Sydney, Austrália

De Desterro de Criminosos a Cidade Exemplar


Bar sobre o grande estuário
Vida nocturna num bar com vista para o estuário e a Sydney Harbour Bridge.
Uma Inspiração em grande formato
Raparigas asiáticas às compras nas imediações da George Street.
Vela à Luna
Veleiro de competição passa em frente ao Luna Park.
Animação indígena
Aborígene pintado a rigor toca digeridoo no Circular Quay de Sydney.
Outra noite de Ópera
Embarcação deixa marcas de luz quando navega junto à Opera House de Sydney, no grande estuário da cidade.
Pós-Laboral I
Conversas animadas numa das muitas esplanadas sempre à pinha de Sydney.
Sobra de busker
Saltimbanco faz malabarismo com maças e fogo nas imediações do Circular Quay.
Sydney multinível
Trânsito garrido na George Street.
Conversas letradas
Jovens convivem na escadaria de uma biblioteca de Sydney.
Rumo à outra margem
Barco bem iluminado cruza o estuário de Sydney.
Foto(na)galeria
Sessão fotográfica de um casamento numa das galerias comercias do centro.
Decoração urbana natural
Íbis refrescam-se numa fonte artística de Kings Cross.
Opera House sob os holofotes
O edifício mais emblemático de Sydney, Austrália e da Oceania iluminado após o lusco-fusco.
Passeio pela Ponte
Visitantes percorrem o cimo da Harbour Bridge.
Harbour Bridge, versão nocturna
Pormenor da Iluminação da Harbour Bridge.
The Rocks
A zona de divertimento The Rocks, com alguns dos edifícios que albergaram os reclusos chegados da Grã-Bretanha.
Science
Detalhe da arquitectura victoriana prolífica de Sydney.
Saint Andrew’s Cathedral
Escadaria para a Saint Andrew's Cathedral
A primeira das colónias australianas foi erguida por reclusos desterrados. Hoje, os aussies de Sydney gabam-se de antigos condenados da sua árvore genealógica e orgulham-se da prosperidade cosmopolita da megalópole que habitam.

Kings Cross é a primeira zona da cidade com que se deparam grande parte dos forasteiros que chegam pouco dispostos a pagar mais que umas dezenas de dólares por noite dormida.

Salvo a saída e o trajecto arejado a partir do aeroporto, foi também a nossa visão inaugural e surreal da Austrália.

Durante a tarde, percorremos o bairro de trás para a frente sob um sol que nos torrava a pele e cansava a dobrar mas animava as almas fartas da meteorologia enregelante de Seul.

Disputamos com jovens de todas as paragens possíveis as últimas vagas nas pousadas humildes do bairro já apetrechado para mais um Verão em cheio. Mal o lusco-fusco se instalou, Kings Cross transvestiu-se para o seu modo nocturno.

Passaram a percorrê-la bêbados, drogados, prostitutas e chulos, incontáveis personagens marginais de Sydney.

Como acontece em toda e qualquer urbe, encontravam ali o seu nicho social entre bares de alterne, sex shops, peepshows, casas de showgirls, lojas de bebidas alcoólicas e um franchise oportunista de MacDonalds que alimentava a baixo preço e esclerosava aquela artéria já de si disfuncional da cidade.

Pareciam-nos de tal maneira lunáticos, improváveis e proscritos pela própria vida os transeuntes com que nos cruzávamos que demos por nós a ceder ao peso da história colonial britânica para tentarmos explicar a sua inesperada presença e abundância.

Sydney, cidade criminosos exemplar da Austrália, Saint Andrew's Cathedral

Escadaria para a Saint Andrew’s Cathedral

Não queríamos ser negativos. Nem ignorar a importância cultural do bairro que acolheu nos seus clubes musicais e ajudou a lançar para o estrelato bandas australianas tão marcantes como os Go-Betweens e Nick Cave, entre tantos outros.

Mas estariam ali concentrados os genes dos convictos ingleses mais desviados que povoaram os fundos enigmáticos do mundo?

Sydney Cove, o Destino Britânico Eleito para a População Reclusa

Após a declaração da Independência dos E.U.A., em 1776, a Grã-Bretanha deixou de poder enviar os seus reclusos para o outro lado do Atlântico.

Inundados de prisioneiros, os governantes decidiram fundar um novo entreposto penal nas terras descobertas por James Cook, cerca de dezasseis anos antes.

