Bolshoi Solovetsky, Rússia

Uma Celebração do Outono Russo da Vida


Babylon de Solovetsky
Espiral de pedras que emula as muitas, da época neolítica, que subsistem na ilha vizinha de Bolshoi Zayatski.
Capelas Solovki
Duas pequenas capelas precedem o enorme templo de Solovki.
Casario Soviético
Moradias coloridas disseminadas em redor do mosteiro ortodoxo de Solovki.
Em Memória das Vítimas de Solovki
Cruz ortodoxa erguida no cimo da colina de Sekirnaya.
Estendal multiusos
Um recanto inusitado ao lar livre da ilha de Solovetsky.
Poisos Cá Fora
Gatos espreitam uma oportunidade de regressarem ao aconchego do lar.
Poisos Cá Fora II
Mensagem longa ilustra os acontecimentos ocorridos em Bolshoi Solovetsky, durante a era Soviética e Gulag.
Uma Laje Histórica
Mensagem longa ilustra os acontecimentos ocorridos em Bolshoi Solovetsky, durante a era Soviética e Gulag.
Outono da Taiga
Tons de fogo tingem a floresta boreal da ilha Solovetsky.
Tons de Outono
Folhas outonais começam a preencher o solo boreal de Solovetsky.
Jantar com Andrey e Alexeys
Andrey Ignatiev, Alexey Sidnev e Alexey Kravchenko durante um jantar oferecido pelos dois primeiros.
Mar Branco em tom Escuro
Céu invernoso escurece o vasto Mar Branco
Recital de Dima
Dima toca sarangi sob o olhar do amigo Yaroslav.
Solovki Outonal
Tons pré-Invernais adornam o mosteiro de Solovki.
Despedida do Sol
Visitantes de Solovetsky louvam uma inesperada aparição do sol.
Casa a dobrar
Grande mansão de Solovetsky reflectida na lisura do Mar Branco.
UAZ na Rota do Outono
Carrinha UAZ percorre a estrada, então outonal, que conduz à colina
Reflexo de Solovki
Mosteiro ortodoxo de Solovki reflectido num braço do Mar Branco.
Pequeno Vodka
Um reforço à mesa de Dima, entre leite condensado, manteiga, pão, vegetais e outros petiscos
Igreja da Ascensão
O templo ortodoxo erguido num alto em que, em tempos, foram assassinados prisioneiros do primeiro campo Gulag.
Na iminência do oceano Ártico, a meio de Setembro, a folhagem boreal resplandece de dourado. Acolhidos por cicerones generosos, louvamos os novos tempos humanos da grande ilha de Solovetsky, famosa por ter recebido o primeiro dos campos prisionais soviéticos Gulag.

A manhã, tínhamo-la passado quase toda na ilha vizinha de Bolshoi Zayatski, entre “babylons”, espirais místicas que se crê legadas por habitantes do Neolítico.

Regressados a Bolshoi Solovetsky, voltamos a encontrá-las.

Caminhávamos na direcção do Mar Branco quando nos cruzamos como jovem Dima, vindo de outro lado qualquer, a pedalar sobre a sua bicicleta.

Dima e o nosso cicerone russo, Alexey Kravchenko, trocam algumas palavras. Dima desmonta do velocípede. A caminhada passa a quatro.

Minutos depois, damos com o oeste do mar, liso como um lago, escurecido e prensado por um tecto vasto e denso de nuvens. Antecedia-o uma nova e inesperada “babylon”, emulada das do núcleo central de Zayatski.

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As “Babylons” e o Ocaso Fenomenal de Solovetsky

Examinamo-la os quatro. Damo-nos ao trabalho de a percorrer, da orla ao âmago, naquele caso, feito montículo. No momento em que o tocamos, em jeito de milagre cósmico, brota uma luz dourada de pouco acima do horizonte.

Não tarda poente, o sol ocupa toda uma faixa rasante que as nuvens se haviam esquecido de cobrir.

O seu reflexo forma um raio marinho oblíquo, uma espécie de indicador natural que, por alguma intrigante razão, nos aponta e à “babylon”.

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Admiramos o fenómeno numa comunhão de espanto e de amizade, intensificada pela presença de Dima, dono de uma aura e de uma intimidade de trato, raras entre os russos.

O sol some-se. Primeiro para trás do limiar de nuvens. Logo, para baixo do Mar Branco e do horizonte.

