verde barcos

Barcos de pesca dão mais vida à Baía das Gatas.

Acabámos, assim, por nos sentarmos a almoçar numa esplanada arejada, seduzidos pela recepção genuína da dona: “Se querem comida de cá, vão ter que esperar uma meia-hora, no mínimo.

Aqui a gente faz tudo fresco e na hora.” avisa-nos, por certo já farta das pressas dos pequenos tours que por lá passavam. “Não, não há cachupa! Mas há galinha frita.

Não temos porque reclamar.

Sentamo-nos entre franceses, holandeses e ingleses. Desde o desembarque no Mindelo que não víamos sinal de compatriotas.

Saboreamos as cervejas e a estranheza daquele recanto da ilha que a companhia tornava mais estrangeiro.

O Recanto Pitoresco e Balnear de Salamansa

Findo o pequeno banquete, avançamos para Salamansa, a aldeia piscatória que se seguia, instalada na baía anterior à da capital em função da água doce, rara na maior parte de São Vicente, como no restante arquipélago. Entramos na que aparentava ser a rua principal.

Um grupo de mulheres e crianças partilha a fonte da povoação, munidas de jerricans plásticos. Enquanto os contentores enchem, trocam piadas e brincadeiras espontâneas a que respondem com gargalhadas fáceis.

Do outro lado da estrada, uma outra, senhora de mais idade, acabava de estender o equipamento azul do clube de futebol local sob o olhar de um clã reduzido de homens, alguns jogadores, outros ex-jogadores e adeptos que, motivados pelo nosso interesse, se apressaram a louvar o valor da sua equipa.

Passamos pela praia em frente à povoação. Ali, os desportos-rei são outros. Vários adolescentes nativos e um jovem holandês que acabou por ficar, gerem um centro informal de desportos náuticos.

Em simultâneo, aperfeiçoam o seu surf e kitesurf.

Ao regressarem do mar, alguns deles voluntariam-se para uma curta produção fotográfica. Cristiano, Kenny Marlon e Vladimir exibem, em poses estilosas, as suas pranchas e físicos.

Confiante, Jaírson não precisa de adereços para chegar a um mesmo plano.

Ascensão ao Tecto de São Vicente

Estávamos em vias de fechar a volta à estrada em que conduzíamos desde manhã cedo. Ao mesmo tempo, tínhamo-nos aproximado do acesso ao zénite da ilha (750 m), o Monte Verde sobranceiro que admirámos à chegada de ferry de Santo Antão.

Vista do Pico Verde para a Praia Grande, São Vicente, Cabo Verde

Mesetas e picos escarpados rasgam a costa oriental de São Vicente mesmo até à beira do Atlântico

Ascendemos ao seu cume panorâmico. Devagar, devagarinho, a altitude prendou-nos com vistas majestosas da Praia Grande.

E, para diante, ao longe, de Santo Antão, da Baía do Porto Grande, do Mindelo que a preenchia e dos montes e vales estéreis mas deslumbrantes entre a meseta que nos sustentava e o Canal de São Vicente.

Os Alísios castigavam aquelas alturas e Cabo Verde em geral, da ilha Brava a Santo Antão. De tal maneira que, ao chegarmos à beira do precipício, mal nos conseguíamos equilibrar.

Apesar da distância, percebemos que o “Mar d’Canal” voltava a atracar no porto. O dia encerrou-se num ápice e as luzes tomaram conta do casario.

Cidade Velha, Cabo Verde

Cidade Velha: a anciã das Cidades Tropico-Coloniais

Foi a primeira povoação fundada por europeus abaixo do Trópico de Câncer. Em tempos determinante para expansão portuguesa para África e para a América do Sul e para o tráfico negreiro que a acompanhou, a Cidade Velha tornou-se uma herança pungente mas incontornável da génese cabo-verdiana.

Ilha do Sal, Cabo Verde

O Sal da Ilha do Sal

Na iminência do século XIX, Sal mantinha-se carente de água potável e praticamente inabitada. Até que a extracção e exportação do sal lá abundante incentivou uma progressiva povoação. Hoje, o sal e as salinas dão outro sabor à ilha mais visitada de Cabo Verde.
Ilha da Boa Vista, Cabo Verde

Ilha da Boa Vista: Vagas do Atlântico, Dunas do Sara

Boa Vista não é apenas a ilha cabo-verdiana mais próxima do litoral africano e do seu grande deserto. Após umas horas de descoberta, convence-nos de que é um retalho do Sara à deriva no Atlântico do Norte.
Santa Maria, Sal, Cabo Verde

Santa Maria e a Bênção Atlântica do Sal

Santa Maria foi fundada ainda na primeira metade do século XIX, como entreposto de exportação de sal. Hoje, muito graças à providência de Santa Maria, o Sal ilha vale muito que a matéria-prima.
Santo Antão, Cabo Verde