O assentamento inaugural teve lugar em Sydney Cove. Fez-se com base em estabelecimentos prisionais erguidos em terras da tribo aborígene Eora.

Em 1792, eram apenas 4300 os reclusos britânicos desterrados mas mais de metade da população nativa da zona (4 a 8 mil indígenas)  já fora dizimada por uma epidemia de varíola disseminada pelos prisioneiros.

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Barco bem iluminado cruza o estuário de Sydney.

Quem hoje visita Sydney, não demora a fazer-se ao litoral do seu Harbour privilegiado que ainda nos tempos da expansão, o capitão Arthur Phillip e outros homens do mar logo catalogaram como um dos melhores estuários que alguma vez tinham visto.

Sydney Harbour, um Estuário Grandioso Virado ao Mar da Tasmânia

Compramos alguns rolos generosos de sushi à entrada da estação de metro e almoçamos em movimento, tarde e a más horas.

Partilhamos a carruagem de dois andares com um grupos de amigos surfistas louros e tagarelas. Eles, a caminho do éden balnear de Bondi Beach. Saímos entre os quase arranha-céus do Central Business District (CBD), a umas poucas centenas de metros das águas bem mais interiores e calmas de Circular Quay.

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Saltimbanco faz malabarismo com maças e fogo nas imediações do Circular Quay.

Um saltimbanco ganhava a vida a exibir malabarismos com chamas sobre um enorme monociclo que pedalava na penumbra gerada por uma estrutura rodoviária metálica.

Mais para diante, uma dupla de aborígenes quase despida e pintada a rigor faziam o mesmo, no seu caso, a tocar longos temas hipnóticos de digeridoo embrulhados em distintos ambientes house.

“Obrigado, amigos. Cheguem lá mais perto, não vos vamos morder!

A não ser que se pareçam com um canguru, claro!” anuncia um deles com forte sotaque ozzy em busca da audiência e dos dólares que trocavam pelos seus CD’s musicais.

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Aborígene pintado a rigor toca digeridoo no Circular Quay de Sydney.

Da Presença Aborígene aos Australianos de Todas as Partes

Da era aborígene à contemporânea muito mudou no panorama étnico da Austrália. Sydney, em particular, tornou-se a sua cidade cosmopolita e multicultural.

Vivem em redor de 55.000 habitantes com ascendência aborígene na cidade, vindos dos quadro cantos da grande ilha.

Hoje, dos seus quase cinco milhões de cidadãos, mais de 1.5 milhões nasceram noutras paragens não australianas do mundo, uma tendência imigratória que se estabeleceu após o fim da 2ª Guerra Mundial e se continua a intensificar com forte contribuição dos neozelandeses, dos chineses, indianos, vietnamitas, coreanos e filipinos, ainda dos libaneses, italianos e gregos.

Sydney, fala 250 línguas. Um terço dos habitantes domina outra que não o inglês.

Enquanto caminhávamos ao longo das ruas comerciais de Pitt, York e George revelavam-se tão predominantes os asiáticos que mais parecia que estávamos em Hong Kong.

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Raparigas asiáticas às compras nas imediações da George Street.

O cúmulo da asienação de Sydney chegou-nos aos ouvidos quando o dono de olhos em bico de um estabelecimento se indignou perante a nossa resistência de ficarmos com um troco aldrabado:

That’s lubish!” atirou o pequeno empresário recém-chegado no seu inglês ainda precário.

O Hedonismo Histórico das Gentes de Sydney

Por aqueles lados ou onde quer que fosse, apreciávamos como quase todos os sydneysiders aproveitavam a generosidade do clima da zona.

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Estátua de Thomas Sutcliffe Mort, junto a uma esplanada da zona histórica de Sydney.

Os executivos do CBD e empregados dos bancos combinavam camisas de manga-curta e até calções com gravatas pouco apertadas que impingiam um mínimo de cerimónia profissional.

Após as quatro ou as cinco da tarde – o limite bem vespertino dos horários de trabalho – em vez de se enfiarem em casa, juntavam-se aos magotes a emborcar cerveja em pubs ou ao ar livre.

Ou saíam para correr ou andar de bicicleta nos seus parques e jardins vastos, floridos e solarengos preferidos, dispostos em redor das muitas baías e penínsulas daquela urbe meridional.

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Íbis refrescam-se numa fonte artística de Kings Cross.

