Saint Augustine, Florida, E.U.A.

De Regresso aos Primórdios da Florida Hispânica


A Ponte dos Leões
Vista da Ponte
Casa Mónica, a das Sombras
A Frente do Castelo
Ao Abrigo do Vento Gelado
Comandante de Faz-de-Conta
O Castelo de São Marcos
Pela Ponte Levadiça
A Destilaria
Baluarte das Palmeiras
Sombras à Defesa
A Catedral
O Pórtico
Ponce Indica
O Colégio Flagler
No Cimo Ventoso
O Colégio Flagler II
A Manif Confederada
Torre do Tempo Tropical
O Tempo Tropical
A disseminação de atracções turísticas de gosto questionável, torna-se superficial se tivermos em conta a profundidade histórica em questão. Estamos perante a cidade dos E.U.A. contíguos há mais tempo habitada. Desde que os exploradores espanhóis a fundaram, em 1565, que St. Augustine resiste a quase tudo.

O norte da Florida acolhe-nos com uma meteorologia que destoa da que atrai tantos reformados norte-americanos a lá terem casas e a lá passarem os Invernos.

Uma frente fria poderosa invade o sul sub-tropical dos Estados Unidos. Enregela-o com uma ventania frígida que agita o mar ao largo, o canal de Salt Run e os braços de mar e de rio partilhados entre o Atlântico e o rio Matanzas.

A nós, apanha-nos de surpresa e sem roupa a condizer. Reagimos com planos de nos mantermos hiperactivos. De caminharmos o mais possível, à descoberta da cidade e do entorno.

Depressa percebemos o seu caracter enigmático, uma mistura entre legado histórico grandioso, universo de encantar e fantasia de Natal perene.

Optamos por entrar em St. Augustine, a pé, a cruzarmos a sua majestosa ponte levadiça dos Leões.

Enquanto o fazemos, o vento castiga as águas azul-petróleo do Matanzas.

Gera uma turbulência à superfície que se assemelha a rápidos.

Acima, bandos de pelicanos-pardos veem-se atormentados pela força das rajadas que inviabiliza os mergulhos precisos que os mantêm alimentados.

Chegamos a meio da ponte. Um semáforo vermelho, reforçado por aviso sonoro impede-nos de continuar.

O meio da ponte eleva-se para dar passagem a duas embarcações de pesca com mastros altos. Um ciclista gadelhudo fica aprisionado na mesma espera.

Desmonta da bicicleta e admira a passagem dos arrastões.

Os barcos somem-se para os lados do rio Tolomato e da barra por que todo aquele sistema fluvial interior vaza para o oceano. A ponte volta a descer.

O seu ponto cimeiro concede-nos um vislumbre, em aproximação, da velha Saint Augustine.

Sobre o edifício mais alto da cidade, ex-edifício do Tesouro e ex-banco Wells Fargo, actual Treasury on the Plaza – catalogado pelos americanos como estilo Revivalista Mediterrânico – e que serve de biombo a boa parte do casario.

Ladeiam-no várias torres, algumas, com telhados cónicos.

Esse horizonte inusitado, volta a remeter a cidade para algures entre o real e a fábula.

Quanto mais a percorremos, mais a estranhamos.

Chegamos ao extremo ocidente, em que a ponte se ajusta ao nível do mar a que se espraia St. Augustine.

Ponce de León, Pedro Menéndez de Aviléz e os Conquistadores Espanhóis da Flórida

Nas imediações, todo um círculo tropicalizado por palmeiras frondosas e uma estátua dele projectada, homenageiam Juan Ponce de León, o conquistador hispânico.

Mesmo se o seu pioneirismo se mantém polémico de León é considerado o líder da primeira expedição à região da Florida.

Acercamo-nos da base do quase arranha-céus Treasury on the Plaza e de uma bandeira stars n’ stripes que a ventania preserva hirta.

A barreira imponente do edifício instiga-nos a flectir para norte, rumo ao Distrito Histórico da cidade.

St. Augustine foi fundada, em 1565, por Pedro Menéndez de Aviléz. mais tarde, apontado pelo rei Filipe II, Capitão da Frota das Índias.

Por essa altura, o litoral atlântico norte-americano era disputado entre espanhóis, franceses e, não tarda, britânicos e holandeses.