Pela Estrada da Corda Toda

Santo Antão é a mais ocidental das ilhas de Cabo Verde. Lá se situa um limiar Atlântico e rugoso de África, um domínio insular majestoso que começamos por desvendar de uma ponta à outra da sua deslumbrante Estrada da Corda.
Ilha do Fogo, Cabo Verde

À Volta do Fogo

Ditaram o tempo e as leis da geomorfologia que a ilha-vulcão do Fogo se arredondasse como nenhuma outra em Cabo Verde. À descoberta deste arquipélago exuberante da Macaronésia, circundamo-la contra os ponteiros do relógio. Deslumbramo-nos no mesmo sentido.
São Nicolau, Cabo Verde

São Nicolau: Romaria à Terra di Sodade

Partidas forçadas como as que inspiraram a famosa morna “Sodade” deixaram bem vincada a dor de ter que deixar as ilhas de Cabo Verde. À descoberta de Saninclau, entre o encanto e o deslumbre, perseguimos a génese da canção e da melancolia.
Chã das Caldeiras, Ilha do Fogo Cabo Verde

Um Clã "Francês" à Mercê do Fogo

Em 1870, um conde nascido em Grenoble a caminho de um exílio brasileiro, fez escala em Cabo Verde onde as beldades nativas o prenderam à ilha do Fogo. Dois dos seus filhos instalaram-se em plena cratera do vulcão e lá continuaram a criar descendência. Nem a destruição causada pelas recentes erupções demove os prolíficos Montrond do “condado” que fundaram na Chã das Caldeiras.    
Príncipe, São Tomé e Príncipe

Viagem ao Retiro Nobre da Ilha do Príncipe

A 150 km de solidão para norte da matriarca São Tomé, a ilha do Príncipe eleva-se do Atlântico profundo num cenário abrupto e vulcânico de montanha coberta de selva. Há muito encerrada na sua natureza tropical arrebatadora e num passado luso-colonial contido mas comovente, esta pequena ilha africana ainda abriga mais estórias para contar que visitantes para as escutar.
São Tomé e Príncipe

Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate

No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
Mindelo, São Vicente, Cabo Verde

O Milagre de São Vicente

São Vicente sempre foi árida e inóspita a condizer. A colonização desafiante da ilha submeteu os colonos a sucessivas agruras. Até que, por fim, a sua providencial baía de águas profundas viabilizou o Mindelo, a urbe mais cosmopolita e a capital cultural de Cabo Verde.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Hipopótamo move-se na imensidão alagada da Planície dos Elefantes.
Safari
Parque Nacional de Maputo, Moçambique

O Moçambique Selvagem entre o Rio Maputo e o Índico

A abundância de animais, sobretudo de elefantes, deu azo, em 1932, à criação de uma Reserva de Caça. Passadas as agruras da Guerra Civil Moçambicana, o PN de Maputo protege ecossistemas prodigiosos em que a fauna prolifera. Com destaque para os paquidermes que recentemente se tornaram demasiados.
Monte Lamjung Kailas Himal, Nepal, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Sombra vs Luz
Arquitectura & Design
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
lagoas e fumarolas, vulcoes, PN tongariro, nova zelandia
Aventura
Tongariro, Nova Zelândia

Os Vulcões de Todas as Discórdias

No final do século XIX, um chefe indígena cedeu os vulcões do PN Tongariro à coroa britânica. Hoje, parte significativa do povo maori reclama aos colonos europeus as suas montanhas de fogo.
Danca dragao, Moon Festival, Chinatown-Sao Francisco-Estados Unidos da America
Cerimónias e Festividades
São Francisco, E.U.A.

Com a Cabeça na Lua

Chega a Setembro e os chineses de todo o mundo celebram as colheitas, a abundância e a união. A enorme sino-comunidade de São Francisco entrega-se de corpo e alma ao maior Festival da Lua californiano.
Um dos prédios mais altos de Valletta, Malta
Cidades
Valletta, Malta

As Capitais Não se Medem aos Palmos

Por altura da sua fundação, a Ordem dos Cavaleiros Hospitalários apodou-a de "a mais humilde". Com o passar dos séculos, o título deixou de lhe servir. Em 2018, Valletta foi a Capital Europeia da Cultura mais exígua de sempre e uma das mais recheadas de história e deslumbrantes de que há memória.
Comida
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Danças
Cultura
Okinawa, Japão

Danças de Ryukyu: têm séculos. Não têm grandes pressas.