Como tínhamos já constatado no metro, adolescentes despreocupados trajavam camisas floreadas ou andavam – a pé ou de autocarro – de tronco nu e chinelo a trocar a sua bola de râguebi ou futebol australiano ou com pranchas de surf e bodyboard, consoante o desporto que mais os cativasse.

Não nos atrevemos a contradizer a noção de que, devido ao seu isolamento geográfico e à obsessão pelo desporto, pelo convívio alcoolizado pela evasão para a natureza oceânica e do Outback, a Austrália será um grande deserto, também cultural, de população anglófona hedonista, avessa à estratificação de classes e pouco polida.

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Australianos acompanham a acção no Circular Quay, na zona portuária de The Rocks.

Acredita-se que tal se deve ao facto de descender tanto dos reclusos como dos militares que controlaram as operações coloniais até ao princípio do século XIX.

A pagarem o trabalho e os produtos locais em rum e, por isso, alcunhados de Rum Corps, esses muitos soldados desafiaram e suplantaram a autoridade de três dos primeiros governadores da colónia.

Um deles chamava-se William Bligh, tornado notório por uma não menos famosa “Revolta na Bounty”, ocorrida no Taiti.

Mas, se existem lugares que procuram erradicar a aspereza civilizacional da nação, Sydney é um deles.

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Interior das galerias comerciais Queen Victoria.

A Imponência Arquitectónica e Cultura da Sydney Opera House

A impressionante Opera House continua na vanguarda desta missão.

Encontrámo-la pela frente após passarmos pelos ancoradouros sempre movimentados de Circular Quay e pelos edifícios seculares de The Rocks que albergaram os primeiros reclusos e seus guardiães, hoje preservados enquanto lojas, galerias de arte, cafés e pubs.

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A zona de divertimento The Rocks, com alguns dos edifícios que albergaram os reclusos chegados da Grã-Bretanha.

Em 1973, quando foi inaugurada, a Opera House suscitou enorme polémica mais que não fosse por ter custado 109 milhões de dólares quando havia sido orçamentada em sete milhões.

Foi esse o preço da sua arquitectura destemida, interpretada como velas brancas ao vento, carapaças alvas de tartarugas, conchas marinhas e bossas de camelos, de qualquer das maneiras, logo promovida ao grande símbolo de Sydney.

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Embarcação navega junto à Opera House de Sydney, no grande estuário da cidade.

É o palco de exploração exaustiva de quase todos os visitantes da cidade e também de cerca de 3000 eventos anuais de diversas artes.

Enquanto a admiramos, reparamos que dezenas de vultos caminham nas alturas do cimo da Sydney Harbour Brigde, com vistas deslumbrantes para a Ópera House e o estuário sem fim.

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Visitantes percorrem o cimo da Harbour Bridge.

Sem surpresa, apesar da distância para o resto do mundo Sydney é uma das suas quinze cidades mais visitadas.

Recebe, por ano, cerca três milhões de visitantes internacionais, quase metade dos da Austrália.

Destes, um bom número apercebe-se da prosperidade e qualidade de vida única oferecida pela cada vez maior megalópole da Oceânia, retornam e instalam-se de vez.

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Vida nocturna num bar com vista para o estuário e a Sydney Harbour Bridge.

Já lá aterrámos em duas ocasiões. Nunca nos aconteceu.

À Descoberta de Tassie,  Parte 2 - Hobart a Port Arthur, Austrália

Uma Ilha Condenada ao Crime

O complexo prisional de Port Arthur sempre atemorizou os desterrados britânicos. 90 anos após o seu fecho, um crime hediondo ali cometido forçou a Tasmânia a regressar aos seus tempos mais lúgubres.
Cairns-Kuranda, Austrália

Comboio para o Meio da Selva

Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
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Os Ficheiros Pouco Secretos de Wycliffe Wells

Há décadas que os moradores, peritos de ovnilogia e visitantes testemunham avistamentos em redor de Wycliffe Wells. Aqui, Roswell nunca serviu de exemplo e cada novo fenómeno é comunicado ao mundo.
Perth, Austrália

A Cidade Solitária

A mais 2000km de uma congénere digna desse nome, Perth é considerada a urbe mais remota à face da Terra. Apesar de isolados entre o Índico e o vasto Outback, são poucos os habitantes que se queixam.
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2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
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Perth, Austrália

Cowboys da Oceania

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Perth, Austrália

Dia da Austrália: em Honra da Fundação, de Luto Pela Invasão

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Melbourne, Austrália

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A Milhas do Natal (parte I)