Exibia os seus derradeiros laivos quando um vizinho de casaco camuflado surge do nada e mete conversa com Alexey e Dima, afinal, um monólogo aturado e arrastado que o duo escuta com paciência e que Alexey nos traduz em sussurro: “está a dizer que toda a gente que aqui vem acaba por desenhar o seu próprio labirinto. Pela maneira de falar, eu acho que ele tem um atraso”.

Se assim fosse, ao mesmo tempo, havia muito de filosófico nas palavras do interlocutor que faz questão de as ilustrar.

Ajoelha-se sobre uma zona ervada da margem, próxima de uma pilha de pedras tresmalhadas da “babylon”. Inspirado pela atenção que lhe prestávamos, o rapaz põe mãos à obra.

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Em vez de uma “babylon”, desenha o que nos parece um gato sorridente mas que poderia ser uma mera face de pessoa, tão tosca como a matéria-prima o permitia.

Mesmo em modo de câmara-lenta boreal, escurece. Como escurece, arrefece.

O Chá Alcoolizado na casa de Dima de Solovetsky

Dima convida-nos para um chá. Aceitamos de bom grado, conscientes de que quando um russo convida alguém para chá, dificilmente se refere a apenas chá.

Seguimo-lo até à casa em que se alojava, segundo nos explica, dos pais de uma amiga. Um lar desarrumado e degradado que há muito não via limpeza, nenhum dos factos incomodativos, ou prejudiciais que fosse, ao convívio que dele esperávamos.

Dima aquece água e, de facto, serve-nos chá. No processo de o fazer, com ajuda de Alexey e de Yaroslav – um outro amigo da ilha que, entretanto, convidara – montam uma tradicional (ou nem tanto) mesa russa, enriquecida com pão, queijo e manteiga, latas de leite condensado, picles, caules de cebolinho e, claro está, vodka.

Uma garrafa e meia, para o caso de uma não chegar.

Em meros dois ou três copos, a tagarelice e a festa animam.

Dima vai buscar um velho sarangi que tinha mandado vir pela Net, por 600 dólares. Adorna a noite com acordes que lhe fazem de banda sonora oriental.

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Provavelmente graças à estratégia híperlipídica a que os russos recorrem quando bebem vodka, apesar de bebermos e brindarmos vezes conta, nunca atingimos o sempre temido estado de caixão para a cova.

Satisfeito por nos ver felizes, Dima faz questão de o confirmar. “Temos aqui uma boa mesa, não temos?” Alexey, confirma-o de imediato, com repto de um novo brinde.

Explica-nos o significado que os russos dão à expressão. Quando o faz, gera em nós aprovações efusivas e, para mal dos nossos pecados, novo brinde comemorativo.

Yaroslav por sua vez, pouco ou nada fala de inglês. Limita-se a comentar, em russo, aqui e ali, eternercido pelo desenfrear alcoólico da farra.

Dima e Yaroslav: inesperados Convivas do Outono Russo

Dima nascera nas imediações boreais de Archangelsk. À data, morava na São Petersburgo de Fiodor Dostoievski e Alexander Pushkin. Voltava à sua região sempre que podia.

Dima destoava dos preconceitos com que nos habituamos a ver os russos. Pagava por isso. Objector de consciência do serviço militar russo, teve vedado o uso de passaporte e, como tal, não pode sair do país.

Malgrado o seu parco inglês, também de Yaroslav desvendamos um pouco.

Baptizado com o nome do Grande Príncipe de Kiev, entre os 40 e os 50 anos de idade, o amigo de Dima vivia em Solovetsky fazia quase quatro. Parte desse tempo, dedicou-o a construir um barco de madeira em que já tínhamos reparado no porto da povoação.

Yaroslav cumpriu o serviço militar. “O primeiro ano, odiei. O segundo já foi bem diferente. Viajei por toda a Rússia e sempre com o governo a pagar. Não me podia queixar.”

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Yaroslav dedicou um dos brindes inaugurais “à Ibéria e à Sibéria”.

Há muito que deambulávamos mais para os lados da segunda. Recebidos e entretidos por almas como aquelas, pouco ou nada nos lembrávamos de casa.

Alexey Kravcheko, por sua vez. Esquecia-se da que havíamos alugado na povoação e dos vizinhos Andrey Ignatiev e Alexey Sidnev que nos tinham convidado para jantar.

Mesmo ainda atordoados do lanche, não podíamos recusar.