O reino Ryukyu prosperou até ao século XIX como entreposto comercial da China e do Japão. Da estética cultural desenvolvida pela sua aristocracia cortesã contaram-se vários estilos de dança vagarosa.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Eternal Spring Shrine
Em Viagem

Garganta de Taroko, Taiwan

Nas Profundezas de Taiwan

Em 1956, taiwaneses cépticos duvidavam que os 20km iniciais da Central Cross-Island Hwy fossem possíveis. O desfiladeiro de mármore que a desafiou é, hoje, o cenário natural mais notável da Formosa.

Tabatô, Guiné Bissau, tabanca músicos mandingas. Baidi
Étnico
Tabatô, Guiné Bissau

A Tabanca dos Músicos Poetas Mandingas

Em 1870, uma comunidade de músicos mandingas em itinerância, instalou-se junto à actual cidade de Bafatá. A partir da Tabatô que fundaram, a sua cultura e, em particular, os seus balafonistas prodigiosos, deslumbram o Mundo.
Portfólio, Got2Globe, melhores imagens, fotografia, imagens, Cleopatra, Dioscorides, Delos, Grécia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

O Terreno e o Celestial

Capacete capilar
História
Viti Levu, Fiji

Canibalismo e Cabelo, Velhos Passatempos de Viti Levu, ilhas Fiji

Durante 2500 anos, a antropofagia fez parte do quotidiano de Fiji. Nos séculos mais recentes, a prática foi adornada por um fascinante culto capilar. Por sorte, só subsistem vestígios da última moda.
A pequena-grande Senglea II
Ilhas
Senglea, Malta

A Cidade Maltesa com Mais Malta

No virar do século XX, Senglea acolhia 8.000 habitantes em 0.2 km2, um recorde europeu, hoje, tem “apenas” 3.000 cristãos bairristas. É a mais diminuta, sobrelotada e genuína das urbes maltesas.
Maksim, povo Sami, Inari, Finlandia-2
Inverno Branco
Inari, Finlândia

Os Guardiães da Europa Boreal

Há muito discriminado pelos colonos escandinavos, finlandeses e russos, o povo Sami recupera a sua autonomia e orgulha-se da sua nacionalidade.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Literatura
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Natureza
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Barco e timoneiro, Cayo Los Pájaros, Los Haitises, República Dominicana
Parques Naturais
Península de Samaná, PN Los Haitises, República Dominicana

Da Península de Samaná aos Haitises Dominicanos

No recanto nordeste da República Dominicana, onde a natureza caribenha ainda triunfa, enfrentamos um Atlântico bem mais vigoroso que o esperado nestas paragens. Lá cavalgamos em regime comunitário até à famosa cascata Limón, cruzamos a baía de Samaná e nos embrenhamos na “terra das montanhas” remota e exuberante que a encerra.
Recompensa Kukenam
Património Mundial UNESCO
Monte Roraima, Venezuela

Viagem No Tempo ao Mundo Perdido do Monte Roraima

Perduram no cimo do Monte Roraima cenários extraterrestres que resistiram a milhões de anos de erosão. Conan Doyle criou, em "O Mundo Perdido", uma ficção inspirada no lugar mas nunca o chegou a pisar.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Personagens
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Aula de surf, Waikiki, Oahu, Havai
Praias
Waikiki, OahuHavai

A Invasão Nipónica do Havai

Décadas após o ataque a Pearl Harbor e da capitulação na 2ª Guerra Mundial, os japoneses voltaram ao Havai armados com milhões de dólares. Waikiki, o seu alvo predilecto, faz questão de se render.
Detalhe do templo de Kamakhya, em Guwahati, Assam, Índia
Religião
Guwahati, India

A Cidade que Venera Kamakhya e a Fertilidade

Guwahati é a maior cidade do estado de Assam e do Nordeste indiano. Também é uma das que mais se desenvolve do mundo. Para os hindus e crentes devotos do Tantra, não será coincidência lá ser venerada Kamakhya, a deusa-mãe da criação.
Train Fianarantsoa a Manakara, TGV Malgaxe, locomotiva
Sobre Carris
Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
Parada e Pompa
Sociedade
São Petersburgo, Rússia

A Rússia Vai Contra a Maré. Siga a Marinha

A Rússia dedica o último Domingo de Julho às suas forças navais. Nesse dia, uma multidão visita grandes embarcações ancoradas no rio Neva enquanto marinheiros afogados em álcool se apoderam da cidade.
Mulheres com cabelos longos de Huang Luo, Guangxi, China
Vida Quotidiana
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
Macaco-uivador, PN Tortuguero, Costa Rica
Vida Selvagem
PN Tortuguero, Costa Rica

Tortuguero: da Selva Inundada ao Mar das Caraíbas

Após dois dias de impasse devido a chuva torrencial, saímos à descoberta do Parque Nacional Tortuguero. Canal após canal, deslumbramo-nos com a riqueza natural e exuberância deste ecossistema flúviomarinho da Costa Rica.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.