O território da Florida, em particular, foi motivo de frequentes batalhas com os franceses, à parte de rivais habituais, huguenotes e luteranos que os espanhóis consideravam heréticos desprezíveis.

Os ataques franceses a partir do vizinho forte Caroline (erguido às margens do rio St. Johns) e de corsários britânicos tornaram-se um risco que os sucessores de Menéndez de Aviléz se decidiram a evitar.

A Cobiça dos Rivais Coloniais e a Construção do Forte de San Marcos

De acordo, 107 anos após a sua fundação, Francisco de La Guerra, sucessor de Menéndez de Aviléz, decretou o reforço da sua defesa e a construção da fortaleza que estávamos prestes a encontrar.

Pouco mais de um metro acima do caudal do Matanzas, uma bateria de canhões de tamanhos crescentes antecede uma sebe de palmeiras-de-saia, sob uma das torretas do castelo de São Marcos.

O engenheiro militar Ignacio Daza fê-lo quadrangular, cada aresta dotada do seu bastião proeminente, envolto de um fosso que só uma ponte levadiça nos permite cruzar.

Subimos para o adarve do forte.

Do seu cimo, detectamos o anacronismo curioso de um dos U.S. Rangers responsáveis pelo Monumento National, à conversa com um figurante de comandante militar da era colonial.

Chegada a hora da encenação que se seguia, o ranger deixa a mesa que partilhavam. Some-se para os corredores do castelo.

Abrigado do frio com rigor histórico, o comandante inaugura um discurso explanativo que nos faz e a uns poucos outros espectadores, retroceder ao tempo da colonização das Américas.

Quando o actor dá por finda a representação, espreitamos os derradeiros cantos do castelo.

Após o que nos mudamos para a zona mais recente e contemporânea de St. Augustine.

Nos séculos seguintes à concretização do Castelo de São Marcos, os inimigos viram-se em apuros para o tomar.

Amiúde, frustrados, privilegiaram a destruição da cidade em seu torno.

Os Britânicos, em particular, que detinham boa parte dos actuais Estados Unidos a norte, incluindo a Geórgia, fizeram questão de a deixar em chamas.

Saint Augustine e o seu Inusitado Vaivém Colonial

De tal maneira que, em 1763, após dois séculos enquanto capital da Florida espanhola, os espanhóis acabaram por ceder e passaram-na para domínio britânico.

Contados outros vinte anos, fruto de um acordo militar, estes, devolveram-na à procedência.

Decorria o ano de 1819, quando os espanhóis cederam a Florida aos recém-emancipados E.U.A. Saint Augustine foi capital do estado da Florida apenas por três anos.

Em 1824, a capital passou para Tallahassee.

A cidade perdeu a sua proeminência política. Conquistou vários outros dos atributos que a mantém no estrelato.

Do Lado Errado da Guerra Civil Americana

Em 1840, St. Augustine acolhia cerca de 56.000 habitantes, metade dos quais, escravos de origem africana. Entrada em cena a Guerra Civil Americana, a Florida rejeitou a União.

Alinhada com a escravatura, juntou-se à Confederação. No término do conflito, a União apoderou-se da cidade.

Muitos dos seus proprietários de terras e de escravos debandaram. St. Augustine viu agravados uns já óbvios apuros sociais e económicos.

Até que entrou na providencial Era Flagler.

Entra em Saint Augustine e em Cena Henry Flagler

Começamos a inteirar-nos de quem era Henry Flagler à porta do colégio homónimo e magnânimo. Lá esbarramos com uma pequena manifestação em redor da estátua que o homenageia.

Um grupo de homens e mulheres do movimento neo-Confederado, evoca H.K. Edgerton, um afro-americano, dos principais defensores que os Confederados não eram, nem são racistas e de que, segundo as suas palavras “existia um sentimento de família que unia os brancos e os negros sob a escravatura…

“Um grande amor entre o africano que servia nas terras do Sul e o seu Mestre”.

Edgerton defende ainda que “a escravatura forneceu uma instituição de aprendizagem aos negros”.

A questão em questão deixa-nos atónitos.

Como se não bastasse, um dos manifestantes é afro-americano. Traja um uniforme confederado. Segura uma bandeira dos Confederados.