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À Descoberta de Tassie, Parte 4 -  Devonport a Strahan, Austrália

Pelo Oeste Selvagem da Tasmânia

Se a quase antípoda Tazzie já é um mundo australiano à parte, o que dizer então da sua inóspita região ocidental. Entre Devonport e Strahan, florestas densas, rios esquivos e um litoral rude batido por um oceano Índico quase Antárctico geram enigma e respeito.
Wadjemup, Rottnest Island, Austrália

Entre Quokkas e outros Espíritos Aborígenes

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Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Delta do Okavango, Nem todos os rios Chegam ao Mar, Mokoros
Safari
Delta do Okavango, Botswana

Nem Todos os Rios Chegam ao Mar

Terceiro rio mais longo do sul de África, o Okavango nasce no planalto angolano do Bié e percorre 1600km para sudeste. Perde-se no deserto do Kalahari onde irriga um pantanal deslumbrante repleto de vida selvagem.
Rebanho em Manang, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 8º Manang, Nepal

Manang: a Derradeira Aclimatização em Civilização

Seis dias após a partida de Besisahar chegamos por fim a Manang (3519m). Situada no sopé das montanhas Annapurna III e Gangapurna, Manang é a civilização que mima e prepara os caminhantes para a travessia sempre temida do desfiladeiro de Thorong La (5416 m).
Competição do Alaskan Lumberjack Show, Ketchikan, Alasca, EUA
Arquitectura & Design
Ketchikan, Alasca

Aqui Começa o Alasca

A realidade passa despercebida a boa parte do mundo, mas existem dois Alascas. Em termos urbanos, o estado é inaugurado no sul do seu oculto cabo de frigideira, uma faixa de terra separada dos restantes E.U.A. pelo litoral oeste do Canadá. Ketchikan, é a mais meridional das cidades alasquenses, a sua Capital da Chuva e a Capital Mundial do Salmão.
Pleno Dog Mushing
Aventura
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.
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Cerimónias e Festividades
Cape Coast, Gana

O Festival da Divina Purificação

Reza a história que, em tempos, uma praga devastou a população da Cape Coast do actual Gana. Só as preces dos sobreviventes e a limpeza do mal levada a cabo pelos deuses terão posto cobro ao flagelo. Desde então, os nativos retribuem a bênção das 77 divindades da região tradicional Oguaa com o frenético festival Fetu Afahye.
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Takayama, Japão

Takayama do Japão Antigo e da Hida Medieval

Em três das suas ruas, Takayama retém uma arquitectura tradicional de madeira e concentra velhas lojas e produtoras de saquê. Em redor, aproxima-se dos 100.000 habitantes e rende-se à modernidade.
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Comida
São Tomé e Príncipe

Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate

No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
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Grande Zimbabwe, Pequena Dança Bira

Nativos de etnia Karanga da aldeia KwaNemamwa exibem as danças tradicionais Bira aos visitantes privilegiados das ruínas do Grande Zimbabwe. o lugar mais emblemático do Zimbabwe, aquele que, decretada a independência da Rodésia colonial, inspirou o nome da nova e problemática nação.  
Desporto
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Homem, uma Espécie Sempre à Prova

Está-nos nos genes. Pelo prazer de participar, por títulos, honra ou dinheiro, as competições dão sentido ao Mundo. Umas são mais excêntricas que outras.
Camboja, Angkor, Ta Phrom
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Ho Chi-Minh a Angkor, Camboja

O Tortuoso Caminho para Angkor

Do Vietname em diante, as estradas cambojanas desfeitas e os campos de minas remetem-nos para os anos do terror Khmer Vermelho. Sobrevivemos e somos recompensados com a visão do maior templo religioso
Cowboys basotho, Malealea, Lesoto
Étnico
Malealea, Lesoto

A Vida no Reino Africano dos Céus

O Lesoto é o único estado independente situado na íntegra acima dos mil metros. Também é um dos países no fundo do ranking mundial de desenvolvimento humano. O seu povo altivo resiste à modernidade e a todas as adversidades no cimo da Terra grandioso mas inóspito que lhe calhou.
Vista para ilha de Fa, Tonga, Última Monarquia da Polinésia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sinais Exóticos de Vida

Banhistas sobre o limiar entre as Piscinas Naturais e o oceano Atlântico, Porto Moniz
História
Porto Moniz e Ribeira da Janela, Madeira