Do Lanche para o Jantar. Tudo Regado a Vodka

Meia-hora depois, damos connosco uma vez mais à mesa do duo de geólogos, deliciados com os petiscos que Andrey preparara. Entregues a mais brindes de vodka.

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Por essa altura, vivíamos um deslumbre absoluto por Solovetsky, partilhado, aliás, por Alexey Kravchenko que há muito sentia fascínio pelo arquipélago e que lá nos tinha levado.

De tal maneira, que o cicerone anuiu a tentarmos mudar os bilhetes de barco para Kem, para uns dias mais tarde.

O plano provou-se impossível. Comovidos pela nossa desilusão, Alexey e Andrey oferecem-se para nos conduzir pelo melhor da ilha. O único senão: logo de manhã cedo. Por essa altura, já duvidámos que sobrevivêssemos àquela arrebatadora paixão pela Rússia setentrional.

Dormimos mais para lá do que para cá. Despertamos às 8h10 com Alexey Sidnev a bater à porta, já fresco que nem uma alface. Como o conseguia após tanto vodka?

Como o faziam boa parte dos russos? Ultrapassava-nos. De qualquer maneira, a urgência estava em nos arrastarmos para fora da cama, e em garantirmos o mesmo prodígio de Alexey Kravchenko.

Com muito sofrimento, sobre as nove, estávamos prontos para sair.

O Outono Exuberante dos Arredores de Solovetsky

Seguimos o duo de geólogos até à carrinha UAZ – Ulyanovskyi Avtomobilnyi Zavod – verde-tropa em que se deslocavam. Andrey faz-nos instalar nos bancos laterais com um aviso carregado de dramatismo:

“Segurem-se bem com as mãos no tecto. Esta carripana tem uma das suspensões mais duras que alguma vez vão experimentar. Os Russos chamam-lhe cabra, por causa dos coices que dá. Acreditem ou não, já tivemos passageiros feridos.”

Solovetsky, Ilhas, Arquipélago, Russia, Outono, UAZ, estrada de Outono

Andrey e Alexey certificam-se de que nos estamos a proteger. Logo, partem na direcção da Sekirnaya.

O percurso de 11km, envolto de lagos, ladeado por vegetação multicolor deixa-nos extasiados.

Incontáveis solavancos depois, chegamos ao cimo da elevação e, nas imediações, a uma plataforma panorâmica que revelava a taiga sem fim, com o seu verde já convertido aos mais distintos tons de fogo outonal.

Monumental, o cenário vegetal condena-nos a um frenesim fotográfico.

Solovetsky, Ilhas, Arquipélago, Russia, Outono na TaigaAgradecemos a Andrey e Alexey tanto quanto podemos. “Deixem lá isso. Respondem-nos.

A sério que é um grande prazer ter-vos cá. Vamos mas é tirar umas fotos, senão só temos dentro de casa.”

A Colina de Sekirnaya e o Passado Atroz de Solovetsky

Assim fazemos, abençoados pela igreja da Ascensão, erguida num dos lugares mais negros de Solovetsky.

Solovetsky, Ilhas, Arquipélago, Russia, Igreja da Ascensão

Durante os tempos de opressão Gulag soviética, na área ocupada pelo templo, e em redor, foram levadas a cabo incontáveis torturas e execuções.

E enterros, feitos à pressa.

Em sepulturas comuns, nunca identificadas mas em que as autoridades ortodoxas colocaram pequenas cruzes que indicam o número de corpos em cada qual.

Solovetsky, Ilhas, Arquipélago, Russia, cruz em memória das Vítimas do Campo Prisional de Solovki

Na base da escadaria que leva à igreja, há uma outra cruz, essa, enorme.

Ergueram-na também os monges, em 1992, logo após o colapso da U.R.S.S., em memória de todas as vítimas do campo prisional Gulag de Solovki.

Andrey e Alexey tinham que regressar ao mosteiro onde inaugurariam as suas tarefas agrimensoras do dia. Nós, contávamos acompanhar uma procissão que os religiosos realizavam, aos Domingos, em redor do complexo. Em vão.

Findo o pino do Verão, com muitos monges ausentes, a cerimónia já tinha sido suspensa.

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Em pleno Outono, Alexey Kravchenko temia que um provável mau tempo suspendesse as ligações de barco para Kem e nos víssemos retidos na ilha muito mais do que queríamos.

Nesse mesmo fim de tarde, despedimo-nos de Andrey e de Alexey.