O Rejuvenescimento de Saint Augustine

Do cimo do seu pedestal, de mão enfiada no bolso das calças, um Flagler de bronze assiste a tudo, sobranceiro.

Flagler – a par com Rockefeler – foi um dos co-fundadores da Standard Oil Company, empreitada que o tornou multimilionário.

Ora, no Inverno de 1883, o magnata visitou St. Augustine, deixou-se encantar pela cidade.

Projectou dotá-la de tudo o que lhe faltava para funcionar como um abrigo de Inverno para os americanos abastados, ansiosos por escaparem ao frio.

Aos poucos, ligou-a ao norte e, mais tarde, a Palm Beach e a Miami, via linhas de caminho-de-ferro agrupadas na Florida East Coast Railway.

Logo, mandou erguer na cidade dois dos seus maiores hotéis, o Ponce de León e o Alcazar, em estilos Revivalismo Hispânico e Mourisco.

O seu investimento resultou em cheio. Os americanos a caminho das praias do sul da Florida começaram a fazer escala em St. Augustine. Muitos, habituaram-se a fazer férias na cidade.

Com o tempo, o elegante Hotel Ponce de León deixou de ter lugar no cada vez mais concorrencial e modernizado mercado dos hotéis.

Em 1968, as autoridades transformaram-no no colégio que exploramos numa visita guiada.

Duas das suas privilegiadas jovens alunas conduzem um grupo de curiosos pelos cantos e recantos místicos, por vezes, surreais do estabelecimento, salão atrás de salão, do da biblioteca ao comedor, num inusitado domínio de hokus pokus digno de Harry Potter e companhia.

Em redor, outros edifícios erguidos por Flagler, ou por ele adquiridos e reconvertidos – o Mónica, o Lightner Museum e, à parte, a Catedral Basílica.

Todos iluminados por uma miríade de luzinhas, reforçam o brilho turístico ofuscante de St. Augustine.

A sua grelha de ruas seculares está à pinha de bandeiras, estandartes e letreiros que, mais que confirmarem a sua antiguidade, impingem as recordações, bugigangas e petiscos que renovam a vigorosa economia local.

Habitam a suposta casa mais antiga da povoação, grandes bonecas de touca.

Um museu de piratas congrega a história da pirataria caribenha.

Promovem-se provas de rum, de cerveja artesanal e de chocolate.

O parque de jacarés surge paredes-meias com o Farol e o Museu Marítimo. A velha St. Augustine deslumbra quem quer que a descubra.

Desde que não se chegue em busca duma genuinidade imaculada.

Miami, Flórida, E.U.A.

A Porta de Entrada da América Latina

Não é só a localização privilegiada, entre um oceano exuberante e o verde dos Everglades, com a vastidão caribenha logo ali a sul. É o afago tropical, o do clima e o cultural e uma modernidade urbana exemplar. Cada vez mais em castelhano, num contexto latino-americano.
Parque Nacional Everglades, Flórida, E.U.A.

O Grande Rio Ervado da Flórida

Quem sobrevoa o sul do 27º estado espanta-se com a vastidão verde, lisa e ensopada que contrasta com os tons oceânicos em redor. Este ecossistema de pântano-pradaria único nos EUA abriga uma fauna prolífica dominada por 200 mil dos 1.25 milhões de jacarés da Flórida.
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
Kennedy Space Center, Florida, Estados Unidos

A Rampa de Lançamento do Programa Espacial Americano

De viagem pela Flórida, desviamos da órbita programada. Apontamos ao litoral atlântico de Merrit Island e do Cabo Canaveral. Lá exploramos o Kennedy Space Center e acompanhamos um dos lançamentos com que a empresa Space X e os Estados Unidos agora almejam o Espaço.
Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
San Juan, Porto Rico (Parte 2)

Ao Ritmo do Reggaeton

Os porto-riquenhos irrequietos e inventivos fizeram de San Juan a capital mundial do reggaeton. Ao ritmo preferido da nação, encheram a sua “Cidade Muralhada” de outras artes, de cor e de vida.
San Juan, Porto Rico