Uma Vida de Encosta, Oceano e Lava

Exploramos terras que se diz terem sido colonizadas, ainda no século XV, pelo algarvio Francisco Moniz, o Velho. Decorrido quase meio milénio, Porto Moniz tornou-se um domínio balnear concorrido, muito por conta das suas piscinas retidas num labirinto de rocha lávica.
Ilha Maurícia, viagem Índico, queda de água de Chamarel
Ilhas
Maurícias

Uma Míni Índia nos Fundos do Índico

No século XIX, franceses e britânicos disputaram um arquipélago a leste de Madagáscar antes descoberto pelos portugueses. Os britânicos triunfaram, re-colonizaram as ilhas com cortadores de cana-de-açúcar do subcontinente e ambos admitiram a língua, lei e modos francófonos precedentes. Desta mixagem, surgiu a exótica Maurícia.
Auroras Boreais, Laponia, Rovaniemi, Finlandia, Raposa de Fogo
Inverno Branco
Lapónia, Finlândia

Em Busca da Raposa de Fogo

São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Literatura
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
Mergulhão contra pôr-do-sol, Rio Miranda, Pantanal, Brasil
Natureza
Passo do Lontra, Miranda, Brasil

O Brasil Alagado a um Passo da Lontra

Estamos no limiar oeste do Mato Grosso do Sul mas mato, por estes lados, é outra coisa. Numa extensão de quase 200.000 km2, o Brasil surge parcialmente submerso, por rios, riachos, lagoas e outras águas dispersas em vastas planícies de aluvião. Nem o calor ofegante da estação seca drena a vida e a biodiversidade de lugares e fazendas pantaneiras como a que nos acolheu às margens do rio Miranda.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
savuti, botswana, leões comedores de elefantes
Parques Naturais
Savuti, Botswana

Os Leões Comedores de Elefantes de Savuti

Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
Torres del Paine, Patagónia Dramática, Chile
Património Mundial UNESCO
PN Torres del Paine, Chile

A Mais Dramática das Patagónias

Em nenhuma outra parte os confins austrais da América do Sul se revelam tão arrebatadores como na cordilheira de Paine. Ali, um castro natural de colossos de granito envolto de lagos e glaciares projecta-se da pampa e submete-se aos caprichos da meteorologia e da luz.
Ooty, Tamil Nadu, cenário de Bollywood, Olhar de galã
Personagens
Ooty, Índia

No Cenário Quase Ideal de Bollywood

O conflito com o Paquistão e a ameaça do terrorismo tornaram as filmagens em Caxemira e Uttar Pradesh um drama. Em Ooty, constatamos como esta antiga estação colonial britânica assumia o protagonismo.
Cruzeiro Princess Yasawa, Maldivas
Praias
Maldivas

Cruzeiro pelas Maldivas, entre Ilhas e Atóis

Trazido de Fiji para navegar nas Maldivas, o Princess Yasawa adaptou-se bem aos novos mares. Por norma, bastam um ou dois dias de itinerário, para a genuinidade e o deleite da vida a bordo virem à tona.
planicie sagrada, Bagan, Myanmar
Religião
Bagan, Myanmar

A Planície dos Pagodes, Templos e Redenções Celestiais

A religiosidade birmanesa sempre assentou num compromisso de redenção. Em Bagan, os crentes endinheirados e receosos continuam a erguer pagodes na esperança de conquistarem a benevolência dos deuses.
Chepe Express, Ferrovia Chihuahua Al Pacifico
Sobre Carris
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Parada e Pompa
Sociedade
São Petersburgo, Rússia

A Rússia Vai Contra a Maré. Siga a Marinha

A Rússia dedica o último Domingo de Julho às suas forças navais. Nesse dia, uma multidão visita grandes embarcações ancoradas no rio Neva enquanto marinheiros afogados em álcool se apoderam da cidade.
Mulheres com cabelos longos de Huang Luo, Guangxi, China
Vida Quotidiana
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
Fazenda de São João, Pantanal, Miranda, Mato Grosso do Sul, ocaso
Vida Selvagem
Fazenda São João, Miranda, Brasil

Pantanal com o Paraguai à Vista

Quando a fazenda Passo do Lontra decidiu expandir o seu ecoturismo, recrutou a outra fazenda da família, a São João. Mais afastada do rio Miranda, esta outra propriedade revela um Pantanal remoto, na iminência do Paraguai. Do país e do rio homónimo.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.