Já embarcados, com o pequeno ferry a avançar de volta para a terra firme de Kem e da Mãe-Rússia, sussurramos um “até à vista” convicto na direcção de Solovetsky.

Ilhas Solovetsky, Rússia

A Ilha-Mãe do Arquipélago Gulag

Acolheu um dos domínios religiosos ortodoxos mais poderosos da Rússia mas Lenine e Estaline transformaram-na num gulag. Com a queda da URSS, Solovestky recupera a paz e a sua espiritualidade.
Bolshoi Zayatsky, Rússia

Misteriosas Babilónias Russas

Um conjunto de labirintos pré-históricos espirais feitos de pedras decoram a ilha Bolshoi Zayatsky, parte do arquipélago Solovetsky. Desprovidos de explicações sobre quando foram erguidos ou do seu significado, os habitantes destes confins setentrionais da Europa, tratam-nos por vavilons.
São Petersburgo, Rússia

Na Pista de "Crime e Castigo"

Em São Petersburgo, não resistimos a investigar a inspiração para as personagens vis do romance mais famoso de Fiódor Dostoiévski: as suas próprias lástimas e as misérias de certos concidadãos.
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Suzdal, Rússia

Em Suzdal, é de Pequenino que se Celebra o Pepino

Com o Verão e o tempo quente, a cidade russa de Suzdal descontrai da sua ortodoxia religiosa milenar. A velha cidade também é famosa por ter os melhores pepinos da nação. Quando Julho chega, faz dos recém-colhidos um verdadeiro festival.
Suzdal, Rússia

Mil Anos de Rússia à Moda Antiga

Foi uma capital pródiga quando Moscovo não passava de um lugarejo rural. Pelo caminho, perdeu relevância política mas acumulou a maior concentração de igrejas, mosteiros e conventos do país dos czares. Hoje, sob as suas incontáveis cúpulas, Suzdal é tão ortodoxa quanto monumental.
São Petersburgo, Rússia

A Rússia Vai Contra a Maré. Siga a Marinha

A Rússia dedica o último Domingo de Julho às suas forças navais. Nesse dia, uma multidão visita grandes embarcações ancoradas no rio Neva enquanto marinheiros afogados em álcool se apoderam da cidade.
Suzdal, Rússia

Séculos de Devoção a um Monge Devoto

Eutímio foi um asceta russo do século XIV que se entregou a Deus de corpo e alma. A sua fé inspirou a religiosidade de Suzdal. Os crentes da cidade veneram-no como ao santo em que se tornou.
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
Novgorod, Rússia

A Avó Viking da Mãe Rússia

Durante quase todo o século que passou, as autoridades da U.R.S.S. omitiram parte das origens do povo russo. Mas a história não deixa lugar para dúvidas. Muito antes da ascensão e supremacia dos czares e dos sovietes, os primeiros colonos escandinavos fundaram, em Novgorod, a sua poderosa nação.
Rostov Veliky, Rússia

Sob as Cúpulas da Alma Russa

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Moscovo, Rússia

A Fortaleza Suprema da Rússia

Foram muitos os kremlins erguidos, ao longos dos tempos, na vastidão do país dos czares. Nenhum se destaca, tão monumental como o da capital Moscovo, um centro histórico de despotismo e prepotência que, de Ivan o Terrível a Vladimir Putin, para melhor ou pior, ditou o destino da Rússia.
Kronstadt, Rússia

O Outono da Ilha-Cidade Russa de Todas as Encruzilhadas

Fundada por Pedro o Grande, tornou-se o porto e base naval que protegem São Petersburgo e o norte da grande Rússia. Em Março de 1921, rebelou-se contra os Bolcheviques que apoiara na Revolução de Outubro. Neste Outubro que atravessamos, Kronstadt volta a cobrir-se do mesmo amarelo exuberante da incerteza.
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

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Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
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Pelas Terras Moçambicanas do Chá

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Um Bingo tão lúdico que se joga com bonecos

Nas noites de sextas um grupo de senhoras ocupam mesas do Parque Independencia e apostam ninharias. Os prémios ínfimos saem-lhes em combinações de gatos, corações, cometas, maracas e outros ícones.
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A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
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O Pantanal das Pampas

No mapa mundo, para sul do famoso pantanal brasileiro, surge uma região alagada pouco conhecida mas quase tão vasta e rica em biodiversidade. A expressão guarani Y berá define-a como “águas brilhantes”. O adjectivo ajusta-se a mais que à sua forte luminância.
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Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.