O Porto Rico e Muralhado de San Juan Bautista

San Juan é a segunda cidade colonial mais antiga das Américas, a seguir à vizinha dominicana de Santo Domingo. Entreposto pioneiro da rota que levava o ouro e a prata do Novo Mundo para Espanha, foi atacada vezes sem conta. As suas fortificações incríveis ainda protegem uma das capitais mais vivas e prodigiosas das Caraíbas.
Santo Domingo, República Dominicana

A Mais Longeva Anciã Colonial das Américas

Santo Domingo é a colónia há mais tempo habitada do Novo Mundo. Fundada, em 1498, por Bartolomeu Colombo, a capital da República Dominicana preserva intacto um verdadeiro tesouro de resiliência histórica.
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Grand Canyon, E.U.A.

Viagem pela América do Norte Abismal

O rio Colorado e tributários começaram a fluir no planalto homónimo há 17 milhões de anos e expuseram metade do passado geológico da Terra. Também esculpiram uma das suas mais deslumbrantes entranhas.
Monte Denali, Alasca

O Tecto Sagrado da América do Norte

Os indígenas Athabascan chamaram-no Denali, ou o Grande e reverenciam a sua altivez. Esta montanha deslumbrante suscitou a cobiça dos montanhistas e uma longa sucessão de ascensões recordistas.
Juneau, Alasca

A Pequena Capital do Grande Alasca

De Junho a Agosto, Juneau desaparece por detrás dos navios de cruzeiro que atracam na sua doca-marginal. Ainda assim, é nesta pequena capital que se decidem os destinos do 49º estado norte-americano.
Monument Valley, E.U.A.

Índios ou cowboys?

Realizadores de Westerns emblemáticos como John Ford imortalizaram aquele que é o maior território indígena dos Estados Unidos. Hoje, na Nação Navajo, os navajo também vivem na pele dos velhos inimigos.
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Navajo Nation, E.U.A.

Por Terras da Nação Navajo

De Kayenta a Page, com passagem pelo Marble Canyon, exploramos o sul do Planalto do Colorado. Dramáticos e desérticos, os cenários deste domínio indígena recortado no Arizona revelam-se esplendorosos.
Vale da Morte, E.U.A.

O Ressuscitar do Lugar Mais Quente

Desde 1921 que Al Aziziyah, na Líbia, era considerado o lugar mais quente do Planeta. Mas a polémica em redor dos 58º ali medidos fez com que, 99 anos depois, o título fosse devolvido ao Vale da Morte.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Rinoceronte, PN Kaziranga, Assam, Índia
Safari
PN Kaziranga, Índia

O Baluarte dos Monocerontes Indianos

Situado no estado de Assam, a sul do grande rio Bramaputra, o PN Kaziranga ocupa uma vasta área de pântano aluvial. Lá se concentram dois terços dos rhinocerus unicornis do mundo, entre em redor de 100 tigres, 1200 elefantes e muitos outros animais. Pressionado pela proximidade humana e pela inevitável caça furtiva, este parque precioso só não se tem conseguido proteger das cheias hiperbólicas das monções e de algumas polémicas.
Fiel em frente à gompa A gompa Kag Chode Thupten Samphel Ling.
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 15º - Kagbeni, Nepal

Às Portas do ex-Reino do Alto Mustang

Antes do século XII, Kagbeni já era uma encruzilhada de rotas comerciais na confluência de dois rios e duas cordilheiras em que os reis medievais cobravam impostos. Hoje, integra o famoso Circuito dos Annapurnas. Quando lá chegam, os caminhantes sabem que, mais acima, se esconde um domínio que, até 1992, proibia a entrada de forasteiros.
Luderitz, Namibia
Arquitectura & Design
Lüderitz, Namibia

Wilkommen in Afrika

O chanceler Bismarck sempre desdenhou as possessões ultramarinas. Contra a sua vontade e todas as probabilidades, em plena Corrida a África, o mercador Adolf Lüderitz forçou a Alemanha assumir um recanto inóspito do continente. A cidade homónima prosperou e preserva uma das heranças mais excêntricas do império germânico.
Totems, aldeia de Botko, Malekula,Vanuatu
Aventura
Malekula, Vanuatu

Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
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Cerimónias e Festividades
Cape Coast, Gana

O Festival da Divina Purificação

Reza a história que, em tempos, uma praga devastou a população da Cape Coast do actual Gana. Só as preces dos sobreviventes e a limpeza do mal levada a cabo pelos deuses terão posto cobro ao flagelo. Desde então, os nativos retribuem a bênção das 77 divindades da região tradicional Oguaa com o frenético festival Fetu Afahye.
Sydney, cidade criminosos exemplar da Austrália, Harbour Bridge
Cidades
Sydney, Austrália

De Desterro de Criminosos a Cidade Exemplar

A primeira das colónias australianas foi erguida por reclusos desterrados. Hoje, os aussies de Sydney gabam-se de antigos condenados da sua árvore genealógica e orgulham-se da prosperidade cosmopolita da megalópole que habitam.
Cacau, Chocolate, Sao Tome Principe, roça Água Izé
Comida
São Tomé e Príncipe

Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate

No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
Jingkieng Wahsurah, ponte de raízes da aldeia de Nongblai, Meghalaya, Índia
Cultura
Meghalaya, Índia

Pontes de Povos que Criam Raízes

A imprevisibilidade dos rios na região mais chuvosa à face da Terra nunca demoveu os Khasi e os Jaintia. Confrontadas com a abundância de árvores ficus elastica nos seus vales, estas etnias habituaram-se a moldar-lhes os ramos e estirpes. Da sua tradição perdida no tempo, legaram centenas de pontes de raízes deslumbrantes às futuras gerações.
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Desporto
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O Futebol em que os Australianos Ditam as Regras

Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.
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Um périplo pelas províncias de Salta e Jujuy leva-nos a desvendar um país sem sinal de pampas. Sumidos na vastidão andina, estes confins do Noroeste da Argentina também se perderam no tempo.
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Um navegador espanhol baptizou-as, ansioso por riquezas como as do rei bíblico. Assoladas pela 2ª Guerra Mundial, por conflitos e catástrofes naturais, as Ilhas Salomão estão longe da prosperidade.
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O tema da luz na fotografia é inesgotável. Neste artigo, transmitimos-lhe algumas noções basilares sobre o seu comportamento, para começar, apenas e só face à geolocalização, a altura do dia e do ano.
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O explorador procurava uma rota para o Índico quando nativos o conduziram a um salto do rio Zambeze. As cataratas que encontrou eram tão majestosas que decidiu baptizá-las em honra da sua rainha
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Uma biosfera imaculada que as entranhas da Terra moldam e amornam exibe-se, em São Miguel, em formato panorâmico. São Miguel é a maior das ilhas portuguesas. E é uma obra de arte da Natureza e do Homem no meio do Atlântico Norte plantada.
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De regresso à Praia de Danny Boyle

Passaram 15 anos desde a estreia do clássico mochileiro baseado no romance de Alex Garland. O filme popularizou os lugares em que foi rodado. Pouco depois, alguns desapareceram temporária mas literalmente do mapa mas, hoje, a sua fama controversa permanece intacta.
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Manang: a Derradeira Aclimatização em Civilização

Seis dias após a partida de Besisahar chegamos por fim a Manang (3519m). Situada no sopé das montanhas Annapurna III e Gangapurna, Manang é a civilização que mima e prepara os caminhantes para a travessia sempre temida do desfiladeiro de Thorong La (5416 m).
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Sobre Carris
São Francisco, E.U.A.

Cable Cars de São Francisco: uma Vida aos Altos e Baixos

Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
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Sociedade
Perth, Austrália

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26/1 é uma data controversa na Austrália. Enquanto os colonos britânicos o celebram com churrascos e muita cerveja, os aborígenes celebram o facto de não terem sido completamente dizimados.
Vendedores de fruta, Enxame, Moçambique
Vida Quotidiana
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Ovelhas e caminhantes em Mykines, ilhas Faroé
Vida Selvagem
Mykines, Ilhas Faroé

No Faroeste das Faroé

Mykines estabelece o limiar ocidental do arquipélago Faroé. Chegou a albergar 179 pessoas mas a dureza do retiro levou a melhor. Hoje, só lá resistem nove almas. Quando a visitamos, encontramos a ilha entregue aos seus mil ovinos e às colónias irrequietas de papagaios-do-mar.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.